Mundo Universitário Sénior - Edição 1

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Sexualidade Conheça as causas e tratamentos para a disfunção eréctil

Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011 | Edição especial Mundo Universitário Sénior | Distribuição gratuita

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teatro O gosto pelo palco da Companhia Maior

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Viagens O prazer de fazer as malas e conhecer o mundo

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testemunhos

Não fique em casa, descubra como combater a solidão

14 de Fevereiro

Assinale o Dia Europeu da Disfunção Sexual com um beijo

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Culinária Receitas afrodisíacas saudáveis para um jantar romântico


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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

EDITORIAL Hoje faça o favor de namorar, sim?

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Enamore-se de si, cuide do seu bem-estar físico e psicológico e, então, estará em plena forma para namorar com a sua cara-metade.

Índice Editorial

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Hoje faça o favor de namorar, sim? ................................................. 02

SAÚDE

Doutor… Preciso de ajuda Como lidar com a disfunção eréctil: causas e tratamentos ................ 04

REALIZAÇÃO Quando o sonho começa aos 60 Companhia Maior: um projecto de teatro para seniores ................. 06

Opinião Dr. Jorge Rocha Mendes Presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia ......................... 07

LAZER Nunca é tarde para fazer as malas Deixe de adiar os sonhos e vá descobrir o mundo ............................. 08

Testemunhos Como espantar a solidão Testemunhos de quem ocupa os dias da melhor forma ................. 09

Apetite Pecado original à mesa Proponha um jantar romântico e saudável à sua cara-metade ......... 10

Ciência viver para sempre... é possível? Curiosidades e novidades científicas ................................................ 12

música Música nova com cheirinho a antigamente Sugestões para ouvir e dançar .......................................................... 14

Laura Alves • Directora lalves@mundouniversitario.pt

«Estou velho! / Dói-me o joelho / dói-me parte do antebraço / dói-me a parte interna / de uma perna / e parte amiga / da barriga / que fadiga / o que é que eu faço?» Com certeza que o caro leitor reconhece estas palavras, que fazem parte da música “O Elixir da Eterna Juventude” de Sérgio Godinho. Caso não seja fã ou conhecedor da obra deste artista, provavelmente já terá sentido, num dia menos positivo, a angústia de se sentir a envelhecer. Infelizmente, os ponteiros do relógio nunca andam para trás, e cada dia que passa os malandros parecem girar cada vez mais rápido. Mas desengane-se, se pensa que o seu tempo já passou. «Misticismo agora à parte / envelhecer é uma arte», canta Sérgio Godinho. E não é por acaso que esta edição está repleta de exemplos de como é possível envelhecer e manter-se saudavelmente activo ao mesmo tempo. Dá-se a feliz coincidência de hoje, 14 de Fevereiro, se celebrar o Dia dos Namorados e também o Dia Europeu da Disfunção Sexual. E digo feliz porque não consigo pensar em melhor altura para alertar e tomar consciência de um problema que se estima afectar, actualmente, mais de 50 mil portugueses: a disfunção eréctil. O Dia dos Namorados representa, simbolicamente, o respeito e o amor que os casais devem sentir durante todos os dias do ano. E, desta forma, assumindo desde já que o amor não escolhe idades, e que nada impede um homem e uma mulher maturos de sentirem paixão dentro de si, queremos contar-lhe um segredo: namorar faz bem à saúde! De todas as formas possíveis e mais algumas. Primeiro, porque a actividade sexual é, por si só, razão para lhe deixar um sorriso no rosto. E já se sabe que sorrir é meio caminho andado para encarar a vida com uma atitude mais positiva. Segundo, porque namorar é criar intimidade, é falar e ouvir, apoiar e respeitar, compreender e ajudar. E é dessa intimidade – que, apesar de tudo, ainda vai faltando a muitos casais, independentemente de estarem juntos há cinco, 20 ou 40 anos – que muitas vezes surgem as soluções para sintomas físicos e patologias como a disfunção eréctil. O não ter vergonha de abordar o assunto com a parceira, o não ficar preso em ideias pré-concebidas sobre o que é ou não suposto ser a virilidade, o reconhecer a existência de um problema que, hoje em dia, pode ter acompanhamento e solução: tudo isto faz parte do conceito de namorar. Enamore-se de si, cuide do seu bem-estar físico e psicológico e, então, estará em plena forma para namorar com a sua cara-metade. Neste Mundo Universitário Sénior que é o seu, falamos-lhe de algumas formas de rentabilizar o seu tempo livre, procurando a auto-realização a vários níveis. Desde os avanços científicos no tratamento da disfunção sexual às oportunidades de formação criadas pelas universidades da terceira idade, dos percursos turísticos especialmente pensados para a camada sénior às formas imaginativas de combater a solidão, passando ainda pelas sugestões gastronómicas afrodisíacas para iluminar o seu rosto (e não só...), há um mundo vasto à sua espera. Mas verá que há tempo para tudo. O meu conselho é: deixe isso tudo para amanhã. Hoje é dia de namorar, sim?

ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Redacção: Andreia Arenga | Colaboradores: Bruna Pereira, José Frazão Reis, Renata Lobo | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rêgo (Directora Comercial), Elsa Tomé (Account Sénior), Mariana Jesus (Account Júnior) | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 7 500 | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.


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Mundo Universitário Sénior| Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

Saúde

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Disfunção eréctil: estima-se que cerca de 13 por cento dos homens portugueses sofra desta doença

10 mentiras que de certeza já lhe contaram e você acreditou • • • • • • • • • •

Quanto maior for o pénis, maior será a potência sexual Um homem a sério tem de fazer sexo todos os dias Falhar uma vez é sinal de impotência certa no futuro Vasectomia (esterilização) causa impotência Homem que é homem nunca falha Entrar na terceira idade significa dizer adeus ao sexo Os homens têm sempre apetite sexual Masturbação excessiva causa impotência Impotência indica que o homem é menos masculino Homem a sério faz sexo com qualquer mulher

«Por vezes são as mulheres que levam o homem à consulta, que pedem ajuda, mas outras vezes são eles que querem resolver o problema e as mulheres não querem fazer parte da terapia. É mais eficaz tratar estas dificuldades em casal e compreender que um problema sexual nunca é só de um dos membros do casal, mas sim um problema que afecta o casal e que surge num determinado momento entre duas pessoas.» Joana Almeida Psicóloga do Ponto S – Intervenção, Formação e Investigação em Psicologia e Saúde

Sobretudo entre os mais velhos, «existem ainda alguns tabus e preconceitos», observa o médico urologista Manuel Mendes Silva

Doutor… Preciso de ajuda Texto: Bruna Pereira

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as não se preocupe. Irá, decerto, gostar de saber que existem tratamentos e formas de ultrapassar os problemas causados pela disfunção eréctil – uma doença que é um reflexo da sociedade moderna, em que colesterol, diabetes, sedentarismo, obesidade ou tabagismo são os principais responsáveis. Foi com algum embaraço que Fernando Esteves, 62 anos, resolveu, finalmente, marcar consulta com o seu médico de família para resolver aquilo que se revelou ser o início de uma disfunção eréctil. «Ao princípio tive vergonha. Cheguei a ir ao médico, mas falava de dores musculares, paragens de digestão e outros problemas quotidianos, deixando sempre os assuntos íntimos para uma próxima vez, pois achava que era uma coisa passageira.» As dificuldades em consumar o acto sexual com a sua esposa continua-

ram, até que a mesma lhe deu forças para que este contasse o que se estava a passar ao médico, refere Fernando Esteves, hoje em tratamento e «quase em plena forma». Mas Fernando não está sozinho pois estima-se que 10 por cento da população masculina adulta tenha algum nível de impotência sexual, também designada de disfunção eréctil. Portugal, por exemplo, apresenta uma prevalência global deste distúrbio de cerca de 13 por cento, segundo o estudo Episex-pt, realizado pela Sociedade Portuguesa de Andrologia (SPA). Sofrer em silêncio A SPA define a disfunção eréctil como sendo «a incapacidade constante ou recorrente de obter ou manter uma erecção, permitindo a actividade sexual durante pelo menos três meses. A disfunção eréctil pode atingir os homens de qualquer

idade, tornando-se mais frequente em homens com o avançar da idade.» Manuel Mendes Silva, médico urologista, Chefe de Serviço Hospitalar do Hospital Militar Principal de Lisboa, ex-presidente da Associação Portuguesa de Urologia e da Sociedade Portuguesa de Andrologia, explica ainda que «isso pode acontecer subitamente. O que, sem causa orgânica conhecida (por exemplo, uma intervenção cirúrgica), aponta para causas psicológicas, ou de uma forma lenta e gradual, para causas orgânicas, hormono-metabólicas, vasculares, neurológicas ou psiquiátricas, miocavernosas (do próprio pénis), medicamentosas (efeitos colaterais de alguns medicamentos), etc.», já que a erecção resulta de um processo complexo que envolve o cérebro, as hormonas, os nervos pélvicos e os vasos sanguíneos que irrigam o pénis.

Imagine que está no trânsito em hora de ponta. O sinal está vermelho, prestes a passar para verde. O seu carro aguenta firme, ouve o barulho do motor e de todas as engrenagens e espera, confiante. A cor finalmente muda, mas eis que o seu veículo vai abaixo na hora H... Com a disfunção eréctil acontece algo semelhante – o corpo falha quando mais precisávamos dele. Porquê a mim? Muitos homens farão esta pergunta, sobretudo se afectados por algum indício de impotência sexual. Antes de tudo, convém esclarecer que as causas mais comuns da disfunção eréctil são a doença coronária, a diabetes, a obesidade, a hipertensão arterial e a síndrome metabólica. O tabagismo, o alcoolismo crónico, a depressão, a ansiedade, o abuso de drogas pesadas, o cansaço, certas medicações – nomeadamente, no tratamento do cancro da próstata, doenças neurológicas como Parkinson, esclerose múltipla, distúrbios hormonais e traumatismos pélvicos – podem também representar o primeiro sinal desta doença. Mas desengane-se quem pensa que a disfunção eréctil só acontece aos mais velhos, alerta Manuel Mendes Silva. «É mais prevalente à medida que a idade avança, porque também é nessas idades que são mais frequentes

doenças que originam disfunção eréctil. Todavia pode aparecer nos mais jovens, habitualmente, por causas psicológicas.» Hoje em dia existe um leque de opções terapêuticas que vão desde o aconselhamento sexual até à cirurgia. Contudo – e tome bem nota disto – o tratamento adequado dependerá sempre de doente para doente, sendo que o importante é deixar de lado o orgulho masculino e os tabus sociais e consultar um profissional de saúde. Para voltar a ser viril, tratamentos mil «Eu nunca usei nada disso, mas sei que há quem tome, para esses casos, o chamado comprimido azul… E parece que é milagroso», acredita João Lopes, 48 anos, baseado no que os amigos do trabalho relatam e tendo em conta o que vê e ouve na TV. No entanto, a medicação para o tratamento da disfunção eréctil vai muito

mais além do Sildenafil (Viagra). A nível oral estão ainda disponíveis os seguintes fármacos: Tadalafil (Cialis) e Vardenafil (Levitra). Sendo moléculas do mesmo grupo farmacológico, actuam de modo semelhante, favorecendo a irrigação peniana. Existem também produtos naturais à base de ervas e extractos de plantas que poderão ajudar a ultrapassar o problema. Como complemento de qualquer destas terapias para a disfunção eréctil, opte sempre pelo aconselhamento psicológico ou pela terapia sexual, sem medos de falar, porque mesmo havendo muita informação, graças à acção das sociedades científicas e da comunicação social, «às vezes existe até alguma desinformação» e, sobretudo nos mais velhos, «existem ainda alguns tabus e preconceitos, com falta de informação adequada», sublinha o médico urologista Manuel Mendes Silva.


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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

realização

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Companhia Maior é um projecto artístico com actores maiores de 60 anos

©Mundo Perfeito

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A idade deste elenco, muitas vezes, está mais nos olhos do público do que nos próprios intérpretes

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Tiago Rodrigues, encenador

Quando o sonho começa aos 60 C

arlos Nery tem quase 79 anos e a sua vida profissional passou pelo Banco de Portugal. Aos 50 foi confrontado com a reforma antecipada e, nessa altura, prescindiram dos seus serviços. «Saí do banco empurrado porque já estava a aproximar-me dos 60 anos. Houve uma altura em que se criou na cabeça das pessoas a ideia de que tudo o que tivesse mais de 50 anos era velho.» Paralelamente à sua actividade profissional, sempre fez teatro. Colaborou com o Teatro Experimental do Porto na década de 1950, com o Teatro da Cornucópia nos anos 70 e ainda com os Artistas Unidos e quis voltar a representar, mas todas as portas se lhe fecharam. «Fiquei um bocado desiludido porque não encontrei grande receptividade. Eu penso que, de facto, na nossa sociedade há uma discriminação etária. Uma pessoa com 60 anos que

ainda esteja ao serviço é olhada com escândalo, e também senti isso nos grupos de teatro que contactei.» Foi então que ficou a saber que o Centro Cultural de Belém (CCB) estava a abrir inscrições para um workshop de teatro. Candidatou-se e foi escolhido. Dias depois, ficou a saber que seria integrado no elenco de um novo projecto artístico, a Companhia Maior. Hoje sente-se um privilegiado. «Considero-me uma pessoa afortunada porque 30 anos depois de ter feito aquilo que efectivamente gostava de fazer e, quando todas as portas pareciam estar fechadas, surge uma nova oportunidade. Isto para mim é extremamente gratificante. Aconteceu nas nossas vidas algo de inesperado e e notável!» A idade é um posto O projecto nasceu em 2007, uma produção do CCB, que

convidou Tiago Rodrigues da produtora Mundo Perfeito para encenar o primeiro espectáculo. ‘A Bela Adormecida’, com texto de Tiago Rodrigues, é uma adaptação do conto de fadas e tem percorrido o país com várias apresentações. Ao contrário do conto original, aqui os príncipes e as princesas têm rugas e ficaram marcados pelo tempo. Para Tiago Rodrigues, a questão da idade dos actores é muitas vezes vista como preconceito, mas para ele é uma vantagem. «Definitivamente, acho que as rugas, a rouquidão das vozes, os corpos deste elenco têm a riqueza de uma vida de histórias e sei que isso é algo que o espectáculo transparece e que emociona o público. E o elenco da Companhia Maior é, efectivamente, um grupo de pessoas muito criativo e generoso. As eventuais limitações físicas que advenham da idade são francamente insignificantes

Texto: Andreia Arenga

Dizem que a vida começa aos 50 e a verdade é que muitas pessoas só conseguem concretizar o sonho das suas vidas a partir dessa idade. Carlos Nery, Júlia Guerra e Maria Celeste Melo têm todos mais de 60 anos e também eles estão a realizar o sonho antigo de ser actores, depois de a sociedade os ter demitido. Agora brilham nos palcos do país através da Companhia Maior. quando comparadas com os benefícios dessa mesma idade. Os intérpretes mais velhos arriscam com mais facilidade. Acho que a idade deste elenco, muitas vezes, está mais nos olhos do público do que nos próprios intérpretes.» Júlia Guerra gosta de dizer que tem a idade que aparenta porque «o tempo não importa». Sempre foi uma pessoa activa, foi locutora de rádio na Renascença e na Emissora Nacional. «Não consigo estar parada. Digo sempre às pessoas para não desistirem dos sonhos, para coabitarem com eles, porque eles às vezes realizam-se e, desde sempre, o meu sonho estava ligado ao teatro», conta. Para ela, esta é uma oportunidade para mostrar que em todas as fases da vida é possível fazer a diferença e servir de exemplo. «É preciso é que a pessoa aceite a idade com sentido de responsabilidade,

conheça os seus limites e as suas capacidades. Algumas pessoas da nossa idade não têm coragem para empreender um projecto e penso que o nosso trabalho pode servir de exemplo para essas pessoas. É importante agarrar a vida em cada momento.» «Força, avó!» Celeste Melo também concorreu ao workshop e foi seleccionada. No momento de concorrer teve dúvidas, mas o apoio da neta e da filha antes e depois, já durante os ensaios, acabou por ser a maior das recompensas. «Tenho uma rectaguarda muito importante, que são os meus filhos e os meus netos. E eles têm sido importantíssimos para mim. Pelo apoio e ao mesmo tempo o sentimento de admiração perante aquilo que, afinal, a mãe ou a avó é capaz de fazer», diz orgulhosa. Trabalhava como arquivista, mas sempre

gostou de artes e letras. Chegou a representar em sociedades e colectividades de teatro amador onde os pais eram directores e é a comunicação com o público e com as pessoas o que a apaixona. É a actriz mais velha do elenco da Companha Maior. Faz 80 anos daqui a alguns meses. «Acho que é uma questão de energia. Eu tenho a idade que tenho e não me sinto com menos energia do que as outras pessoas que estão lá. Acho que é algo que já estava em nós, senão não estávamos aqui.»

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A Companhia Maior em digressão

Porto Teatro Carlos Alberto, 18,19 e 20 de Fevereiro Açores, Ponta Delgada Teatro Micaelense 26 de Fevereiro Guarda Teatro Municipal 29 de Março


Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011 | Mundo Universitário Sénior

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opinião

Disfunção eréctil: um problema natural com solução P

Dr. Jorge Rocha Mendes, urologista Presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia Director do Serviço de Urologia do Hospital Curry Cabral

arte natural do envelhecimento do homem, a disfunção eréctil pode manifestar-se precocemente se não forem tomadas as devidas precauções. Com uma prevalência de 52 por cento entre os homens dos 40 aos 70 anos, estima-se que afecte meio milhão de portugueses. Destes, 10 por cento procura ajuda, o que significa que 450 mil continuam em silêncio. Um cenário pouco animador, sobretudo quando sabemos que a disfunção eréctil está directamente ligada a factores de risco como a

‘‘ ’’ M Saber que a disfunção não é um problema unicamente seu e poder contar com o apoio da companheira são dois contributos essenciais para a desmistificação do problema.

O papel da mulher na disfunção eréctil Porque a disfunção eréctil também afecta indirectamente as mulheres, é importante ter em conta o seguinte:

• Não se sinta culpada ou com medo de que o seu namorado/marido ou companheiro a tenha deixado de achar atraente ou não goste mais de si;

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• Conversem a dois sobre o que se possa estar a passar de forma a resolver o problema evitando ‘filmes’ que apenas existem na sua cabeça e até a podem levar a uma depressão;

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• Não espere que o problema da disfunção eréctil se resolva sozinho nem tenha medo de abordar o tema por acreditar que ele se vai sentir menos homem por isso;

• Fale sobre a possibilidade de procurarem ajuda médica (sem pressionar) para que a relação não seja afectada pelo distanciamento e pela falta de diálogo entre os dois; • Lembre-se que se o homem percebe que sua namorada, esposa ou companheira sente falta da intimidade sexual, e que a mesma está interessada em ajudá-lo a procurar ajuda, esse homem sente-se apoiado, desejado, com mais auto-estima e com motivação para procurar tratamento.

idade, o colesterol elevado, patologias. É, por isso, a diabetes, o tabagismo, fundamental ultrapassar os efeitos secundários de a vergonha e pedir ajuda. alguns fármacos ou as Saber que a disfunção não doenças cardiovasculares. é um problema unicamente 68 por cento dos homens seu – só em Portugal, há com hipertensão tem meio milhão de homens disfunção eréctil e 40 por a sofrer do mesmo – e cento dos homens com poder contar com o apoio disfunção eréctil tem doenda companheira, são dois ça coronária significativa. contributos essenciais para A identificação, o controlo a desmistificação do proe a prevenção dos factores blema. A disfunção eréctil de risco contribuem para já não é um bicho de sete o prolongamento de uma cabeças, mas sim um vida (sexual) saudável desafio que o casal tem durante mais tempo. de enfrentar. O diagnóstico precoce O prognóstico é de espeda disfunção eréctil é, rança, sobretudo quando aliás, uma oportunidade sabemos que hoje há de prevenção de outras tratamentos que permitem Af_TenaDirect_MS_128x158.pdf 1 11/02/04 01:01

tratar com êxito quase todas as situações de disfunção eréctil. Deixar as vergonhas de lado e falar abertamente do problema é o primeiro passo para a resolução do problema. Entre os tratamentos mais comuns, estão os de via oral: seguros e fáceis de administrar, permitem uma relação sexual perfeitamente natural. A terapia oral de toma diária, por exemplo, mantém um nível constante de fármaco na corrente sanguínea e possibilita ao homem eliminar a necessidade de planear com antecedência a actividade sexual. publicidade


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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

LAZER

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Use o seu tempo livre para viajar e descobrir o melhor que o mundo tem para lhe oferecer

7 relíquias portuguesas à sua espera Ao fim de nove meses de votações, mais de 600 mil portugueses escolheram, em 2010, aquelas que passaram a ser as 7 Maravilhas Naturais Portuguesas mais belas. São elas a Floresta Laurissilva da Madeira; o Parque Nacional da Peneda-Gerês; as Grutas de Mira de Aire, em Santarém; a Lagoa das Sete Cidades, nos Açores; o Portinho da Arrábida, em Setúbal; a Ria Formosa, no Algarve; e a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico. Quer vá sozinho, com o amor da sua vida, com os amigos, com os filhos ou com os netos… O importante é ir!

Nunca é tarde para fazer as malas

Tem mais de 60 anos? Então esqueça as matinés no sofá em frente à TV, o croché, o babysitting dos netos e os jogos de cartas no jardim durante uns tempos e vá viajar. Porquê? Porque a actividade física e o lazer são essenciais para se ter uma vida melhor. Conhecer novas realidades ajuda a redescobrir motivações e mudar de ares serve para evitar estados depressivos, podendo ainda apaziguar possíveis conflitos familiares… Ainda precisa de mais motivos?

Texto: Bruna Pereira

ntónia Gonçalves tem 84 anos e é viúva. Sempre viveu no Porto e, no ano passado, por altura do Verão, os filhos que tem emigrados em França há algumas décadas decidiram, em conjunto, levá-la a conhecer Paris. «Eu não percebia nada do que aquela gente dizia e isso foi o que me fez mais confusão (risos). Mas claro que é muito bonito vermos outras ruas, casas e o mundo em geral, sair daqui uma vez na vida ao menos… Para não morrer estúpida», disse, pegando no lenço e recordando sentidamente o marido que partiu há já tempo. «Claro que eu gostava de ter aproveitado mais a vida, e se o meu marido fosse vivo, ia passear um bocado com ele, mesmo com esta idade».

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O mundo está à sua espera Este é apenas um dos muitos exemplos de “jovens” com mais de 60 anos cuja força de vontade só precisa de um pequeno empurrão para se fazerem à estrada, pois ao contrário do que muita gente julga, ter um documento que rotula as pessoas de seniores não implica de que as mesmas padeçam de fragilidade, falta de saúde, ou medo de sair da sua terra natal. Vejamos… Entre 1960 e 1995, a esperança média de vida dos cidadãos da União Europeia aumentou em oito anos para os homens e em sete anos para as mulheres. Este dado justifica o aumento de viagens realizadas pelo segmento da terceira idade. Este novo nicho de mercado sénior já foi identificado pelas agências de viagens há algum tempo. «Estamos a falar de

pessoas muitas vezes já reformadas, com uma vida financeira mais ou menos estável, que já criaram os filhos e que já compraram aqueles bens materiais que tanto queriam – um carro, uma casa… E que agora têm muito tempo para aproveitar», refere Cristina Teixeira, consultora da Agência Best Travel em Lisboa, explicando que os clientes que lhe aparecem ao balcão tanto pretendem viajar sozinhos como acompanhados – «neste caso, geralmente são casais» – e que para estes grupos etários há sempre promoções, descontos e pacotes especiais. De referir ainda que o mercado de turismo de saúde e bem-estar em termas e SPA sofreu um boom nos últimos anos – a população que realiza estas viagens é maior e mais variada, já que este tipo de turismo deixou de estar associado a doenças.

Passear, descansar e confraternizar… em grupo Trocar impressões sobre o sítio de onde se vem, falar dos percursos de vida, dos sonhos que ficaram por realizar… Tudo pode ser motivo para viajar também em grupo, outra das modalidades mais requisitadas pelos turistas seniores portugueses, como refere António Cardoso, responsável pelo Departamento de Grupos da Agência Abreu do Porto. «São grupos de amigos, ou turmas que nos chegam das universidades seniores, por exemplo, muitas vezes com viagens até financiadas pelas juntas de freguesia ou pelas câmaras municipais.» Dependendo das características dos grupos em questão, António Cardoso sublinha que o grau de exigência nestas idades tende a ser bastante maior, se comparado com

o dos grupos mais jovens. «A Península Ibérica é, claramente, o destino preferido pela maioria dos grupos portugueses. Norte de Portugal, Galiza, Sevilha… Em França, Lourdes, mas este destino já com um cariz mais religioso. Estas pessoas são muito esquisitas com a comida, não querem nada que fuja muito da sopa tradicional e dos pratos com bacalhau (risos)… Vão viajar, mas querem sentir-se como se estivessem em Portugal.» Depois, há também as excepções – «ex-professores ou ex-juízes aposentados que nunca puderam sair muito do país, porque assim o exigia a sua carreira, e que agora nos chegam à agência e pedem sugestões de rotas que incluam a Ásia (China e Índia, por exemplo). É curioso, porque estes arriscam mais distância e procu-

ram a diferença cultural, não se ficam por dar um pulo até junto de nuestros hermanos». Aparecem também clientes seniores para cruzeiros até às Ilhas Gregas ou encomendas de viagens de lua-de-mel com direito a tarifas especiais, diz António Cardoso, concluindo com a ideia de que ter mais de 60 anos compensa, porque «há mesmo muita oferta de viagens com duração de vários dias e com direito a guia turístico, a partir de 140 euros.»

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Viajar em saldos! Se quiser poupar mais euros pode sempre escolher viajar na época baixa, quando os destinos mais procurados durante todo o ano estão mais vazios. Vai ter todo o sossego do mundo e ainda usufruir de descontos que podem chegar aos 30 por cento abaixo do valor cobrado na época alta.


Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011 | Mundo Universitário Sénior

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Testemunhos

Testemunhos de como os dias podem ser recheados de actividades e auto-realização.

Como espantar a solidão

‘‘ ’’ Maria de Lurdes Trindade

Sou muito feliz a fazer voluntariado

Texto: Renata Lobo

Espectáculos, desporto, passeios, festas, voluntariado, trabalho, animais e netos. Precisa de ideias? Vale tudo menos ficar em casa. Descubra como pode ocupar os seus dias e sentir-se cada vez mais novo(a).

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«Há muito companheirismo nas corridas que faço» Maria Camarão, 66 anos, reformada

«Estou numa fase em que prefiro descansar» Emília Paramés, 66 anos, reformada

Os domingos e feriados são passados na Casa do Artista, onde empresta a sua ajuda, principalmente aos acamados. O prazer que tem ao ajudar também a levou a estar presente na passagem de ano da instituição. No tempo livre não diz que não a um bom espectáculo ou mesmo a fazer desporto, como cardio-fitness. E quando há corridas relacionadas com causas como o cancro da mama ou luta contra a sida, Maria Camarão está lá a dar corda aos ténis. Tenta sempre chegar à meta, onde massagistas profissionais estão a postos para dar apoio a todos os atletas.

«Os cães são capazes de criar ligações mais fortes que as pessoas»

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«Sou muito feliz a fazer voluntariado» Maria de Lurdes Trindade, 72 anos, reformada

Aníbal Martins, 62 anos, advogado

Há 22 anos que é voluntária no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, principalmente no Serviço de Otorrinolaringologia, onde toma conta dos mais velhos e ajuda em tudo o que for necessário. Mesmo que muitas vezes implique levar os pacientes de carro onde necessitarem. Presta apoio das 09h às 12h, actualmente dois dias por semana. Este voluntariado fá-la sentir bem e diz que a ajuda a viver. Não consegue estar em casa com muitas horas dedicadas ao ócio. Cozinhar não é com Maria de Lurdes. O seu talento, confessa, é comunicar.

A sua grande distracção chama-se Jackie. Um cão labrador que o filho deixou aos seus cuidados. Apesar de inicialmente não estar nos seus planos tomar conta de um amigo de quatro patas, descreve-o como o seu grande companheiro. Aníbal é também amigo do exercício físico e ao final do dia procura sempre fazer um pouco de actividade no ginásio. Isto quando não faz caminhadas de 3,5 quilómetros à noite ou ao fim-de-semana.

“Faço o Parque das Nações de um lado ao outro a pé”

Quando não está entretida a tomar conta dos netos, que ocupam grande parte do seu tempo livre, sempre que pode, Emília Paramés vai dar um passeio de carro até à Costa de Caparica com os amigos. Se estiver bom tempo, claro. Isto quando não percorre uma distância maior até à casa de férias no Algarve. Passar o tempo a descansar em família é o ideal para si.

“Não consigo parar de trabalhar”

“Gosto de ir ver espectáculos”

A

Carlos Madrugo, 63 anos, reformado

Afonso Costa, 82 anos, comerciante

Estar ao ar livre é como se distrai melhor. Já fez montanhismo, mas uma rotura no joelho impede-o agora de fazer grandes esforços. Hoje dispersa-se por cruzeiros, excursões e passeios pela Baixa lisboeta, onde encontra sempre alguém conhecido. Adora tirar fotografias na sua máquina digital e não vira a cara a um bom convívio. Pelo contrário, promove festas na Casa do Concelho de Alvaiázere, a “capital do chícharo”, conta.

Quem disse que o trabalho não nos distrai? Quando se gosta do que se faz, como é o caso de Afonso Costa, é a melhor forma de passar o dia. Tem a sua própria loja de roupa em plena Baixa lisboeta e, mal acorda, vai para o armazém. Mas nem por isso deixa de se entreter nos tempos livres. Sócio do Benfica há 73 anos, gosta de ir ver a bola, além de conduzir, passear, conviver e viajar pelo mundo fora.

Clarinda Silva, 65 anos, dona-de-casa

É a verdadeira fã das artes. Teatro, bailado, ópera, fado e espectáculos no Casino foram as primeiras palavras que lhe saltaram da boca. Em Lisboa está bem servida de tudo o que a cultura tem para oferecer. No entanto, não dispensa outra das suas actividades preferidas: passear com os amigos.

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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

Apetite Sabia que alguns alimentos podem ajudar a revitalizar a sua vida sexual?

ENTRADA Ostras no forno

Texto: Bruna Pereira

Pecado original à mesa Neste dia 14 de Fevereiro, em que se celebra o Dia dos Namorados, nada melhor do que experimentar (ou porque não fazê-las você mesmo?) algumas receitas afrodisíacas em homenagem a São Valentim. Atreva-se a derreter estes dias de Inverno num fim de noite bem quente, passado na companhia da sua cara-metade, e em que o limite da temperatura fica a cargo da sua imaginação…

Ingredientes: 2 dúzias de ostras; 2 chávenas cheias de cogumelos laminados; 1 cebola picada; 1 colher de sopa cheia de manteiga; 1 colher de sopa rasa de farinha; 1 dl. de vinho branco; 1 dl. de natas; pão ralado, sal e pimenta q.b. Confecção: Abrir as ostras e coar a água que deitarem. Cozer a cebola na manteiga, num tacho tapado, até a cebola ficar transparente. Juntar os cogumelos cortados, tornar a tapar o tacho e deixar ferver mais 5 minutos, em lume brando. Deitar a água das ostras e o vinho branco, no qual se desfez a farinha, e ir mexendo até obter um composto cremoso. Se começar a ficar muito espesso, diluir com água morna. Depois de fervilhar alguns minutos, retirar, ligar-lhe a nata e temperar com pimenta em pó e sal. Espalhar as ostras no fundo dum prato pirex untado com margarina, cobrir com o creme, polvilhar levemente com pão ralado e meter no forno. Servir logo que a superfície estiver corada.

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ão é mito, não é boato nem é imaginação fértil. Está cientificamente provado que alguns alimentos contêm mesmo propriedades afrodisíacas, ou seja, servem de estimulantes sexuais. São eles o alho, o gengibre, a cebola, o alecrim, a pimenta, as ostras, o atum, os morangos... Claro que estes alimentos devem ser consumidos em maior quantidade por quem quer estimular o apetite sexual, para que se possam sentir seus efeitos. Fica aqui uma sugestão de ementa especial para um dia também especial, seja ele o Dia dos Namorados ou não – porque um jantar afrodisíaco serve-se quando um homem ou uma mulher quiserem, não é verdade?

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SOPA creme de alho francês

PRATO PRINCIPAL Salada de frango com melão

Ingredientes: 1 alho francês grande às rodelas; 2 cebolinhas picadas; 2 pés de coentros; 1 caldo de legumes; 1 colher de chá de mel; sal e pimenta branca q.b. e 1 iogurte magro. Confecção: Misturar todos os ingredientes e triturá-los no liquidificador. Servir esta sopa fria e, para lhe dar um ar mais sensual, enfeitá-la com as folhas dos coentros.

Ingredientes: 250 g de peito de frango; 1 dl. de vinho branco; 1 melão pequeno; 1 colher de sopa de ketchup; 4 colheres de sopa de natas; 1 pitada de alho em pó; 2 colheres de sopa de conhaque; 1 ramo de aipo; sal q.b.; 2 grãos de pimenta branca; 3 pés de salsa; pimenta preta em pó; 1 dl. de água; 2 pedacinhos de raiz de gengibre. Confecção: Ferver o vinho branco e a água com os grãos de pimenta, a salsa e o aipo. Temperar com sal e cozer os pedaços de peito de frango durante cerca de 25 minutos em lume brando. Retirar o frango e deixar arrefecer. Cortar o melão ao meio, retirar a polpa e cortá-la em pedaços. Juntar ao frango, regar a mistura com o conhaque e deixar marinar durante 15 minutos. Entretanto, cortar o gengibre em pequenos nacos e juntá-los à salada. Para o molho, bater as natas e juntar a maionese e o ketchup. Temperar com alho em pó e a pimenta preta. Verter o molho sobre a salada, misturando bem. Conservar a salada no frigorífico antes de servir.

O gengibre possui propriedades estimulantes que ajudam a tornar o sangue mais líquido, contribuindo para aumentar e prolongar a função eréctil.

A maçã está associada ao pecado e à tentação. Os licores de maçã, como a sidra, são estimulantes e acredita-se que rejuvenescem.

BEbidas

Para beber à refeição, use principalmente champanhe e tenha morangos, amoras ou framboesas para acompanhar – são uma boa fonte de vitamina E, necessária para o aumento do impulso sexual. Consumido com moderação, o álcool pode actuar como um afrodisíaco ao tornar-nos mais desinibidos e sensíveis ao tacto. Fonte: Felícia Sampaio, Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal, com Colaboração de José M. Valadas, entre outros.

SOBREMESA Maçãs assadas à paraíso Ingredientes: Maçãs (consoante o número de pessoas); vinho do Porto; manteiga e açúcar q.b. Confecção: Tirar os centros das maçãs, evitando furá-las. Untar com manteiga um tabuleiro de ir ao forno e colocar as maçãs. Regar com vinho do Porto (1 cálice) o fundo do tabuleiro. Encher os buracos das maçãs com o açúcar, um pouco de vinho do Porto e um fio de manteiga derretida. Pode juntar um pau de canela e passas, para acrescentar um sabor exótico. Assar em lume brando.


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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

ciência

Viver para sempre… é possível? Texto: Renata Lobo

Os elementos relacionados com a aspiração à vida eterna são tão antigos como a vida humana. Mitos, lendas, religiões… em comum têm a procura incessante da vida eterna noutro plano que não o nosso. A busca de um Santo Graal, a promessa de vida eterna do elixir da juventude, a crença em seres imortais ou na reencarnação. Mas a ciência e a tecnologia são a grande esperança na eterna procura da pedra filosofal. E o segredo parece estar na genética.

Desde sempre o Homem ambicionou encontrar a fonte da juventude

Portugal sempre foi um bom exportador de cientistas. É o caso de Samuel Aparício (BC Cancer Agency) e Carlos Caldas (Universidade de Cambridge), que separadamente têm feito progressos na cura do cancro da mama. A equipa liderada por Carlos Caldas reduziu a quatro genes a procura pelo gene responsável pelo cancro da mama, enquanto a liderada por Samuel Aparício estudou a evolução do genoma de um cancro da mama, descodificando-o, e percebeu que nem todas as células do tumor têm as mesmas mutações, o que poderá vir a ser fundamental no combate à doença.

Leitura: Saber Viver ao Entardecer Da autoria do médico português João Gorjão Clara, responsável pela unidade de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, este livro revela alguns segredos para os mais velhos seguirem e melhorarem a sua qualidade de vida. Promover a actividade intelectual, ter sentido de humor, não fumar, fazer exercício físico, dieta e… sexo, são algumas das sugestões. No livro podemos ler: «Quem quer envelhecer com qualidade tem de lutar contra todos aqueles factores que o entristecem. Viverá no presente e não só no passado. Não deverá fechar-se nas suas recordações, na sua concha.»

Homem vs. Micróbios

Células sintéticas Após 15 anos de investigação, o J. Craig Venter Institute criou a primeira forma de vida sintética através de ADN produzido em laboratório. Mais especificamente, foi construída a primeira célula de bactéria sintética. O genoma (informação hereditária de um organismo, codificada no seu ADN) sequenciado de uma bactéria foi projectado num computador e transplantado, através de uma síntese química, para uma célula sem ADN que passou a estar viva com capacidades reprodutivas. É, segundo o médico J. Craig Venter, «a primeira espécie auto-replicante no planeta cujo pai é um programa de computador». Algumas vozes de alerta surgem quanto aos perigos desta descoberta. Produção de biocombustíveis, ou limpeza de manchas de petróleo no mar são algumas das possíveis aplicações futuras que poderão melhorar as condições de vida no planeta. E nós, podemos melhorar o nosso genoma?

Esperança de vida: nem tudo é genético Com o passar dos séculos a esperança de vida tem aumentado significativamente, em especial nos países mais desenvolvidos, graças a avanços da medicina, alimentação, cuidados básicos de saúde e ambiente mais ou menos poluídos. No entanto, a genética pode ser em grande parte responsável por uma vida longa. Um facto curioso chegou recentemente dos Estados Unidos: pesquisas efectuadas pelos médicos norte-americanos David Ludwig e Jay Olshansky revelaram que os índices de esperança média de vida desceram pela primeira vez na história do país devido ao elevado número de casos de obesidade, já considerado epidemia, o que pode contribuir para o aumento de problemas cardíacos, diabetes, entre outras vulnerabilidades. Mais que viver muito, é preciso viver bem.

As nossas mentes brilhantes

O paciente de Berlim São mais de 30 milhões os portadores de VIH no mundo. A procura da cura tem sido uma verdadeira batalha para a comunidade médica internacional, mas recentemente abriu-se uma pequena janela. O norte-americano Timothy Ray Brown é o primeiro e único portador de HIV que venceu a doença. Em 2007, na Universidade de Medicina de Berlim, foi submetido a um transplante de células estaminais da medula óssea de um dador, para tratar uma leucemia mielóide aguda de que sofria. Esse dador possuía um raro gene hereditário associado à redução do risco de contrair o VHI. Após radioterapia, quimioterapia e dois transplantes, Timothy não apresentava sintomas. O estudo foi publicado no jornal ‘Blood’ em Dezembro de 2010, após confirmarem que Timothy já não precisava de tomar os medicamentos anti-retrovirais. Estava curado. Não é ainda a cura definitiva, mas um caminho a seguir.

Pelo menos nos países desenvolvidos, o acesso aos antibióticos já se tornou tão natural no tratamento de infecções bacterianas (e não virais) que parece ter sido sempre assim. Mas só em 1928 é que o bacteriologista inglês Alexander Fleming tropeçou na invenção da penicilina, após uma série de acontecimentos improváveis. É uma das grandes invenções do século XX, também responsável pelo aumento da esperança média de vida. Mas fica o conselho: é de extrema importância fazer uma utilização correcta dos antibióticos, caso contrário, o organismo pode criar resistências.

Manoel de Oliveira: 102 anos É o mais velho cineasta do mundo. Sabemos que, para ele, filmar é uma necessidade intelectual e que tem sempre um projecto na manga. Foi campeão de salto à vara, mas fumador durante três décadas. Nenhum dos seus familiares viveu tanto tempo (não passaram dos oitenta). A longevidade de Manoel de Oliveira pode ser explicada pelo exercício físico que praticou e pela mente eternamente jovem. E talvez mais um caso que prova o peso da genética na nossa longevidade.

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Solução para problemas de próstata A partir dos 45-50 anos, muitos homens começam a sentir problemas relacionados com o aumento da próstata. Dificuldades em urinar e acordar várias vezes durante a noite para ir à casa de banho são apenas os primeiros sintomas de que algo vai mal. Nestes casos, existem produtos naturais, como o Prostavit®, que podem ajudar a ter uma maior qualidade de vida. Prostavit® é um suplemento alimentar natural à base de zinco, óleo de sementes de abóbora, palmeto e raiz de urtiga que ajuda a melhorar o funcionamento da próstata e a reduzir o desconforto urinário, o que se reflecte na forma como volta a viver o dia-a-dia. Este produto foi testado em ensaios clínicos, com resultados na ordem dos 83 por cento de redução de volume de urina retida em oito semanas. À venda em dietéticas e lojas celeirodieta.


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Mundo Universitário Sénior | Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011

MÚSICA

Música nova com cheirinho a antigamente Texto: José Frazão Reis e Laura Alves

Novas músicas, velhos tempos, é uma máxima que se pode adoptar para definir uma boa parte da música contemporânea. Muitas das bandas e artistas de hoje são os filhos e netos de gerações que criaram movimentos, que abriram portas aos ideais que a música materializou. Eis algumas sugestões musicais para apreciar e talvez dar um pezinho de dança.

Os Tornados Real Combo Lisbonense A primeira banda do sortido revisita a época da mini-saia, do biquíni às bolinhas amarelas e a época dourada dos serões casamenteiros nos Alunos de Apolo com o ié ié e o twist, estilos musicais que deram origem ao rock ‘n’ roll tal como o conhecemos. São os Real Combo Lisbonense, agrupamento musical dos irmãos José Paulo e Mário Feliciano. Dos sons sobressaem o enorme cosmopolitismo dos anos 60, indissociável do movimento musical que o formou, a emancipação feminina, e claro, os Beatles. ‘A Borracha do Rocha’ ou ‘O Fado é Bom Para Xuxú’ são temas imperdíveis.

Rua da Saudade O projecto reúne várias intérpretes femininas – Susana Félix, Viviane, Luanda Cozetti e Mafalda Arnauth – para recordar o incontornável poeta Ary dos Santos, falecido em 1984. ‘Rua da Saudade’, que é também o nome da rua onde vivia Ary, é uma fiel homenagem ao declamador e poeta português que traz novamente à ribalta músicas de Fernando Tordo, Nuno Nazareth e Tozé Brito produzidas pelo músico Renato Jr.

Com Os Tornados continuamos num ambiente de baile, mas com um rock mais actual e com um twist mais progressivo e libertino a recordar os irrequietos anos 60. Eram os tempos das manifestações contra a guerra do Vietname no outro lado do Atlântico, e os primeiros passos que iriam desembocar na inevitável liberdade no nosso país. A música d’Os Tornados transpira o glamour dos ídolos da adolescência, e a lembrança de duas bandas, ícones portugueses há muito extintos: Conjunto Mistério e Os Tártaros. O tema ‘Catraia’ é para dançar como se tivesse novamente 20 anos. Twist do Contrabando (2009)

Rua da Saudade – Canções de Ary dos Santos (2009) Real Combo Lisbonense (2009)

Norberto Lobo Danças Ocultas Zeca Sempre É sempre controverso fazer discos de homenagem a grandes nomes do panorama musical como foi (e ainda é) José Afonso. Na década de 90 houve o marcante ‘Filhos da Madrugada’ e, mais recentemente, quatro músicos portugueses – Olavo Bilac, Nuno Guerreiro, Tozé Santos e Vítor Silva – propuseram-se a dar novas interpretações ao legado de José Afonso com ‘Zeca Sempre’. Nem sempre o espírito e mensagem dos temas são fiéis aos originais, mas é ainda assim um projecto a conhecer.

Entramos no campo da world music com o quarteto de concertina Danças Ocultas. Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Ricardo e Francisco Miguel materializam uma banda sonora desenvolvida em torno de um tango que rompe todas as ligações com o folclore mais tradicional dessa vertente, fazendo o elo final entre Astor Piazzolla e os Gotan Project.

Destacamos os diversos e complexos idiomas transcritos pela guitarra de Norberto Lobo. Uma introspecção em que os acordes dedilhados esquecem as palavras, criando metáforas indecifráveis, tal como a música que o guitarrista interpreta. Não há um lugar comum na sua arte, um cliché que se possa apontar, quando músico e guitarra se encontram e encetam o diálogo sonoro, é difícil de contextualizar para um rótulo sonoro.

Tarab (2009)

Pata Lenta (2009)

Zeca Sempre – O Que Faz Falta (2010)

Roda de Choro de Lisboa A Naifa

A assinalar o décimo aniversário da morte de Amália Rodrigues, surgiu em 2009 o projecto Hoje, liderado por Pedro Gonçalves, dos The Gift, que se faz acompanhar por Sónia Tavares (vocalista dos The Gift), Fernando Ribeiro (Moonspell) e Paulo Praça (ex-Turbo Junkie e Plaza). O álbum revisita alguns dos temas mais marcantes da diva do fado, transportando-os para uma sonoridade mais pop e electrónica.

Na Roda de Choro de Lisboa não entra a palavra tristeza. Aqui a mornas são corridinhas, são o luxuriante choro brasileiro, com o aroma da ‘Gabriela Cravo e Canela’ e o abanão pecaminoso de ‘Dona Flor e seus dois maridos’. Eram os tempos áureos em que a terra transbordava a riqueza tropical do cacau, do café e da borracha, um Brasil europeu, vaidoso que o quinteto luso-franco-brasileiro num tom brejeiro importou para Lisboa, agitou e voltou a servir nas noites de Alfama. É a revolta da bênção sonora puritana, feita para dançar até cair para o lado e, ao mesmo tempo, agradecer a Deus pela folia, um tiro na rotina, com génio e travo a café!

Dos mais carismáticos e inovadores projectos que aconteceram já neste novo milénio, ficaram marcados pela genialidade que deu ao fado uma nova linguagem. João Aguardela – depois dos Sitiados, da Linha da Frente e do projecto Megafone, entretanto vítima de cancro – criou A Naifa e elevou o fado a um universo mais pop, sem contudo nunca o rotular numa corrente subversiva e sem contexto, tão em voga nessa vertente musical. Com três discos no repertório, A Naifa vale pelas músicas, pelas excelentes letras e pela virtuosidade da voz de Mitó.

Amália Hoje (2009)

Lusofolias (2010)

Uma Inocente Inclinação Para o Mal (2008)

Hoje


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