BOLETIM ELETRÔNICO Nº 19 8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras! Este ano, o 08 de Março, que caiu no domingo, teve suas atividades iniciadas na sexta-feira combinado com o dia nacional de luta da CSP-Conlutas e seguiu até a semana seguinte. As mulheres jovens e trabalhadoras tomaram as ruas, escolas, universidades, porta de fábricas e canteiros de obra para dizer não a retirada de direitos e exigir a aplicação de 1% do PIB para combater a violência machista. A situação política e econômica do país não deixa alternativa ao conjunto dos trabalhadores que não seja a organização para a luta. As mulheres foram e seguem sendo parte importante dessa resistência, por isso mais do que nunca o “dia da mulher”, como é colocado pela mídia, significou dia de mobilização de homens e mulheres da nossa classe. Mais uma vez o Movimento Mulheres em Luta se apresentou como uma alternativa concreta de organização e mobilização das mulheres trabalhadoras. Do Amapá ao Rio Grande do Sul, estivemos presente na construção desta data que já é um marco para o conjunto dos trabalhadores.
Na ordem: ato na Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará.
1 - No centro político e econômico do país construímos um bloco classista e anti-governista!
Em São Paulo, desde as reuniões preparatórias do 08 de Março, enfrentamos um debate intenso acerca da necessidade de colocar essa data à serviço da defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras. Para isso, seria necessário garantir a independência de todos os governos, principalmente o da Dilma. Devido a acirrada conjuntura quase tivemos a construção de dois atos na capital paulista, contudo o bloco de esquerda construído pelo MML e diversas organizações feministas seguiu firme na construção de uma luta unificada. O resultado foram 5 mil pessoas ocupando a Av. Paulista e gritando bem alto contra o machismo e a exploração capitalista.
1. Intervenção de gênero, raça e classe!
Por todo o país tivemos mulheres negras protagonizando a luta contra o machismo e o racismo. Nas palestras, intervenções, panfletagens e atividades em geral foram colocadas o peso da dupla opressão sobre as condições de vida das mulheres negras e a necessidade de construirmos todas (negras, índias e brancas) o caminho para nossa emancipação, ao lado de nossa classe.
Destaque para a presença das companheiras haitianas, em São Paulo, que denunciaram a ocupação militar brasileira naquele país e a condição de exploração a que estão submetidas!
3.
As operárias em movimento!
As mulheres do setor operário tiveram forte presença nas manifestações alusivas ao seu dia. Paralisaram fábricas na confecção feminina de Fortaleza e em São José dos Campos, realizaram panfletagem na mineração em Congonhas, realizaram palestras na base da Petrobrás em Aracajú e ocuparam as ruas e os sindicatos como em Fortaleza e Belém, com a mulherada da Construção civil!
4.
O
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11 - Abaixo assinado do MML ganhou audiência neste 8 de Março! Onde esteve presente o MML apresentou a campanha “Pela vida das mulheres, 1% do PIB já para combater a violência”. A coleta de assinaturas começou em Novembro do ano passado, mas ganhou folego neste mês de Março e atraiu a atenção da população para o problema da violência machista em nosso país!Estamos todas de parabéns! Agora, é seguir organizada para enfrentar as campanhas salariais, as medidas dos governos e concluir a nossa coleta de assinaturas! (no próximo boletim teremos todas as orientações de fechamento da campanha)
E AS LUTAS CONTINUAM! O MML esteve presente na Plenária do Espaço de Unidade de Ação, que aconteceu em São Paulo no dia 21 de março e se soma ao chamado para o Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação e para a jornada de lutas de 7 a 9 de abril. O dia 26 está sendo chamado por organizações estudantis como ANEL, Juntos, Rua, coletivos da Esquerda da UNE e sindicatos de profissionais da educação estadual do Rio de Janeiro, Sepe, e Minas Gerais, Sindute, assim como o Andes-SN e o Sinasefe. Nós do MML também estamos construindo esse dia e pautaremos a luta contra os cortes na educação e em defesa das creches publicas, gratuitas e de qualidade para os filhos da classe trabalhadora. Ainda no dia 26 de março haverá um protesto na Petrobrás, durante a reunião do Conselho Administrativo da empresa.
A construção de uma jornada de mobilização com paralisações a serem realizadas de 7 a 9 de abril, coincidirá com as jornadas de mobilização dos servidores públicos federais e outras categorias em luta. Entre as bandeiras comuns estão: a luta contra as demissões que vem ocorrendo no país, os cortes orçamentários e ataque aos direitos dos trabalhadores, representados principalmente pelas medidas provisórias 664 e 665, editadas pelo governo Dilma e a reedição do projeto de lei 4330 que aprofunda as terceirizações e a precarização do trabalho, assim como a defesa da Petrobras 100% estatal e bandeiras específicas de categorias em seus estados.
Atenção Os preparativos do congresso da CSP-Conlutas já começaram e esse é um importante espaço para ser ocupado pelas mulheres. Fique de olho nos prazos: - Realização de Assembleias e eleição de delegados: 23 de Março a 08 de Maio - Apresentação de resoluções: 09 de Março a 08 de Maio - Data limite para pagamento das taxas e inscrição dos delegados: 15 de Maio - Congresso da CSP-Conlutas: 04 a 07 de Junho O MML participará com uma delegação de 5% do total de participantes no congresso, conforme Estatuto da Central. Por isso, é fundamental que todas as companheiras saiam delegadas pelas suas entidades sindicais de base!
REUNIÃO DA EXECUTIVA NACIONAL DO MML A conjuntura do país está cada vez mais intensa, com lutas e greves acontecendo. Em meio a todo esse cenário, é fundamental traçar os próximos passos e iniciativas que o Movimento Mulheres em Luta terá nos próximos meses, como finalização da coleta dos abaixo assinados pelo 1%, participação do movimento no congresso da central e intervenção nas lutas. Nesse sentido todas as companheiras que fazem parte da Executiva Nacional do MML estão convocadas para a nossa próxima reunião que será realizada no dia 25 de Abril de 2015 em São Paulo. A reunião também é aberta para participação de companheiras dos estados e de grupos organizadores do MML.
Para ficar por dentro de todos os informes e iniciativas do MML é só acompanhar Blog: mulheresemluta.blogspot.com Página do MML no facebook: facebook/movimentomulheresemluta