Revista Negócios - Ed. 12

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das associações empresariais do Vale do Itapocu Ano 3 | nº 12 Maio e Junho de 2011 R$ 8,90

Contabilizando bons resultados EMPREENDEDORISMO: Contato Call Center lança produto inovador

Clientes fiéis e equipe coesa atestam a receita de sucesso da RR Serviços Contábeis, de Corupá, que comemora 22 anos de atuação sob o comando de Ronaldo Cielusinski e Orides Klitzke

TECNOLOGIA: TPA Internet entra no mercado de Schroeder



editorial

O desafio da mão de obra

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ão é novidade afirmar que estamos vivendo um momento de mão de obra escassa, especialmente a qualificada. Nossa realidade, sem sombra de dúvidas, comprova esse fato. E é sobre esse último grupo que lanço a vocês uma reflexão: que talentos estamos preparando para o futuro? Faltam pessoas comprometidas, aquelas que realmente querem trabalhar. Trazemos essas pessoas para dentro de nossas organizações, pois a situação atual não nos dá alternativa. Não se pode generalizar, porém estamos diante de pessoas sem competências e habilidades necessárias. Acabamos optando por contratá-las e temos a obrigação de desenvolvê-las quando inseridas na empresa. Infelizmente, ao mesmo tempo em que a qualificação diminuiu as exigências estão aumentando. É um contra-senso. Esse profissional é contratado sem maiores exigências. Afinal, ele também sabe que as empresas estão em uma busca desenfreada por mão de obra. Assim, ele passa a acreditar que os seus dias na organização deverão ser sem exigências. Até mesmo porque, se ele não se sentir como quer nesta empresa,

ele irá, rapidamente, encontrar espaço em outra. E sai desta empresa do mesmo modo que entrou: despreparado, desqualificado e descomprometido. Cabe-nos refletir: o que acrescentamos na vida deste profissional? Desta forma se cria a lastimável cultura de que tudo é fácil; de que a vida não exige esforços; de que se pode realizar inúmeras exigências sem limites, mesmo não acatando limites. Cobrar produtividade, então? Inimaginável. Sem contar que, “levando” a vida desse jeito por alguns meses na empresa ainda irá garantir alguns meses de seguro-desemprego e, quem sabe, poderá trabalhar sem registro em empresas informais, sem qualquer benefício, durante várias horas, para aumentar a renda. Esse é o nosso outro problema: a informalidade. Bom, esses são somente alguns impactos negativos da falta de mão de obra e, especialmente, da própria profissionalização. Todavia não podemos desistir dessas pessoas e, muito menos, deixá-las continuar nessa “crença do fácil”. Essas mentes precisam de ajuda, para o bem da organização e, principalmente, para o bem próprio, pessoal. Temos a iminente necessidade e, por-

que não dizer dever, de preparar essas pessoas, tornando-as capazes de trazer o resultado para a empresa, ao mesmo tempo em que se sentem bem, preparadas e felizes na organização. Estamos criando uma competição acirrada em relação ao recrutamento de pessoas e isso está nos prejudicando. A ganância pelo crescimento está se sobrepondo à qualidade de crescimento que necessitamos. Precisamos repensar nossas práticas de Recursos Humanos. Há tempos que o RH deixou de ser mero recrutador, exercendo restritamente funções de departamento pessoal para se tornar um setor estratégico na empresa, responsável pelo treinamento de pessoas, pela retenção de talentos e pela constância da motivação. São esses fatos que resultam em uma produtividade melhor e pessoas felizes. A falta de mão de obra tem um preço, mas a falta de treinamento, de formação de cultura e qualificação, custa muito mais. Carlos Hugo Dequech e Dênis Luiz Lunelli Presidente da ACIAG e vice-presidente da Indústria 3


sumário

12. Destaque Empresarial Os sócios Ronaldo Cielusinski e Orides Klitzke contam como a RR Serviços Contábeis, de 22 anos, tornou-se marca de excelência em Corupá e região, apresentando baixos índices de rotatividade tanto com clientes como funcionários.

Conselho Editorial

Beatriz Zimmermann (ACIJS) Jean Carlo Chilomer (ACIAC) Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS) Rogério Souza Silva (ACIAG) Ronaldo Corrêa (CEJAS) Danielle Fuchs (Mundi Editora) Edição - Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br Textos - New Age Comunicação (Liliani Bento) e entidades Fotos - Ricardo Silva, Flávio Ueta e divulgação Foto de capa - Ricardo Silva (Photuspress) Gerente de Arte e Desenvolvimento - Rui Rodolfo Stüpp Diagramação - Tiago de Jesus e Fabiano Linares

16. Tecnologia Originária do município de Timbó, no Médio Vale do Itajaí, TPA Internet está prestando serviços de internet banda larga, provedor e telefonia fixa em Schroeder, no Vale do Itapocu. 4

Circulação - circulação@mundieditora.com.br Sugestão de pauta - revistanegocios@mundieditora.com.br Tiragem - 3.000 exemplares Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS).Informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000.


08. Reportagem Especial Focados na solução para a falta de mão de obra qualificada, empresas e instituições de ensino do Vale investem cada vez mais em cursos voltados a atender as demandas do setor produtivo local.

expediente

Gerente comercial Eduardo Bellidio eduardo.bellidio@mundieditora.com.br Editora-chefe Danielle Fuchs danielle@mundieditora.com.br Diretor executivo Niclas Mund niclas@mundieditora.com.br Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401 Telefone: + 55 (47) 3035-5500 www.mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

24. Empreendedorismo Contato Call Center, de Jaraguá do Sul, revolucionou o mercado com soluções que não só auxiliam nas vendas, mas mensuram resultados e identificam clientes, destacam Silvio Veloso e Marcelo Noronha. 5


canal aberto

tribuna

75 anos de bom atendimento A empresa Calçados Maluta, de Garamirim, é um exemplo de sucesso no quesito sucessão familiar. Fundada por João Maluta Júnior, está na quarta geração e tem a história construída com base em valores e forte tradição. Com 75 anos de existência e cerca de 50 funcionários, a empresa entrou no mercado de Jaraguá do Sul há 11 anos, onde conta com duas filiais muito bem-sucedidas. No total, são quatro lojas: duas em Guaramirim e duas em Jaraguá do Sul. Segundo o proprietário, Edgar Maluta, o foco da empresa está no bom atendimento. “A nossa principal matéria-prima é o cliente”, destaca. Para o empresário, a Maluta se diferencia também por prestar um atendimento personalizado, preocupado com a satisfação do cliente. Desde o dia 1º de janeiro de 1936, data da fundação, a satisfação do cliente é a maior recompensa da Calçados Maluta.

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A solução para a instabilidade energética de Schroeder é a instalação de uma subestação de 138KV para distribuição no município. Já estamos trabalhando essa solicitação na Celesc” Ivandel Hambus vice-presidente da Associação Empresarial de Schroeder, falando sobre os problemas crônicos de energia na região.


em alta X em baixa

Jaraguá mantém alta posição no PIB O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou os números oficiais do PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios catarinenses. Levando em conta o ano de 2008, o órgão computou todos os resultados obtidos durante o período e chegou a um cálculo final. O estudo destaca como os cinco maiores PIBs catarinenses os dos municípios de Joinville, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul. Eles ocupam, respectivamente, as posições de número 30, 39, 50, 56 e 92. Juntos, concentram 35,46% da riqueza catarinense e 24,73% da população. O PIB catarinense está em R$ 123,28 bilhões. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Jaraguá do Sul, Célio Bayer, o lugar no ranking foi conquistado em 2007 e mantido graças ao crescimento que tem sido apresentado até o momento. A economia da cidade é bastante diversificada, por isso é mais fácil apresentar crescimento contínuo. Os setores mais fortes são indústria metal mecânica, de vestuário, alimentos, construção civil e o comércio.

Mais informações no www.ibge.gov.br

Estrago das chuvas permanece na região Desde as últimas chuvas, ocorridas em março, ainda há locais que precisam de reparos urgentes na região. Os governos do Estado e Município têm trabalhado na recuperação de trechos da BR-280 e em outros pontos, mas a lentidão incomoda quem mora na região. Corupá foi um dos municípios mais afetados e ainda há locais onde as pontes não estão totalmente recuperadas. Para piorar a situação, cada vez que chove são registrados pontos da BR-280 com quedas de barreiras. De acordo com o DNIT, levará cerca de um ano para retirar o morro perto do Km-81 que, quando chove demais, desliza. A SC-416, acesso entre Jaraguá do Sul e Pomerode, é uma das que mais tem sofrido com as chuvas.

Há problemas causados pela chuva perto da sua casa? Envie imagens para revistanegocios@mundieditora.com.br

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reportagem especial

Vale mantém luta pela qualificação Mão de obra escassa faz crescerem na região os novos cursos e aulas direcionadas à prática

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om o mercado aquecido na Região Norte de Santa Catarina, as empresas e instituições educacionais estão tendo que investir em cursos voltados para a qualificação dos profissionais, como forma de evitar o fosso em que se encontra o Brasil: há pessoas com graduação desempregadas porque não encontram emprego na área e, por outro lado, há vagas excedentes em funções nas quais faltam profissionais. Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 69% das 1.616 empresas consultadas enfrentam dificuldades com a falta de trabalhadores qualificados. De acordo com o estudo, a falta de mão de obra atinge todas as áreas e categorias profissionais das empresas no País. Um exemplo disso é a Engenharia Civil, área em que há um déficit de mais de 10 mil profissionais no País. Por outro lado, as empresas do Vale do Itapocu têm dificuldade para encontrar profissionais na área têxtil e no setor metal mecânico, dois segmentos fortes em Santa Catarina. A necessidade de qualificar a mão de obra é tão urgente que as quatro instituições de ensino superior (Católica, Uniasselvi/Fameg, Jangada e Anhanguera) localizadas na região, todos os anos, lançam novos cursos de graduação com o objetivo de atender a demanda reprimida. A professora de graduação nas disciplinas ‘Teoria Geral da Administração’ e ‘Planejamento Estratégico’ e na especialização ‘Jogos de Empresas e Empreendedorismo’ e ‘Plano de Negócio’ da Uniasselvi/Fameg, Adriana Giovanella, conta que os alunos relatam que a maior dificuldade é encontrar emprego na área em que estudam. “A grande maioria trabalha, mas não na área em que está estudando, e sente

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Setor têxtil da região é um dos que carece de mão de obra qualificada dificuldade para assumir cargos de gerência que estão sendo ocupados por profissionais de outros estados”, diz. Na tentativa de resolver este problema, a professora conta que as instituições

A grande maioria trabalha, mas não na área em que está estudando, e sente dificuldade para assumir cargos de gerência” Adriana Giovanella, professora

de ensino superior estão comprometidas, cada vez mais, em tornar os ensinamentos práticos para que os alunos

saiam da faculdade em condições de assumir um cargo desses e não apenas com a teoria. Na Uniasselvi/Fameg, há um setor que encaminha os alunos para estágios e mantém convênios que encurtam a distância entre a instituição de ensino e as empresas. Além disso, oferecem cursos complementares em áreas específicas que o mercado pede. A Região Norte de Santa Catarina é uma das que mais tem apresentado índices de crescimento. Jaraguá do Sul, pelo segundo ano consecutivo, registra o quinto maior PIB com R$ 4,19 bilhões e está na lista dos 10 municípios catarinenses com a maior renda per capita anual, na qual constam dois municípios do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul, em sexto lugar, com R$ 32.300,00, e Guaramirim, em sétimo lugar, com R$ 31.300,00. Para continuar crescendo, a região precisa urgente de mão de obra qualificada. De acordo com o diretor Administrativo e Financeiro do Comércio e Indústria Breithaupt S.A, Bruno Breithaupt, há excelentes escolas, faculdades e ensino técnico na região. Porém


não está dando tempo de preparar esses profissionais na mesma intensidade em que a região está crescendo. Para piorar a situação, o presidente do Sindicato Metal Mecânico da região e secretário de desenvolvimento de Jaraguá do Sul, Célio Bayer, diz que o problema da falta de mão de obra qualificada pode se agravar nos próximos anos com a duplicação da BR-280 e consequente aumento de investimentos no Vale do Itapocu. “Devido a essa lacuna entre o nú-

mero de profissionais preparados e a quantidade de postos de trabalho vagos, a região está sendo obrigada a importar mão de obra”, admite. A falta de profissionais tem criado outro problema para as empresas. A inflação dos salários. Os metalúrgicos de Joinville acertaram, este ano, um reajuste de 7,5% nos salários – sendo 1,2% de aumento real na data-base, em maio. Segundo o presidente do Sindicato dos Mecânicos, João Bruggmann, nos anos anteriores o ganho real não superou

1%. Conforme o presidente do Sindicato Patronal das Indústrias Mecânicas de Joinville e Região (Sindimec), Renato Gruhl, a falta de trabalhadores disponíveis na região exige a necessidade de reter aqueles que já possuem experiência nas empresas. De acordo com Bayer, Jaraguá do Sul enfrenta uma situação de pleno emprego com a geração de 4.350 novos postos de trabalho em 2010. O salário médio oferecido na região já ultrapassou os R$ 750,00.

Candidato está na região errada, diz IPEA O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) introduziu uma tese polêmica no debate sobre a qualificação profissional como entrave para o crescimento econômico, que este ano deve terminar com um contingente superior a um milhão de desempregados com qualificação. De acordo com o economista, presidente do IPEA e especialista em mercado de trabalho pela Unicamp, Márcio Pochmann, o excedente de pessoas qualificadas não está sendo aproveitado porque está na “região errada”. Como exemplo, ele cita que o déficit de 2,8 mil trabalhadores qualificados na construção civil em Alagoas, estimado pelos técnicos do IPEA, que poderia ser suprido pelos profissionais que estão sobrando em outras regiões do País. Ainda segundo a pesquisa, enquanto as regiões Norte e Nordeste contaram com um contingente de 36,6 mil operários qualificados sem emprego, apenas a Região Sul do País contará com um déficit de 51,5 mil trabalhadores com especialização industrial. Segundo Pochmann, o sistema público de emprego, coordenado pelo Ministério do Trabalho, deve ser aprimorado de forma a dinamizar a mobilidade regional de trabalhadores. Quer dizer, os metalúrgicos sem emprego no polo de Camaçari (BA), onde há ex-

cedente de mão de obra qualificada, poderiam ocupar vagas abertas nas metalúrgicas de Jaraguá do Sul. A Fundição Fundifer Ltda, de Corupá, desde que foi inaugurada não para de crescer e investir em equipamentos de ponta. A empresa possui capacidade de produção de 200 toneladas de peças em ferro fundido ao mês e tem possibilidade de crescimento. No entanto, segundo o gestor da empresa, Eduardo Felipe Finta, para isso precisaria ampliar o número de funcionários. “Desta forma, poderíamos até dobrar

a capacidade de produção. Como na região está difícil, estamos buscando trabalhadores em outros municípios”, declara. Na prática, a Fundifer já está fazendo o que o presidente do IPEA aconselha ao Ministério do Trabalho. “O sistema público tem de fazer sua parte, seja ampliando cursos profissionalizantes, seja ampliando a coordenação entre as informações sobre o desemprego e o despacho de trabalhadores qualificados ociosos para regiões em que há demanda”, diz Pochmann.

Metalúrgicos ociosos da Bahia poderiam atuar no mercado de Jaraguá do Sul

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reportagem especial

Projeto da Fiesc busca mais qualificação

Simpósio de Direito qualifica profissionais da área Com o objetivo de atender a demanda do setor de construção civil, a Fiesc tem um projeto da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção (CDIC) para a criação de 12 escolas da construção civil, nos municípios de São José, Tubarão, Itapema, Brusque, Itajaí, Joinville,

Criciúma, Rio do Sul, Chapecó, São Miguel do Oeste, Lages e Jaraguá do Sul. Esses centros de aperfeiçoamento são uma demonstração da preocupação que o setor tem para qualificar a mão de obra disponível e prepará-la para os novos tempos,

com uso de mais tecnologia e redução do desperdício. O Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) de Jaraguá do Sul está investindo em cursos de qualificação, visto que frequentemente tem sido importada mão de obra de outros municípios e Estados. Com uma taxa de 3,86% de analfabetos, Santa Catarina é a segunda unidade da federação mais alfabetizada, perdendo apenas para o Distrito Federal, com 3,25%. A pesquisa do IBGE teve como foco pessoas com mais de 10 anos de idade e faz parte do Censo 2010. De acordo com a Pesquisa Santa Catarina em Números do Sebrae/ SC, juntos, os municípios de Jaraguá do Sul, Schroeder, Guaramirim e Corupá somam mais de 48 mil matriculados no ensino regular e os alunos das quatro instituições de ensino superior já chegam a quase 10 mil.

Ensino superior atento às necessidades locais O Centro Universitário – Católica de Santa Catarina, ex-Unerj, contabiliza, em Jaraguá do Sul, cerca de 3,5 mil estudantes nos cursos de graduação e especialização. A mudança trouxe professores de outras instituições reconhecidas no País e novos cursos serão oferecidos. No vestibular de Verão já foi oferecido o curso de Engenharia Civil que antes não havia na região. A Uniasselvi/Fameg, com cerca de 2,3 mil alunos na graduação, especialização e ensino a distância, faz pesquisa todos os anos para avaliar quais as necessidades da região. A última pesquisa apontou que havia carência de alguns profissionais e já foram oferecidos os cursos de engenharia civil, engenharia química e arquitetura e urbanismo. 10

As instituições de ensino superior não são as únicas preocupadas em atender a demanda. As escolas de ensino técnico também estão ajudando nesse processo de qualificação. O Senai de Schroeder está passando por uma expansão física com o objetivo de ampliar a oferta de cursos. A assistente administrativa, Roselane Schulz, conta que o novo prédio deve ficar pronto em setembro, quando novos cursos devem ser ofertados. Hoje, o Senai-Schroeder oferece mais de 10 cursos entre extensão e técnicos. Guaramirim, dentro de 15 meses, ganhará uma unidade do Cedup (Centro de Educação Profissionalizante). A instituição será construída no terreno do antigo

Parque de Exposições Prefeito Manoel de Aguiar. A escola terá capacidade para atender 3 mil alunos por semestre. A construção da instituição é uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério de Educação, que participará com R$ 5,5 milhões. As aulas devem ter início no segundo semestre de 2012.



destaque empresarial

Excelência e baixa rotatividade RR Serviços Contábeis comemora 22 anos de atuação na região

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onaldo Cielusinski e Orides Klitzke são só sorrisos ao contar que a RR Serviços Contábeis está comemorando 22 anos de serviços ininterruptos prestados em Corupá. Eles não são o escritório mais antigo da cidade, mas, com certeza, o maior em estrutura. Hoje, contam com 12 funcionários e alguns já estão há mais de 15 anos na empresa. “A baixa rotatividade pode ser considerada um dos motivos de sermos reconhecidos pela excelência em nossos serviços”, avaliam. Numa época em que praticamente todos os segmentos estão sofrendo com a falta de mão de obra qualificada, eles comemoram com uma equipe coesa, unida e que já trabalha há muito tempo em conjunto, o que garante maior qualidade no serviço. “Alguns dos que saíram se foram porque mudaram de ramo ou foram trabalhar dentro de outras empresas, que não são do segmento de contabilidade”, diz Klitzke. O escritório, inaugurado em 1991, tem mais de 100 clientes espalhados por Jaraguá do Sul, Corupá, Guaramirim, Schroeder, Joinville e alguns fora do Estado. Outra peculiaridade da RR Serviços Contábeis é a baixa rotatividade no número de clientes. Há clientes na carteira que começaram junto com o escritório. O segredo para ter clientes de longa data é a confiança. De acordo com os 12

Orides Klitzke e Ronaldo Cielusinski comemoram sucesso da empresa sócios, a confiança foi conquistada ao longo do tempo, demonstrando que o escritório está ali para buscar a melhor solução para cada cliente. Além disso, não falhar nos serviços prestados e estar sempre atendo à legislação. “Todos os dias temos que nos atualizar porque a

legislação muda muito, tanto estadual quanto municipal. E como trabalhamos com diversos municípios, são várias legislações para conhecer e estar atualizado”, diz Cielusinski. Nesse quesito, é importante manter uma equipe que já conheça a rotina da empresa.


Planejamento como marca registrada O escritório vem crescendo de forma gradativa, ‘um passo de cada vez’, dizem os sócios. “Pensamos muito antes de fazer alguma coisa, planejamos e avaliamos todas as possibilidades antes de fazer um investimento para que não tenhamos surpresas desagradáveis”, explica Cielusinski, ressaltando que, dessa maneira, conseguem manter a estabilidade nas finanças. Eles lembram até hoje que um dos investimentos mais altos que fizeram no início e que dependeu de bastante planejamento foi a compra de um aparelho de fax, na década de 1990. Custou US$ 2.100,00. “Era uma coisa muito cara, mas precisávamos do equipamento”. Recentemente, compraram um amplo terreno onde será construída a nova sede, com mais espaço físico e conforto para os clientes e colaboradores. A atual sede não tem mais espaço para crescer, pois são cerca de 100 metros quadrados e o necessário seria, pelo menos, dobrar o tamanho. A RR teve início em uma sala na Rua Roberto Seidel, onde o terreno foi comprado. Outro problema apontado pelos sócios no atual endereço é a falta de estacionamento. “Estamos bem no centro. Com o crescimento da cidade e, consequentemente, do comércio, não há mais vagas disponíveis nas áreas centrais. Na nova sede teremos um estacionamento próprio”, revela Klitzke. Eles comentam que o desenvolvimento da cidade trouxe dificuldades de estacionamento não somente para os clientes, mas também para os colaboradores, visto que a maioria tem carro.

Investimentos em equipamento ou pessoal são feitos com cautela


destaque empresarial

Visão para um novo negócio Todo começo de uma empresa é difícil. Mas quando a cidade é pequena a tendência é que as dificuldades sejam maiores. Os sócios contam que fizeram a faculdade de contabilidade juntos, mas cada um tinha um emprego. Cielusinski trabalhava como contador dentro de uma empresa da região e Klitzke trabalhava com sistemas na WEG. Não tinham como largar o emprego estável para se dedicar ao que estudaram. Cielusinski conta que foi procurado para fazer um “bico” nas horas vagas para uma empresa. E foi esse serviço extra que o fez perceber a necessidade de um empreendimento voltado para esses serviços no município de Corupá. Já existiam dois escritórios de contabilidade na época, porém a cidade e a região estavam crescendo e precisariam de mais profissionais. Cielusinski montou a empresa com uma sócia, e Klitzke era freelancer em outra empresa. Por pouco tempo, porque logo percebeu que o negócio tinha futuro e o amigo o convidou para se tornar sócio. Klitzke saiu da WEG e teve papel fundamental na informatização do escritório. Como já dominava o assunto, tratou logo de informatizar e estabelecer rotinas de trabalho. “Eu não sabia ligar o computador, mas fui aprendendo, pois era uma necessidade e, hoje, vejo que sem a informatização não teríamos crescido. Sem contar que, atualmente, não há como prestar um bom trabalho sem estar informatizado”, declara Cielusinski.

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O associativismo “O envolvimento em associações é muito importante para todos. É o caminho para o desenvolvimento das pequenas empresas. Sozinho não se consegue nada. Com a globalização, concorremos com os grandes e é necessário estar preparado para este mercado. Na associação empresarial, podemos buscar assessoria jurídica e outros serviços. Os núcleos também ajudam os empresários de um mesmo segmento”. Orides Klitzke e Ronaldo Cielusinski



tecnologia

Schroeder conectada via TPA Empresa de internet de Timbó amplia atuação em parceria com Ivandel Hambus

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monopólio não é bom para nenhuma cidade que queira crescer e oferecer uma gama maior de serviços para os habitantes. Quando se trata de comunicação o problema é ainda pior se não há oferta para atender a demanda. Por esse motivo, desde setembro do ano passado, a TPA Internet, empresa originária de Timbó, está prestando serviços de banda larga, provedor e telefonia fixa (negócio futuro) em Schroeder. Com tecnologia, inovação, velocidade e serviço diferenciado, a TPA logo se estabeleceu na região. Um dos diretores da TPA, Ivandel Hambus, que também é vice-presidente da Associação Empresarial de Schoreder (ACIAS), conta que durante muito tempo a entidade tentou convencer a outra fornecedora de internet na região a ampliar as instalações para atender as empresas e a demanda doméstica. “Como não houve interesse da parte deles, resolvemos buscar outra solução. As empresas dependem da internet banda larga para se desenvolverem e atingirem novos mercados”, declara. Hambus é um homem de visão e já estava se organizando para oferecer este serviço na região quando recebeu a proposta da TPA. “Tenho outros negócios e investir em internet com um parceiro que já tinha experiência de mercado foi bastante enriquecedor”, avalia. Com isso, eles instalaram a primeira torre de transmissão via rádio na cidade e, rapidamente, o serviço foi expandido. Hoje já está sendo oferecido em 70% do município, além das cidades de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba e Corupá. “Com um passo de cada vez, vamos expandindo e insta16


lando novas antenas”, diz. O serviço de internet é oferecido nas residências com até 600K e nas empresas a partir de um mega. “Nada impede que o usuário doméstico tenha um plano de cinco megas. No entanto, o custo é maior”, explica. Porém, Hambus diz que esses planos estão atendendo perfeitamente a comunidade, visto que em muitos bairros não existia qualquer tipo de serviço de internet. Muitas pessoas ainda têm resistência quanto à tecnologia via rádio. O empresário explica que antes de fechar o negócio, a TPA executa a instalação e verifica se está funcionando 100%. Se não estiver funcionando 100% o cliente não é obrigado a ficar com o serviço. Prezamos pela qualidade do que oferecemos”, avalia. De acordo com Hambus, alguns usuários sofreram muito com outros sistemas que não tinham qualidade, caiam toda hora e, hoje, estão temerosos. “Temos que provar que o nosso serviço funciona”, diz. No entanto, a empresa conta com um ponto favorável: muitas empresas são familiares e os herdeiros que estão assumindo, que já têm contato com o mundo virtual, sabem o quanto é importante contar com um bom serviço de internet para alavancar os negócios e até para organizar processos. Empresas que possuem internet de qualidade e filiais em outros municípios, estados e até países, utilizam essa possibilidade para trabalhar em escritórios virtuais, com mais rapidez na troca de informações. A TPA é muito conhecida, principalmente no Médio Vale do Itajaí, pela qualidade do serviço prestado via rádio. No entanto, a empresa também oferece internet por meio de fibra óptica, interligando filiais e outras soluções de comunicação. Tudo depende das condições geográficas do local e qual a melhor opção de instalação.

As empresas dependem da internet banda larga para se desenvolverem e atingirem novos mercados” Ivandel Hambus, Diretor da TPA


tecnologia

Inovação exige tecnologia Desde 1997 atuando em Timbó e região, a TPA é conhecida pela qualidade dos serviços e capacidade de inovação. Tanto que em Timbó já oferece serviço de telefonia fixa e soluções diversas de comunicação para as empresas da região. Uma das novidades este ano foi utilizada pelo Jornal do Médio Vale - que detém a JMV TV (com transmissão apenas pela internet) -, em fevereiro, durante a transmissão ao vivo do 26º Torneio de Verão de Indaial. As transmissões ao vivo de todos os jogos transformaram o evento no maior sucesso de audiência da TV por internet. Uma média de mil internautas por dia acompanhou os jogos de várias partes do mundo. Até em países que exercem controle rígido so-

bre os acessos à internet, como é o caso do Irã, foram registrados acessos frequentes durante todo o torneio. A JMV TV utilizou modernos equipamentos, quatro câmeras, um Tricaster Studio profissional, um exibidor de programação e um osprey, que envia dados para a rede mundial de computadores. A TPA teve papel primordial ao ser a responsável pela transmissão em streaming. Sem isso, de nada adiantaria os equipamentos modernos da TV. Esta característica de inovação a TPA está trazendo para Schroeder e cidades vizinhas do Vale do Itapocu. Hambus diz que dentro de aproximadamente 120 dias o sistema de telefonia fixa estará funcionando no município. O telefone fixo da TPA permite

receber e efetuar chamadas como num telefone convencional, mas a transmissão de voz é feita por meio de canais de dados de alta velocidade transmitidos por acesso wirelles ou fibra óptica. O tráfego de voz é priorizado sobre o tráfego de dados. A TPA instala um adaptador no aparelho de telefone convencional (ATA) transformando-o em um telefone IP, sem a necessidade de um computador.

O associativismo “O associativismo é fundamental para as empresas. Precisamos nos dar as mãos para obter a oportunidade de crescer. Não adianta querer andar sozinho. Quando as pessoas trabalham juntas é mais fácil a expansão”. Ivandel Hambus

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entrevista

‘ O setor da construção é movido em ciclos de 5 a 15 anos’ Empresário e presidente do Sinduscon, Paulo Obenaus luta para que haja mais qualidade no setor

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setor da construção civil está aquecido em toda a região do Vale do Itapocu. Com isso, é necessária uma preocupação maior com planejamento e qualificação da mão de obra. Para atender a demanda, o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) tem importado mão de obra de outros municípios e até de outros Estados, principalmente do Paraná. Além disso, o Sinduscon tem investido em cursos de qualificação e cobrado para que tanto empresas quanto empregados fiquem atentos à NR-18. Trata-se de norma regulamentadora das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. Há critérios que devem ser seguidos com o objetivo de evitar riscos e até desperdícios. Paulo Obenaus, 51 anos, diretor da Proma Construções e Planejamento Ltda é também o presidente do Sinduscon e tem se empenhado para que a NR-18 seja cumprida e haja mais qualidade em todo o setor. Confira entrevista exclusiva concedida à revista Negócios.

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Revista Negócios: Por que o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) resolveu trabalhar a questão da melhoria no ambiente de trabalho? De que maneira isso está sendo feito? Paulo Rubens Obenaus: Penso que é uma atribuição do Sinduscon conscientizar os empregadores e empregados da importância do cuidado da segurança e saúde do trabalhador. Além, é claro, de levar o conhecimento da norma regulamentadora NR-18. RN: O que significa a NR- 18 para os incorporadores? Muda alguma coisa com relação ao que vem sendo feito? Ou ela veio normatizar o que já vem sendo, na prática? Obenaus: A NR-18 é uma norma regulamentadora no que tange as condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Muitos construtores aplicam nas suas obras mecanismos de segurança, entretanto, da sua maneira e a norma estabelece critérios a serem seguidos para evitar riscos desnecessários. RN: De que forma conscientizar operários, incorporadores e profissionais técnicos sobre a importância de ter qualidade no ambiente de trabalho e, principalmente, cuidarem da segurança? Obenaus: O Sinduscon está trabalhando em duas frentes. Uma delas é um ciclo de palestras e curso sobre NR-18, em parceria com o Senai, dividido em quatro módulos: 1º Estratégico-empresários, incorporadores e gestores; 2º Táticos-engenheiros, técnicos de segurança, supervisores e mestres de obra; 3º Operacional Básico-encarregados, pedreiros, armadores, carpinteiros, serventes, eletricistas e encanadores; e o 4º Operacional Específico-operadores de equipamento de risco, guinchei-

ro, grueiro, operador de retroescavadeira. O Sinduscon também está contribuindo através do Comitê Permanente Microrregional (CPMR), que tem formação tripartite: um representante do governo (PMJS) um representante dos trabalhadores (Siticom) e um representante dos empregadores (Sinduscon). O principal objetivo do comitê é visitar obras e cobrar exigências da NR-18, bem como promover palestras para disseminar informações pertinentes à legislação.

As entidades organizadas estão aos poucos oportunizando capacitação. Porém, deveria haver apoio do governo, pois é um dos setores que mais emprega neste País”

RN: O setor está aquecido. Como driblar a falta de mão de obra qualificada e também a carência dela para atividades mais simples, como auxiliares? Obenaus: O setor da construção, de uma maneira geral, carece de mão de obra qualificada. Há uma necessidade forte de capacitar os

empregados. Penso que as entidades organizadas estão aos poucos oportunizando esta capacitação. Porém, em minha opinião, deveria haver apoio do governo, pois é um dos setores que mais emprega neste País. O crescimento acentuado em algumas regiões compromete mais o setor. Penso que no momento que os trabalhadores enxergarem que podem ganhar até o dobro do que em outros setores, haverá uma melhor oferta para as empresas. RN: O que está sendo usado de tecnologia para ajudar? Há maquinário, técnicas que possam estar ajudando a reduzir a necessidade de mão de obra? 21


entrevista

Obenaus: O setor da construção civil deu um salto enorme tanto em tecnologia de materiais quanto na execução dos serviços nos últimos 5 anos. Com isso, melhorou muito a performance dos resultados, equilibrando com a falta de mão de obra. RN: O Sindicato tem alguma proposta de cursos profissionalizantes, de investir em jovens para o primeiro emprego? Obenaus: O Sinduscon não tem como missão a capacitação. A entidade procura sempre em parceria buscar cursos que profissionalizem várias funções, entre elas: servente, pedreiro, azulejista, entre outros. RN: O senhor acredita que esse ciclo de palestras pode ajudar as três pontas de profissionais a trabalharem em consonância para evitar acidentes de trabalho? Este é um problema que ainda preocupa em todo o País. Obenaus: A capacitação que está sendo oportunizada é uma maneira de empregadores e empregados pensarem da mesma maneira, acredito que ambos desejam iniciar e finalizar uma obra com segurança e mantendo a saúde do trabalhador. Porém, a decisão é de cada um. RN: A que se deve o crescimento de 10% do setor em 2010? O programa Minha Casa, Minha Vida estaria ajudando a alavancar o setor? Ou a economia realmente esta aquecida e as pessoas estão investindo em imóvel próprio?

O setor da construção civil deu um salto enorme tanto em tecnologia de materiais quanto na execução dos serviços nos últimos 5 anos. Com isso, melhorou muito a performance dos resultados”

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O Poder Público precisa urgentemente definir e regulamentar algumas leis do Plano Diretor, oportunizar a criação de um Instituto de Planejamento e estabelecer sinergia com o Pró-Jaraguá”

Obenaus: Em nossa região há um crescimento vegetativo grande na ordem de 4 a 5%. Por ser uma cidade com atividade econômica diversificada e muito ativa, acaba atraindo um interesse em moradia e serviços afins da construção, e, com isto, girando na ordem de 10% o crescimento. O programado governo deverá ter um impacto maior neste ano de 2011. RN: O que está tendo mais procura? As obras de padrão TOP, Médio ou mais Popular? Por quê? Obenaus: As procuras são maiores por padrões médios, tendo em vista que as famílias têm renda familiar boa, são assalariadas e têm boa segurança nos empregos. RN: Até qual valor um imóvel é considerado Popular e até quanto padrão Médio? Obenaus: Os níveis de imóveis são considerados baixo até R$ 100 mil; médio de R$ 100 mil a R$ 200 mil. RN: O senhor acredita que o setor continue aquecido por mais quanto tempo? Obenaus: O setor da construção é movido em ciclos de 5 a 15 anos. Acredito que teremos uma estabilização nos próximos 4 ou 5 anos. Temos que estar preparados para isto.

RN: Jaraguá do Sul está importando mão de obra de outros Estados para dar conta da demanda? Obenaus: Jaraguá do Sul, há muito tempo, tem trazido mão de obra de outras cidades, inclusive, de outros estados, principalmente Paraná. A competição na cidade é acirrada por conta do grande parque fabril. RN: Quantas pessoas aproximadamente trabalham no setor? Obenaus: Não temos um dado atualizado. Mas, acredita-se que o setor movimenta uma cadeia produtiva em torno de 5 mil trabalhadores formalmente. RN: Como o senhor vê Jaraguá do Sul hoje e também daqui a cinco anos? Obenaus: Penso que o Poder Público precisa urgentemente definir e regulamentar algumas leis do Plano Diretor, oportunizar a criação de um Instituto de Planejamento e estabelecer sinergia com o Pró-Jaraguá, entidade representativa da sociedade que tem como missão enxergar Jaraguá do Sul nos próximos anos. Se houver este pensamento em conjunto entre o Poder Público e o Poder Privado, Jaraguá do Sul deverá ser destaque no Estado de Santa Catarina.


empreendedorismo

Marcelo Noronha e Silvio Veloso

Na mira do desenvolvimento Contato Call Center, de Jaraguá, ganha mercado com produto inovador

P

ara aumentar a capacidade de gerar lucro, as empresas que possuem uma estratégia bem definida de marketing passaram a reconhecer a importância e dar a devida atenção aos diversos clientes, pois reconhecem que sem eles não há negócios. No entanto, é necessário segmentar e conhecer os perfis dos clientes atendidos. Somente desta forma é possível definir qual estratégia de marketing deve ser utilizada para determinada segmentação. 24

Para ajudar nesse processo, a empresa Contato Call Center, de Jaraguá do Sul, oferece soluções inéditas de marketing que não só auxiliam nas vendas, como também mensuram resultados e identificam perfis de clientes e necessidades de mercado por meio de pesquisas. Fundada em 2006, a empresa revolucionou a forma de trabalhar o call center. Passados cinco anos, a empresa volta aos noticiários com o produto ‘Cliente Alvo’, que está sendo lançado

em maio. De acordo com o diretor da empresa, Marcelo Noronha, trata-se de um produto inédito que irá revolucionar o mundo do telemarketing. Trata-se do Geomarketing (GeoMKT), uma solução que surgiu a partir da necessidade de realizar promoções de marketing direcionado para perfis distintos de clientes. “Somos pioneiros no Brasil ao oferecer este serviço. A ferramenta do GeoMKT foi totalmente desenvolvida dentro da empresa”, conta Noronha.


O serviço de GeoMKT consiste em cruzar informações de mapas geográficos com bancos de dados de pessoas físicas e jurídicas, ou seja, com esta ferramenta é possível definir em determinadas áreas ou regiões a quantidade de pessoas que residem nela com informações como: gênero, faixa etária, classe social, renda, entre outros. Ou definir uma região determinada, unindo diversas cidades que possuem ‘x’ número de empresas de determinado setor, por exemplo. Com estas informações cruzadas, Mapa x Database, gera-se um banco de dados específico para ações extremamente específicas, podendo, desta forma, ter mais precisão e atingir os objetivos da campanha utilizando as ferramentas de envio de SMS, torpedos de voz e pesquisa eletrônica interativa. Noronha explica que se uma empresa de produtos de beleza quer se instalar em uma determinada região, mas gostaria de saber se há oferta do público-alvo nesta localidade, ou seja, mulheres, de determinada idade ou com determinada faixa salarial, ela pode fazer essa pesquisa com o GeoMKT. Depois, utiliza o banco de dados para buscar os telefones desses potenciais clientes e faz a pesquisa usando as ferramentas virtuais.

Informações do DataBase: Fones fixos de pessoas físicas e jurídicas: 56 milhões Fones celulares de todas as operadoras: 27 milhões Números de 2010: Mais de 23 milhões de Torpedos de Voz atendidos Mais de 12 milhões de SMS enviados Serviços oferecidos: Mensagem: envio de mensagem de texto para celulares de todo o Brasil. O contratante recebe relatório de disparos realizados. Torpedo de voz: envio de mensagem gravada para fone fixo de todo o Brasil, utilizando como um call Center ativo, podendo atingir milhares de pessoas em poucas horas. É possível identificar as ações que foram recebidas, não recebidas ou devolvidas, através de relatórios. Pesquisa eletrônica: disparo de mensagem de voz com inclusão de pesquisa digital segmentada e com plano de amostragem. Pode ser encaminhada para até 10 mil clientes em uma hora. Setores que mais utilizam o serviço: plano de saúde e odontológico, sites de compras coletivas, consórcios, comércio em geral.


empreendedorismo

Soluções Business to Business Muito mais do que uma empresa de serviços por telefone, a Call Center apresenta soluções profissionais, atuando no Business to Business com o propósito de gerar negócios, desenvolver relacionamento com clientes ou prospects, trazer resultados e obter informações, oferecendo tecnologia de ponta e mão de obra qualificada. Se a Call Center fizesse apenas telemarketing, seria mais uma empresa deste segmento no País. Porém, a empresa ganhou notoriedade em todo o Brasil por apresentar um serviço diferenciado no campo de pesquisas. Com essa poderosa ferramenta é possível obter e adquirir informações preciosas, que ajudam nas tomadas de decisões das corporações. Entre os benefícios das pesquisas por telefones estão: custo de telefone menor do que o presencial, comodidade (contato pode ser agendado), confiabilidade (ligações gravadas e auditadas), otimização (os dados já caem no sistema, gerando relatórios imediatos), conhecimento do público-alvo (banco de dados) e velocidade (menor tempo para realizá-las). Noronha conta que, no começo, ele e o sócio, Silvio Veloso, criaram a empresa para a comercialização de planos de celulares. Porém, num determinado momento, sentiram necessidade de um serviço de telemarketing. Buscaram informações e investiram em células de atendimento de uma empresa que estava fechando. Até 2007, eles ficaram com as duas atividades, até que perceberam que não tinha mais como comportar a venda de planos e investiram em telemarketing. Os antigos equipamentos existem até hoje no centro de treinamento da empresa. Porém, a empresa conta com tecnologia de ponta em todos os setores, inclusive, para o treinamento dos funcionários. “Todos os nossos funcionários passam por treinamento antes de começar a trabalhar. Para a maioria esse é o primeiro emprego”, conta. Atualmente, a empresa conta com 120 26

funcionários, a maioria entre 17 e19 anos. Mas a empresa já está começando a investir em outro público que está se tornando interessante para o mercado: o de pessoas mais maduras. “Competência os dois públicos podem ter, mas para determinadas pesquisas pessoas de mais idade podem ser interessante. Sem contar que também não são tão instáveis e diminui a rotatividade”, avalia.

Alguns dos serviços básicos de telemarketing continuam sendo efetuados. Porém, o foco hoje está nas pesquisas, serviço oferecido por poucas empresas no Brasil. Tanto que das quatro maiores empresas de pesquisas do mundo, duas são clientes da Call Center. “Quando precisam de dados no Brasil, nos contratam.” De acordo com Noronha, este é um mercado que está em franca expansão. Com um crescimento médio de 10% ao ano.

Para Silvio e Marcelo, o foco do trabalho está nas pesquisas



institucional

ACIAG investe em programa de gestão Parceria com Sociesc e Fundação Empreender, PGVE atende necessidades do empreendedor

A

ACIAG iniciou o ano com atividades e eventos de grande êxito. Um dos destaques está sendo o Programa de Gestão e Vivência Empresarial (PGVE), promovido pela ACIAG, Fundação Empreender e a Sociesc. Conforme a missão e a visão da Associação, que busca incessantemente estimular o associativismo, o programa é feito sob medida para empresários ou diretores de empresa (modelo in-company) e foi desenvolvido devido à necessidade eminente dos empreendedores alavancarem os resultados dos negócios. Dentro do melhor conteúdo programático em oito módulos, tendo como linha mestra o estudo de conceitos acadêmicos e a disponibilização de ferramentas e estudo de casos consolidados nacionalmente, o modelo engloba a participação de “convidados especiais” em todas as fases, empresários de sucesso com larga experiência e vivência na gestão de gran28

des e médias corporações que na forma de depoimento estimulam o debate e a troca de ideias, possibilitando o aprofundamento em todos os temas. Além dos oito módulos, haverá três visitas técnicas (Mentoring) a empresas para conhecer o modus operandi, quando os administradores estarão à disposição do grupo para abordar sobre todos os aspectos relativos a gestão. O programa também contempla quatro seminários exclusivos com dirigentes de instituições de fomento, de suporte e financiamento tecnológico, de estruturas de governo e um outro sobre a análise de políticas públicas e econômicas que afetam diretamente as empresas. O programa ocorre, simultaneamente, em Guaramirim, Joinville e Rio do Sul. Os dois primeiros módulos, realizados nos dias 30 e 31 de março, e 27 e 28 de abril, contaram com a participação de 51 empresários da região. O curso, que foi alvo de primorosos elogios por

parte dos participantes, foi ministrado pelo professor José Waldo Camurça no 1º módulo e no 2º Módulo, pelo Professor Eduardo Maróstica. Ambos da Fundação Getúlio Vargas. O curso contou ainda com a participação dos convidados especiais Ninfo Koenig e Clayton Salfer, empresários distintos pela ampla experiência na área empresarial e associativista. No mês de abril, a diretoria ACIAG iniciou com forte empenho as atividades para elaboração do Planejamento Estratégico Gestão 2011/2013. Fundamentados nas diretrizes ‘Representatividade’, ‘Associativismo’ e ‘Sustentabilidade’, cada diretoria desenhou um plano de ação e apresentou aos demais diretores, visando a “troca de ideias” e sugestões a fim de elaborar o Planejamento Estratégico efetivo da ACIAG. A conclusão da elaboração do Planejamento Estratégico e apresentação em reunião plenária será em 30 de maio.


Confira os participantes e temas:

Recursos humanos em debate Em 5 de maio, a ACIAG, em parceria com a Diretoria de Treinamento, realizou o Fórum de RH. O evento teve como objetivo elaborar a grade de treinamentos da Associação e planejar ações que visem a auxiliar o associado com soluções quanto à temática enfrentada na contratação de profissionais qualificados.

Participaram do debate: professor Ozinil Martins de Souza, representante do Ensino Superior (Grupo Uniasselvi), que explorou os temas Velha Economia, Nova Economia, Perfil do Profissional, IES x Mercado de Trabalho; Paulo André Charchut Leszynski, representante da Consultoria Linky Informações em Recursos Humanos Ltda, que explanou sobre a situação de dificuldades de retenção e problemas além dos limites da empresa; Francisco Lux Neto, Gerente RH Lunender, que explanou sobre o papel da liderança para atrair e reter pessoas na empresa, também responsabilidade dos líderes; e Jonas Germano Schmidt, Gerente RH Grupo WEG, que explanou sobre atração e retenção, o que os profissionais hoje em dia buscam nas organizações.


institucional

Conaje tem três representantes da ACIJS Santa Catarina é destaque em movimento nacional de jovens empresários

S

anta Catarina passou a ocupar posição de destaque no movimento nacional de jovens empresários. A nova diretoria da Confederação de Jovens Empresários (Conaje), empossada dia 3 de maio, em Brasília, conta com 12 lideranças catarinenses. Deste grupo, Jaraguá do Sul marca presença na Conaje com três integrantes em cargos estratégicos: Tiago Coelho, coordenador do Núcleo de Jovens Empreendedores ACIJS-APEVI, assumiu a coordenação nacional e estadual do Feirão do Imposto; Guilherme Vogel, diretor de Integração e Expansão do Conselho Estadual do segmento responderá pela coordenação Sul da Confederação; e Marcelo Noronha, vice-presidente regional Norte do Conselho Estadual ficará responsável pela coordenação do programa Café Político Nacional. Conforme Tiago, um dos objetivos da nova direção do Conaje é ampliar a presença dos jovens empresários na discussão dos grandes temas nacionais. Neste sentido, destaca como uma ação prática o Feirão do Imposto, evento que surgiu em Santa Catarina em 2003 por iniciativa do núcleo jovem da Associação Empresarial de Joinville. Este ano, o Feirão do Imposto ocorre nos dias 23 e 24 de setembro. “O foco deste projeto é mostrar para a sociedade o quanto ela contribui na geração de riquezas por meio dos impostos que paga ao governo e, de outro lado, cobrar do Poder Público a aplicação adequada destes recursos e, também, a redução da carga tributária como forma de estimular o crescimento da economia”, assinala. Uma série de novidades deve ser incorpora30

da à programação, além da exposição de produtos com a respectiva carga tributária, como a venda de combustíveis sem o custo do imposto e o sorteio de direito de compra de um apartamento sem os tributos aplicados ao imóvel, entre outras promoções. Tiago Coelho avalia que o Feirão do Imposto é uma das formas que os jovens vêm encontrando para dar visibilidade ao trabalho, mas não a única. Também menciona eventos como palestras e seminários tratando de questões do dia a dia das empresas, ações de responsabilidade social e de educação. Uma das propostas é tornar estadual o projeto de educação empreendedora idealizado em Rio do Sul que, hoje, consta como disciplina nas escolas daquele município. “Vamos trabalhar para que as secretarias de educação adotem o ensino da educação financeira, que é uma forma de orientar as pessoas desde cedo para o cuidado com o orçamento familiar e no incentivo ao empreendedorismo”. Outra inovação na composição da nova diretoria da Conaje é o programa Café Político, que será coordenado por Marcelo Noronha. Ficará sob a responsabilidade do catarinense a organização de encontros com autoridades políticas nacionais para busca

Tiago Coelho do diálogo em torno de temas importantes da agenda nacional, como carga tributária, educação, infraestrutura e capacitação, entre outros. Ex-coordenador do Núcleo ACIJS-APEVI, Guilherme Vogel avalia que a presença de catarinenses na Conaje é um reconhecimento ao trabalho realizado nas Associações Empresariais. “Este sucesso se deve a alguns fatores, como o grupo de pessoas que atuam em torno de objetivos comuns. O núcleo cresceu em ações, projetos e representatividade, ganhando muita visibilidade e impondo desafios para consolidar os projetos em andamento e ampliar a participação de jovens empreendedores no Núcleo”.

Membros da ACIJS na Conaje: Guilherme Vogel: Coordenação Regional Sul Tiago Coelho: Coordenação Nacional do Feirão do Imposto Marcelo Noronha: Programa Café Político


Mais policiais para Jaraguá do Sul O presidente da ACIJS, Durval Marcatto Junior, recebeu do secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, a confirmação do aumento do efetivo das polícias civil e militar para a região. Grubba telefonou no dia 4 de maio para o empresário para informar que a Polícia Civil concluiu a formação de 202 policiais que estão distribuídos para 10 regionais no Estado. Para a Região Norte, estão sendo designados 72 policiais, sendo 27 para Joinville e 12 para Jaraguá do Sul, segundo município melhor contemplado na área da regional. Também está sendo ampliado o efetivo da Polícia Militar,

com a formatura de 465 policiais no Estado. Destes, 49 foram designados para a Região Norte, cabendo à área do 14º BPM de Jaraguá do Sul 10 policiais. Segundo Grubba, em dezembro, mais 500 soldados concluíram o curso de formação e o mesmo número (10) será designado para a região. Além disso, no segundo semestre uma nova turma de 40 policiais iniciará a academia de formação em Jaraguá e após a conclusão do curso todos permanecerão no município. “Com isso, totalizará 60 policiais PM para a região, juntamente com o efetivo de 12 policiais civis entre agentes

e delegados. É um reforço importante que vem ao encontro dos pleitos feitos pela comunidade”, assinala Durval Marcatto. Ele lembra que Jaraguá do Sul foi a primeira cidade que o secretário visitou após a nomeação para o cargo, sendo recebido na ACIJS e recebendo formalmente o pedido de melhorias no efetivo e na estrutura da segurança pública. No contato com o presidente da ACIJS, Grubba foi novamente convidado a participar de reunião com a classe empresarial para falar dos investimentos previstos para a região. A visita já está acertada, em data a ser agendada nos próximos dias.


institucional

Começa organização da Expo Schroeder Feira de Negócios ocorre em setembro e deve reunir mais de 50 expositores

A

Diretoria da Associação Empresarial de Schroeder (ACIAS), em parceria com o Núcleo de Jovens e integrantes de outras entidades, já está organizando a Feira de Negócios – Expo Schroeder. O presidente da Associação, Leandro Bauer, está otimista com os preparativos do evento que prevê inúmeras atrações e deve acontecer entre 6 e 11 de setembro. As responsabilidades estão distribuídas. As atrações festivas ficam a cargo do Poder Público municipal e

a Feira de Negócios – Expo Schroeder ficará a cargo da ACIAS, que tem como responsável o diretor de Negócios, Herve S. Souza. Já foram criadas as comissões da feira: Comissão de Marketing – Comissão de Montagem Estandes e Comercial, Comissão de Segurança e Limpeza e a Comissão de Planejamento Orçamentário e Financeiro. O espaço para a feira já está sendo preparado. Será um ambiente com estrutura montado ao lado do Ginásio de Esportes Alfredo Pasold, próximo à ACIAS. O local é amplo e

estão previstos mais de 50 estandes internos. Também há uma excelente área para estandes externos com a finalidade de exposição e venda de veículos, tratores, caminhões, máquinas, implementos agrícolas e outros. O local será todo adequado com a infraestrutura necessária para que os expositores possam realizar os melhores negócios e exporem produtos. Os estandes devem ser comercializados nos próximos dias, o contato será através da ACIAS, pelo telefone (47) 3374–1545.

ACIAS recebe o deputado Carlos Chiodini e SENAI A ACIAS recebeu, dia 2 de maio, o deputado estadual Carlos Chiodini, que prestou contas do mandato à classe empresarial. Na oportunidade, o presidente da Associação, Leandro Bauer, entregou a pauta de necessidades e interesses do setor produtivo e da cidade ao legislador. Na mesma reunião, o SENAI, através do diretor-adjunto Michael Eberle Siemeintcoski, apresentou o balanço das atividades do ano corrente, bem como fez a projeção para 2012. Ele também apresentou um novo projeto para o SENAI Schroeder, o Curso de Manutenção Automotiva. Segundo Michel, haverá um setor dentro do SENAI chamado Centro Automotivo. Já foram fechadas parcerias com a FORD e a Mercedes Benz, que disponibilizaram veículos ao curso. 32

Presidente Leandro Bauer entrega reivindicações ao deputado Chiodini


Começa campanha de Natal O Núcleo do Comércio da ACIAS já organizou a Campanha de Final do Ano 2011 – Campanha intitulada: COMPRA FELIZ 2011, que terá o sorteio de três motos CG 125 e mais um prêmio. O investimento total da campanha deverá ser de mais de R$ 50 mil, valor que será aportado pelas empresas participantes. A campanha deve iniciar em setembro e finalizar em janeiro de 2012, com o sorteio dos prêmios. Segundo a coordenadora do Núcleo, Luciléia Bernardi, o associativismo da ACIAS mostra, mais uma vez, que está unido e forte. Aproximadamente 30 lojas estão participando. Além de já garantirem um comércio forte, muitas variedades em roupas, materiais de construção, produtos de farmácia, combustíveis, Luciléia ressalta ainda que os lojistas estão sempre investindo na ca-

Integrantes da Diretoria e Núcleo do Comércio da ACIAS reunidos com o prefeito pacitação das equipes para melhor atender o cliente. No dia 3 de maio, integrantes do Núcleo do Comércio (Luciléia Bernardi, Josemar Erbs, Mateus Zandona, Marcia Pasquali), e o

diretor executivo da ACIAS, Francisco Ricardo Schiochet, estiveram reunidos com o prefeito Felipe Voigt para garantir a continuidade da parceria na Campanha de Natal.

Núcleos em constante atividade O Núcleo do Comércio da ACIAS recebeu o diretor do Procon local com o objetivo de conhecer as ações daquele órgão, bem como apresentar sugestões para que as ações desenvolvidas tanto pela classe empresarial do comércio como do Procon venham a melhorar o atendimento ao consumidor dentro da legislação em vigor. O Núcleo de Jovens da ACIAS vem trabalhando no intuito de realizar o Evento da Integração, que além de muitas atrações terá como cardápio a Feijoada. A equipe organizadora já definiu o local: será no Clube de Idosos de Schroeder, que tem capacidade para receber as mais de 600 pessoas que estão sendo esperadas. Parte do lucro será destinada aos Bombeiros Voluntários de Schroeder, que está em formação. Os Jovens do Núcleo também estão se preparando para participar da Expo Gestão, que acontece em Joinville, no mês de junho.

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responsabilidade social

Projeto Pescar cresce no Estado Santa Catarina formou 2.754 jovens no primeiro semestre, número 16% superior a 2010

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m alguns anos, quando João, Maria, Pedro ou qualquer outro se levantarem para ir trabalhar, vão lembrar que tiveram o rumo das vidas transformado por uma iniciativa social. Muitos deles terão sido agentes transformadores dos próprios destinos depois que participaram do Projeto Pescar, sistema pioneiro de franquia social, criado no Rio Grande do Sul, onde as organizações que compõem a Rede Pescar abrem espaço em suas dependências para a formação pessoal e profissional de adolescentes em vulnerabilidade social. Os cursos oferecidos 34

contemplam oito áreas de formação profissional: indústria, comércio, comunicação, construção civil, gestão, informática, turismo e hospitalidade e imagem pessoal. A Fundação Projeto Pescar está bastante satisfeita com os resultados obtidos em Santa Catarina. Somente no primeiro semestre deste ano já se registra um crescimento de 16% no número de jovens atendidos, três pontos percentuais a mais do que o período de 2009/2010. Isso representa 2.754 jovens contra 2.321 em 2010. No total, o projeto já soma 17.470 jovens formados e capacitados para o

exercício profissional em seus 35 anos de existência. Também é expressivo o número de novas unidades que aderiram ao Projeto Pescar: 33 em sete estados. Em Santa Catarina, do ano passado até o presente momento foram nove unidades que aderiram. Entre elas: Dibrape, de Jaraguá do Sul, Fundação Fritz Müller e Waltec, ambas de Blumenau, Linck, de Palhoça, e Lojas Renner, com unidades em diversos municípios catarinenses. O Rio Grande do Sul lidera com 12 novas unidades, São Paulo (6), Paraná (3), Rio Grande do Norte, Bahia e Alagoas, uma em cada um desses Estados.


Para o vice-presidente da Fundação Projeto Pescar, Michael Ceitlin, esse crescimento se deve a alguns fatores relevantes. Dentre estes, o fato de o Brasil estar saindo de uma crise que afetou o mundo inteiro vem motivando os empresários a fazerem investimentos, inclusive, os de cunho social. “Por outro lado, o País vive o drama da escassez de mão de obra qualificada, o que torna o Projeto Pescar cada vez mais importante como elemento transformador e qualificador dos polos de mão de obra disponíveis”, considera Ceitlin. O empresário ainda acrescenta que aperfeiçoou sua metodologia de prospecção de novas empresas, o que contribuiu para aumentar os números de redes. Atualmente, o Pescar conta com 146 empresas franqueadas, o que compreende 158 turmas (contando às unidades que têm mais de uma turma) e uma média de 18 alunos por turma.

O País vive o drama da escassez de mão de obra qualificada, o que torna o Projeto Pescar cada vez mais importante como elemento transformador e qualificador dos polos de mão de obra disponíveis” Michael Ceitlin, Vice-presidente da Fundação Projeto Pescar

Uma ideia que deu certo Em 1976, o empresário gaúcho Geraldo Tollens Linck, fundador e presidente da Linck S.A, de Porto Alegre (RS), teve uma ideia visionária. Com vontade e determinação, foi o responsável pela implantação de um sistema que, mais tarde, iria se tornar uma tecnologia social pioneira no Brasil. Nas dependências da sua própria empresa, abriu espaço para jovens em vulnerabilidade social aprender uma profissão. Surgia assim à primeira turma do Projeto Pescar com 15 jovens que foram capacitados na Escola Técnica Linck, como era conhecida na época. Atualmente, é denominada Unidade Projeto Pescar Geraldo Linck, em homenagem ao fundador já falecido. Ao longo de mais de três décadas, o projeto-piloto que Geraldo Linck iniciou, na década de 70, foi comprovado como de sucesso. A partir desta ideia, surgia o pioneiro modelo de Franquia Social, institucionalizado em 1988, e dirigido a gestores que desejam investir em um projeto de cunho social de impacto na comunidade do seu entorno.

Fundação Projeto Pescar A Fundação Projeto Pescar é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como mantenedoras empresas e instituições privadas e públicas. Instituída em 1995, tem o foco de disseminar o modelo pioneiro de Franquia Social e replicar a tecnologia social desenvolvida com o Projeto Pescar no Brasil. Seu principal objetivo é sensibilizar e envolver organizações no resgate da cidadania e na preparação de adolescentes em vulnerabilidade social por meio do exercício de uma profissão, promovendo assim sua inclusão social.

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responsabilidade social

Dibrape formou, em abril, a primeira turma A expertise do Projeto Pescar, nestes 35 anos dedicados à educação e capacitação profissional, é hoje compartilhada com as franqueadas que mantêm suas próprias Unidades Pescar e encaminham os jovens formados ao mercado de trabalho. É com este objetivo que a Fundação Fritz Müller em parceria com as Lojas Havan e a Dibrape – Distribuidora Brasileira de Petróleo Ltda resolveram também participarem do Projeto Pescar. A Dibrape formou, no dia 26 de abril, a primeira turma do Projeto Pescar no curso “Iniciação Profissional em Operações para o Comércio”. “São nove adolescentes que concluíram o projeto e agora estão aptos a serem absorvidos pelo mercado. Desses, três já foram encaminhados para o primeiro emprego”, conta o coordenador de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança da Dibrape, Maurício L. Costa. Os estudantes tiveram oportunidade, durante o curso, de realizar visitas técnicas em distribuidoras, postos da rede e comércio em geral. O curso foi possível através de uma parceria com a Prefeitura de Guaramirim, que cedeu o orientador, e com a Igreja Nossa Senhora Aparecida, no bairro Corticeira, que emprestou uma sala para as aulas. Todos os custos para a execução do projeto, como alimentação, uniformes e material didático ficaram por conta da Dibrape. “Este é um dos projetos sociais

da empresa que tem como meta empregar, prioritariamente, mão-de-obra local”, conta Costa. No dia 09 de maio teve início à primeira turma do curso “Vendas e Atendimento ao Cliente”, oferecido pela Fundação Fritz Müller a 20 adolescentes. Eles receberão vale-transporte, lanche, material didático e uniforme, seguro de vida coletivo para o grupo, além do certificado no final do curso, que tem duração de oito meses. Os investimentos com o curso serão rateados de

forma igualitária entre a Fundação Fritz Müller e a Havan. Além de conteúdos práticos e teóricos relativos ao tema do curso, os alunos também recebem conhecimentos de formação humana e cidadania. A responsável pelo Núcleo de Responsabilidade Social da Fundação Fritz Müller, Graziele Balestieri, explica que 60% do conteúdo abrange comportamento e cidadania, por isso, os adolescentes estarão aptos, inclusive, para exercer funções administrativas.

São nove adolescentes que concluíram o projeto e agora estão aptos a serem absorvidos pelo mercado. Desses, três já foram encaminhados para o primeiro emprego” Maurício L. Costa, Coordenador de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança da Dibrape

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ponto de vista

Mercado imobiliário perto do equilíbrio

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mercado imobiliário já está próximo do ponto de equilíbrio em volume de vendas e preço. A partir de agora, o lançamento e as vendas de imóveis de luxo e os voltados para a classe média alta deverão permanecer estáveis, enquanto as unidades populares para a classe média continuarão com forte demanda. O conjunto de medidas implementado pelo Governo Federal deu um novo fôlego ao setor e está popularizando o acesso à casa própria. Outro ponto importante para o aquecimento do segmento imobiliário foi a participação efetiva dos bancos privados no mercado. Depois da forte alta apurada no ano passado - com os indicado-

res chegando a descolar da inflação os preços tendem a se estabilizar este ano. Contudo, o momento continua bastante favorável para o investimento em imóveis, uma vez que as aplicações financeiras que antes ganhavam em rentabilidade foram afetadas pela crise mundial e o próprio mercado de capitais se reduziu, ocorrendo em contrapartida uma busca mais forte por ativos mais seguros. Porém, a necessidade de maior agilidade na liberação do crédito por parte dos bancos e de desenvolvimento de tecnologias construtivas e estratégias de marketing para conquistar o público, bem como afirma que é importante que ocorram investimentos de empresários, entidades do setor privado e governo, na

O conjunto de medidas implementado pelo Governo Federal deu novo fôlego ao setor e está popularizando o acesso à casa própria”

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formação de mão de obra especializada. Os efeitos da crise financeira de 2008 e início de 2009 foram superados em 2010, e o mercado passa por um momento de consolidação do crédito imobiliário como negócio. No cenário macroeconômico, os empresários do setor imobiliário apostam na continuidade dos níveis de crescimento em 2011, com manutenção da política econômica atual pela nova equipe do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC). Luiz Sérgio de Assis Pereira Junior, Coordenador do Núcleo das Imobiliárias da ACIAG e diretor de Vendas da ACIJS – Associação das Imobiliárias de Jaraguá do Sul




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