Tavira Islâmica

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52. VASO DE TAVIRA Século XI d.C.; cerâmica; 360mm de altura máxima; 420mm de largura. BNU. Vaso troncocónico com bordo em tubo e profusa decoração coroplástica, elevando-se sobre o bordo. Inicialmente deveria possuir 14 figuras das quais restam 12. A primeira figura apresenta boca em forma de torre que servia de entrada para líquido, nesta torre pousam duas pombas. A segunda é uma tartaruga com a carapaça decorada a aguada branca. A terceira é um besteiro em que a figura humana ostenta um elmo (?) que segura algo (besta) e que se apoia numa forquilha. A quarta é um cavaleiro cuja figura humana tem um elmo (?) escudo e lança e, o cavalo não tem cabeça. A quinta figura é uma mulher a cavalo que tem um carrapito na cabeça e a cara descoberta. A sexta é um cavaleiro com turbante à maneira bérbere e um tubo na mão. Todos os cavalos apresentam a garupa profusamente decorada a aguada branca representando atafais ou tosquia em manta. A sétima figura é um músico, encontrando-se apeado, com chapéu cónico e a tocar tambor. A oitava é um músico, apeado, com chapéu cónico tocando adufe. A nona figura representa um bovídeo, enquanto a décima figura representa um caprídeo, a décima primeira figura é um camelo e a décima segunda é um ovino. O corpo do vaso é decorado com desenhos executados a aguada branca, representando ictiformes, linhas, retículas e motivos fitomórficos. BERNUS-TAYLOR, Marthe (2000) – Les andalusies de Damas à Cordoue. In. Catálogo da exposição. Paris. pp. 156. MAIA, Maria Garcia Pereira (1999) – Lendas das mouras encantadas de Tavira. In. Catálogo da exposição. Câmara Municipal de Tavira. Campo Arqueológico de Tavira. TORRES, Cláudio; MACIAS, Santiago (1998) – O Legado islâmico em Portugal. Lisboa. Círculo de Leitores. MARIA MAIA, MANUEL MAIA

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