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SURFE PARA (COMEÇAR A) MATAR A SAUDADE

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SURFE PARA (COMEÇAR A) MATAR A SAUDADE!

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foto RUAN LADWIG

Entre os dias 10 e 14 de novembro, a Praia Mole sediou o Layback Floripa Pro, etapa classificatória para o Mundial de Surfe, que reuniu 176 surfistas de 9 países

texto LU ZUÊ

Acidade, as ondas, a areia e a gente, claro... todos morrendo de saudades de ver de perto um evento esportivo daqueles que tem tudo a ver com Floripa! Valendo pontos para os primeiros rankings regionais de 2021/2022, essa etapa brasileira do WSL (World Surf League) QS (Qualifying Series) tinha mesmo que acontecer aqui: cidade brasileira que mais recebeu eventos do WSL QS (entre as 140 etapas já realizadas em águas brasileiras, o Layback Pro foi o 28o evento realizado na Ilha), havia seis anos que a Capital de Santa Catarina não recebia oficialmente os grandes nomes do surfe. A Mole mesmo, não recebia esse evento internacional há 11 anos.

Tinha como não gostar? De jeito nenhum! Ainda mais com catarinense no pódio (já vamos falar sobre isso!).

A etapa que aconteceu em Floripa foi a primeira realizada pela WSL no Brasil após o início da pandemia de Covid-19 – a última antes da pandemia aconteceu em Fernando de Noronha (PE), em fevereiro de 2020 –, e havia mesmo muito o que comemorar. “Ficamos felizes em poder retomar as competições de surfe no Brasil por Florianópolis, que é uma cidade tradicional de grandes eventos ao longo dos anos. E, especialmente na Praia Mole, que ficou marcada pela primeira vitória do nosso tricampeão Gabriel Medina no Circuito Mundial”, contou Ivan Martinho, CEO da WSL Latin America. Martinho destacou o momento especial vivido pelo surfe brasileiro a partir da medalha de ouro conquistada por Ítalo Ferreira nas Olimpíadas de Tóquio e pelo tricampeonato mundial do Gabriel Medina. “Foi a segunda decisão de título consecutiva entre brasileiros, e agora, é a chance de novos talentos mostrarem seu valor para fazerem parte desta história”, acrescentou.

E como mostraram seu valor

Entre as mulheres, com apenas 15 aninhos, a catarinense Laura Raupp derrotou a peruana Melanie Giunta, 24, e na sequência, foi a vez do paulista Eduardo Motta, de 19 anos, superar o cearense Michael Rodrigues. Brasil no pódio, Santa Catarina no degrau mais alto do time feminino. A catarinense, aliás, igualou o feito de Gabriel Medina – hoje tricampeão mundial de surfe – que há 12 anos, nas mesmas ondas da Praia Mole, se tornou o surfista mais jovem a vencer um evento da WSL. Medina tinha, então, 15 anos!

“Nossa, estou tão feliz que não consigo nem falar. A torcida na praia foi irada. Esse foi o meu primeiro QS e já venci”, foram as primeiras palavras da campeã. Laura comemorou e a gente aplaudiu! “Não tem coisa melhor do que surfar meu primeiro QS em casa, num evento do meu patrocinador, a LayBack. Então, estou muito feliz por ter vencido”, completou.

MÁRCIO DAVID fotos

A etapa com cores e vitórias catarinas

Criada pelo medalhista olímpico de skate park, Pedro Barros, a LayBack Beer é uma marca de cerveja antenada com o espírito livre e original do skate e do surfe. Além de incentivar e investir na construção de pistas de skate no País, a marca já está presente em grandes cidades do Brasil e patrocina um significativo número de skatistas e surfistas. “O surfe sempre fez parte da nossa vida aqui em Florianópolis, e poder fazer um evento desse porte para Floripa voltar ao calendário mundial, é um sonho sendo realizado não só para nós, mas, principalmente, para todos os moradores, a comunidade do surfe catarinense e o comércio local”, destacou André Barros, pai do Pedro e sócio fundador da LayBack Beer.

Ao patrocinar a etapa Floripa da WSL, a LayBack Beer contribuiu com a viabilização de um evento que trouxe para a Ilha uma medalhista olímpica e outros seis atletas que competiram nos Jogos de Tóquio.

Falamos da britânica Sky Brown, que foi bronze no skate park no Japão. Além de skatista, Sky é surfista e está focada em conquistar vaga para as Olimpíadas de Paris 2024, não apenas nas pistas, mas também nas ondas francesas.

Com 13 aninhos, Sky foi eliminada na primeira fase e terminou na 25a colocação. Mas segue firme no sonho de competir nas duas modalidades em Paris.

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SURFE E no ranking...

O Layback Pro abriu os rankings regionais de 2021/2022 da WSL Latin America, responsável pela classificação dos surfistas de nosso continente. Eduardo Motta largou com 3 mil pontos, e a catarinense Laura Raupp, com 1 mil.

Confira o povo que saiu sorrindo das águas da Mole:

MÁRCIO DAVID fotos

SAIBA MAIS TOP-10 DO RANKING REGIONAL DA WSL LATIN AMERICA: TOP-10 DO RANKING REGIONAL DA WSL LATIN AMERICA:

1o Eduardo Motta (BRA) – 3.000 pontos 2o Michael Rodrigues (BRA) – 2.400 3o Yago Dora (BRA) – 1.950 3o Willian Cardoso (BRA) – 1.950 5o Samuel Pupo (BRA) – 1.500 5o Robson Santos (BRA) – 1.500 5o Raoni Monteiro (BRA) – 1.500 5o José Francisco (BRA) – 1.500 9o Alex Ribeiro (BRA) – 1.050 9o Victor Bernardo (BRA) – 1.050 9o Renan Pulga (BRA) – 1.050 9o Wesley Leite (BRA) – 1.050 1a Laura Raupp (BRA) – 1.000 pontos 2a Melanie Giunta (PER) – 800 3a Summer Macedo (BRA) – 650 3a Arena Rodriguez Vargas (PER) – 650 5a Daniella Rosas (PER) – 500 5a Sol Aguirre (PER) – 500 5a Sophia Medina (BRA) – 500 5a Isabelle Nalu (BRA) – 500 9a Dominic Barona (ECU) – 350 9a Karol Ribeiro (BRA) – 350 9a Tainá Hinckel (BRA) – 350 9a Monik Santos (BRA) – 350

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