Turnverein - Ed. 18

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patotas

De pai para filho

Futebol é o pano de fundo para o encontro semanal de amigos no Bandeirante

Amizade em torno da bola A reunião das quartas-feiras para o jogo de futebol suíço é sagrada. A bola até rola em campo, a disputa acontece dentro do tempo determinado, mas esse grupo de veteranos gosta mesmo é da confraternização pós-jogo. A patota dos Quartafeirinos do Bandeirante foi fundada em 1972, pelos jogadores Darci Leonel Pereira, o Pereirinha, Nivaldo Diego, Edson Cardoso e Francisco Simas.

Maicon Testoni

A

patota mais antiga do clube tem dois nomes: Segundinos ou Segundafeirinos. Maicon Testoni participa do grupo há 17 anos e se orgulha ao contar que o pai, Lídio Testoni, foi um dos primeiros integrantes a ter a brilhante ideia de trazer os filhos dos participantes ao grupo. “Hoje, temos 30 pessoas, porém mais de 150 já passaram pela patota”, contabiliza. Com apenas sete anos, Pedro Augusto, filho de Maicon, já participa dos encontros. “O lugar na patota é garantido quando passado de pai para filho. Outros associados que queiram entrar para equipe são bem-vindos, desde que haja a aprovação unânime dos integrantes”, explica. Outra particularidade é o uniforme. Maicon avisa que é indispensável o uso de meia e short branco. O castigo para quem não se veste adequadamente é jogar por último.

O grupo já existia antes desse ano, mas só em 1972 foi oficializado e começaram os torneios. Atualmente, a patota congrega 45 jogadores, de 35 a 70 anos. Edmundo Becker, o Muna, é o mais velho da equipe e também o mais valente. Francisco Simas afirma que os campeonatos sempre são muito acirrados, disputados para ganhar. Porém, o principal objetivo de todos é garantir a alegria dos encontros. A divisão do grupo é por idade, um de 35 a 50 anos e outro acima de 50 anos. Mas, se faltar quorum, eles misturam todo mundo e o jogo acontece de qualquer jeito. Simas conta que a alegria da patota atrai muita gente de fora, que se torna sócio do clube apenas para poder fazer parte do grupo de veteranos. A patota sempre participou de torneios em outras cidades. Este é mais um motivo para garantir a festa da galera. Simas já não joga, mas não abandona o time e é presidente do grupo. Anualmente, eles realizam duas festas que já são fixas no calendário dos Quartafeirinos do Bandeirante. O Dia das Mães e o Dia dos Pais são comemorados carinhosamente por todos os participantes, que levam as famílias ao clube para uma grande confraternização. Os aniversariantes do mês também são lembrados, mensalmente se reúnem para cantar os parabéns. Fotos Daniel Zimmermann

Patota animada que se preze faz festa. É tradição há mais de duas décadas o jantar que os Segundinos fazem uma vez por mês depois da partida. Foi por causa dos jogos com a equipe do Bandeirante que Maicon entrou para o time do Brusque. “O clube é um celeiro de atletas. Grandes nomes já passaram por aqui”, diz. Contudo, não só em campo o associado teve os melhores momentos. Maicon casou-se no clube e também curte divertidos momentos em família. Para o associado, a semana começa no campo e termina por lá. Além dos Segundinos, Maicon joga com a equipe Amigos da Bola, como atacante.

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Darci Leonel Pereira


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