Boletim epidemiologico 2008

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Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

EXPEDIENTE Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Centro de Controle de Doenças Centro de Vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac” Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids – CRT-DST/Aids Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids Maria Clara Gianna – Coordenadora Artur Kalichman – Coordenador Adjunto Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/Aids/CVE Diretoria Ângela Tayra Organização dessa Edição Carmen Silvia Bruniera Domingues Mariza Vono Tancredi Elaboração Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/Aids - SP: Ângela Tayra, Ana Lúcia C. Monteiro, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Emily Anna Catapano Ruiz, Ione Aquemi Guibu, Manoel Ferreira Lima, Márcia Cristina Polon do Carmo, Maria Aparecida da Silva, Mariza Vono Tancredi, Norma Suely de Oliveira Farias, Solange E. Chabu Gomes e Wong Kuen Alencar. Colaboração

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO

PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO C.R.T. – DST/AIDS. C.V.E. ANO XXV – Nº 1 DEZEMBRO 2008

Prevenção, Assistência e Assessoria de Imprensa do Programa Estadual de DST/Aids - SP: Elisabete Taeko Onaga, Elvira Ventura Filipe, Herculano D. R. Alencar, Karina Wolffenbottel, Naila Janilde Seabra Santos e Emi Shima. Fundação SEADE: Antonio Etevaldo Junior, Bernadette Cunha Waldvogel, Lílian Cristina Correia Moraes, e Margarete Silva Jordani. Revisão do Texto:

ÍNDICE Editorial........................................................................................ 02

Ângela Tayra, Artur Kalichman, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Ione Aquemi Guibu, Leda Fátima Jamal, Luiza H. Matida, Mariza Vono Tancredi, Maria Clara Gianna e Sara Romera da Silva

Análise dos dados referentes à aids no Estado de São Paulo (dados até 30/06/2008) ........................................................................... 03

Equipe Técnica

Casos de aids em pessoas com 50 anos ou mais de idade no estado de São Paulo ................................................................... 34

Ana Lúcia C. Monteiro, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Celsis de Jesus Pereira, Emily Anna Catapano Ruiz, Ingrid Napoleão Cotta, Ione Aquemi Guibu, Manoel Ferreira Lima, Márcia Cristina Polon do Carmo, Maria Aparecida da Silva, Marina Maeda Teixeira dos Santos, Mariza Vono Tancredi, Marta de Oliveira Ramalho, Norma Suely de Oliveira Farias, Priscila Mizuno, Solange E. Chabu Gomes, Wong Kuen Alencar Equipe de Apoio Barbara Poti Hasseda, Berenice Alves Ferreira, Magda Cristina B. de Queiroz, Sonia Albertina da Rocha Capa Álvaro Marinho

Diagramação Mauro Teles

Cópias do boletim estão disponíveis no setor de Vigilância Epidemiológica do Centro de Referência e Treinamento em DST/ Aids e no site: www.crt.saude.sp.gov.br Rua Santa Cruz, 81 • 04121-000 – São Paulo – SP Fone/Fax: (11) 5539-3445 ou 5087-9864/9865 E-mail: epidemio@crt.saude.sp.gov.br Disque AIDS: 0800-162550

Rettec, artes gráficas. Rua Xavier Curado, 388 - 04210-100 - Ipiranga Fone: (011) 2063-7000 Fax: (011)2061-8709 E-mail: rettec@rettec.com.br

O sistema de vigilância epidemiológica da gestante HIV e criança exposta no estado de São Paulo – 2000 a 2008......................... 40 Vigilância epidemiológica da sífilis na gestação e sífilis congênita no estado de São Paulo .............................................................. 50 Vigilância epidemiológica dos acidentes ocupacionais com exposição a materiais biológicos no estado de São Paulo, 2007 a 2008.......................................................................................... 64 Vigilância das doenças sexualmente transmissíveis no estado de São Paulo (dados até 30/06/2008) .............................................. 72 Prevalência das doenças sexualmente transmissíveis no município de São Paulo ............................................................................... 80 Circuncisão masculina como método de prevenção para HIV e DST: Eficácia e factibilidade ..................................................... 82 A rede de centros de testagem e aconselhamento (CTA) do estado de São Paulo: distribuição, população atendida e fatores relacionados ao acesso ao diagnóstico sorológico ................................................. 87

Tiragem : 4000 exemplares

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Editorial PROGRAMA ESTADUAL DST/AIDS FAZ 25 ANOS Este ano, o Programa Estadual DST/Aids-SP, pioneiro na resposta brasileira a epidemia, faz 25 anos. Reconhecido internacionalmente por sua política pública para portadores de HIV/aids, o sucesso do programa brasileiro e paulista pode ser atribuído a uma série de mudanças sociais e políticas na década de 80, da redemocratização do país e construção do SUS, à participação da sociedade civil, à mobilização de diversos setores, ao equilíbrio entre prevenção e tratamento e à promoção sistemática dos direitos humanos em todas as estratégias e ações. Trabalhamos muito ao longo desses 25 anos, estruturamos o serviço de vigilância epidemiológica em conjunto com os Grupos de Vigilância Epidemiológica municipais e regionais de saúde do Estado, assim como a rede de assistência, laboratorial e o sistema de distribuição de medicamentos. Realizamos inúmeros treinamentos para formar e atualizar profissionais que trabalham nos serviços de DST/aids. O Boletim Epidemiológico produzido pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica, com os dados enviados através do SINAN, tem sido fundamental para orientar as ações do Programa Estadual DST/Aids. A partir dos boletins pode-se acompanhar a trajetória da epidemia de aids, as ações de prevenção e redução da transmissão vertical da sífilis e HIV, propor de forma mais estruturada a eliminação da sífilis congênita até o ano de 2012 no ESP. Assim como, mesmo que de forma singular, apontar para a existência de serviços de saúde que atendem pessoas portadoras de DST por abordagem sindrômica e conhecer as informações de vários Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que tem demonstrado ser uma estratégia importante para o atendimento de populações mais vulneráveis às DST/aids. As informações do SINABIO (sistema de informação e notificação de acidentes com material biológico), implantado pelo PE em 1999, para maior controle da prevenção e assistência deste evento em profissionais em ações de saúde, passou a fazer parte do SINAN a partir de 2007. Nesta edição, gostaríamos de destacar a continuidade da redução da mortalidade por aids desde 1996 (de 22,9 naquele ano para 8,0/100 mil habitantes em 2007); a redução em quase cinco vezes do número de casos de crianças com aids por transmissão vertical (418 casos em 1997 para 84 em 2006); o aumento de sobrevida dos pacientes com aids, tendo como exemplo 69 casos por transmissão vertical evoluindo para aids após os 13 anos de idade. A parceria, firmada desde 1998, existente entre o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo e a Fundação SEADE, possibilitou conhecer a situação dos casos até dezembro de 2006, assim como auxiliar na verificação e redução da taxa de sub-notificação em relação aos óbitos, melhorando de forma

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substantiva a qualidade das informações do SINAN e do sistema de mortalidade. Criou-se um terceiro banco de dados, denominado de Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids), que deve ser atualizado a cada ano. A análise desta base - BIP-Aids mostrou que até 30/06/2008 foram detectados 171.647 casos de aids, sendo 163.799 provenientes do SINAN e 7.848 óbitos por HIV/Aids existentes no banco SEADE. A partir deste número, disponibilizaremos dados de DST e aids no mesmo boletim. Até o ano passado, estes eram elaborados e impressos independentemente. Apresentamos as informações do SINAN de aids, DST, gestante HIV positiva e crianças expostas à transmissão vertical, sífilis congênita e sífilis na gestação e acidentes com material biológico. Trazemos um artigo de revisão de vários estudos sobre a “Circuncisão Masculina como método de prevenção para HIV e DST: Eficácia e factibilidade”, uma análise dos “Resultados da Pesquisa de Prevalência de DST no município de São Paulo” – ocorrida em 2003-2004 e coordenada pelo programa estadual, e outro artigo sobre “A rede de Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) do estado de São Paulo: distribuição, população atendida e fatores relacionados ao acesso ao diagnóstico sorológico”, ambos a partir de estudos da coordenação nacional de DST/Aids. A proposta de trabalho da vigilância é seguir aprimorando o BIP-Aids, incorporando dados do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), após investigação dos casos suspeitos, e avançar para os demais agravos e sistemas de informação existentes. Propomos também implementar o sistema de monitoramento de qualidade dos dados das DST/aids no SINAN, com investigação de oportunidades perdidas de prevenção, eliminação/investigação de inconsistências e retirada de duplicidades, e continuar a “batalhar”por um sistema de informação que possa ser oportuno, útil, ágil, flexível e amigável para entrada e análise de dados. Reforçamos que estes atributos colocados não são apenas “jargões” teóricos, mas que de fato se concretizem no cotidiano dos serviços de saúde. Visamos estimular que todas estas atividades ocorram nos diversos níveis de vigilância em saúde - locais, municipais e regionais do estado de São Paulo. Outro desafio é que este processo seja realizado em conjunto com as ações de prevenção e de assistência às DST/aids.

Dra. Maria Clara Gianna - Dr. Artur Kalichman Coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP

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ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À AIDS NO ESTADO DE SÃO PAULO A parceria existente entre o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo e a Fundação SEADE (já citada em boletins anteriores) tem resultado em vários trabalhos, sendo o principal deles a criação da base de dados que permite aprofundar a análise da epidemia de aids no estado. A vinculação dos dados de aids do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN-Aids) com o banco de óbitos por aids do SEADE possibilitou verificar se os casos já notificados foram a óbito ou se existem pessoas que foram a óbito por esta infecção e que não foram notificados. Criou-se, assim, um terceiro banco com todas estas informações que, em comum acordo com os técnicos das duas instituições, foi denominado de Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids). A proposta de trabalho é seguir aprimorando o BIP-Aids, incorporando dados do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), após investigação dos casos suspeitos, eliminação de inconsistências e retirada de duplicidades. O presente boletim apresenta tabelas elaboradas através do BIP-Aids e outras que são possíveis apenas com dados do SINAN, como a categoria de exposição. Foram incorporados, até 2006, os óbitos oriundos do banco do SEADE, enquanto que a análise dos dados do SINAN incluiu casos notificados até 30/06/2008. Inicialmente é importante enfatizar que, em virtude do atraso do fluxo da notificação de aids e também porque a doença é crônica, o que permite a notificação do caso, anos após o diagnóstico, o último melhor ano para se ter como referência de análise é o ano de 2006. A análise do BIP-Aids mostrou que até 30/06/2008 foram detectados 171.647 casos de aids, sendo 163.799 provenientes do SINAN e 7.848 óbitos por HIV/Aids oriundos do banco do SEADE e que não estavam notificados como aids, correspondendo a uma subnotificação de 4,6% somente através da vinculação destas duas bases de dados (tabela 1). As porcentagens de subnotificação variaram ao longo dos anos, porém foi maior em 2006, provavelmente porque todos os óbitos por aids deste ano entraram na análise, e nem todo caso diagnosticado neste ano tinha sido notificado até junho de 2008. Ao se comparar esta tabela com a do boletim anterior (2007), e tomando-se como exemplo o ano de 2006, nota-se um aumento de 910 casos notificados no SINAN e 115 óbitos sem notificação, com uma diminuição da subnotificação, portanto, de 12,2% para 8,9% neste período de um ano. A tabela 2 apresenta as mesmas informações, porém por Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE). A maior proporção de subnotificação observou-se na GVE de Franco da Rocha

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(16,5%). A GVE de Assis também apresentou alta proporção de subnotificação (10,5%), assim como Taubaté (9,3%) e Presidente Venceslau (8,5%). Um dos fatores importantes que deve explicar uma boa parte desta subnotificação, pelo menos nestas três GVEs, é a presença de unidades penitenciárias nestas regiões. No município de Franco da Rocha existiam 5.945 pessoas nos diversos tipos de presídios e 796 nos dois hospitais penitenciários. Em Assis havia 1.120 presidiários, em Taubaté 3.607 (incluindo Tremembé) e em Presidente Venceslau 1.204 (dados da Secretaria da Administração Penitenciária). Os números de casos e respectivas taxas de incidência de aids por ano de diagnóstico (tabela 3 e gráfico 1) confirmaram crescimento da epidemia até 1998, com 34,18 casos por 100.000 hab. Após este ano, observou-se decréscimo progressivo da incidência, sendo que em 2006 ocorreram 16,39 casos por 100.000. No sexo masculino a maior taxa foi em 1996 (46,25) e no feminino em 1998 (23,13). Desde 1996, a razão masculino/ feminino permanece em 2/1. A diferença desta tabela 1 com a correspondente do boletim de 2007 é que, com a incorporação dos óbitos não notificados, as taxas aumentaram, em média, em 01 caso por 100.000 habitantes. Outra diferença é que, anteriormente, a maior incidência no sexo masculino era em 1998, mas com a incorporação dos óbitos, o ano de 1996 foi o que passou a apresentar a maior taxa. Os casos de aids por faixa etária, em número absoluto (tabela 4), apontaram maior freqüência nos indivíduos de 30 a 39 anos (39,3% dos casos), correspondendo à média de 6747 casos por ano de idade em todo o período. A faixa etária de 25 a 29 anos (19,1%), igualmente com grande freqüência, porém pouco menor que a anterior, apresentou média de 6542 casos por ano de idade, semelhante à faixa de 40 a 49 anos, que teve média de 6512 casos por ano de idade. Estas 3 faixas acumularam 77,4% do total de aids notificados de 1980 a 2008. Foram calculadas taxas de incidência para cada cem mil habitantes por faixa etária de 1991 a 2006 (tabela 5) e constatouse, novamente, acentuada diminuição das incidências e que a maior ocorrência deu-se entre os que possuíam 30 a 39 anos de idade (90,4 em 1998 e 37,7 em 2006). A seguir, as faixas de 40 a 49 anos (50,1 em 1998 para 33,6 em 2006) e de 25 a 29 anos (79,3 em 1995 para 23,0 em 2006). Observou-se que as maiores incidências entre os mais jovens ocorreram na primeira metade da década de 90. Assim, entre 20 a 24 anos, o ponto mais alto atingido foi em 1993 (42,0) caindo para 9,1 em 2006. Entre as pessoas de 25 a 29 anos, a maior incidência foi em 1995, já citado anteriormente, e nas idades de 30 a 59 anos em 1998. A faixa de 60 a 69 anos apresentou taxas semelhantes entre os anos de 1998 a 2000, enquanto que entre os de 70 e mais anos houve variação ao longo dos anos sem mudanças acentuadas.

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Boletim Epidemiológico A análise das taxas de incidência por faixa etária apenas no sexo masculino (tabela 6) constata a mesma tendência descrita no parágrafo anterior, ressalvando-se que estas taxas foram maiores do que no total de casos. No sexo feminino (tabela 7) observou-se algumas diferenças: as incidências são menores, porém os valores mais altos ocorreram em 1998 nas faixas de 10 até 59 anos de idade. Outro fato importante a se ressaltar é que de 0 a 9 anos de idade as incidências no sexo masculino e feminino são semelhantes. A diferença começou a aparecer na idade de 10 a 14 anos, e elas são em geral mais elevadas entre os meninos até 1998 depois tendem a se assemelhar e, a partir de 2004, as taxas são pouco maiores no sexo feminino. Há necessidade de atenção para se ter clareza se essa pode ser uma tendência, ou seja, aumento da aids em adolescentes do sexo feminino. Embora tenha havido diminuição progressiva em todas as faixas, a maior diminuição foi observada entre as crianças de 0 a 4 anos, pois a taxa de incidência em 2006 foi 7,5 vezes menor que o de 1997. Entre as idades de maior incidência, houve diminuição de 3,5 vezes entre aqueles com 25 a 29 anos e 2,4 vezes entre os de 30 a 39 anos. Sintetizando, nesse período de 16 anos, a epidemia da aids tem se deslocado para os mais velhos, ou seja, o diagnóstico de aids está sendo feito em pessoas com mais idade. Os casos de aids em maiores de 12 anos de idade por categoria de exposição (tabela 8) continuaram ocorrer, em sua grande maioria, por transmissão sexual (59,9%), e entre estes há proporção de 2/3 heterossexuais e de 1/3 homens que fazem sexo com homens (HSH = homossexuais masculinos + bissexuais masculinos). A transmissão por via sanguínea ocorreu basicamente por uso de drogas injetáveis (UDI), que vem apresentando uma importante diminuição desde o início da década de 90. As transfusões sanguíneas e os casos por hemofilia foram pouco observados a partir de 1998, não representando percentual expressivo no total de casos. Entre os homens com 13 anos ou mais de idade, este padrão descrito para o total de casos, foi semelhante, porém com proporção pouco menor de heterossexuais e um pouco maior de UDI (tabela 9). Os casos com categoria de exposição ignorada representaram em torno de 16% no geral e 17% entre os homens. A principal categoria de exposição entre as mulheres com mais de 12 anos de idade (tabela 10) foi por relação heterossexual, que tem aumentado ao longo dos anos enquanto tem diminuído os casos para UDI. A transmissão do HIV por transfusão de sangue também tem diminuído de forma importante, pois desde 1998 ocorreram 5 casos que estão relacionados com a questão da janela imunológica do teste e não devido à ausência de testagem no sangue das doações efetuadas. Entre os menores de 13 anos de idade (tabela 11), a transmissão vertical é mais importante que as demais, pois cerca de 88% dos casos ocorreram por esta via. Cerca de 9% dos casos estão em investigação ou a forma de transmissão é ignorada até o presente momento. As categorias de transfusão de sangue e hemofilia estavam presentes até meados da década de 90 e

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devido ao controle de sangue e seus derivados apenas 3 casos foram notificados até 2001. A tabela 12 apresenta um detalhamento da idade (em anos) entre os casos classificados como transmissão vertical (TV). Com a melhoria do seguimento ambulatorial dos pacientes, adoção de quimioprofilaxias, imunização com imunobiológicos especiais, aumentou o tempo em que pessoas infectadas por transmissão vertical permaneceram assintomáticos, tornando-se casos de aids mais velhos. Até 30/06/2008 foram notificados 69 casos em maiores de 12 anos, sendo 43 mulheres e 26 homens, que corresponderam apenas a 1,4% do total de transmissão vertical. Entre todos os casos por TV, 35,9% teve diagnóstico de aids com menos de 1 ano de idade, e 16% com 1 ano, portanto, em torno de 50% foram diagnosticados com a doença nos primeiros 2 anos de vida. Ainda em relação a esta tabela, nota-se uma diminuição da transmissão vertical ao longo dos anos. Assim, a média de casos por ano de 1991 a 1995 foi 245,4 aumentando para 351 entre 1996 a 2000. A partir de 1997, onde se atingiu o maior número de casos notificados por ano diagnóstico (não detalhado na tabela 12), observou-se diminuição gradativa. Este fato pode ser atribuído em boa parte às medidas adotadas com as gestantes HIV positivas e com as crianças expostas. A variável raça/cor pode ser analisada apenas após 2000 pois antes não existia este quesito na ficha de investigação de aids. Em 2000, 78% dos casos não tinham este campo preenchido. Após treinamentos sobre a importância deste dado para análise das doenças, houve uma substancial melhoria, constatada em 2007/2008 com 6,3% de ignorados (tabela 13). Não houve diferenças entre homens e mulheres nas proporções por cor: 43,5% brancos; 6,9% pretos, 14% pardos, 0,4% amarelos e 0,0% (24) indígenas. Se for recalculada a proporção por cor sem os ignorados, 67% dos casos eram brancos, 11% pretos, 21,5% pardos, 0,6% amarelos e 0,001% indígenas. Em relação à escolaridade dos casos de aids notificados (tabela 14), houve uma grande parcela de ignorados ou em branco no preenchimento desta variável e que, infelizmente, foi maior em 2006 do que nos anos anteriores. Ao se comparar sexo masculino com o feminino, nota-se que este último possuía menor escolaridade que o masculino. Ao longo do período analisado, ocorreram algumas mudanças. Deste modo, em ambos os sexos houve pequena variação nas proporções de pessoas sem instrução alguma. Tomando-se como referência os anos de 1995 e 2006, observou-se que entre os que tiveram 1 a 3 anos de estudo a proporção diminuiu em cerca de 3 vezes. Na faixa de 4 a 7 anos de escolaridade, igualmente em ambos os sexos, a porcentagem variou em torno de 27% a 30%. Entretanto, entre os mais escolarizados, aqueles com 8 a 11 anos de estudo houve aumento em 10 pontos percentuais nos homens e 12 pontos percentuais nas mulheres. Nos casos com 12 anos ou mais de estudo, entre os homens, a diferença foi de 3,7 pontos percentuais a mais em 2006 do que em 1995, enquanto que nas mulheres aumentou de 2 pontos percentuais no mesmo período. Este aumento na proporção de anos de escolaridade nos casos de aids é semelhante ao que ocorreu na população do estado, conforme discutido em boletim anterior.

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Os critérios de definição de caso de aids sofreram mudanças nestes 28 anos de epidemia. A tabela 15 apresenta a série histórica desde 1995 por tipo de critério em maiores de 12 anos de idade. Neste ano de 1995, 38,7% foram diagnosticados como aids por meio de 2 critérios ao mesmo tempo, CDC+RJ/Caracas, 27,7% apenas pelo critério RJ/Caracas, 14,9% somente pelo CDC. Em 1995 adotou-se o critério óbito e ARC+óbito que foram responsáveis por 12% das notificações. Em 1998 foi introduzido o critério CDC/Laboratório (quando o CD4<350), e foi possível notificar casos retroativamente, por isso a existência de casos desde 1995 (0,8%). A partir de 2004, este e todos os outros critérios que envolviam CDC foram classificados apenas como CDC. Além disso, ainda a partir de 2004, extinguiu-se os critérios CDC excepcional e ARC+óbito, permanecendo no SINAN 3 possibilidades de análise: CDC, RJ/Caracas e óbito. Em 2006, 84,3% dos casos foram classificados como CDC, 10,4% como RJ/Caracas e 5,2% como critério óbito. De 1995 a 2003 aumentou a proporção de casos com o critério CD4, o que significava que a pessoa ainda não apresentava nenhum sintoma muito diferente do critério CDC e/ou RJ/ Caracas. Infelizmente, não será possível, através do SINAN, manter a série histórica para avaliação da gravidade do caso no momento do diagnóstico. Na tabela 16 encontram-se os casos em menores de 13 anos de acordo com os critérios de definição de caso. Houve mudanças assim como nos adultos, e a partir de 2004 tornou-se possível notificar por 2 critérios: CDC (94,7% em 2006) e óbito (5,3% em 2006). A GVE 1, que abrange apenas a cidade de São Paulo, foi a que mais notificou desde o início da epidemia, pois 41,6% dos casos moravam neste município. As regiões que mais notificaram foram: Campinas (6,9%), Santos (6,7%), Santo André (5,3%), Osasco (4,2%) e Ribeirão Preto (4,2%) (tabela 17). A distribuição dos casos em maiores de 12 anos de idade por GVE (tabela 18) foi semelhante ao total de casos, visto que 97% pertencem a este segmento. Os casos em menores de 13 anos segundo GVE de residência (tabela 19) apresentou distribuição semelhante quanto ao volume de casos, isto é, os 6 municípios que mais notificaram, 5 foram os mesmos dos adultos: São Paulo, 39,9%; Santos 7,7%; Campinas 6,6%; Osasco 5,6% e SantoAndré 5,0% e Mogi das Cruzes 4,7%. Na tabela 20 estão relacionados os 150 municípios com maior número de casos e em ordem decrescente de freqüência. A capital do estado foi responsável por 40,6% dos casos; os demais municípios individualmente, em termos de valores absolutos, possuem volume muito menor. Desta forma, dentro deste grande grupo de cidades do interior do estado, Santos foi quem mais notificou (3,1%), porém muito próxima de Campinas (3%) e Ribeirão Preto (3%). Nesta mesma tabela, além dos 150 municípios , foram incorporados no final da listagem outros 7 municípios que fazem parte dos denominados “municípios prioritários” para o programa de controle da aids do estado.

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A análise da magnitude em termos absolutos é importante, porém é necessário calcular a incidência da aids, ou seja, o risco de adquirir a doença. Portanto, na tabela 21, estão listadas as taxas de incidência de todos os 150 municípios com maior freqüência mais os 7 prioritários, que constam da tabela 20. Estas taxas foram ordenadas de forma descendente de acordo com o ano 2006. Desta forma, Mirandópolis foi o município que apresentou maior taxa (40,8 por 100.000 hab) do estado no ano 2006 e que possuía 100 casos residentes em sua área de abrangência. Já a cidade de São Paulo, em termos relativos, encontrava-se na 13ª posição (23,8 por 100.000 hab). Os óbitos por aids ocorridos por ano e sexo, desde 1988 a 2007 (tabela 22), apenas com os dados do SEADE, diminuíram tanto em número absoluto quanto em taxas. Entre os homens a maior taxa de mortalidade foi de 35,1 por 100.000 hab. e nas mulheres, 11,0, ambos em 1995. Ao se comparar estas taxas com as observadas em 2007, observou-se diminuição maior no sexo masculino (3 vezes menor) do que no feminino (2,2 vezes menor), lembrando que a incidência também é menor nas mulheres que nos homens. A razão de sexo nos óbitos mantem-se 2 homens para 1 mulher desde 2000. Os óbitos por aids podem ser analisados de duas formas: letalidade e mortalidade (Quadro 1). Para o cálculo da letalidade (ou proporção de óbitos em relação ao número de casos diagnosticados num determinado período) utilizou-se óbitos registrados no SINAN, mas reportados ao ano do diagnóstico. Assim, os casos diagnosticados em 1983, 92% foram a óbito em algum momento de todo o período; dos casos de 1995, ocorreram 77,65% óbitos; em 2006, 20,34% das pessoas com diagnóstico de aids faleceram em 1 ano e meio. Desta forma, concluiu-se que a letalidade era altíssima na década de 80 e foi diminuindo ao longo dos anos. O cuidado que deve se tomar ao analisar esta série histórica é que o tempo de observação não é o mesmo para toda a série. Uma possibilidade de avaliar se houve ou não diminuição da letalidade é comparar períodos iguais. Como exemplo, divide-se a série em 3 períodos de 8 anos: 1982 a 1989, 1990 a 1997 e 1998 a 2005. De 1982 a 1989 houve uma diminuição de 1,13 vezes da letalidade (100/88,82); de 1990 a 1997 a letalidade diminuiu 1,6 vezes (86,53/53,82); de 1998 a 2005 houve diminuição de 2,15 vezes (47,57/22,10). Portanto, constatou-se que a letalidade por aids tem diminuído nestes 28 anos de epidemia. As taxas de mortalidade deste quadro 1 foram calculadas utilizando-se os óbitos por ano de ocorrência do banco SINAN e acrescidos dos dados do SEADE. Estas taxas apresentaram pequenas diferenças com a tabela 22 porque a base de dados para o cálculo são diferentes. No Quadro 1 não foram incluídos os 7.848 casos (da tabela 1). Entretanto o comportamento é o mesmo, ou seja, as taxas aumentaram até o ano de 1995 e foram diminuindo de forma muito acentuada. Assim, em 1995 a taxa era 23,69 óbitos por 100.000 hab., e em 2007 foi 8,0 (tabela 22), correspondendo a aproximadamente 3 vezes menos. Nunca é demais ressaltar o início da quimioterapia altamente potente (HAART) a partir de 1996, para toda a rede de atendimento de aids do país que foi, sem dúvida, o principal fator responsável pela diminuição de óbitos por este agravo.

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Boletim Epidemiológico Nas duas últimas colunas da tabela 22 constam os números de pessoas que não possuíam registro de óbito nos dois bancos (SINAN+SEADE) e que possivelmente estejam vivos. A estimativa de pessoas vivendo com aids foi calculada subtraindo os óbitos dos casos notificados, acrescido dos casos vivos dos anos anteriores e dividindo-os por 100.000 hab. A taxa vai aumentando, portanto aumentando o contingente de pessoas com aids vivas, somando 75.414 (gráfico 4). Segundo informações da Divisão de Logística do Programa Estadual DST/Aids-SP, aproximadamente 70.000 pessoas estão recebendo medicações anti-retrovirais. Foram listadas, na tabela 23, os 50 municípios do estado com maior número de óbitos. A capital foi responsável por 38,3%, equivalendo a 32.276 óbitos de 1990 até 2007, muito distante

ANO XXV – Nº 1

do segundo com maior volume que foi a cidade de Santos, com 2.799 que representou 3,3% do total de óbitos. Estes 50 municípios juntos apresentaram 82,3% de todos os óbitos do estado desde o início da epidemia. Calculou-se as taxas de mortalidade de aids para os 150 municípios com maior número de óbitos e foram apresentados na tabela 24 aqueles com taxas iguais ou maiores que 8,0 por 100.000 habitantes, que totalizaram 73 municípios. Todas as informações apresentadas apontaram para a necessidade de diagnosticar aids o mais precocemente possível, aumentando o acesso e aprimorando o atendimento às pessoas que chegam a realizar o teste anti-HIV para que continuem seus acompanhamentos em serviços de saúde e recebam todos os cuidados necessários.

Tabela 1 - Casos notificados de Aids, óbitos por Aids não notificados no SINAN, proporção de subnotificação de casos de Aids em relação ao óbito e total de casos estimados por ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008* Ano de Diagnostico

casos no SINAN

obitos sem SINAN

Total de casos (SINAN+ Óbitos sem SINAN)

% subnotificação em relação ao óbito

1980

1

-

1

-

1981

-

-

-

-

1982

8

-

8

-

1983

25

-

25

-

1984

84

-

84

-

1985

340

9

349

2,6

1986

611

15

626

2,4

1987

1.531

43

1.574

2,7

1988

2.528

96

2.624

3,7

1989

3.435

101

3.536

2,9

1990

5.041

284

5.325

5,3

1991

6.651

439

7.090

6,2

1992

8.143

476

8.619

5,5

1993

8.701

616

9.317

6,6

1994

9.069

614

9.683

6,3

1995

10.085

292

10.377

2,8

1996

10.819

296

11.115

2,7

1997

11.019

598

11.617

5,1

1998

12.022

178

12.200

1,5

1999

10.381

429

10.810

4,0

2000

10.160

201

10.361

1,9

2001

9.477

385

9.862

3,9

2002

9.147

517

9.664

5,3

2003

8.533

562

9.095

6,2

2004

7.112

565

7.677

7,4

2005

6.605

543

7.148

7,6

2006

5.997

589

6.586

8,9

2007

4.894

-

4.894

-

2008

1.380

-

1.380

-

Total

163.799

7848

171.647

4,6

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

6

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Tabela 2 - Casos notificados de Aids, óbitos por Aids não notificados no SINAN, proporção de subnotificação de casos de Aids em relação ao óbito, por Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

casos no SINAN

obitos sem SINAN

Total de casos (SINAN + obitos sem SINAN)

% subnotificação em relação ao obito

GVE 1 CAPITAL

68.208

1454

69.662

2,1

GVE 7 SANTO ANDRÉ

8.646

660

9.306

7,1

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

5.826

572

6.398

8,9

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

1.108

219

1.327

16,5

GVE 10 OSASCO

6.887

664

7.551

8,8

GVE 11 ARAÇATUBA

2.188

64

2.252

2,8

GVE 12 ARARAQUARA

3.410

61

3.471

1,8

928

109

1.037

10,5

GVE 14 BARRETOS

1.869

90

1.959

4,6

GVE 15 BAURU

3.165

161

3.326

4,8

GVE 16 BOTUCATU

944

33

977

3,4

GVE 17 CAMPINAS

11.334

612

11.946

5,1

GVE 18 FRANCA

1.417

117

1.534

7,6

GVE 19 MARÍLIA

1.400

64

1.464

4,4

GVE 20 PIRACICABA

4.354

317

4.671

6,8

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE

1.220

67

1.287

5,2

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

387

36

423

8,5

GVE 23 REGISTRO

541

34

575

5,9

GVE de residência

GVE 13 ASSIS

GVE 24 RIBEIRÃO PRETO

6.852

292

7.144

4,1

GVE 25 SANTOS

11.030

683

11.713

5,8

GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA

1.642

87

1.729

5,0

GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

4.301

200

4.501

4,4

992

84

1.076

7,8

5.913

237

6.150

3,9

358

32

390

8,2

4.923

425

5.348

7,9

GVE 32 ITAPEVA

340

25

365

6,8

GVE 33 TAUBATÉ

3.589

367

3.956

9,3

27

82

109

-

163.799

7848

171.647

4,6

GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA

IGNORADO Total

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

Dezembro 2008

7


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 3 - Casos notificados de Aids, taxa de incidência (TI)* por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico, sexo e razão de sexo, Estado de São Paulo, 1980 a 2008**

Sexo Ano de Diagnóstico

Masculino

Feminino

Total

Ign

Razão de Sexo

casos

TI

casos

TI

casos

casos

TI

1980

1

0,01

-

-

-

1

0,00

-

1981

-

-

-

-

-

-

-

-

1982

8

0,06

-

-

-

8

0,03

-

1983

24

0,18

1

0,01

-

25

0,09

24/1

1984

81

0,60

3

0,02

-

84

0,31

27/1

1985

339

2,46

10

0,07

-

349

1,26

34/1

1986

594

4,22

32

0,22

-

626

2,21

19/1

1987

1.412

9,84

162

1,11

-

1.574

5,45

9/1

1988

2.245

15,34

379

2,55

-

2.624

8,89

6/1

1989

3.003

20,11

533

3,50

-

3.536

11,73

6/1

1990

4.462

29,29

863

5,55

-

5.325

17,30

5/1

1991

5.793

37,28

1.296

8,15

1

7.090

22,55

5/1

1992

6.839

43,23

1.779

10,97

1

8.619

26,91

4/1

1993

7.228

44,90

2.088

12,63

1

9.317

28,55

3/1

1994

7.393

45,13

2.287

13,57

3

9.683

29,13

3/1

1995

7.634

45,81

2.741

15,95

2

10.377

30,66

3/1

1996

7.837

46,25

3.278

18,72

-

11.115

32,26

2/1

1997

7.822

45,40

3.793

21,27

2

11.617

33,13

2/1

1998

7.994

45,62

4.205

23,13

1

12.200

34,18

2/1

1999

7.079

39,72

3.729

20,13

2

10.810

29,74

2/1

2000

6.700

36,99

3.660

19,40

1

10.361

28,02

2/1

2001

6.235

33,95

3.624

18,94

3

9.862

26,30

2/1

2002

6.151

33,03

3.512

18,09

1

9.664

25,41

2/1

2003

5.780

30,61

3.315

16,83

-

9.095

23,58

2/1

2004

4.898

25,58

2.779

13,91

-

7.677

19,62

2/1

2005

4.527

23,30

2.621

12,92

-

7.148

18,00

2/1

2006

4.279

21,77

2.307

11,24

-

6.586

16,39

2/1

2007

3.248

16,34

1.646

7,92

-

4.894

12,04

2/1

2008

899

-

481

-

-

1.380

-

2/1

Total

120.505

-

51.124

-

18

171.647

-

2/1

M/F

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

8

Dezembro 2008


Dezembro 2008

3.036

4.985

1.991

559

194

36

44

14.152

25 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60 - 69

70 e mais

ignorada

Total

7.090

14

15

97

300

961

2.485

1.564

1.130

292

22

21

189

1991

8.619

19

22

107

341

1.224

3.125

2.044

1.233

242

18

33

211

1992

9.317

14

22

106

399

1.304

3.430

2.246

1.292

224

21

34

225

1993

9.683

13

28

134

400

1.430

3.850

2.254

1.089

186

14

25

260

1994

10.377

24

42

173

472

1.646

4.011

2.423

1.037

175

23

37

314

1995

11.115

15

25

137

511

1.841

4.628

2.418

955

163

26

53

343

1996

11.617

14

32

166

561

1.960

4.883

2.425

981

146

29

67

353

1997

12.200

8

37

193

664

2.182

5.169

2.426

982

175

26

59

279

1998

10.810

10

41

194

619

2.012

4.562

2.032

836

140

25

67

272

1999

9.862

2

48

200

688

2.102

4.022

1.612

706

123

32

88

239

2001

9.664

6

50

197

729

2.137

4.018

1.473

662

124

22

67

179

2002

9.095

6

48

216

752

2.216

3.657

1.285

564

119

22

88

122

2003

7.677

3

53

187

729

1.965

2.989

1.063

431

86

30

55

86

2004

7.148

3

43

149

779

1.948

2.699

916

399

71

26

40

75

2005

6.586

4

46

217

709

1.860

2.414

831

333

67

25

30

50

2006

4.894

-

42

146

549

1.379

1.767

634

264

42

21

16

34

2007

1.380

-

6

34

167

361

490

210

74

19

8

2

9

2008

171.647

202

666

3.053

10.611

32.560

67.474

32.708

15.906

3.176

497

909

38,3

53,5

49,6

28,9

13,6

6,5

1,6

22,6

20 - 24

25 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60- 69

70 e mais

Total

26,9

2,3

7,0

14,9

35,3

61,2

69,1

40,9

8,1

0,6

1,0

6,8

1992

28,6

2,2

6,7

16,9

36,2

65,8

75,1

42,0

7,3

0,6

1,0

7,2

1993

29,1

2,6

8,3

16,4

38,2

72,5

74,6

34,7

5,9

0,4

0,8

8,3

1994

30,7

3,7

10,4

18,7

42,3

74,1

79,3

32,3

5,4

0,7

1,1

10,0

1995

32,3

2,1

8,0

19,6

45,6

83,9

78,4

29,2

4,9

0,8

1,6

10,9

1996

33,1

2,6

9,5

20,9

46,7

87,0

77,9

29,4

4,3

0,9

2,1

11,2

1997

34,2

2,8

10,8

23,9

50,1

90,4

77,2

28,9

5,0

0,8

1,8

8,8

1998

29,7

3,0

10,6

21,6

44,5

78,4

64,0

24,1

3,9

0,7

2,1

8,5

1999

28,0

2,1

11,0

23,1

43,5

72,5

56,7

21,9

3,7

0,7

2,4

8,9

2000

Ano de Diagnóstico

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

0,7

10,0

0,6

5-9

15 - 19

6,1

0-4

10 - 14

1991

Faixa Etária (anos)

26,3

3,2

10,3

22,2

43,5

67,1

49,2

19,8

3,4

1,0

2,8

7,5

2001

25,4

3,3

9,9

22,4

42,9

66,2

44,0

18,4

3,5

0,7

2,1

5,6

2002

23,6

3,0

10,6

22,1

43,2

59,5

37,5

15,5

3,4

0,7

2,7

3,8

2003

19,6

3,2

8,9

20,4

37,2

48,1

30,3

11,8

2,5

0,9

1,7

2,7

2004

18,0

2,5

6,9

20,8

35,8

42,9

25,6

10,8

2,1

0,8

1,2

2,3

2005

16,4

2,6

9,6

18,2

33,6

37,7

23,0

9,1

2,0

0,8

0,9

1,6

2006

100,0

0,1

0,4

1,8

6,2

19,0

39,3

19,1

9,3

1,9

0,3

0,5

2,3

12,0

2,3

6,2

13,6

24,5

27,1

17,4

7,3

1,2

0,6

0,5

1,1

2007

Total 3.885

TABELA 5 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.), segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**

10.361

3

30

206

683

2.041

4.290

1.816

774

136

23

76

283

2000

Ano de Diagnóstico

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

646

2.164

84

10 - 14

20 - 24

51

5-9

15 - 19

362

0-4

Faixa Etária (anos) 80 a 90

TABELA 4 - Casos notificados de Aids, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

9


10

24,8

12,0

0,6

1,0

16,6

58,5

88,6

85,8

49,4

24,0

11,8

3,1

37,3

5-9

10 - 14

15 - 19

20 - 24

25 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60 - 69

70 e mais

Total

44,9

4,2

11,4

27,0

59,7

108,4

118,6

59,9

10,2

1,1

1,0

7,2

1993

45,1

4,4

13,1

26,2

61,6

118,0

114,8

48,9

7,4

0,4

0,8

8,2

1994

45,8

5,9

16,1

27,6

66,6

116,4

119,2

43,3

6,7

0,8

1,1

9,1

1995

46,3

3,9

12,6

28,1

70,5

127,4

112,0

32,4

5,3

1,1

1,6

10,0

1996

45,4

3,9

13,6

29,1

68,2

127,5

102,7

32,7

3,8

1,2

2,0

11,2

1997

45,6

5,2

15,6

33,4

73,3

128,0

95,7

30,7

4,7

0,7

1,7

8,2

1998

37,0

3,1

14,7

32,2

62,1

102,5

68,4

23,0

3,0

0,6

2,2

8,7

2000

34,0

5,8

14,8

29,8

61,3

92,3

58,6

18,7

2,6

1,1

2,7

6,5

2001

33,0

4,8

14,8

32,4

59,9

90,7

50,9

19,1

3,1

0,4

1,5

5,0

2002

30,6

5,3

14,5

29,9

61,3

79,8

43,6

16,7

2,8

0,7

2,9

3,5

2003

25,6

4,8

12,2

26,8

51,8

65,9

36,2

12,3

2,6

0,7

1,4

2,4

2004

23,3

4,1

9,2

27,3

49,4

57,4

30,8

12,0

1,6

0,7

0,7

2,4

2005

21,8

4,4

12,8

24,2

46,5

51,0

29,4

11,8

2,0

0,4

1,0

1,6

2006

16,3

3,3

8,0

17,8

34,9

37,8

23,2

9,6

1,1

0,7

0,4

0,9

2007

8,2

Total

4,6

11,0

0,4

2,7

5,7

11,3

20,8

27,7

22,5

12,6

0,7

2,7

7,5

13,4

24,9

32,7

24,0

4,3

0,2

1,1

7,2

1993

13,6

1,1

4,1

7,3

15,7

28,6

35,2

20,3

4,3

0,4

0,7

8,4

1994

16,0

2,1

5,5

10,5

19,0

33,4

40,4

21,4

4,1

0,5

1,2

10,9

1995

19,1

0,9

4,2

12,2

22,7

43,0

46,1

26,5

4,7

0,5

1,6

11,7

1996

21,3

1,7

6,0

13,3

26,3

48,2

53,6

26,2

4,8

0,5

2,2

11,0

1997

23,1

1,2

6,7

15,2

28,2

54,5

59,1

27,1

5,3

0,8

2,0

9,4

1998

20,1

1,2

6,4

13,1

25,9

47,7

47,9

23,0

4,3

0,7

2,1

9,0

1999

19,4

1,4

7,7

14,7

26,1

43,8

45,3

20,9

4,5

0,8

2,6

9,1

2000

Ano de Diagnóstico

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

0,6

70 e mais

40 - 49

3,9

8,8

30 - 39

1,9

14,6

25 - 29

60 - 69

19,3

20 - 24

50 - 59

3,4

17,9

15 - 19

0,2

1,0

0,7

0,3

5-9

10 - 14

6,7

6,4

0-4

1992

1991

Faixa Etária (anos)

18,9

1,5

6,6

15,2

26,8

43,0

40,0

20,9

4,3

0,8

2,9

8,5

2001

18,1

2,2

5,7

13,4

27,1

42,7

37,2

17,8

3,9

1,0

2,7

6,2

2002

16,8

1,5

7,2

15,0

26,4

40,1

31,5

14,4

4,0

0,6

2,5

4,1

2003

13,9

2,2

6,1

14,7

23,7

31,0

24,5

11,3

2,4

1,2

2,0

2,9

2004

12,9

1,5

4,9

15,0

23,3

29,0

20,4

9,5

2,6

0,9

1,8

2,2

2005

11,2

1,4

6,9

12,8

21,7

24,9

16,7

6,4

1,9

1,1

0,8

1,5

2006

7,9

1,7

4,7

9,8

14,9

16,9

11,6

5,0

1,4

0,6

0,6

1,3

2007

TABELA 7 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.) em sexo feminino, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**

39,7

5,5

15,4

30,9

64,2

110,4

80,5

25,2

3,6

0,8

2,1

8,2

1999

Ano de Diagnóstico

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

43,2

4,9

60,1

103,0

111,7

59,1

11,5

0,8

0,9

6,8

5,8

0-4

1992

1991

Faixa Etária (anos)

TABELA 6 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.) em sexo masculino, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

GRAFICO 1 - Taxa de incidência (TI) de Aids (por 100.000 hab.) por sexo e razão masculino/feminino (M/F), segundo ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2007* 40,00

50,00 Masculino

Feminino

Total

razão M/F

45,00

35,00

40,00 30,00 35,00

TI p/100mil hab

20,00

25,00

20,00

razão M/F

25,00

30,00

15,00

15,00 10,00 10,00 5,00

5,00

0,00

0,00

ano de diagnóstico

Fonte: SINAN-PEDST/AIDS-SES-SP(dados até 30/06/2008)

GRÁFICO 2 - Proporção de casos notificados de aids em homens com 13 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

HSH

Hetero

UDI

Outras

Invest

100,0 90,0 80,0 70,0

%

60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

ano de diagnóstico

FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2008)

Dezembro 2008

11


12

12

45

164

305

563

750

865

1.061

1.195

1.278

1.147

1.124

1.061

1.213

1.215

1.226

1.030

963

940

1.007

906

799

754

789

650

229

21.294

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

13,4

16,8

13,5

13,4

11,6

11,5

10,9

11,3

10,3

9,8

10,3

10,5

11,5

11,7

10,9

12,8

13,6

16,2

18,6

21,8

26,0

30,9

38,0

51,0

49,0

54,2

48,0

37,5

-

-

%

9.937

79

296

404

395

437

483

506

515

569

616

671

573

466

490

472

476

567

488

398

341

287

195

105

82

16

6

3

-

1

Bi %

6,3

5,8

6,1

6,8

6,1

6,3

5,8

5,7

5,6

5,8

6,1

5,7

5,4

4,5

5,0

5,4

5,6

7,2

7,6

8,2

10,3

11,8

13,2

17,6

24,5

19,3

24,0

37,5

-

100,0

63.827

753

2.720

3.191

3.676

3.880

4.605

4.657

4.613

4.694

4.665

5.034

4.525

3.786

3.073

2.636

2.334

1.871

1.262

790

513

316

161

46

20

3

2

1

-

-

nº -

-

%

40,2

55,2

56,3

54,1

56,8

55,8

55,4

52,4

50,5

48,0

46,5

43,1

42,8

36,4

31,6

30,0

27,7

23,7

19,6

16,2

15,4

13,0

10,9

7,7

6,0

3,6

8,0

12,5

Hetero

37.394

95

347

537

630

736

1.057

1.194

1.410

1.787

1.979

2.536

2.650

2.843

2.897

2.940

3.189

3.177

2.739

2.035

1.278

805

398

89

31

11

3

1

-

-

-

-

-

%

23,6

7,0

7,2

9,1

9,7

10,6

12,7

13,4

15,4

18,3

19,7

21,7

25,0

27,3

29,8

33,5

37,8

40,2

42,6

41,8

38,5

33,1

26,9

14,9

9,3

13,3

12,0

UDI(**)

358

-

3

-

1

1

5

2

-

-

-

-

33

25

27

24

27

28

39

37

26

38

24

12

5

1

-

-

-

-

Hemof

0,2

-

0,1

-

0,0

0,0

0,1

0,0

-

-

-

-

0,3

0,2

0,3

0,3

0,3

0,4

0,6

0,8

0,8

1,6

1,6

2,0

1,5

1,2

-

-

-

-

%

Categoria de Exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

-

3

1982

Homo

1981

-

1980

Ano de Diagnóstico

600

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

2

24

64

95

63

70

88

68

45

32

27

14

6

1

-

-

-

-

-

0,4

-

-

-

0,0

-

-

-

-

-

-

0,0

0,2

0,6

1,0

0,7

0,8

1,1

1,1

0,9

1,0

1,1

0,9

1,0

0,3

-

-

-

-

-

%

T.Sangue(&)

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

Ac.Profis

69

5

7

10

6

9

9

6

6

3

2

3

2

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

0,0

0,4

0,1

0,2

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,0

0,0

0,0

0,0

-

0,0

Vertical

25.268

204

807

971

1.012

1.090

1.243

1.517

1.649

1.772

1.740

2.198

1.558

2.013

2.078

1.518

1.191

885

646

502

266

206

126

35

32

7

2

-

-

-

8,0

8,5

8,5

5,9

9,6

8,4

8,0

-

-

-

%

15,9

14,9

16,7

16,5

15,6

15,7

15,0

17,1

18,1

18,1

17,3

18,8

14,7

19,3

21,4

17,3

14,1

11,2

10,0

10,3

Invest

158.748

1.365

4.830

5.902

6.475

6.952

8.308

8.889

9.133

9.788

10.032

11.670

10.580

10.411

9.722

8.777

8.434

7.894

6.437

4.868

3.321

2.429

1.481

598

335

83

25

8

-

1

%

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

-

100,0

Total

TABELA 8 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

789

650

229

21.294

2006

2007

2008

Total

19,0

25,7

20,2

20,6

18,4

18,0

17,2

17,7

16,2

15,1

15,6

15,9

16,9

16,3

14,6

16,6

17,3

20,2

22,4

25,7

30,1

35,4

42,2

53,5

50,2

56,3

50,0

37,5

-

-

%

9.937

79

296

404

395

437

483

506

515

569

616

671

573

466

490

472

476

567

488

398

341

287

195

105

82

16

6

3

-

1

Bi %

8,8

8,9

9,2

10,5

9,7

9,8

9,2

8,9

8,9

8,9

9,3

8,7

8,0

6,3

6,8

7,0

7,2

9,0

9,1

9,6

11,9

13,6

14,6

18,4

25,1

20,0

25,0

37,5

-

100,0

30.117

370

1.377

1.512

1.735

1.841

2.130

2.139

2.039

2.091

2.055

2.146

1.986

1.746

1.484

1.355

1.243

998

731

463

327

194

108

31

13

1

1

1

-

-

nº -

-

%

26,8

41,6

42,8

39,4

42,4

41,4

40,4

37,6

35,1

32,8

31,1

27,9

27,7

23,5

20,4

20,0

18,8

15,8

13,7

11,2

11,4

9,2

8,1

5,4

4,0

1,3

4,2

12,5

Hetero

31.291

77

298

447

524

593

858

984

1.143

1.525

1.643

2.097

2.213

2.363

2.493

2.496

2.693

2.650

2.327

1.710

1.059

652

319

81

31

11

3

1

-

-

27,9

8,7

9,3

11,7

12,8

13,3

16,3

17,3

19,7

23,9

24,9

27,2

30,9

31,8

34,4

36,9

40,7

41,9

43,6

41,3

36,9

30,8

23,9

14,2

9,5

13,8

12,5

12,5

-

-

%

358

-

3

-

1

1

5

2

-

-

-

-

33

25

27

24

27

28

39

37

26

38

24

12

5

1

-

-

-

-

-

-

-

-

%

0,3

-

0,1

-

0,0

0,0

0,1

0,0

-

-

-

-

0,5

0,3

0,4

0,4

0,4

0,4

0,7

0,9

0,9

1,8

1,8

2,1

1,5

1,3

Hemof

Categoria de Exposição UDI(**)

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

754

2005

963

2000

799

1.030

1999

906

1.226

1998

2004

1.215

1997

2003

1.213

1996

940

1.061

1995

1.007

1.124

1994

2002

1.147

1993

2001

1.278

1992

750

1988

1.195

563

1987

1991

305

1986

865

164

1985

1.061

45

1984

1990

12

1983

1989

-

3

1982

Homo

1981

-

1980

Ano de Diagnóstico

333

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

10

35

54

34

38

50

35

30

19

15

8

3

1

-

-

-

-

-

0,3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,0

0,1

0,5

0,7

0,5

0,6

0,8

0,7

0,7

0,7

0,7

0,6

0,5

0,3

-

-

-

-

-

%

T.Sangue(&)

26

3

-

2

2

4

3

1

3

3

2

2

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,0

0,3

-

0,1

0,0

0,1

0,1

0,0

0,1

0,0

0,0

0,0

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

Vertical

18.927

132

594

680

681

772

890

1.053

1.165

1.223

1.259

1.558

1.138

1.574

1.648

1.268

987

748

519

437

232

181

116

33

31

6

2

-

-

-

-

-

-

%

16,9

14,8

18,5

17,7

16,6

17,4

16,9

18,5

20,1

19,2

19,1

20,2

15,9

21,2

22,7

18,7

14,9

11,8

9,7

10,6

8,1

8,5

8,7

5,8

9,5

7,5

8,3

Invest

112.283

890

3.218

3.834

4.092

4.447

5.275

5.692

5.805

6.374

6.605

7.701

7.169

7.422

7.257

6.773

6.611

6.319

5.334

4.136

2.869

2.117

1.333

570

327

80

24

8

-

1

%

100,0

-

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

Total

TABELA 9 - Casos notificados de Aids em homens com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

13


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

GRÁFICO 3 - Proporção de casos notificados de aids em mulheres com 13 anos emais,segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2008* Hetero

UDI

Outras

Invest

100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 %

50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

ano de diagnóstico

FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2008)

Gráfico 4 - Taxa de Mortalidade (TM) e estimativa de Prevalência (TP) de Aids por 100 mil habitantes, segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1980 a 2007*

200 180

TP

TM

160

TM e TP p/100mil hab

140 120 100 80 60

75.414 "vivos"

40 20 0 1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

ano de ocorrência

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal

14

Dezembro 2008


Dezembro 2008

1.281

1.589

2.040

2.539

2.888

2.610

2.603

2.574

2.518

2.475

2.039

1.941

1.679

1.343

383

33.710

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

Hetero

%

72,5

80,6

83,3

81,2

81,5

81,4

81,6

78,8

77,3

76,2

76,2

72,8

74,4

68,3

64,5

63,9

59,8

55,4

48,1

44,7

41,2

39,1

35,8

53,6

87,5

66,7

100,0

6.103

18

49

90

106

143

199

210

267

262

336

439

437

480

404

444

496

527

412

325

219

153

79

8

-

-

-

UDI**

13,1

3,8

3,0

4,4

4,4

5,7

6,6

6,6

8,0

7,7

9,8

11,1

12,8

16,1

16,4

22,2

27,2

33,5

37,4

44,4

48,5

49,0

53,4

28,6

-

-

-

%

267

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

1

14

29

41

29

32

38

33

15

13

12

6

3

-

-

-

0,6

-

-

-

0,0

-

-

-

-

-

-

0,0

0,4

1,0

1,7

1,4

1,8

2,4

3,0

2,0

2,9

3,8

4,1

10,7

-

-

-

%

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Ac.Profis

Categoria de Exposição T.Sangue &

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

873

531

1991

1.091

327

1990

1993

186

1989

1992

53

15

1986

122

7

1985

1988

2

1984

1987

1

1983

Ano de Diagnóstico

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

43

2

7

8

4

5

6

5

3

-

-

1

1

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Vertical

0,1

0,4

0,4

0,4

0,2

0,2

0,2

0,2

0,1

-

-

0,0

0,0

-

0,0

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

6.341

72

213

291

331

318

353

464

484

549

481

640

420

439

430

250

204

137

127

65

34

25

10

2

1

1

-

Invest

13,6

15,2

13,2

14,1

13,9

12,7

11,6

14,5

14,5

16,1

14,0

16,1

12,3

14,7

17,4

12,5

11,2

8,7

11,5

8,9

7,5

8,0

6,8

7,1

12,5

33,3

-

%

46.465

475

1.612

2.068

2.383

2.505

3.033

3.197

3.328

3.414

3.427

3.969

3.411

2.989

2.465

2.004

1.823

1.575

1.103

732

452

312

148

28

8

3

1

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

TABELA 10 - Casos notificados de Aids em mulheres com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

15


16

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

3

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

Homo

0,1

-

-

-

-

0,6

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,6

-

1,0

-

-

-

-

%

4

-

-

-

-

1

1

-

-

-

1

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Hetero

0,1

-

-

-

-

0,6

0,4

-

-

-

0,3

-

0,2

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

%

6

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

1

1

2

-

-

-

-

UDI**

0,1

-

-

-

-

-

-

-

0,3

-

-

-

-

-

-

-

0,4

-

-

0,6

0,9

2,0

-

-

-

-

%

69

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

-

1

2

1

3

4

4

16

9

4

12

7

4

1

Hemof

1,4

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,3

-

-

0,2

0,6

0,3

1,1

1,6

1,9

9,2

7,9

4,0

24,0

53,8

80,0

100,0

%

Categoria de Exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de Drogas Injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

-

1

1989

-

1

-

1986

1988

-

1985

1987

-

1984

Ano de Diagnóstico

108

-

-

-

-

-

-

-

1

1

-

-

-

4

8

7

9

14

10

10

12

17

10

4

1

-

nº -

%

2,1

-

-

-

-

-

-

-

0,3

0,3

-

-

-

1,0

2,2

2,4

3,4

5,6

4,7

5,8

10,5

17,2

20,0

30,8

20,0

T.Sangue &

4.431

13

58

84

124

147

195

228

299

321

316

323

418

369

327

264

232

212

191

134

84

67

25

-

-

-

Vertical

87,7

86,7

90,6

88,4

95,4

91,9

86,7

88,4

86,9

86,3

90,5

91,8

95,2

90,4

90,1

90,4

86,9

85,1

89,3

77,5

73,7

67,7

50,0

-

-

-

%

430

2

6

11

6

11

29

30

43

50

31

29

20

34

26

20

22

19

9

11

8

8

3

2

-

-

Invest

8,5

13,3

9,4

11,6

4,6

6,9

12,9

11,6

12,5

13,4

8,9

8,2

4,6

8,3

7,2

6,8

8,2

7,6

4,2

6,4

7,0

8,1

6,0

15,4

-

-

%

5.051

15

64

95

130

160

225

258

344

372

349

352

439

408

363

292

267

249

214

173

114

99

50

13

5

1

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

TABELA 11 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição, Estado de São Paulo, 1984 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

1

-

-

-

-

-

-

310

07

08

09

10

11

12

13 a 22

Total

100,0

-

-

-

-

-

-

0,3

0,3

-

2,9

4,2

10,0

21,6

1.227

1

4

1

2

6

13

17

22

35

44

90

144

234

%

100,0

0,1

0,3

0,1

0,2

0,5

1,1

1,4

1,8

2,9

3,6

7,3

11,7

19,1

50,0

1.757

10

10

10

22

31

53

48

60

103

114

158

221

284

633

100,0

0,6

0,6

0,6

1,3

1,8

3,0

2,7

3,4

5,9

6,5

9,0

12,6

16,2

36,0

%

1996 a 2000 nº

305

6

1

3

5

13

9

20

12

24

29

37

39

42

65

%

2,0

0,3

1,0

1,6

4,3

3,0

6,6

3,9

7,9

9,5

12,1

12,8

13,8

21,3

100,0

2001 nº

234

6

1

4

6

6

11

4

12

25

26

21

35

36

41

%

2,6

0,4

1,7

2,6

2,6

4,7

1,7

5,1

10,7

11,1

9,0

15,0

15,4

17,5

100,0

2002

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

-

9

04

1

13

03

06

31

02

05

67

01

614

60,6

%

188

1991 a 1995

1987 a 1990

< de 01 ano

Idade (em anos) nº

204

9

3

2

3

12

11

12

15

26

17

10

25

25

34

%

4,4

1,5

1,0

1,5

5,9

5,4

5,9

7,4

12,7

8,3

4,9

12,3

12,3

16,7

100,0

2003

Ano de Diagnóstico nº

156

9

4

4

6

9

11

7

14

10

13

8

12

19

30

%

5,8

2,6

2,6

3,8

5,8

7,1

4,5

9,0

6,4

8,3

5,1

7,7

12,2

19,2

100,0

2004 nº

130

6

5

5

3

6

9

9

3

9

10

9

8

21

27

%

4,6

3,8

3,8

2,3

4,6

6,9

6,9

2,3

6,9

7,7

6,9

6,2

16,2

20,8

100,0

2005 nº

94

10

2

3

6

3

4

7

4

10

4

7

3

12

19

%

10,6

2,1

3,2

6,4

3,2

4,3

7,4

4,3

10,6

4,3

7,4

3,2

12,8

20,2

100,0

2006 nº

65

7

1

3

7

1

3

1

7

2

-

3

-

15

15

%

10,8

1,5

4,6

10,8

1,5

4,6

1,5

10,8

3,1

-

4,6

-

23,1

23,1

100,0

2007

18

5

1

-

1

-

1

-

1

-

1

2

1

3

2

%

27,8

5,6

-

5,6

-

5,6

-

5,6

-

5,6

11,1

5,6

16,7

11,1

100,0

2008 nº

4.500

69

32

35

61

87

125

126

151

244

267

358

519

758

1.668

%

100,0

1,4

0,5

0,8

1,2

2,2

2,8

3,0

3,4

5,7

6,5

8,3

12,0

16,3

35,9

Total

TABELA 12 - Casos notificados de Aids na categoria de exposição transmissão vertical, segundo idade e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1987 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

17


18

59,4

2.170

3.300

2.785

2.599

2.456

1.908

534

18.031

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Subtotal

735

1.153

1.857

1.496

1.349

1.230

907

245

9.487

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Subtotal

57,5

56,4

3.323

5.157

4.281

3.948

3.686

2.815

779

27.518

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

4.391

150

537

579

666

754

761

455

259

230

1.774

65

205

219

300

302

303

184

108

88

2.617

85

332

360

366

452

458

271

151

142

no

Preta

6,9

10,9

11,0

9,7

10,1

10,6

8,9

5,0

2,7

2,3

7,7

13,5

12,5

10,4

12,2

11,6

9,6

5,5

3,1

2,4

6,5

9,5

10,2

9,3

8,8

10,0

8,5

4,7

2,5

2,2

%

8.849

360

1.196

1.257

1.395

1.357

1.450

856

540

438

3.491

145

438

485

568

535

552

343

233

192

5.358

215

758

772

827

822

898

513

307

246

no

Parda

Raça/Cor

14,0

26,1

24,4

21,0

21,1

19,1

17,0

9,4

5,7

4,3

15,2

30,1

26,6

22,9

23,2

20,6

17,6

10,3

6,6

5,3

13,3

23,9

23,3

19,9

19,9

18,2

16,7

8,8

5,1

3,8

%

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

43,5

61,5

59,8

60,2

60,4

36,3

20,8

1.556

1.973

2001

15,3

41,4

50,9

55,1

58,2

55,0

57,6

59,0

34,5

20,9

14,3

44,6

63,3

62,6

61,7

61,2

37,4

2000

Total

515

2000

Feminino

58,7

1.238

20,8

1.041

15,9

%

2001

no

Branca

2000

Masculino

Ano de Diagnóstico

248

4

30

28

44

38

47

29

15

13

72

-

5

9

14

13

16

12

1

2

176

4

25

19

30

25

31

17

14

11

no

Amarela

0,4

0,3

0,6

0,5

0,7

0,5

0,6

0,3

0,2

0,1

0,3

-

0,3

0,4

0,6

0,5

0,5

0,4

0,0

0,1

0,4

0,4

0,8

0,5

0,7

0,6

0,6

0,3

0,2

0,2

%

24

-

6

8

6

1

-

-

2

1

10

-

1

3

3

-

-

-

2

1

14

-

5

5

3

1

-

-

-

-

no

Indigena

0,0

-

0,1

0,1

0,1

0,0

-

-

0,0

0,0

0,0

-

0,1

0,1

0,1

-

-

-

0,1

0,0

0,0

-

0,2

0,1

0,1

0,0

-

-

-

-

%

22.275

87

310

439

546

681

1.118

4.484

6.688

7.922

8.064

26

90

168

219

250

417

1.653

2.435

2.806

14.211

61

220

271

327

431

701

2.831

4.253

5.116

no

%

35,2

6,3

6,3

7,3

8,3

9,6

13,1

49,0

70,6

78,0

35,2

5,4

5,5

7,9

8,9

9,6

13,3

49,4

69,3

77,9

35,2

6,8

6,8

7,0

7,9

9,5

13,0

48,8

71,3

78,0

Ign/Branco

TABELA 13 - Casos notificados de Aids, segundo ano de diagnóstico, sexo e raça/cor, Estado de São Paulo, 2000 a 2008*

63.305

1.380

4.894

5.997

6.605

7.112

8.533

9.147

9.477

10.160

22.898

481

1.646

2.114

2.453

2.596

3.145

3.345

3.514

3.604

40.407

899

3.248

3.883

4.152

4.516

5.388

5.802

5.963

6.556

no

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

1.281

De 12 e mais

Ign/Branco

9.592

1995

100,0

17,8

3,1

12,0

30,1

32,5

4,4

100,0

17,9

7,3

14,3

28,7

29,2

2,6

%

1996

10.310

2.947

576

94

356

864

934

123

7.363

1.391

542

1.016

2.031

2.161

222

100,0

19,5

3,2

12,1

29,3

31,7

4,2

100,0

18,9

7,4

13,8

27,6

29,3

3,0

%

1997

10.496

3.371

522

118

410

1.026

1.120

175

7.125

1.216

494

1.093

2.112

1.997

213

100,0

15,5

3,5

12,2

30,4

33,2

5,2

100,0

17,1

6,9

15,3

29,6

28,0

3,0

%

1998

11.551

3.912

635

138

515

1.086

1.369

169

7.639

1.341

581

1.131

2.087

2.315

184

100,0

16,2

3,5

13,2

27,8

35,0

4,3

100,0

17,6

7,6

14,8

27,3

30,3

2,4

%

9.941

3.381

483

124

480

975

1.201

118

6.560

1.046

455

1.005

1.788

2.108

158

1999

100,0

14,3

3,7

14,2

28,8

35,5

3,5

100,0

15,9

6,9

15,3

27,3

32,1

2,4

%

9.706

3.362

557

125

467

960

1.101

152

6.344

1.100

444

1.024

1.732

1.887

157

2000

100,0

16,6

3,7

13,9

28,6

32,7

4,5

100,0

17,3

7,0

16,1

27,3

29,7

2,5

%

9.054

3.278

607

146

543

993

859

130

5.776

1.074

391

1.073

1.658

1.443

137

100,0

18,5

4,5

16,6

30,3

26,2

4,0

100,0

18,6

6,8

18,6

28,7

25,0

2,4

%

8.801

3.143

604

139

600

1.084

595

121

5.658

1.110

494

1.185

1.791

927

151

2002

Ano de Diagnóstico 2001

100,0

19,2

4,4

19,1

34,5

18,9

3,8

100,0

19,6

8,7

20,9

31,7

16,4

2,7

%

8.225

2.985

499

158

685

1.047

476

120

5.240

1.008

486

1.258

1.706

663

119

2003

100,0

16,7

5,3

22,9

35,1

15,9

4,0

100,0

19,2

9,3

24,0

32,6

12,7

2,3

%

6.892

2.475

436

121

608

883

340

87

4.417

821

417

1.188

1.369

519

103

2004

100,0

17,6

4,9

24,6

35,7

13,7

3,5

100,0

18,6

9,4

26,9

31,0

11,8

2,3

%

6.425

2.350

392

168

602

815

293

80

4.075

684

460

1.103

1.322

422

84

2005

100,0

16,7

7,1

25,6

34,7

12,5

3,4

100,0

16,8

11,3

27,1

32,4

10,4

2,1

%

5.856

2.041

531

104

503

623

216

64

3.815

1.032

419

927

1.037

320

80

2006

100,0

26,0

5,1

24,6

30,5

10,6

3,1

100,0

27,1

11,0

24,3

27,2

8,4

2,1

%

4.797

1.591

591

69

404

387

119

21

3.206

1.250

255

858

649

170

24

2007

100,0

37,1

4,3

25,4

24,3

7,5

1,3

100,0

39,0

8,0

26,8

20,2

5,3

0,7

%

1.351

469

86

20

172

131

43

17

882

187

119

298

204

66

8

2008

100,0

18,3

4,3

36,7

27,9

9,2

3,6

100,0

21,2

13,5

33,8

23,1

7,5

0,9

%

112.997

37.726

6.951

1.599

6.636

11.603

9.454

1.483

75.271

14.541

6.081

14.187

21.544

19,3

8,1

18,8

28,6

22,7

2,4

%

100,0

18,4

4,2

17,6

30,8

25,1

3,9

100,0

Total

17.095

1.823

2.697

RJ/CARACAS

%

149

9,9

1,0

0,1

26,5

7,7

3,1

32,1

10.580

509

109

6

2.362

2.120

592

2.620

596

308

1.358

1997 %

1.011

90

8

1.517

3.476

1.079

1.584

1.094

667

1.144

%

8,7

0,8

0,1

13,0

29,8

9,2

13,6

9,4

5,7

9,8

651

77

8

1.287

3.095

1.042

1.294

978

578

1.022

1999 %

6,5

0,8

0,1

12,8

30,9

10,4

12,9

9,7

5,8

10,2

922

45

8

1.167

3.030

999

1.076

900

590

1.051

%

9,4

0,5

0,1

11,9

31,0

10,2

11,0

9,2

6,0

10,7

2000 nº

673

37

11

1.026

3.194

887

878

771

516

1.140

%

7,4

0,4

0,1

11,2

35,0

9,7

9,6

8,4

5,6

12,5

2001 nº

539

36

14

973

3.051

835

729

732

561

1.419

%

6,1

0,4

0,2

10,9

34,3

9,4

8,2

8,2

6,3

16,0

2002

Ano de Diagnóstico nº

383

29

17

921

2.292

566

572

484

378

2.666

%

4,6

0,3

0,2

11,1

27,6

6,8

6,9

5,8

4,5

32,1

2003 nº

350

-

-

731

-

-

-

-

-

5.871

%

5,0

-

-

10,5

-

-

-

-

-

84,5

2004 nº

363

-

-

674

-

-

-

-

-

5.438

%

5,6

-

-

10,4

-

-

-

-

-

84,0

2005 nº

308

-

-

616

-

-

-

-

-

4.978

%

5,2

-

-

10,4

-

-

-

-

-

84,3

2006 nº

206

-

-

498

-

-

-

-

-

4.126

%

4,3

-

-

10,3

-

-

-

-

-

85,4

2007 nº

45

-

-

144

-

-

-

-

-

1.176

%

3,3

-

-

10,5

-

-

-

-

-

86,2

2008

100,0 11.670 100,0 10.032 100,0 9.788 100,0 9.133 100,0 8.889 100,0 8.308 100,0 6.952 100,0 6.475 100,0 5.902 100,0 4.830 100,0 1.365 100,0

4,8

1,0

0,1

22,3

20,0

5,6

24,8

5,6

2,9

12,8

1998

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) A partir de 2004 o critério cdc/laboratorio (CD4<350) fica agrupado ao critério CDC

1.029

1,4 3,3

1.108

105

6

2.757

801

320

3.347

340

% 15,0

9.722 100,0 10.411 100,0

11,4

1.557

Total

0,6

-

27,7

3,1

1,2

38,7

1,8

0,5

14,9

1996

ÓBITO

59

303

CDC/LAB.**

ARC + ÓBITO

115

CDC/LAB. + RJ/CARACAS

-

3.766

CDC + RJ/CARACAS

CDC EXCEPCIONAL

50

176

CDC + CDC/LAB. + RJ/CARACAS

1.448

1995

CDC + CDC/LAB.

CDC

Critério de Definição de Caso

114.057

8.097

587

78

17.370

21.362

6.435

15.866

6.071

3.797

34.394

Total

100,0

7,1

0,5

0,1

15,2

18,7

5,6

13,9

5,3

3,3

30,2

%

TABELA 15 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo critério de definição de caso e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1995 a 2008*

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

2.421

432

Ign/Branco

Total

75

De 12 e mais

Subtotal

729

291

De 8 a 11

788

De 1 a 3

De 4 a 7

106

Nenhuma

FEMININO

7.171

524

De 8 a 11

Subtotal

2.058

1.028

De 4 a 7

183

2.097

De 1 a 3

Nenhuma

MASCULINO

Escolaridade (em anos)

TABELA 14 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade, sexo e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo,1995 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

19


20

363

ÓBITO

Total

%

7,7

0,3

16,0

0,8

0,3

42,7

2,5

1,4

28,4

100,0

1995 nº

408

41

1

74

1

6

153

15

4

113

%

10,0

0,2

18,1

0,2

1,5

37,5

3,7

1,0

27,7

100,0

1996 nº

439

12

1

72

25

8

149

25

7

140

%

2,7

0,2

16,4

5,7

1,8

33,9

5,7

1,6

31,9

100,0

1997 nº

352

35

-

60

19

7

92

14

13

112

%

9,9

-

17,0

5,4

2,0

26,1

4,0

3,7

31,8

100,0

1998 nº

349

24

1

63

19

8

90

20

24

100

%

6,9

0,3

18,1

5,4

2,3

25,8

5,7

6,9

28,7

100,0

1999 nº

372

42

2

28

62

21

40

40

38

99

%

11,3

0,5

7,5

16,7

5,6

10,8

10,8

10,2

26,6

100,0

2000 nº

344

28

-

13

71

20

31

42

33

106

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) A partir de 2004 o critério cdc/laboratorio (CD4< do que o esperado para a idade) fica agrupado ao critério CDC

1

28

ARC + ÓBITO

3

58

SINAIS MAIORES E MENORES

1

CDC/LABORATÓRIO + SINAIS MAIORES E MENORES

CDC/LABORATÓRIO **

9

155

CDC + SINAIS MAIORES E MENORES

5

CDC + CDC/LABORATÓRIO + SINAIS MAIORES E MENORES

CDC + CDC/LABORATÓRIO

103

CDC

Critério de Definição de Caso %

8,1

-

3,8

20,6

5,8

9,0

12,2

9,6

30,8

100,0

2001 nº

258

15

-

11

61

16

18

31

20

86

%

5,8

-

4,3

23,6

6,2

7,0

12,0

7,8

33,3

100,0

2002

Ano de Diagnóstico nº

225

3

-

11

40

9

12

12

27

111

%

1,3

-

4,9

17,8

4,0

5,3

5,3

12,0

49,3

100,0

2003 nº

160

4

-

-

-

-

-

-

-

156

%

2,5

-

-

-

-

-

-

-

97,5

100,0

2004 nº

130

5

-

-

-

-

-

-

-

125

%

3,8

-

-

-

-

-

-

-

96,2

100,0

2005 nº

95

5

-

-

-

-

-

-

-

90

%

5,3

-

-

-

-

-

-

-

94,7

100,0

2006 nº

64

3

-

-

-

-

-

-

-

61

%

4,7

-

-

-

-

-

-

-

95,3

100,0

2007 nº

15

-

-

-

-

-

-

-

-

15

%

100,0

-

-

-

-

-

-

-

-

100,0

2008 nº

3.574

245

6

390

301

96

740

208

171

1.417

%

100,0

6,9

0,2

10,9

8,4

2,7

20,7

5,8

4,8

39,6

Total

TABELA 16 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo critério de definição de caso e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1995 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

69

87

166

GVE 17 CAMPINAS

GVE 18 FRANCA

GVE 19 MARÍLIA

GVE 20 PIRACICABA

GVE 33 TAUBATÉ

13.604

42.649

5

827

66

1.354

57

1.603

179

1.100

321

3.456

1.680

65

61

265

982

315

384

2.415

202

870

535

207

747

463

1.600

267

1.248

2.325

10.819

1

259

20

361

28

422

56

315

92

840

480

30

18

77

295

91

102

757

43

259

140

56

224

147

449

85

293

602

4.277

1996

11.019

4

274

16

270

16

452

41

304

98

688

554

43

22

77

353

85

132

705

46

224

173

59

266

127

463

65

363

644

4.455

1997

12.022

2

292

24

400

21

546

116

344

143

729

527

51

24

73

322

109

110

837

57

199

155

65

271

153

523

74

579

652

4.624

1998

10.381

3

243

24

324

22

392

49

273

108

683

490

42

20

59

290

137

102

710

58

183

95

54

259

143

440

55

474

560

4.089

1999

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

Total

2

12

139

GVE 32 ITAPEVA

Ignorado

11

260

GVE 31 SOROCABA

GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

GVE 30 JALES

26

342

GVE 28 CARAGUATATUBA

211

GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

GVE 25 SANTOS

56

1.285

GVE 24 RIBEIRÃO PRETO

GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA

17

459

GVE 23 REGISTRO

66

602

GVE 16 BOTUCATU

18

61

GVE 15 BAURU

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

121

GVE 14 BARRETOS

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE

74

94

GVE 13 ASSIS

79

480

GVE 10 OSASCO

131

93

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

GVE 12 ARARAQUARA

343

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

GVE 11 ARAÇATUBA

571

GVE 7 SANTO ANDRÉ

nº 19.050

7.729

91 a 95

80 a 90

GVE 1 CAPITAL

GVE de Residência

10.160

1

315

23

413

32

403

91

316

126

622

472

33

24

74

329

99

85

787

59

205

116

56

233

186

478

44

449

537

3.552

2000

9.477

3

259

20

331

42

324

95

279

118

527

438

34

31

80

269

86

98

749

65

175

118

61

265

145

457

65

338

513

3.492

2001

9.147

3

227

18

292

21

327

65

313

126

485

372

22

35

89

271

118

92

718

60

236

102

60

210

147

459

64

357

504

3.354

2002

Ano de Diagnóstico

8.533

-

224

28

295

19

344

85

215

137

450

328

41

28

79

255

70

61

765

70

178

88

60

183

126

384

52

320

440

3.208

2003

7.112

1

186

31

224

28

229

59

170

78

427

312

42

26

75

201

70

34

619

74

118

63

53

153

130

334

70

297

420

2.588

2004

6.605

1

119

29

187

23

169

57

164

72

358

250

45

26

70

213

73

34

567

56

165

48

54

152

125

271

55

285

335

2.602

2005

5.997

1

122

17

145

25

140

32

136

71

245

202

29

28

64

188

41

57

572

51

131

65

35

138

105

291

61

254

283

2.468

2006

4.894

-

79

7

50

12

145

28

131

73

179

222

34

22

57

169

16

50

419

32

83

64

27

137

98

206

51

180

212

2.111

2007

1.380

-

24

5

17

1

75

13

30

23

56

66

13

4

15

51

3

7

112

10

18

13

7

41

14

52

7

46

48

609

2008 nº

163.799

27

3.589

340

4.923

358

5.913

992

4.301

1.642

11.030

6.852

541

387

1.220

4.354

1.400

1.417

11.334

944

3.165

1.869

928

3.410

2.188

6.887

1.108

5.826

8.646

68.208

Total

100,0

0,0

2,2

0,2

3,0

0,2

3,6

0,6

2,6

1,0

6,7

4,2

0,3

0,2

0,7

2,7

0,9

0,9

6,9

0,6

1,9

1,1

0,6

2,1

1,3

4,2

0,7

3,6

5,3

41,6

%

TABELA 17 - Casos notificados de Aids segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

21


22

80 a 90 nº 7.496 549 329 92 453 74 127 69 94 118 57 586 68 87 161 65 18 15 439 1.227 54 208 25 330 11 250 11 134 2 13.149

91 a 95 nº 18.448 2.254 1.207 257 1.523 451 718 204 526 852 195 2.332 373 303 960 257 60 64 1.620 3.350 308 1.055 167 1.561 52 1.306 63 793 5 41.264

1996 nº 4.120 588 272 77 432 145 220 55 135 250 43 737 100 84 279 74 16 30 456 806 87 304 51 408 26 344 20 251 1 10.411

1997 nº 4.285 629 343 60 446 125 255 57 165 210 45 673 128 78 332 75 22 41 529 656 95 291 38 440 15 265 15 264 3 10.580

1998 nº 4.489 631 565 70 506 150 262 60 153 195 54 812 103 104 312 72 23 51 516 702 140 334 115 531 19 393 22 284 2 11.670

1999 nº 3.959 536 457 53 424 141 248 53 91 177 56 682 97 132 282 59 20 40 476 655 106 265 48 380 22 308 24 238 3 10.032

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

GVE 1 CAPITAL GVE 7 SANTO ANDRE GVE 8 MOGI DAS CRUZES GVE 9 FRANCO DA ROCHA GVE 10 OSASCO GVE 11 ARACATUBA GVE 12 ARARAQUARA GVE 13 ASSIS GVE 14 BARRETOS GVE 15 BAURU GVE 16 BOTUCATU GVE 17 CAMPINAS GVE 18 FRANCA GVE 19 MARILIA GVE 20 PIRACICABA GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU GVE 23 REGISTRO GVE 24 RIBEIRAO PRETO GVE 25 SANTOS GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA GVE 32 ITAPEVA GVE 33 TAUBATE Ignorado Total

GVE de Residência

Ano de Diagnóstico 2000 2001 2002 nº nº nº 3.430 3.377 3.269 518 492 491 429 316 339 42 57 60 448 429 439 186 143 144 226 259 210 56 59 60 109 116 99 198 165 229 56 63 58 763 719 694 84 95 87 95 85 117 318 263 266 72 78 88 22 30 34 31 32 21 461 423 354 591 511 471 122 114 125 302 268 301 88 93 63 386 313 324 30 39 21 398 324 285 22 19 17 304 248 220 1 3 3 9.788 9.133 8.889 2003 nº 3.118 425 307 47 373 124 183 60 85 177 69 743 59 67 249 76 28 40 323 437 135 209 82 339 19 289 25 220 8.308

2004 nº 2.537 415 288 64 327 128 151 51 62 116 74 611 33 69 190 75 26 42 301 412 73 164 59 225 28 222 31 177 1 6.952

2005 nº 2.557 327 273 51 264 123 150 52 45 164 55 557 32 73 207 69 25 45 246 351 72 160 57 168 23 184 29 115 1 6.475

2006 nº 2.426 283 245 58 284 105 138 35 62 130 51 568 56 41 184 64 28 27 199 239 71 132 31 138 24 144 17 121 1 5.902

2007 nº 2.079 210 176 50 205 97 136 27 64 83 30 411 50 16 166 57 22 34 220 179 72 131 26 143 12 50 6 78 4.830

2008 nº 603 47 45 7 50 14 41 7 13 18 10 111 7 3 51 15 4 13 64 55 23 30 13 75 1 16 5 24 1.365 nº 66.193 8.395 5.591 1.045 6.603 2.150 3.324 905 1.819 3.082 916 10.999 1.372 1.354 4.220 1.196 378 526 6.627 10.642 1.597 4.154 956 5.761 342 4.778 326 3.471 26 158.748

Total % 41,7 5,3 3,5 0,7 4,2 1,4 2,1 0,6 1,1 1,9 0,6 6,9 0,9 0,9 2,7 0,8 0,2 0,3 4,2 6,7 1,0 2,6 0,6 3,6 0,2 3,0 0,2 2,2 0,0 100,0

TABELA 18 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico,Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008 10 1 5 -

GVE 31 SOROCABA

GVE 32 ITAPEVA

GVE 33 TAUBATÉ

Ignorado 1.385

-

34

3

48

5

42

12

45

13

106

60

1

1

8

22

12

11

83

7

18

9

3

29

12

77

10

41

71

602

408

-

8

-

17

2

14

5

11

5

34

24

-

2

3

16

7

2

20

-

9

5

1

4

2

17

8

21

14

157

1996

439

1

10

1

5

1

12

3

13

3

32

25

2

-

2

21

7

4

32

1

14

8

2

11

2

17

5

20

15

170

1997

352

-

8

2

7

2

15

1

10

3

27

11

-

1

1

10

5

7

25

3

4

2

5

9

3

17

4

14

21

135

1998

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

455

-

GVE 30 JALES

Total

1 12

GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

GVE 28 CARAGUATATUBA

2 3

GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA

58

-

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

GVE 25 SANTOS

1

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE 2

5

GVE 20 PIRACICABA

20

-

GVE 19 MARÍLIA

GVE 24 RIBEIRÃO PRETO

1

GVE 18 FRANCA

GVE 23 REGISTRO

4 16

3

GVE 15 BAURU

GVE 17 CAMPINAS

-

GVE 14 BARRETOS

GVE 16 BOTUCATU

5

GVE 13 ASSIS

27

GVE 10 OSASCO 5

1

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

4

14

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

GVE 12 ARARAQUARA

22

GVE 11 ARAÇATUBA

233

GVE 7 SANTO ANDRÉ

GVE 1 CAPITAL

91 a 95

349

-

5

-

16

-

12

1

8

2

28

14

2

-

-

8

5

5

28

2

6

4

1

11

2

16

2

17

24

130

1999

372

-

11

1

15

2

17

3

14

4

31

11

2

2

2

11

4

1

24

3

7

7

-

7

-

30

2

20

19

122

2000

344

-

11

1

7

3

11

2

11

4

16

15

2

1

2

6

1

3

30

2

10

2

2

6

2

28

8

22

21

115

2001

258

-

7

1

7

-

3

2

12

1

14

18

1

1

1

5

1

5

24

2

7

3

-

-

3

20

4

18

13

85

2002

Ano de Diagnóstico

225

-

4

3

6

-

5

3

6

2

13

5

1

-

3

6

3

2

22

1

1

3

-

-

2

11

5

13

15

90

2003

160

-

9

-

2

-

4

-

6

5

15

11

-

-

-

11

1

1

8

-

2

1

2

2

2

7

6

9

5

51

2004

130

-

4

-

3

-

1

-

4

-

7

4

-

1

1

6

-

2

10

1

1

3

2

2

2

7

4

12

8

45

2005

95

-

1

-

1

1

2

1

4

-

6

3

2

-

-

4

-

1

4

-

1

3

-

-

-

7

3

9

-

42

2006

64

-

1

1

-

-

2

2

-

1

-

2

-

-

-

3

-

-

8

2

-

-

-

1

1

1

1

4

2

32

2007

15

-

-

-

1

-

-

-

-

-

1

2

-

-

-

-

-

-

1

-

-

-

-

-

-

2

-

1

1

6

2008

0,0

2,3

0,3

2,9

0,3

3,0

0,7

2,9

0,9

7,7

4,5

0,3

0,2

0,5

2,7

0,9

0,9

6,6

0,6

1,6

1,0

0,5

1,7

0,8

5,6

1,2

4,7

5,0

39,9

%

5.051 100,0

1

118

14

145

16

152

36

147

45

388

225

15

9

24

134

46

45

335

28

83

50

23

86

38

284

63

235

251

2.015

Total

TABELA 19 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1984 a 2008*

84 a 90

ANO XXV – Nº 1

GVE de Residência

Boletim Epidemiológico

23


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 20 - Casos notificados de Aids segundo 150 municípios de residência com maior número de casos e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008* Ano de Diagnóstico 91-99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2.008

Subtotal SINAN

Subtotal SEADE

Total SINAN + SEADE

Município de Residência

80-90 nº

%

Total Estado de São Paulo

13.604

86.890

10.160

9.477

9.147

8.533

7.112

6.605

5.997

4.894

1.380

163.799

7848

171.647

100,0 40,6

1

355030 São Paulo

7.729

36.495

3.552

3.492

3.354

3.208

2.588

2.602

2.468

2.111

609

68.208

1454

69.662

2

354850 Santos

730

3.133

222

202

148

136

137

136

114

92

37

5.087

240

5.327

3,1

3

350950 Campinas

369

2.495

310

303

298

292

267

242

238

200

50

5.064

163

5.227

3,0

4

354340 Ribeirão Preto

395

2.800

309

301

231

220

216

148

126

152

44

4.942

168

5.110

3,0

5

354980 São José do Rio Preto

232

2.116

231

155

180

192

106

94

68

71

38

3.483

134

3.617

2,1

6

351880 Guarulhos

224

1.753

235

165

160

158

148

130

127

76

18

3.194

333

3.527

2,1

7

354780 Santo André

226

1.795

170

164

164

142

111

92

86

77

16

3.043

210

3.253

1,9

8

354990 São José dos Campos

141

1.347

196

167

207

149

114

116

90

105

24

2.656

93

2.749

1,6

9

355220 Sorocaba

160

1.519

188

141

133

145

85

74

48

15

1

2.509

159

2.668

1,6

10

353440 Osasco

201

1.350

154

148

148

101

89

57

77

43

16

2.384

239

2.623

1,5

11

354870 São Bernardo do Campo

157

1.206

134

129

132

118

111

113

88

43

9

2.240

73

2.313

1,3

12

355100 São Vicente

237

1.193

114

90

81

76

69

60

30

20

5

1.975

121

2.096

1,2

13

350600 Bauru

57

985

105

91

139

85

63

66

57

36

12

1.696

69

1.765

1,0

14

351870 Guarujá

162

809

102

82

99

76

90

51

29

25

-

1.525

200

1.725

1,0

15

355410 Taubaté

68

823

118

104

75

99

75

41

41

23

4

1.471

107

1.578

0,9

16

352590 Jundiaí

47

730

109

92

71

94

61

71

66

31

9

1.381

97

1.478

0,9

17

353870 Piracicaba

60

729

83

66

54

50

49

66

66

69

12

1.304

153

1.457

0,8

18

350320 Araraquara

54

768

77

77

72

58

61

51

45

39

16

1.318

9

1.327

0,8

19

352940 Mauá

48

607

78

76

85

63

66

45

11

17

8

1.104

210

1.314

0,8

20

351380 Diadema

63

591

106

86

69

56

85

53

67

60

11

1.247

47

1.294

0,8

21

351060 Carapicuíba

72

511

76

71

57

62

43

41

38

41

3

1.015

94

1.109

0,6

22

354100 Praia Grande

63

554

83

73

64

58

57

43

36

26

2

1.059

35

1.094

0,6

23

351620 Franca

54

589

57

55

56

37

23

23

40

34

4

972

61

1.033

0,6

24

352690 Limeira

47

517

86

68

87

63

35

41

33

12

6

995

25

1.020

0,6

25

352440 Jacareí

49

576

58

55

47

42

37

26

33

22

2

947

69

1.016

0,6

26

350280 Araçatuba

32

492

74

45

50

51

49

42

49

45

3

932

20

952

0,6

27

354890 São Carlos

38

407

72

74

60

46

41

41

48

57

15

899

8

907

0,5

28

351110 Catanduva

58

497

63

50

45

40

33

27

23

26

16

878

24

902

0,5

29

354140 Presidente Prudente

54

412

47

58

52

52

39

50

34

39

7

844

49

893

0,5

30

350550 Barretos

37

498

59

44

42

31

30

14

28

20

4

807

51

858

0,5

31

352900 Marília

43

446

51

46

65

35

31

34

25

10

2

788

17

805

0,5

32

353060 Moji das Cruzes

31

323

49

43

49

50

39

41

30

30

7

692

82

774

0,5

33

354880 São Caetano do Sul

65

428

27

33

42

40

23

19

18

11

3

709

54

763

0,4

34

351350 Cubatão

50

429

53

50

45

48

25

30

15

1

4

750

12

762

0,4

35

355280 Taboão da Serra

68

379

28

30

45

30

36

31

31

25

5

708

49

757

0,4

36

354390 Rio Claro

30

374

61

51

30

31

39

38

40

24

19

737

14

751

0,4

37

350610 Bebedouro

42

411

31

41

36

33

20

13

21

22

2

672

7

679

0,4

38

350850 Caçapava

18

391

58

53

53

22

16

19

13

3

2

648

31

679

0,4

39

350160 Americana

21

297

45

42

44

46

40

43

42

33

13

666

12

678

0,4

40

350570 Barueri

26

247

47

48

45

35

37

32

43

22

7

589

60

649

0,4

41

352310 Itaquaquecetuba

29

258

50

39

62

34

37

36

39

25

6

615

4

619

0,4

42

352250 Itapevi

36

246

49

41

34

38

19

35

29

19

8

554

56

610

0,4

43

352390 Itu

17

286

45

33

37

34

25

14

33

9

-

533

31

564

0,3

44

351500 Embu

27

247

44

41

27

23

22

16

26

13

6

492

42

534

0,3

45

355250 Suzano

15

218

32

34

35

32

30

31

27

24

9

487

43

530

0,3

46

351640 Franco da Rocha

57

193

15

17

20

27

29

18

25

27

-

428

93

521

0,3

47

350330 Araras

6

229

27

30

39

40

26

19

13

26

4

459

37

496

0,3

48

351907 Hortolândia

1

204

47

35

31

41

36

21

27

18

6

467

27

494

0,3

49

355240 Sumaré

26

231

31

23

35

27

17

9

23

14

4

440

51

491

0,3

50

352230 Itapetininga

18

200

39

34

24

17

31

20

7

1

1

392

65

457

0,3

51

351340 Cruzeiro

10

189

36

23

26

21

22

16

11

15

5

374

61

435

0,3

52

351840 Guaratinguetá

13

191

39

20

37

21

26

12

19

10

4

392

30

422

0,2

53

351570 Ferraz de Vasconcelos

16

189

39

25

21

20

20

22

11

5

2

370

38

408

0,2

54

351050 Caraguatatuba

7

135

39

40

22

36

32

24

19

23

3

380

18

398

0,2

55

352430 Jaboticabal

14

205

36

21

20

15

18

16

10

11

3

369

23

392

0,2

56

353080 Moji-Mirim

14

163

28

29

28

30

27

18

20

18

4

379

12

391

0,2

57

351300 Cotia

18

157

17

23

40

24

27

21

14

13

1

355

33

388

0,2

58

355710 Votuporanga

13

210

23

24

18

31

15

16

9

9

5

373

12

385

0,2

59

355370 Taquaritinga

12

220

26

27

21

20

6

17

7

3

4

363

17

380

0,2

60

350760 Bragança Paulista

18

172

16

25

30

28

13

20

17

11

3

353

24

377

0,2

61

351630 Francisco Morato

19

136

14

20

24

11

19

23

22

3

3

294

79

373

0,2

62

355400 Tatuí

17

172

29

30

33

18

17

17

15

7

3

358

9

367

0,2

63

355170 Sertãozinho

15

169

24

20

27

21

12

14

11

5

2

320

34

354

0,2

64

350400 Assis

20

149

19

28

14

18

25

18

15

12

2

320

26

346

0,2

65

352260 Itapira

4

185

33

26

22

23

8

10

9

8

2

330

14

344

0,2

continua

24

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação Ano de Diagnóstico 91-99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2.008

Subtotal SINAN

Subtotal SEADE

Total SINAN + SEADE

Município de Residência

80-90 nº

%

Total Estado de São Paulo

13.604

86.890

10.160

9.477

9.147

8.533

7.112

6.605

5.997

4.894

1.380

163.799

7848

171.647

100,0

66

353470 Ourinhos

15

145

23

18

31

19

10

15

10

5

2

293

51

344

0,2

67

355070 São Sebastião

13

156

25

31

17

16

9

17

7

3

8

302

37

339

0,2

68

350410 Atibaia

24

183

25

18

10

7

7

12

7

1

2

296

29

325

0,2

69

350650 Birigui

8

145

23

21

23

25

26

15

9

9

-

304

5

309

0,2

70

353800 Pindamonhangaba

10

139

30

24

23

20

11

8

10

11

2

288

15

303

0,2

71

353070 Moji-Guaçu

8

123

24

15

27

34

17

17

8

15

5

293

8

301

0,2

72

352530 Jaú

12

173

22

8

10

19

8

15

12

11

-

290

10

300

0,2

73

355480 Tremembé

11

181

19

19

13

11

12

5

5

3

2

281

19

300

0,2

74

355650 Várzea Paulista

7

146

27

15

9

20

13

16

15

5

3

276

19

295

0,2

75

352720 Lorena

15

146

11

16

16

11

14

9

13

1

3

255

37

292

0,2

76

350750 Botucatu

29

124

21

19

13

15

20

12

17

9

4

283

6

289

0,2

77

354580 Santa Bárbara d'Oeste

12

93

16

21

25

27

21

19

17

15

7

273

15

288

0,2

78

354330 Ribeirão Pires

10

127

15

21

9

14

20

11

11

4

-

242

44

286

0,2

79

352210 Itanhaém

21

111

14

7

23

25

16

22

11

8

5

263

22

285

0,2

80

353030 Mirassol

7

155

16

23

20

14

15

5

4

9

2

270

13

283

0,2

81

355540 Ubatuba

6

128

22

21

25

25

16

11

4

2

1

261

22

283

0,2

82

353980 Poá

15

122

23

10

16

12

10

12

7

10

2

239

36

275

0,2

83

352670 Leme

6

104

20

21

13

17

14

10

8

6

2

221

46

267

0,2

84

352710 Lins

13

124

18

16

15

11

11

11

9

7

1

236

20

256

0,1

85

352050 Indaiatuba

6

104

13

21

19

24

17

11

11

13

-

239

13

252

0,1

86

352220 Itapecerica da Serra

9

107

16

17

11

25

21

11

5

8

2

232

20

252

0,1

87

352340 Itatiba

8

77

24

19

21

17

23

15

17

9

2

232

12

244

0,1

88

350450 Avaré

18

122

17

12

8

13

13

13

2

1

2

221

10

231

0,1

89

353130 Monte Alto

6

109

19

20

16

14

8

7

5

8

5

217

11

228

0,1

90

355700 Votorantim

13

107

17

11

9

14

8

5

3

1

1

189

39

228

0,1

91

350190 Amparo

9

79

26

17

6

27

15

13

9

6

3

210

13

223

0,1

92

350210 Andradina

7

103

16

16

17

11

10

10

6

8

3

207

7

214

0,1

93

355060 São Roque

5

86

20

18

13

10

12

16

6

3

4

193

16

209

0,1

94

352500 Jandira

9

89

15

5

14

7

14

6

6

6

2

173

33

206

0,1

95

353930 Pirassununga

6

104

14

11

21

16

13

6

2

3

1

197

5

202

0,1

96

350250 Aparecida

-

87

18

17

9

13

7

10

7

5

3

176

21

197

0,1

97

350960 Campo Limpo Paulista

6

90

11

14

14

8

12

12

8

5

1

181

16

197

0,1

98

352930 Matão

3

90

12

21

11

15

9

5

11

14

-

191

3

194

0,1

99

353050 Mococa

13

94

9

13

13

11

7

6

7

4

1

178

15

193

0,1

100 352850 Mairiporã

6

109

4

7

9

5

7

8

5

9

2

171

14

185

0,1

101 354910 São João da Boa Vista

6

56

13

15

17

18

6

9

14

14

5

173

10

183

0,1

102 350590 Batatais

8

79

18

15

14

11

7

7

3

4

2

168

11

179

0,1

103 353760 Peruíbe

13

77

15

11

15

11

12

5

3

3

-

165

14

179

0,1

104 353650 Paulínia

8

77

14

19

8

16

3

2

1

1

2

151

19

170

0,1

105 355620 Valinhos

7

57

13

8

18

15

9

9

11

4

2

153

17

170

0,1

106 354520 Salto

5

62

14

12

12

12

12

7

9

2

5

152

14

166

0,1

107 351280 Cosmópolis

5

60

9

23

11

13

11

3

12

2

-

149

15

164

0,1

108 353010 Mirandópolis

6

81

22

11

5

1

6

8

9

3

-

152

9

161

0,1

109 353890 Pirajuí

8

77

11

9

13

5

4

8

6

2

-

143

12

155

0,1

110 351040 Capivari

3

66

11

10

12

12

5

10

6

9

1

145

9

154

0,1

111 350970 Campos do Jordão

6

54

18

12

9

5

3

3

7

-

-

117

36

153

0,1

112 353110 Mongaguá

9

51

7

8

3

12

13

9

5

-

2

119

30

149

0,1

113 355500 Tupã

9

70

10

6

11

12

8

6

3

2

-

137

12

149

0,1

114 351550 Fernandópolis

2

57

10

18

4

7

10

10

8

5

-

131

12

143

0,1

115 350900 Caieiras

10

48

7

11

7

4

8

4

3

8

2

112

21

133

0,1

116 353730 Penápolis

7

66

7

9

9

3

6

6

5

5

2

125

7

132

0,1

117 350390 Arujá

10

50

7

13

7

5

7

8

4

6

1

118

12

130

0,1

118 352240 Itapeva

4

64

11

6

4

13

6

11

3

3

1

126

3

129

0,1

119 352680 Lençóis Paulista

2

55

6

11

9

13

7

11

4

-

2

120

7

127

0,1

120 354730 Santana de Parnaíba

3

40

9

13

9

12

5

7

14

8

-

120

7

127

0,1

121 354070 Porto Ferreira

3

49

10

10

8

9

8

9

8

4

1

119

4

123

0,1

122 350920 Cajamar

1

60

4

10

4

5

7

2

6

4

-

103

12

115

0,1

123 351510 Embu-Guaçu

3

46

10

8

11

5

9

4

2

1

-

99

15

114

0,1

124 353390 Olímpia

6

53

11

7

5

8

2

9

2

4

1

108

6

114

0,1

125 353550 Paraguaçu Paulista

25

46

4

4

6

7

5

6

2

2

1

108

6

114

0,1

126 352510 Jardinópolis

3

52

7

7

6

7

6

5

7

5

2

107

3

110

0,1

127 354260 Registro

4

45

6

13

4

6

3

11

5

1

3

101

8

109

0,1

128 355670 Vinhedo

5

46

4

3

8

5

6

6

2

8

1

94

13

107

0,1

129 354130 Presidente Epitácio

1

31

4

11

4

8

14

10

9

5

3

100

2

102

0,1

130 352410 Ituverava

2

44

7

8

7

4

2

3

4

5

2

88

13

101

0,1

131 352920 Martinópolis

1

20

5

12

9

9

16

9

8

5

4

98

2

100

0,1

132 352320 Itararé

3

28

7

8

8

8

15

9

4

2

1

93

5

98

0,1

133 354150 Presidente Venceslau

7

45

7

3

2

5

5

4

5

3

-

86

12

98

0,1

134 350635 Bertioga

-

39

12

4

7

8

8

2

2

4

1

87

9

96

0,1

135 354940 São Joaquim da Barra

3

44

7

11

13

-

1

-

3

1

-

83

11

94

0,1

continua

Dezembro 2008

25


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação Ano de Diagnóstico 91-99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2.008

Subtotal SINAN

Subtotal SEADE

Total SINAN + SEADE

Município de Residência

80-90 nº

%

Total Estado de São Paulo

13.604

86.890

10.160

9.477

9.147

8.533

7.112

6.605

5.997

4.894

1.380

163.799

7848

171.647

100,0

136 351310 Cravinhos

1

43

5

10

7

6

3

4

3

3

2

87

5

92

0,1

137 353180 Monte Mor

1

43

6

4

7

9

3

4

4

4

-

85

7

92

0,1

138 355150 Serrana

3

47

8

7

3

2

3

5

4

2

1

85

7

92

0,1 0,1

139 355645 Vargem Grande Paulista

1

33

8

3

9

11

7

4

4

3

-

83

6

89

140 350170 Américo Brasiliense

2

40

10

11

6

2

5

6

2

1

-

85

2

87

0,1

141 353670 Pederneiras

3

42

5

4

5

4

4

4

4

3

1

79

8

87

0,1

142 353780 Piedade

2

41

3

6

2

4

7

2

2

1

-

70

17

87

0,1

143 352470 Jaguariúna

2

36

4

3

7

5

4

5

5

8

1

80

5

85

0,0

144 354410 Rio Grande da Serra

2

29

7

4

3

7

4

2

2

-

1

61

22

83

0,0

145 353340 Nova Odessa

4

28

5

4

7

7

4

6

5

4

1

75

4

79

0,0

146 353740 Pereira Barreto

1

24

10

9

10

6

5

4

-

5

2

76

3

79

0,0

147 350925 Cajati

-

23

5

5

4

7

6

7

7

6

2

72

6

78

0,0

148 351670 Garça

12

41

3

5

5

3

4

1

-

-

-

74

4

78

0,0

149 352570 José Bonifácio

2

43

3

6

2

6

5

2

2

-

1

72

5

77

0,0

150 351860 Guariba Subtotal outros municípios prioritários** 157 354660 Santa Fé do Sul

1

36

8

6

3

3

1

5

4

3

-

70

6

76

0,0

13.301

83.602

9.587

8.898

8.569

7.968

6.629

6.128

5.581

4.552

1.297

156.112

7.139

163.251

95,1

15

172

31

26

15

18

13

24

19

16

2

351

29

380

0,2

2

31

7

10

4

2

-

5

2

2

1

66

4

70

0,0

163 352480 Jales

3

24

7

6

3

1

3

5

7

3

-

62

3

65

0,0

172 354680 Santa Isabel

3

15

8

1

1

6

1

2

4

1

-

42

16

58

0,0

198 354160 Promissão

4

27

2

3

3

3

1

3

1

1

-

48

1

49

0,0

205 352640 Laranjal Paulista

-

25

1

2

3

4

5

1

1

2

-

44

3

47

0,0

206 354970 São José do Rio Pardo

1

27

3

2

-

1

1

6

1

3

-

45

2

47

0,0

213 353620 Pariquera-Açu demais municípios do Estado

2

23

3

2

1

1

2

2

3

4

1

44

-

44

0,0

288

3.116

542

553

563

547

470

453

397

326

81

7.336

680

8.016

4,7

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) incluido demais municípios prioritários que não estavam na relação dos 150 municípios com maior números de casos municípios prioritários

26

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 21 - Taxa de incidência (TI) de Aids por 100.000 habitantes, nos 150 Municípios de residência com maior ocorrência de casos de 1980 a 2008 e maior TI* do ano de 2006, Estado de são Paulo, 1980 a 2008** Ano de Diagnóstico 1995

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006***

2007

Total SINAN+SEADE 1980 a 2008

Município de Residência

1990 TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

16,4

29,8

27,5

25,3

24,1

22,1

18,2

16,6

16,4

12,0

171.647

1

353010 Mirandópolis

8,3

19,8

84,9

42,2

19,0

3,8

22,5

29,9

40,8

11,1

161

2

352920 Martinópolis

0,0

4,8

22,4

53,2

39,5

39,1

68,9

38,4

33,8

21,0

100

3

350550 Barretos

22,6

63,3

56,8

42,1

39,9

29,3

28,1

13,0

31,5

18,4

858

4

350280 Araçatuba

9,6

45,0

43,8

26,4

29,1

29,4

28,0

23,8

28,1

25,1

952

5

353890 Pirajuí

31,7

56,4

54,8

44,2

63,1

23,9

18,9

37,3

27,9

9,2

155

6

354850 Santos

51,2

87,0

53,1

48,1

35,1

32,1

32,2

31,8

27,8

21,4

5.327

7

350610 Bebedouro

35,3

70,4

41,5

54,6

47,6

43,4

26,2

16,9

27,2

28,4

679

8

351340 Cruzeiro

5,9

21,2

49,0

31,1

34,8

27,9

29,0

20,9

24,7

19,3

435

9

354890 São Carlos

9,1

26,5

37,4

37,7

29,9

22,5

19,6

19,3

24,5

25,9

907

10

354130 Presidente Epitácio

0,0

18,9

10,2

27,8

10,1

20,0

34,7

24,6

24,5

12,2

102

11

352390 Itu

6,8

30,3

33,3

24,0

26,4

23,7

17,1

9,4

24,5

5,9

564

12

350950 Campinas

20,3

33,7

32,0

30,9

30,0

29,1

26,3

23,5

23,9

19,0

5.227

13

355030 São Paulo

28,8

40,9

34,1

33,3

31,8

30,2

24,2

24,2

23,8

19,4

69.662

14

351050 Caraguatatuba

7,9

36,0

49,6

49,8

26,9

43,1

37,5

27,6

23,8

25,8

398

15

350925 Cajati

-

7,6

17,1

17,1

13,7

23,9

20,5

23,9

23,8

20,3

78

16

351110 Catanduva

31,9

61,5

59,6

46,9

41,9

37,0

30,3

24,6

23,5

23,3

902

17

354340 Ribeirão Preto

32,9

71,3

61,3

58,8

44,5

41,7

40,4

27,3

23,5

27,3

5.110

18

354390 Rio Claro

8,2

32,5

36,3

29,8

17,3

17,5

21,7

20,7

23,1

12,7

751

19

350320 Araraquara

15,4

47,1

42,3

41,8

38,6

30,7

31,9

26,4

23,0

19,7

1.327

20

351280 Cosmópolis

2,9

10,3

20,3

50,5

23,5

26,9

22,1

5,9

22,9

3,7

164

21

353080 Moji-Mirim

11,1

26,4

34,4

35,1

33,4

35,2

31,2

20,5

22,5

19,9

391

22

350160 Americana

5,3

19,8

24,7

22,7

23,5

24,2

20,7

22,0

22,2

16,5

678

23

351640 Franco da Rocha

46,9

24,3

13,9

15,4

17,8

23,5

24,7

15,0

22,2

21,8

521

24

350850 Caçapava

17,1

59,8

76,3

68,9

68,0

27,9

20,0

23,5

22,0

3,6

679

25

354150 Presidente Venceslau

8,5

5,4

18,7

8,0

5,3

13,3

13,3

10,6

21,2

7,9

98

26

350970 Campos do Jordão

5,6

12,5

40,7

26,8

19,8

10,8

6,4

6,3

20,8

0,0

153

27

351840 Guaratinguetá

4,0

33,8

37,5

19,0

34,7

19,5

23,8

10,9

20,6

8,9

422

28

352510 Jardinópolis

8,5

18,5

22,8

22,3

18,7

21,4

17,9

14,6

20,1

14,1

110

29

353870 Piracicaba

10,9

26,4

25,3

19,8

15,9

14,5

14,0

18,6

20,0

19,0

1.457

30

351040 Capivari

0,0

29,5

26,6

23,8

28,1

27,7

11,4

22,4

19,9

19,6

154

31

352590 Jundiaí

7,0

23,1

33,7

28,1

21,4

28,0

18,0

20,6

19,8

8,8

1.478

32

354980 São José do Rio Preto

30,5

71,3

64,6

42,5

48,4

50,6

27,4

23,8

19,5

17,5

3.617

33

350250 Aparecida

0,0

32,2

51,6

48,4

25,4

36,4

19,5

27,6

19,2

13,6

197

34

351380 Diadema

7,4

26,0

29,7

23,8

18,9

15,1

22,6

13,9

18,7

15,4

1.294

35

351860 Guariba

3,6

20,1

25,8

19,2

9,5

9,4

3,1

15,4

18,4

9,1

76

36

352340 Itatiba

8,5

12,9

29,6

22,9

24,7

19,5

25,8

16,4

18,2

9,5

244

37

352440 Jacareí

13,3

51,3

30,4

28,4

23,9

21,1

18,3

12,7

17,9

10,5

1.016

38

350570 Barueri

8,9

20,4

22,7

22,3

20,1

15,1

15,3

12,8

17,8

8,3

649

39

350600 Bauru

10,7

53,1

33,3

28,4

42,6

25,6

18,7

19,2

17,8

10,2

1.765

40

355480 Tremembé

3,8

78,4

54,7

53,4

35,6

29,4

31,3

12,7

17,5

7,4

300

41

354140 Presidente Prudente

11,1

22,1

24,9

30,4

26,9

26,6

19,7

25,0

17,4

19,2

893

42

354910 São João da Boa Vista

4,4

6,9

16,8

19,2

21,6

22,7

7,5

11,1

17,2

17,1

183

43

352720 Lorena

9,8

32,5

14,1

20,3

20,2

13,7

17,3

11,0

17,0

1,2

292

44

355410 Taubaté

13,3

45,8

48,4

42,0

29,9

38,9

29,0

15,6

16,9

8,5

1.578

45

350190 Amparo

4,0

27,3

43,1

27,8

9,7

43,0

23,5

20,1

16,8

9,1

223

46

351907 Hortolândia

-

25,6

31,0

22,3

19,0

24,3

20,6

11,6

16,7

9,4

494

47

352470 Jaguariúna

4,2

11,5

13,5

9,8

22,1

15,3

11,8

14,2

16,6

21,5

85

48

355280 Taboão da Serra

20,4

22,5

14,2

14,9

21,8

14,2

16,7

14,1

16,5

11,0

757

49

355370 Taquaritinga

15,3

38,7

50,0

51,3

39,5

37,2

11,0

30,9

16,2

5,3

380

50

351630 Francisco Morato

6,7

26,9

10,5

14,6

17,1

7,6

12,9

15,2

16,2

1,9

373

51

352250 Itapevi

18,9

13,9

30,3

24,4

19,6

21,1

10,2

18,1

16,1

9,3

610

52

350400 Assis

9,6

19,8

21,8

31,8

15,7

19,9

27,4

19,5

16,1

12,7

346

53

352710 Lins

12,0

32,1

27,3

24,1

22,3

16,2

16,1

15,9

15,8

10,0

256

54

352930 Matão

1,7

17,9

16,7

29,0

15,0

20,3

12,0

6,6

15,7

18,1

194

55

354990 São José dos Campos

16,3

40,6

36,4

30,4

37,0

26,1

19,6

19,6

15,6

17,1

2.749

56

354100 Praia Grande

20,7

34,1

43,1

36,7

31,1

27,3

26,0

19,0

15,5

10,9

1.094

57

355170 Sertãozinho

14,6

15,2

25,4

20,8

27,6

21,1

11,9

13,6

15,4

4,7

354

58

354070 Porto Ferreira

2,7

18,9

21,1

20,8

16,3

18,0

15,8

17,4

15,3

7,6

123

59

354780 Santo André

15,8

38,4

26,2

25,1

25,0

21,6

16,8

13,8

15,2

11,4

3.253

60

355500 Tupã

3,3

11,5

15,8

9,4

17,2

18,6

12,3

9,2

15,2

3,0

149

61

355240 Sumaré

7,7

15,2

15,8

11,5

17,0

12,8

7,9

4,1

14,7

6,1

491

62

352260 Itapira

3,6

36,8

52,1

40,6

33,9

35,0

12,0

14,9

14,7

11,7

344

63

355400 Tatuí

8,1

18,1

31,1

31,6

34,1

18,2

16,9

16,6

14,4

6,6

3 67

64

355650 Várzea Paulista

4,7

22,9

29,2

15,9

9,3

20,3

12,9

15,5

14,3

4,7

295

continua

Dezembro 2008

27


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação Ano de Diagnóstico Município de Residência

2007

Total SINAN+SEADE 1980 a 2008

1990

1995

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006***

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

16,4

29,8

27,5

25,3

24,1

22,1

18,2

16,6

16,4

12,0

171.647

65

353110 Mongaguá

33,8

23,4

20,1

22,2

8,0

31,1

32,5

21,8

14,2

0,0

149

66

350330 Araras

1,2

26,4

26,0

28,4

36,5

36,9

23,6

17,0

14,2

22,8

496

67

350210 Andradina

5,8

20,4

29,0

28,9

30,6

19,7

17,8

17,8

14,2

14,1

214

68

350750 Botucatu

8,0

19,4

19,4

17,3

11,6

13,1

17,2

10,1

14,2

7,4

289

69

354730 Santana de Parnaíba

6,1

7,6

12,1

16,6

11,0

13,9

5,5

7,3

14,1

7,7

127

70

352210 Itanhaém

6,9

17,6

19,5

9,5

30,1

31,7

19,6

26,2

14,0

9,1

285

71

352430 Jaboticabal

5,2

65,2

53,5

30,8

29,0

21,5

25,5

22,4

13,9

15,1

392

72

355070 São Sebastião

25,2

36,5

43,3

52,4

28,0

25,7

14,1

26,0

13,5

4,4

339

73

351350 Cubatão

18,9

54,1

49,0

45,5

40,2

42,2

21,6

25,5

13,4

0,8

762

74

353030 Mirassol

7,9

41,6

33,2

47,0

40,3

27,8

29,4

9,7

13,4

17,0

283

75

355150 Serrana

13,6

25,9

24,6

21,0

8,8

5,7

8,3

13,5

13,2

5,2

92

76

351880 Guarulhos

12,4

16,9

22,0

15,0

14,2

13,6

12,4

10,6

13,2

6,0

3.527

77

351620 Franca

8,1

24,6

19,8

18,8

18,8

12,2

7,4

7,3

13,1

10,4

1.033

78

353340 Nova Odessa

3,1

8,0

11,9

9,4

16,2

15,9

8,9

13,2

13,1

8,6

79

79

354880 São Caetano do Sul

13,9

37,6

19,3

23,4

29,6

28,0

16,0

13,1

13,1

7,5

763

80

352570 José Bonifácio

3,8

11,6

10,5

20,6

6,8

20,1

16,5

6,5

12,9

0,0

77

81

353470 Ourinhos

5,3

19,0

24,5

18,9

32,1

19,4

10,1

14,9

12,8

4,9

344

82

355100 São Vicente

28,9

67,4

37,6

29,4

26,2

24,3

21,8

18,8

12,7

6,1

2.096

83

350960 Campo Limpo Paulista

7,1

17,0

17,3

21,6

21,1

11,8

17,4

17,0

12,6

6,9

197

84

351310 Cravinhos

0,0

15,9

17,6

34,6

23,7

19,9

9,8

12,8

12,6

9,3

92

85

354870 São Bernardo do Campo

10,5

22,3

19,1

18,0

18,1

15,9

14,7

14,7

12,6

5,4

2.313

86

351550 Fernandópolis

0,0

15,3

16,2

29,0

6,4

11,1

15,8

15,7

12,5

7,7

143

87

351870 Guarujá

29,6

40,4

38,6

30,4

36,0

27,1

31,4

17,5

12,5

8,3

1.725

88

351500 Embu

6,7

15,9

21,2

19,2

12,3

10,2

9,5

6,7

12,3

5,2

534

89

353440 Osasco

13,6

27,9

23,6

22,4

22,1

14,9

13,0

8,2

12,3

6,1

2.623

90

351060 Carapicuíba

11,8

17,9

22,1

20,3

16,0

17,0

11,6

10,8

12,2

10,5

1.109

91

350760 Bragança Paulista

3,8

11,8

12,8

19,7

23,1

21,2

9,7

14,6

12,2

7,8

377

92

352690 Limeira

11,5

24,0

34,6

26,9

33,9

24,2

13,2

15,3

12,1

4,4

1.020

93

352530 Jaú

3,3

17,6

19,7

7,0

8,6

16,0

6,6

12,2

12,0

8,6

300

94

352900 Marília

12,8

22,1

25,9

22,9

31,8

16,8

14,7

15,8

11,9

4,5

805

95

352670 Leme

4,6

13,6

24,8

25,7

15,7

20,3

16,5

11,6

11,5

6,8

267

96

353180 Monte Mor

0,0

13,2

16,1

10,5

17,8

22,3

7,2

9,4

11,5

9,0

92

97

355620 Valinhos

3,0

6,7

15,7

9,4

20,6

16,7

9,7

9,5

11,3

4,0

170

98

352310 Itaquaquecetuba

7,3

8,1

18,4

13,8

20,9

11,0

11,5

10,7

11,2

6,9

619

99

354330 Ribeirão Pires

7,4

20,4

14,4

19,8

8,3

12,7

17,8

9,6

11,2

3,4

286

100

355710 Votuporanga

12,4

27,3

30,5

31,4

23,2

39,5

18,9

19,9

11,1

11,0

385

101

353130 Monte Alto

10,3

45,8

43,6

45,5

36,0

31,3

17,7

15,3

10,9

17,2

228

102

353730 Penápolis

8,5

7,8

12,8

16,4

16,3

5,4

10,7

10,6

10,6

8,8

132

103

352410 Ituverava

0,0

23,2

19,3

21,8

18,9

10,7

5,3

7,9

10,4

12,9

101

104

352500 Jandira

6,8

12,1

16,4

5,3

14,5

7,0

13,7

5,7

10,3

5,5

206

105

353050 Mococa

17,5

17,8

13,7

19,7

19,5

16,4

10,3

8,8

10,2

5,8

193

106

355220 Sorocaba

18,6

48,5

38,2

28,0

25,8

27,4

15,7

13,4

10,1

2,6

2.668

107

353670 Pederneiras

6,4

8,8

13,7

10,8

13,3

10,4

10,3

10,1

10,0

7,4

87

108

350920 Cajamar

0,0

26,9

7,9

19,2

7,4

9,0

12,3

3,4

10,0

6,5

115

109

354580 Santa Bárbara d'Oeste

5,1

6,4

9,4

12,2

14,3

15,3

11,7

10,5

9,8

8,1

288

110

350650 Birigui

5,5

29,9

24,4

22,0

23,8

25,5

26,2

14,9

9,8

8,8

309

111

355250 Suzano

4,0

15,0

14,0

14,4

14,4

12,7

11,6

11,6

9,8

8,5

530

112

354520 Salto

1,5

11,1

15,1

12,7

12,4

12,2

12,0

6,9

9,6

1,9

166

113

355645 Vargem Grande Paulista

0,0

26,3

24,6

8,9

25,5

29,9

18,2

10,0

9,6

7,0

89

114

353060 Moji das Cruzes

4,9

16,9

14,9

12,8

14,3

14,4

11,0

11,4

9,3

8,1

774

115

351300 Cotia

8,1

14,6

11,4

15,0

25,4

14,8

16,2

12,3

9,1

7,2

388

116

353760 Peruíbe

16,1

32,2

29,3

21,2

28,5

20,7

22,2

9,1

9,1

5,4

179

117

354940 São Joaquim da Barra

2,8

15,6

16,9

26,2

30,6

0,0

2,3

0,0

9,0

2,2

94

118

355540 Ubatuba

4,5

25,3

33,0

30,6

35,4

34,4

21,4

14,3

8,9

2,5

283

119

354260 Registro

4,2

3,9

11,2

24,0

7,3

10,9

5,4

19,6

8,9

1,8

109

120

350390 Arujá

11,5

15,2

11,9

21,3

11,1

7,7

10,4

11,5

8,4

8,2

130

121

355060 São Roque

3,2

18,1

30,1

26,7

19,0

14,4

17,1

22,5

8,3

4,1

209

122

353390 Olímpia

4,8

11,2

23,9

15,1

10,7

17,0

4,2

18,8

8,3

8,2

114

123

351510 Embu-Guaçu

2,9

13,5

17,6

13,9

18,9

8,5

15,0

6,6

8,2

1,6

114

124

353780 Piedade

0,0

10,8

6,0

12,1

4,0

8,1

14,3

4,1

8,1

2,0

87

125

352320 Itararé

4,6

11,3

15,1

17,0

16,8

16,6

30,7

18,2

8,0

4,0

98

126

352230 Itapetininga

6,8

29,5

31,1

26,6

18,5

12,9

23,0

14,6

7,9

0,7

457

127

353800 Pindamonhangaba

2,0

9,8

23,9

18,7

17,6

15,1

8,1

5,8

7,9

7,8

303

128

351570 Ferraz de Vasconcelos

3,3

21,8

27,5

17,0

13,8

12,8

12,3

13,1

7,5

2,8

408

129

353070 Moji-Guaçu

1,9

12,6

19,4

11,9

21,0

26,0

12,8

12,6

7,3

10,8

301

130

354410 Rio Grande da Serra

0,0

12,2

18,9

10,6

7,8

17,8

10,0

4,9

7,2

0,0

83

131

353550 Paraguaçu Paulista

49,1

11,0

10,1

10,0

14,8

17,1

12,0

14,3

7,1

4,7

114

132

352850 Mairiporã

10,4

24,8

6,7

11,3

14,1

7,6

10,3

11,4

7,0

12,2

185

continua

28

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação Ano de Diagnóstico Município de Residência

2007

Total SINAN+SEADE 1980 a 2008

1990

1995

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006***

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

16,4

29,8

27,5

25,3

24,1

22,1

18,2

16,6

16,4

12,0

171.647

133

352680 Lençóis Paulista

0,0

10,1

10,9

19,7

15,9

22,6

12,0

18,5

6,6

0,0

127

134

353980 Poá

9,5

11,8

24,1

10,3

16,2

11,9

9,8

11,5

6,6

9,3

275

135

352220 Itapecerica da Serra

3,4

7,8

12,4

12,8

8,0

17,7

14,4

7,3

6,5

5,1

252

136

350410 Atibaia

8,5

16,5

22,5

15,9

8,6

5,9

5,8

9,8

6,4

0,8

325

137

352050 Indaiatuba

3,2

13,3

8,9

13,9

12,2

14,9

10,2

6,4

6,3

7,2

252

138

350170 Américo Brasiliense

5,3

46,8

35,5

38,0

20,2

6,5

15,9

18,6

6,1

3,0

87

139

355700 Votorantim

5,2

26,5

17,8

11,3

9,1

13,9

7,8

4,8

5,7

0,9

228

140

350590 Batatais

11,5

8,5

35,3

29,0

26,8

20,8

13,1

12,9

5,5

7,2

179

141

350635 Bertioga

-

21,2

40,3

12,8

21,3

23,1

22,0

5,2

5,0

9,7

96

142

352940 Mauá

4,9

26,0

21,5

20,6

22,6

16,5

16,9

11,3

4,7

4,2

1.314

143

352240 Itapeva

2,5

15,5

13,3

7,1

4,7

15,1

6,9

12,4

4,5

3,3

129

144

353930 Pirassununga

1,8

21,6

21,6

16,8

31,8

23,9

19,3

8,8

4,4

4,3

202

145

353740 Pereira Barreto

2,0

7,8

39,9

36,1

40,2

24,2

20,2

16,2

4,1

20,3

79

146

355670 Vinhedo

0,0

12,7

8,5

6,2

16,0

9,7

11,3

11,0

3,6

13,9

107

147

350900 Caieiras

10,7

11,4

9,9

15,0

9,3

5,1

10,0

4,8

3,5

9,1

133

148

353650 Paulínia

11,6

14,0

27,4

35,1

14,0

26,5

4,7

3,0

2,9

1,4

170

149

350450 Avaré

6,7

19,2

22,3

15,5

10,1

16,2

15,9

15,7

2,4

1,2

231

150

351670 Garça

14,5

4,7

7,0

11,5

11,5

6,8

9,1

2,3

0,0

0,0

78

outros municípios prioritários**** 157

354660 Santa Fé do Sul

0,0

24,4

26,4

37,4

14,8

7,4

0,0

18,1

7,2

7,1

70

163

352480 Jales

4,4

13,8

15,2

12,9

6,4

2,1

6,3

10,5

14,6

6,2

65

172

354680 Santa Isabel

5,4

2,5

18,3

2,3

2,2

13,2

2,2

4,3

19,2

2,1

58

198

354160 Promissão

3,7

6,8

6,4

9,5

9,3

9,1

3,0

8,8

2,9

2,8

49

205

352640 Laranjal Paulista

0,0

9,8

4,5

8,9

13,1

17,2

21,2

4,2

4,1

8,1

47

206

354970 São José do Rio Pardo

0,0

2,1

6,0

4,0

0,0

1,9

1,9

11,4

1,9

5,6

47

213

353620 Pariquera-Açu

7,7

26,4

17,0

11,2

5,5

5,4

10,6

10,4

15,3

20,2

44

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (***) TI do ano de 2006 foi calculado com o total de casos do SINAN + SEADE (****) Incluido demais municípios prioritários que não estavam na relação dos 150 municípios com maior números de casos municípios prioritários

Dezembro 2008

29


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Tabela 22 - Óbitos e taxas de mortalidade (TM) por AIDS (por 100.000 hab.), segundo sexo e ano de ocorrência, Estado de São Paulo 1988 a 2007 Ano

Óbitos Homem

Mulher

Total

Razão de Sexo

TM* Homem

Mulher

Total

1988

933

138

1.071

7/1

6,4

0,9

3,6

1989

1.429

232

1.661

6/1

9,6

1,5

5,5

1990

2.636

462

3.098

6/1

17,3

3,0

10,1

1991

3.496

722

4.218

5/1

22,5

4,5

13,4

1992

4.113

908

5.021

5/1

26,0

5,6

15,7

1993

5.163

1.270

6.433

4/1

32,1

7,7

19,7

1994

5.606

1.485

7.091

4/1

34,2

8,8

21,3

1995

5.850

1.889

7.739

3/1

35,1

11,0

22,9

1996

5.371

1.898

7.269

3/1

31,7

10,8

21,1

1997

3.983

1.553

5.536

3/1

23,1

8,7

15,8

1998

3.255

1.336

4.591

2/1

18,6

7,4

12,9

1999

3.057

1.200

4.257

3/1

17,2

6,5

11,7

2000

2.940

1.241

4.181

2/1

16,2

6,6

11,3

2001

2.752

1.210

3.962

2/1

15,0

6,3

10,6

2002

2.677

1.175

3.852

2/1

14,4

6,1

10,1

2003

2.511

1.115

3.626

2/1

13,3

5,7

9,4

2004

2.304

1.028

3.332

2/1

12,0

5,1

8,5

2005

2.351

1.134

3.485

2/1

12,1

5,6

8,8

2006

2.267

1.096

3.363

2/1

11,5

5,3

8,4

2007

2.219

1.045

3.264

2/1

11,2

5,0

8,0

Total

64.913

22.137

87.050

3/1

-

-

-

Fonte: Fundação Seade (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE

30

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Tabela 23 - 50 munícipios com maior número de óbitos por Aids, segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1990 a 2007 Ano de Ocorrência Município

Estado de São Paulo

Total 1990 a 2007

1990

1995

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

%

3.098

7.739

4.181

3.962

3.852

3.626

3.332

3.485

3.363

3.264

84.319

100,0 38,3

1

São Paulo

1.669

3.158

1.379

1.245

1.210

1.139

1.018

1.025

1068

958

32.276

2

Santos

166

272

119

115

78

89

59

67

68

72

2.799

3,3

3

Ribeirão Preto

90

266

127

117

105

80

95

97

81

80

2.594

3,1

4

Guarulhos

60

164

108

91

114

103

105

89

79

93

2.012

2,4

5

Campinas

74

198

101

95

80

80

77

85

64

65

2.006

2,4

6

São José do Rio Preto

67

176

89

65

68

61

72

66

58

52

1.756

2,1

7

Santo André

72

158

56

67

63

70

49

66

68

55

1.667

2,0

8

Sorocaba

36

167

68

69

76

65

45

63

50

50

1.484

1,8

9

Osasco

74

132

65

64

74

51

39

44

56

40

1.446

1,7

10 São José dos Campos

25

125

70

54

60

55

52

46

41

40

1.164

1,4 1,4

11 São Vicente

44

113

75

57

39

46

38

67

41

54

1.164

12 Bauru

19

114

52

48

56

53

46

56

48

51

1.022

1,2

13 São Bernardo do Campo

47

87

43

36

34

58

41

44

46

37

1.004

1,2

14 Guarujá

34

98

50

47

55

38

34

40

32

30

993

1,2

15 Piracicaba

13

70

70

61

50

56

38

37

46

38

908

1,1

16 Taubaté

17

91

47

41

36

40

38

42

35

36

882

1,0

17 Mauá

32

64

34

33

31

37

44

22

17

28

756

0,9

18 Araraquara

10

63

41

39

40

20

29

26

28

30

718

0,9

19 Jundiaí

13

67

35

35

33

33

31

31

31

21

659

0,8

20 Franca

7

55

21

38

33

35

31

33

33

26

612

0,7

21 Diadema

16

46

24

29

26

27

15

25

32

33

577

0,7

22 Jacareí

9

42

35

39

32

24

32

23

23

15

561

0,7

23 Carapicuíba

25

41

29

20

32

28

27

21

23

24

554

0,7

24 Barretos

11

36

35

33

32

37

26

26

22

19

541

0,6

25 Catanduva

7

59

26

32

31

11

22

23

18

27

492

0,6

26 São Caetano do Sul

21

49

18

24

14

20

11

18

14

19

492

0,6

27 Praia Grande

12

52

21

14

21

19

16

23

24

29

471

0,6

28 Araçatuba

4

50

23

21

24

21

20

21

26

24

463

0,5

29 Limeira

8

39

27

29

26

27

22

20

14

25

461

0,5

30 São Carlos

8

31

31

27

25

19

13

15

33

26

425

0,5

31 Mogi das Cruzes

10

33

16

30

21

19

23

33

24

21

424

0,5

32 Presidente Prudente

7

41

27

29

29

14

15

14

14

20

420

0,5

33 Taboão da Serra

12

32

12

20

20

14

18

22

18

22

403

0,5

34 Bebedouro

4

39

22

26

19

14

13

8

14

16

391

0,5

35 Caçapava

8

41

29

26

26

25

17

13

12

9

385

0,5

36 Rio Claro

10

37

23

14

16

17

17

14

15

18

362

0,4

37 Cubatão

11

24

21

13

10

16

10

13

17

13

348

0,4

38 Marília

3

36

11

19

28

12

14

13

18

16

344

0,4

39 Itaquaquecetuba

7

23

18

14

28

17

23

21

17

15

324

0,4

40 Barueri

7

22

26

16

17

16

15

21

14

12

319

0,4

41 Itu

4

37

25

20

23

11

21

6

19

15

318

0,4

42 Franco da Rocha

14

31

11

10

5

17

16

12

12

22

304

0,4

43 Itapevi

12

23

17

20

18

8

20

16

12

15

304

0,4

44 Embu

6

29

22

16

12

17

16

15

17

10

285

0,3

45 Suzano

8

21

12

11

17

22

21

15

11

16

278

0,3

46 Sumaré

6

12

13

11

8

6

9

12

20

9

256

0,3

47 Cruzeiro

4

11

17

19

34

18

13

22

16

15

254

0,3

48 Americana

4

18

18

16

19

14

21

14

18

11

252

0,3

49 Araras

1

21

13

20

18

17

17

15

11

19

247

0,3

50 Francisco Morato

6

17

16

12

20

9

19

17

10

15

245

0,3

2.834

6.631

3.288

3.047

2.986

2.745

2.523

2.577

2.528

2.406

69.422

82,3

264

1.108

893

915

866

881

809

908

835

858

14.897

17,7

Sub-total Demais Municípios

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE

Dezembro 2008

31


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Tabela 24 - Municípios com taxas de mortalidade (TM)* por AIDS em 2007 maior que a do Estado segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1990 a 2007 (entre os 150 municípios com maior nº de óbitos de 1990 a 2007) Ano de Ocorrência Município

Estado de São Paulo

Total 1990 a 2007

1990

1995

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

TM

TM

TM

TM

TM

TM

TM

TM

TM

TM

%

10,1

22,9

11,3

10,6

10,1

9,4

8,5

8,8

8,4

8,0

84.319

100,0

1

Aparecida

-

11,7

22,9

22,8

11,3

22,4

11,1

24,8

5,5

24,5

103

0,1

2

Catanduva

7,7

60,5

24,6

30,0

28,9

10,2

20,2

20,9

16,3

24,2

492

0,6

3

Mirandópolis

8,3

-

11,6

11,5

11,4

-

7,5

3,7

14,8

22,2

60

0,1

4

Monte Alto

7,7

21,7

18,4

15,9

15,8

8,9

8,8

13,2

8,7

21,6

112

0,1

5

Bebedouro

6,1

54,9

29,4

34,6

25,1

18,4

17,0

10,4

18,2

20,7

391

0,5

6

Lorena

5,6

16,2

20,5

17,8

12,6

13,7

11,1

19,6

14,6

20,5

211

0,3

7

Bertioga

-

10,6

10,1

12,8

15,2

14,5

11,0

5,2

-

19,4

53

0,1

8

Cruzeiro

5,9

15,5

23,1

25,7

45,5

23,9

17,1

28,8

20,8

19,3

254

0,3

9

Guariba

10

Franco da Rocha

-

16,7

12,9

12,8

9,5

6,3

3,1

3,1

12,2

18,2

48

0,1

17,3

32,8

10,2

9,1

4,4

14,8

13,6

10,0

9,8

17,7

304

0,4

11

Barretos

11,8

36,2

33,7

31,6

30,4

34,9

24,4

24,2

20,4

17,5

541

0,6

12

Santos

38,8

65,2

28,5

27,4

18,5

21,0

13,9

15,7

15,9

16,8

2.799

3,3

13

Araras

1,2

22,1

12,5

19,0

16,8

15,7

15,5

13,4

9,7

16,6

247

0,3

14

São Vicente

16,9

39,9

24,7

18,6

12,6

14,7

12,0

21,0

12,7

16,6

1.164

1,4

15

Jaboticabal

5,2

42,9

23,8

17,6

14,5

15,8

12,7

16,8

6,9

16,5

227

0,3

16

Votuporanga

6,2

20,1

2,6

7,8

12,9

7,6

12,6

8,7

8,6

15,8

159

0,2

17

Araraquara

6,2

37,1

22,5

21,1

21,4

10,6

15,2

13,4

14,3

15,2

718

0,9

18

Caraguatatuba

2,0

17,2

6,4

15,0

11,0

1,2

12,9

10,3

5,7

14,6

142

0,2

19

Bauru

7,5

40,1

16,5

15,0

17,2

16,0

13,6

16,3

13,8

14,5

1.022

1,2

20

Ribeirão Preto

21,3

57,5

25,2

22,9

20,2

15,2

17,8

17,9

14,7

14,4

2.594

3,1

21

Taquaritinga

-

20,4

25,0

30,4

15,0

24,2

9,2

16,4

10,8

14,3

169

0,2

22

Vinhedo

-

10,2

2,1

12,4

8,0

9,7

7,5

5,5

5,3

13,9

60

0,1

23

Araçatuba

2,6

31,2

13,6

12,3

13,9

12,1

11,4

11,9

14,6

13,4

463

0,5

24

Taubaté

8,4

40,9

19,3

16,6

14,3

15,7

14,7

16,0

13,2

13,4

882

1,0

25

Itapira

-

18,4

19,0

23,4

17,0

16,7

28,6

16,3

13,2

13,1

199

0,2

26

Serrana

-

18,5

9,2

6,0

2,9

-

2,8

2,7

10,6

13,0

48

0,1

27

São Caetano do Sul

13,9

33,5

12,8

17,0

9,9

14,0

7,6

12,4

9,6

13,0

492

0,6

28

São José do Rio Preto

24,7

56,0

24,9

17,8

18,3

16,1

18,6

16,7

14,5

12,8

1.756

2,1

29

Ubatuba

2,2

7,2

12,0

13,1

17,0

6,9

13,4

10,4

8,9

12,4

146

0,2

30

Praia Grande

10,4

34,1

10,9

7,0

10,2

9,0

7,3

10,2

10,3

12,2

471

0,6

31

São Carlos

5,2

17,9

16,1

13,7

12,5

9,3

6,2

7,0

15,3

11,8

425

0,5

32

Assis

1,2

18,6

6,9

14,7

6,7

10,0

12,0

6,5

5,4

11,7

175

0,2

33

Mirassol

2,6

25,4

10,4

10,2

6,0

27,8

17,6

11,6

11,5

11,3

129

0,2

34

Leme

1,5

13,6

9,9

11,0

15,7

11,9

7,1

11,6

9,2

11,3

181

0,2

35

Caçapava

12,5

58,4

38,1

33,8

33,4

31,7

21,3

16,1

14,7

10,9

385

0,5

36

Guaíra

-

15,4

11,6

2,9

2,8

8,4

5,6

5,5

-

10,9

38

0,0

37

Cubatão

12,3

24,5

19,4

11,8

8,9

14,1

8,7

11,1

14,3

10,8

348

0,4

38

Piracicaba

4,7

23,4

21,3

18,3

14,8

16,3

10,9

10,4

12,8

10,5

908

1,1

39

Ituverava

3,1

29,0

8,3

5,5

16,2

16,0

5,3

5,2

-

10,3

61

0,1

40

Olímpia

-

6,7

8,7

8,6

4,3

8,5

2,1

4,2

10,3

10,3

56

0,1

41

Moji Mirim

6,3

19,4

9,8

7,3

10,7

15,3

1,2

12,5

11,2

10,0

150

0,2

42

Guarujá

16,8

42,1

18,9

17,4

20,0

13,5

11,9

13,7

10,8

9,9

993

1,2

43

Presidente Prudente

4,3

23,3

14,3

15,2

15,0

7,2

7,6

7,0

6,9

9,8

420

0,5

44

Itu

3,9

31,1

18,5

14,5

16,4

7,7

14,4

4,0

12,6

9,8

318

0,4

45

Ourinhos

5,3

7,1

9,6

20,0

10,4

16,4

9,1

18,9

8,8

9,7

183

0,2

46

Taboão da Serra

7,9

18,5

6,1

9,9

9,7

6,6

8,4

10,0

8,0

9,6

403

0,5

47

Rio Claro

7,4

24,5

13,7

8,2

9,2

9,6

9,4

7,6

8,1

9,5

362

0,4

48

Francisco Morato

8,0

16,4

12,0

8,8

14,3

6,3

12,9

11,2

6,5

9,5

245

0,3

49

Sertãozinho

4,0

15,2

16,9

8,3

7,2

16,1

4,0

11,7

13,4

9,5

193

0,2

50

Cosmópolis

2,9

20,7

9,0

4,4

6,4

4,1

10,1

9,8

3,8

9,3

74

0,1

51

Pirajuí

-

35,9

14,9

14,7

24,3

4,8

4,7

9,3

27,9

9,2

57

0,1

52

Mongaguá

22,6

11,7

11,5

8,3

16,1

23,3

17,5

16,9

11,8

9,2

95

0,1

53

Itanhaém

2,3

14,1

11,2

8,1

1,3

10,1

3,7

11,9

12,8

9,1

103

0,1

54

Tupã

1,6

1,6

9,5

6,3

7,8

4,6

7,7

7,6

16,7

9,1

65

0,1

55

Limeira

4,0

17,3

10,9

11,5

10,1

10,4

8,3

7,4

5,1

9,1

461

0,5

56

Peruíbe

19,3

12,4

5,9

9,6

11,4

18,8

7,4

22,0

14,6

9,1

104

0,1

57

Batatais

4,6

6,3

13,7

13,5

7,6

9,4

5,6

9,2

5,5

9,0

84

0,1

58

Monte Mor

4,2

6,6

8,1

5,2

2,5

-

14,4

2,3

4,6

9,0

42

0,0

59

Indaiatuba

-

8,3

8,2

7,9

2,6

4,4

4,2

2,9

4,6

8,9

115

0,1

60

São Paulo

17,5

31,7

13,2

11,9

11,5

10,7

9,5

9,5

9,9

8,8

32.276

38,3

61

São Sebastião

3,1

43,4

19,0

16,9

11,5

16,1

14,1

3,1

10,5

8,8

171

0,2

62

Sorocaba

9,8

39,1

13,8

13,7

14,7

12,3

8,3

11,4

8,9

8,7

1.484

1,8

63

Lins

5,1

24,1

7,6

7,5

10,4

11,8

11,7

17,4

10,1

8,6

146

0,2

64

Diadema

5,4

14,1

6,7

8,0

7,1

7,3

4,0

6,6

8,3

8,5

577

0,7

65

Jardinópolis

4,2

18,5

13,0

-

9,4

9,2

6,0

5,8

2,9

8,5

49

0,1

66

Poá

4,1

20,1

7,3

11,3

5,1

5,0

4,9

6,7

4,7

8,4

163

0,2

67

Jandira

-

14,8

7,7

8,5

4,1

10,1

2,9

4,8

8,4

8,2

129

0,2

68

Santo André

11,8

25,1

8,6

10,3

9,6

10,6

7,4

9,9

10,2

8,2

1.667

2,0

69

Embu-Guaçu

2,9

17,9

5,3

7,0

8,6

3,4

3,3

6,6

8,2

8,2

78

0,1

70

Cajamar

-

7,3

2,0

3,8

1,9

5,4

3,5

8,5

3,3

8,1

67

0,1

71

Caieiras

-

13,3

4,2

10,9

9,3

5,1

2,5

4,8

3,5

8,0

89

0,1

72

Guaratinguetá

6,0

29,7

11,5

9,5

7,5

20,4

12,8

14,5

14,3

8,0

226

0,3

73

Franca

3,1

21,5

7,3

13,0

11,1

11,5

10,0

10,4

10,3

8,0

612

0,7

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE (*) Por 100.000 habitantes

32

Dezembro 2008


Dezembro 2008

3.435

5.041

6.651

8.143

8.701

9.069

10.085

10.819

11.019

12.022

10.381

10.160

9.477

9.147

8.533

7.112

6.605

5.997

4.894

1.380

163.799

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

TOTAL

88.471

186

832

1220

1460

1757

2236

2780

3311

4217

4482

5719

5930

7112

7831

7401

7376

6962

5822

4362

3051

2223

1315

501

282

71

23

8

-

1

n.o

54,01

13,48

17,00

20,34

22,10

24,70

26,20

30,39

34,94

41,51

43,18

47,57

53,82

65,74

77,65

81,61

84,77

85,50

87,54

86,53

88,82

87,94

85,89

82,00

82,94

84,52

92,00

100,00

-

100,00

% (TL)

óbitos SINAN+SEADE (BIP-Aids) reportados ao ano de diagnóstico

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal (**) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (***) Excluídos 86 casos com data de óbito ignorada

2.528

1988

1985

611

340

1984

1.531

84

1983

1987

25

1982

1986

-

8

1981

1

n.o

casos SINAN

1980

ANO DE DIAGNÓSTICO

***88.385

269

969

3.404

3.334

3.337

3.654

3.721

4.074

4.539

4.357

4.891

5.312

7.467

8.018

7.008

6.283

5.056

4.386

3.342

2.270

1.411

745

303

169

49

14

2

1

-

n.o

-

-

-

8,47

8,40

8,53

9,47

9,78

10,86

12,28

11,99

13,70

15,15

21,67

23,69

21,08

19,26

15,78

13,95

10,86

7,53

4,78

2,58

1,07

0,61

0,18

0,05

0,01

0,00

-

TM**

óbitos SINAN + SEADE (BIP-Aids) segundo ano de ocorrência

-

75.414

74.303

70.378

67.785

64.514

60.739

55.860

50.434

45.031

39.410

33.386

26.255

20.548

17.196

15.129

13.068

10.650

7.563

5.298

3.599

2.434

1.317

531

223

52

17

6

-

1

n.o

-

183,31

182,77

175,18

170,72

164,85

157,44

146,87

134,50

121,79

108,43

93,52

74,88

59,64

50,80

45,51

40,05

33,25

24,06

17,21

11,94

8,25

4,56

1,88

0,80

0,19

0,06

0,02

-

-

TP**

casos vivendo com Aids (SINAN)

Quadro 1 - Casos notificados, óbitos reportados ao ano de diagnóstico e taxa de letalidade (TL), óbitos por ano de ocorrência, taxa de mortalidade (TM) e estimativa de taxa de prevalência (TP) (por 100.000 hab.) e casos vivendo com Aids, segundo ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

33


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

CASOS DE AIDS EM PESSOAS COM 50 ANOS OU MAIS DE IDADE NO ESTADO DE SÃO PAULO

A

o se avaliar a proporção de casos de aids em pessoas com 50 anos ou mais no estado de São Paulo, por ano de diagnóstico, nota-se que esta proporção aumentou gradativamente, com exceção do ano de 1982 que, em virtude de ter havido apenas 08 casos no total e 01 caso na faixa mais avançada, a proporção foi de 12,5%. A partir de 1983 as porcentagens cresceram de 4% em 1983 para 15% em 2007 (tabela 1). As taxas de incidência aumentaram até 1998 (15,24 casos por 100.000 habitantes) e diminuíram gradativamente, chegando a 12,31 em 2006. Para o sexo masculino, a taxa mais elevada foi observada em 1998 (22,28), diminuindo para 17,04 em 2006. No sexo feminino, a maior taxa ocorreu em 2000 (9,34) chegando a 8,38 em 2006. Interessante observar que, neste segmento de pessoas com 50 anos ou mais, as taxas mais altas, para ambos os sexos, ocorreram dois anos após aquelas encontradas no total de casos (tabela 3 da análise geral). A razão masculino/feminino é semelhante ao total geral de aids, ou seja, 2 casos em homens para 1 em mulheres (2:1). A distribuição dos casos por categoria de exposição (tabela 2) foi diferente do total de casos. A proporção de ignorados (24,2%) foi 8,3 pontos percentuais maior, e a de heterossexuais também (12 pontos percentuais a mais). A categoria HSH somou 18%, proporção pouco menor dessa mesma categoria no total geral, que foi de 19,7%. A categoria de exposição por uso de drogas intravenosas (UDI) apresentou nitidamente me-

34

nor freqüência que no total, pois a diferença foi de 19 pontos percentuais (4,6% vs 23,6%). As distribuições por categoria de exposição no sexo masculino (tabela 3) e no feminino (tabela 4) reforçaram a análise de que, entre os maiores de 49 anos, a transmissão da infecção ocorre principalmente por relações sexuais, em especial através de relações heterossexuais, e que as proporções de UDI são muito menores do que no total de casos. Entre este segmento etário, a distribuição por raça/cor (tabela 5) foi semelhante ao total geral, isto é, após 2003 diminuiu a proporção de ignorados e a maior freqüência, utilizando-se o ano de 2006 como referência, foi entre brancos (64%), pardos (17,4% ), pretos (10,3%) e amarelos (0,7%). Nesta parcela de casos com mais idade houve maior proporção de pessoas sem nenhum estudo, em relação às demais idades. Observou-se, no entanto, também uma tendência de aumento de escolaridade; por exemplo, a proporção de pessoas com 08 ou mais anos de estudo foi de 19,1% em 2000, aumentando para 26,3% em 2006. Estes dados indicam que há necessidade de propostas diferenciadas para a parcela da população com 50 ou mais anos de idade quanto à prevenção das DST/Aids, visto o risco considerável de infecção pelo HIV, principalmente através de contaminação sexual.

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 1- Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, taxa de incidência (TI)* por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico, sexo, razão de sexo e proporção em relação ao total de casos Estado de São Paulo, 1982 a 2008** Ano de Diagnóstico

Sexo Masculino

Total

Feminino

Proporção

casos

TI

casos

TI

casos

TI

%

1982

1

0,06

-

-

1

0,03

12,50

1983

1

0,06

-

-

1

0,03

4,00

1984

4

0,23

-

-

4

0,11

4,76

1985

21

1,16

2

0,10

23

0,60

6,59

1986

38

2,04

2

0,10

40

1,01

6,39

1987

92

4,79

7

0,32

99

2,42

6,29

1988

130

6,58

16

0,71

146

3,46

5,56

1989

181

8,90

32

1,38

213

4,90

6,02

1990

232

11,09

30

1,25

262

5,84

4,92

1991

350

16,27

62

2,51

412

8,91

5,81

1992

379

17,05

91

3,55

470

9,82

5,45

1993

409

17,81

118

4,44

527

10,63

5,66

1994

426

17,95

135

4,90

561

10,94

5,79

1995

486

19,83

200

7,00

686

12,92

6,61

1996

469

18,55

204

6,89

673

12,26

6,05

1997

504

19,32

255

8,32

759

13,38

6,53

1998

600

22,28

294

9,26

894

15,24

7,33

1999

585

21,05

269

8,18

854

14,08

7,90

2000

601

20,97

318

9,34

919

14,66

8,87

2001

608

20,44

328

9,27

936

14,37

9,49

2002

667

21,61

309

8,39

976

14,42

10,10

2003

655

20,45

361

9,43

1.016

14,45

11,17

2004

604

18,17

365

9,17

969

13,26

12,62

2005

604

17,50

367

8,86

971

12,79

13,58

2006

611

17,04

361

8,38

972

12,31

14,76

2007

451

12,11

286

6,38

737

8,98

15,06

2008

134

3,46

73

1,82

207

2,63

15,00

Total

9.843

-

4.485

-

***14.328

-

8,35

Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal (***) Excluídos 2 casos com sexo ignorado

Dezembro 2008

35


36

42

47

60

71

85

79

72

70

62

65

61

84

51

74

55

73

53

50

61

56

41

16

1.356

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

-

10,1

7,7

5,6

6,6

6,9

5,8

5,8

8,0

6,3

8,2

6,3

9,7

8,6

9,9

9,7

13,6

14,8

18,0

23,2

29,0

28,8

35,1

45,7

64,7

20,0

25,0

1.062

13

33

55

48

43

53

66

55

52

67

77

48

52

56

43

50

61

61

41

34

25

13

6

7

2

1

-

Bi

7,9

6,3

4,5

6,5

5,5

5,0

5,8

7,2

6,3

5,8

8,3

8,9

6,7

8,0

8,7

8,4

10,3

13,9

16,6

16,7

16,3

18,7

14,1

17,6

35,0

50,0

100,0

%

6.964

133

486

509

536

553

576

496

486

476

432

413

381

328

288

230

203

166

111

59

56

27

14

3

2

-

-

-

-

-

-

%

52,1

64,3

65,9

60,4

61,0

63,8

63,0

54,0

55,5

53,0

53,7

47,6

53,5

50,2

44,9

44,8

41,8

37,9

30,2

24,1

26,9

20,1

15,2

8,8

10,0

Hetero

610

9

23

36

25

28

31

28

30

49

33

39

39

37

36

26

30

33

27

26

18

3

2

-

2

-

-

-

-

-

-

%

4,6

4,3

3,1

4,3

2,8

3,2

3,4

3,1

3,4

5,5

4,1

4,5

5,5

5,7

5,6

5,1

6,2

7,5

7,4

10,6

8,7

2,2

2,2

-

10,0

UDI(**)

Categoria de Exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

4

22

1986

1984

%

100,0

Homo

1985

-

1

1983

1

1982

Ano de Diagnóstico

18

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

2

1

1

2

2

-

1

1

2

3

2

-

-

-

-

-

Hemof

0,1

-

0,1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,3

0,2

0,2

0,4

0,4

-

0,3

0,4

1,0

2,2

2,2

-

-

-

-

-

%

114

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

5

14

9

9

14

21

14

8

6

9

4

-

-

-

-

-

0,9

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,1

0,7

2,1

1,4

1,8

2,9

4,8

3,8

3,3

2,9

6,7

4,3

-

-

-

-

-

%

T.Sangue(&)

3.237

36

153

187

209

193

201

255

250

247

222

253

176

157

189

133

115

78

68

39

32

20

15

3

5

1

-

-

nº -

-

%

24,2

17,4

20,8

22,2

23,8

22,3

22,0

27,8

28,5

27,5

27,6

29,2

24,7

24,0

29,5

25,9

23,7

17,8

18,5

15,9

15,4

14,9

16,3

8,8

25,0

25,0

Invest

13.361

207

737

843

879

867

914

918

876

898

805

867

712

654

641

513

486

438

367

245

208

134

92

34

20

4

1

1

%

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

Total

TABELA 2 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1982 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

47

60

71

85

79

72

70

62

65

61

84

51

74

55

73

53

50

61

56

41

16

1.356

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

-

14,8

11,9

9,1

10,6

11,4

9,3

9,1

11,6

9,8

12,6

9,3

14,4

13,0

14,3

13,5

17,9

18,9

22,5

27,3

32,6

33,7

39,8

49,4

66,7

21,1

25,0

1.062

13

33

55

48

43

53

66

55

52

67

77

48

52

56

43

50

61

61

41

34

25

13

6

7

2

1

-

Bi

11,6

9,7

7,3

10,5

9,0

8,0

9,1

10,5

9,8

8,8

12,2

13,2

10,2

11,5

12,2

11,0

13,1

17,4

19,6

18,8

19,1

21,2

15,3

18,2

36,8

50,0

100,0

-

%

3.721

74

247

251

262

287

310

278

250

249

231

208

201

172

147

135

129

108

74

44

35

17

9

2

1

-

-

-

-

-

-

%

40,7

55,2

54,8

47,7

48,9

53,1

53,0

44,3

44,6

42,3

41,9

35,7

42,9

37,9

32,1

34,6

33,9

30,8

23,8

20,2

19,7

14,4

10,6

6,1

5,3

Hetero

505

8

20

30

22

23

26

27

21

40

28

31

32

30

33

20

24

25

23

20

15

3

2

-

2

-

-

-

-

-

-

%

5,5

6,0

4,4

5,7

4,1

4,3

4,4

4,3

3,8

6,8

5,1

5,3

6,8

6,6

7,2

5,1

6,3

7,1

7,4

9,2

8,4

2,5

2,4

-

10,5

UDI(**)

Categoria de Exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

22

42

1986

4

1985

%

100,0

Homo

1987

-

1

1983

1984

1

1982

Ano de Diagnóstico

18

-

1

-

-

-

-

-

-

-

-

-

2

1

1

2

2

-

1

1

2

3

2

-

-

-

-

-

Hemof

0,2

-

0,2

-

-

-

-

-

-

-

-

0,4

0,2

0,2

0,5

0,5

-

0,3

0,5

1,1

2,5

2,4

-

-

-

-

-

%

64

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

7

6

4

9

12

8

5

4

5

3

-

-

-

-

-

0,7

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,2

1,5

1,3

1,0

2,4

3,4

2,6

2,3

2,2

4,2

3,5

-

-

-

-

-

%

T.Sangue(&)

2.426

23

109

134

143

137

143

183

179

174

174

182

124

127

153

116

95

66

59

36

28

18

14

3

5

1

-

-

nº -

-

%

26,5

17,2

24,2

25,5

26,7

25,4

24,4

29,2

32,0

29,5

31,6

31,3

26,4

28,0

33,4

29,7

24,9

18,8

19,0

16,5

15,7

15,3

16,5

9,1

26,3

25,0

Invest

9.152

134

451

526

536

540

585

627

560

589

551

582

469

454

458

390

381

351

311

218

178

118

85

33

19

4

1

1

%

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

Total

TABELA 3 - Casos notificados de Aids em indivíduos do sexo masculino com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1982 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

37


38

1

5

10

21

15

37

58

74

95

141

156

180

205

201

227

236

218

266

266

274

258

239

59

3243

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Total

Hetero

77,0

80,8

83,6

81,4

79,9

81,3

80,9

74,9

74,7

73,5

79,1

71,9

74,1

78,0

77,0

77,2

70,5

66,7

66,1

55,6

70,0

62,5

71,4

100,0

100,0

%

105

1

3

6

3

5

5

1

9

9

5

8

7

7

3

6

6

8

4

6

3

-

-

-

-

UDI(**)

2,5

1,4

1,0

1,9

0,9

1,5

1,5

0,3

2,8

2,9

2,0

2,8

2,9

3,5

1,6

4,9

5,7

9,2

7,1

22,2

10,0

-

-

-

-

%

50

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

4

7

3

5

5

9

6

3

2

4

1

-

-

1,2

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0,4

1,6

3,5

1,6

4,1

4,8

10,3

10,7

11,1

6,7

25,0

14,3

-

-

%

T.Sangue(&)

Categoria de Exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS

1

1985

Ano de Diagnóstico

811

13

44

53

66

56

58

72

71

73

48

71

52

30

36

17

20

12

9

3

4

2

1

-

-

Invest

19,3

17,8

15,4

16,7

19,2

17,1

17,6

24,7

22,5

23,6

18,9

24,9

21,4

15,0

19,7

13,8

19,0

13,8

16,1

11,1

13,3

12,5

14,3

-

-

%

4.209

73

286

317

343

327

329

291

316

309

254

285

243

200

183

123

105

87

56

27

30

16

7

1

1

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

TABELA 4 - Casos notificados de aids em mulheres com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1985 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

-

2

27

-

734

Amarela

Parda

Indigena

Ign/Branco

100,0

19,0

7,2 876

188

62

96

189

273

68

653

-

34

2

20

167

%

100,0

21,5

7,1

11,0

21,6

31,2

7,8

74,5

-

3,9

0,2

2,3

19,1

2001

918

206

81

110

238

211

72

467

-

56

1

41

353

%

100,0

22,4

8,8

12,0

25,9

23,0

7,8

50,9

-

6,1

0,1

4,5

38,5

2002

914

187

83

118

269

200

57

113

-

138

7

78

578

%

100,0

20,5

9,1

12,9

29,4

21,9

6,2

12,4

-

15,1

0,8

8,5

63,2

2003

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (**) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal

898

171

Ign/Branco

Total

65

De 12 e mais

11,9

16,6

149

107

De 4 a 7

De 8 a 11

38,2

63

343

De 1 a 3

7,0

81,7

0,2

Nenhuma

Escolaridade

3,0

15

1,7

120

13,4

%

Preta

2000

Branca

Raça/Cor

Características

867

170

60

144

285

144

64

77

-

116

8

88

578

%

100,0

19,6

6,9

16,6

32,9

16,6

7,4

8,9

-

13,4

0,9

10,1

66,7

2004

Ano de Diagnóstico

879

156

89

140

281

151

62

72

1

148

8

91

559

%

100,0

17,7

10,1

15,9

32,0

17,2

7,1

8,2

0,1

16,8

0,9

10,4

63,6

2005

843

229

77

145

246

108

38

64

-

147

6

87

539

%

100,0

27,2

9,1

17,2

29,2

12,8

4,5

7,6

-

17,4

0,7

10,3

63,9

2006

737

293

44

138

166

82

14

46

-

141

7

78

465

%

100,0

39,8

6,0

18,7

22,5

11,1

1,9

6,2

-

19,1

0,9

10,6

63,1

2007

207

48

20

51

51

30

7

13

-

44

1

26

123

%

100,0

23,2

9,7

24,6

24,6

14,5

3,4

6,3

-

21,3

0,5

12,6

59,4

2008

7.139

1.648

581

1.049

1.874

1.542

445

2.239

1

851

42

524

3.482

%

100,0

23,1

8,1

14,7

26,3

21,6

6,2

31,4

0,0

11,9

0,6

7,3

48,8

Total

TABELA 5 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, segundo características socio-demográficas e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 2000 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

39


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

O SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA NO ESTADO DE SÃO PAULO

A

epidemia de aids no estado de São Paulo concentra, atualmente, cerca de 171.647 casos confirmados por esse agravo. Desse total, 51.124 casos (30%) são do sexo feminino e, desde 1996, a relação masculino/feminino dos casos de aids é de 2/1. Anualmente, cerca de 600 mil mulheres dão à luz no estado de São Paulo (MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, 2003 a 2007). Segundo estudo sentinela realizado em maternidades selecionadas no Estado, no ano de 2004¹, a taxa de prevalência de mulheres portadoras do HIV no momento do parto foi de 0,49%, correspondendo a uma estimativa anual de cerca de três mil parturientes infectadas. Diante desta situação, e com a disponibilidade de intervenções para a redução da transmissão vertical do HIV, principalmente com a administração de esquemas anti-retrovirais (ARV) altamente eficazes, a cesariana eletiva e a substituição do aleitamento materno por fórmula láctea, torna-se de grande importância o conhecimento precoce do estado sorológico das gestantes, a fim de iniciar a profilaxia adequada ou a terapêutica da doença, no caso de mães portadoras de aids, para evitar a transmissão vertical do vírus. As medidas de controle da transmissão vertical não podem ser negligenciadas em nenhuma hipótese. A ocorrência de casos de aids em crianças menores de cinco anos de idade, em decorrência da transmissão vertical, é de tal forma um sinalizador importante da efetividade da resposta à epidemia de aids, constando como indicador desse agravo no Pacto pela Saúde para o ano de 2008. O estado de São Paulo tem conseguido manter uma queda constante dessas ocorrências nos últimos dez anos o que pode ser atribuído às medidas de controle efetivas na área da assistência materno-infantil. No entanto, a análise dos dados abaixo, referentes às gestantes e crianças expostas revela situações importantes sobre as quais gestores e profissionais de saúde devem se debruçar para o enfrentamento do desafio que é a redução da transmissão vertical às menores taxas possíveis. As políticas nacional e estadual determinam a obrigatoriedade da oferta do teste anti-HIV no pré-natal e no momento do parto. Sendo, o primeiro teste oferecido na primeira consulta do pré-natal e o segundo teste, se possível, no início do terceiro trimestre de gestação. No momento do parto, deverá ser oferecido o teste anti-HIV para os casos que não realizaram esse exame no terceiro trimestre de gestação ou no caso de indicação epidemiológica. É importante realizar o monitoramento das ações de controle da infecção pelo HIV entre as gestantes e crianças expostas, desencadeando e aprimorando as políticas públicas no âmbito

40

da vigilância epidemiológica, da prevenção e da assistência para evitar casos futuros de aids na população infantil. Vale lembrar que o “Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis”, lançado em outubro de 2007, pactua com os estados e municípios metas para redução das taxas de transmissão mãe-filho do HIV e da sífilis até 2011². O estado de São Paulo, através da Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids (CPE-DST/Aids-SP), no Pacto pela Saúde (eixo Pacto pela Vida), propôs para 2008, junto aos municípios e DRS/GVE, com aprovação na Comissão de Intergestores Bipartite* (CIB) 50/2008, metas para redução em 15% da incidência de aids em menores de cinco anos de idade. No Plano Estadual de Saúde (PES), São Paulo pactuou a redução para menos de 2% da taxa de transmissão vertical do HIV até 2012. Os dados apresentados neste boletim referem-se aos 12.210 casos notificados de gestantes HIV positivas e crianças expostas no período de 2000 (quando se iniciou o registro dessa ocorrência) a 30/06/2008. Nesse período, o número de notificações de casos de gestantes HIV positivas e crianças expostas apresentou um aumento gradual, chegando a 2.280 casos de gestantes HIV+ notificadas em 2004, seguido de queda de 1,24 vezes, passando a 1.836 casos em 2006 (Tabela 1). As Tabelas 1 e 2, apresentam respectivamente, os casos de gestante HIV positiva e crianças expostas do Estado São Paulo, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de notificação e de residência. O GVE-1 (Capital) concentra a maior parte dos casos notificados e residentes, 4615 (38%) e 4130 (34%) respectivamente, seguido do GVE-17 (Campinas), GVE-25 (Santos) e GVE-8 (Mogi das Cruzes). Alguns GVEs apresentam percentuais de casos, segundo a unidade de notificação, inferiores aos percentuais de casos por local residência. Revelando uma possível evasão dessas gestantes. Esse fato foi observado principalmente entre os GVE que compõem a região da grande São Paulo e Taubaté, e pode ser decorrente de um conjunto de situações, como: a falta de acesso e/ou desconhecimento dos serviços de diagnóstico e tratamento na região, preconceito em relação à revelação do status sorológico no próprio município de residência, sub-notificação dos casos etc. É importante que as equipes de vigilância epidemiológica, dessas regiões, promovam discussões e avaliações das possíveis causas da evasão dos casos. Dentre os 645 municípios do estado de São Paulo, 117 (18%) possuem pelo menos 10 casos residentes de gestantes HIV positivas e crianças expostas, e representam cerca de *

CIB formada por Secretários Municipais de Saúde, DRSs e Secretaria Estadual de Saúde

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

90% do total de casos notificados no período (Tabela 3). Vale ressaltar que dos 117 municípios, 103 possuem Plano de Ações e Metas (PAM) e representam 71% do total de 145 municípios prioritários do Estado. Com relação à escolaridade, 48% das gestantes têm entre um e sete anos de estudos concluídos, 26% tem oito anos ou mais, e 2,5% não possuem escolaridade. Ressalta-se que em 21% do total de casos, essa informação encontra-se ignorada ou sem preenchimento, comprometendo a análise das tendências temporais dessa variável (Tabela 4). Quanto à variável raça/cor, 52% e 34% dos casos foram classificados, respectivamente, como brancos e pardos/negros. Apesar das limitações dessa informação, como a dificuldade de classificação da raça/cor e o alto índice de informação desconhecida, observa-se entre 2000 e 2007 uma redução do percentual de ignorados, passando de 29% para 9% (Tabela 4). As primeiras medidas necessárias para a redução da transmissão vertical ocorrem, prioritariamente, na atenção básica, nos serviços que realizam o pré-natal. Nesse momento, é de extrema importância o acesso precoce, amplo e de boa qualidade a essa assistência para garantir o diagnóstico em momento oportuno, permitindo a profilaxia e/ou o tratamento adequado. É necessário que os serviços promovam monitoramentos e avaliações para identificar as possíveis barreiras impeditivas desse processo. Apesar das políticas públicas de incentivo para testagem do HIV, principalmente durante o pré-natal, os serviços ainda apresentam dificuldades em prover o diagnóstico a esta população, pois, das 12.210 gestantes notificadas, 1.493 (12%) só tiveram acesso ao diagnóstico no momento do parto ou após o nascimento da criança. A proporção de mulheres que tinham conhecimento do seu status sorológico no período anterior ao pré-natal foi de 52% (Tabela 5), devendo ser lembrada a importância de se promover discussões sobre direito reprodutivo nas portadoras do HIV/aids e estratégias para a redução da transmissão vertical. Na Tabela 5 verifica-se que 10.898 gestantes (89%) realizaram o pré-natal e deste total 73% tiveram acesso à terapia com ARV. Para análise desta variável, considerou-se como “uso de ARV no pré-natal”, as gestantes que iniciaram a terapia ARV como profilaxia e as que estavam em tratamento para a infecção pelo HIV/aids. Chama a atenção o percentual de gestantes com início tardio do pré-natal, 16% no terceiro trimestre, perdendo a chance de instituir mais precocemente a profilaxia com ARV. No período é mantido um percentual relativamente constante, em torno de 5%, de gestantes que não utilizaram ARV, entretanto, em 2007 e 2008 esta proporção apresenta um preocupante aumento, passando para 19% e 18% respectivamente (Tabela 5). Recomenda-se que a vigilância epidemiológica de cada serviço promova a revisão desses casos, para descartar a possibilidade de entendimento incorreto e/ou preenchimento inadequado desta variável, adicionando-se o fato de que, em 2007, houve a implantação do novo instrumento de notificação, exclusivo para gestantes HIV, pertencente à plataforma do SINAN-NET. De 10.551 partos informados, 61% evoluíram para cesárea e 31% para parto vaginal. O percentual ignorado nesse quesito foi de 7%, valor acima do observado no Boletim Epidemiológico de Aids em

Dezembro 2008

2007³. Chama a atenção os 262 casos (2,5%) em que o produto da gestação foi aborto ou natimorto. Em relação às ações de prevenção na assistência ao parto, excluindo 92 casos de abortos, nota-se que 1370 casos (13%) não tiveram acesso ao uso de ARV no momento do parto. Dos 9.773 nascidos vivos, 88% iniciaram o uso de ARV nas primeiras 24 horas, entretanto 214 crianças expostas (2%) não receberam ARV e em 805 casos (8%) essa informação encontravase ignorada ou sem preenchimento (Tabela 6). Apesar do aumento histórico do percentual de mulheres e de crianças que fizeram uso do ARV no parto e no nascimento respectivamente, ainda há necessidade de investigar as oportunidades perdidas para a redução da transmissão vertical do HIV nesses dois momentos, pois as medidas existem, são comprovadamente eficazes e não pode ser justificável a falta de acesso para gestantes e crianças. O SINAN-NET disponibilizado até o momento, não contempla a ficha da criança exposta, mas há previsão de que em 2009 haja a inclusão desse agravo. A Vigilância Epidemiológica da Coordenação Estadual de DST/Aids, preocupada com o controle e seguimento desses casos, publicou no Boletim Epidemiológico de Aids em 2007³ as orientações aos serviços para condução da notificação de casos de crianças expostas ao HIV. Entretanto, um número muito baixo de crianças nascidas a partir de janeiro de 2007, foi informado à Divisão de Vigilância Epidemiológica, comprometendo a análise desses casos. Na análise das informações referentes ao acompanhamento das crianças expostas, apresentada na Tabela 7, observa-se que, ao longo do período houve uma diminuição no número de crianças que receberam aleitamento materno, porém ainda detecta-se 17 casos (1,5%) em 2006. Neste mesmo ano, foram registrados seis casos (0,5%) de aleitamento materno cruzado. Apesar da importância da informação para a adoção de medidas preventivas, devido à possibilidade de infecção por essa via, observa-se no tempo um aumento dos dados ignorados para esse quesito. Foi importante a redução no percentual de crianças que não utilizaram ARV, passando de 10% em 2000 para 1,6% em 2006, porém, tem sido observado um aumento dos dados ignorados para esse quesito, 16% e 39% em 2000 e 2006, respectivamente. Em relação ao uso do ARV por tempo inferior a seis semanas verifica-se um aumento no último ano analisado, passando de 8% (N= 62 casos) em 2000 para 11% (N=127) em 2006. Fazse necessária à investigação desses casos pelos serviços de atenção a saúde. As informações referentes ao encerramento dos casos pelo serviço de saúde apresentaram melhora em comparação aos anos anteriores. No Boletim Epidemiológico de Aids em 2007³, os casos em andamento ou com informação ignorada somavam 42% (N=3870) do total, atualmente o número de casos em aberto somam 24% (N=2121), uma queda importante em relação aos anos anteriores. Apesar da melhora na qualidade do encerramento dos casos de criança, ainda não é possível, utilizar essa informação como indicador para a taxa de transmissão vertical do HIV, já que o número de casos com perda de seguimento e ignorado é bastante significativo. Os dados apresentados confirmam a relevância das ações recomendadas pelo Ministério da Saúde e Coorde-

41


Boletim Epidemiológico nação do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. Os números apontam melhorias na prevenção e assistência às gestantes portadoras do HIV e crianças expostas, mas ainda há necessidade de implementar ações que possam garantir a qualidade, validade, completitude e consistência dos dados inseridos no sistema, para que as informações geradas possam contribuir para o planejamento e adequação das ações que visam a redução da transmissão vertical do HIV.

42

ANO XXV – Nº 1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1 - São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Boletim Epidemiológico de AIDS. 2006;25(1):37-42. 2 - Brasília. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico - Aids e DST. 2007; 4(1):34. 3 - São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Boletim Epidemiológico de AIDS. 2007;26(1):36-50. 4 - Brasília, Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde – Programa Nacional de DST e Aids. Recomendação para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-Retroviral 2007.

Dezembro 2008


Dezembro 2008 1

GVE 10 OSASCO

GVE 19 MARILIA

2 -

GVE 32 ITAPEVA

GVE 33 TAUBATE

-

0,8

17,6

0,4

4,7

2,7

0,4

0,4

14,1

2,0

-

-

-

-

2,4

2,4

3,9

-

-

2,0

-

1,2

0,8

0,4

-

4,3

15,3

24,3

%

100,0

2000

762

2

10

72

-

60

9

23

10

53

54

3

1

-

2

20

4

71

6

-

14

-

34

8

17

-

14

68

207

0,3

1,3

9,4

-

7,9

1,2

3,0

1,3

7,0

7,1

0,4

0,1

-

0,3

2,6

0,5

9,3

0,8

-

1,8

-

4,5

1,0

2,2

-

1,8

8,9

27,2

%

100,0

2001

1291

4

24

62

6

33

28

72

16

66

80

9

2

1

10

14

2

144

5

20

14

2

61

20

56

7

65

65

403

0,3

1,9

4,8

0,5

2,6

2,2

5,6

1,2

5,1

6,2

0,7

0,2

0,1

0,8

1,1

0,2

11,2

0,4

1,5

1,1

0,2

4,7

1,5

4,3

0,5

5,0

5,0

31,2

%

100,0

2002

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

255

45

GVE 31 SOROCABA

Total

1

GVE 30 JALES

GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS 7

1

GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA

12

1

GVE 25 SANTOS

GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO

36

GVE 24 RIBEIRAO PRETO

GVE 28 CARAGUATATUBA

5

GVE 23 REGISTRO

-

6

GVE 18 FRANCA

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

6

GVE 17 CAMPINAS

-

10

GVE 16 BOTUCATU

-

-

GVE 15 BAURU

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE

-

GVE 14 BARRETOS

GVE 20 PIRACICABA

5

GVE 13 ASSIS

2

-

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

3

11

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

GVE 12 ARARAQUARA

39

GVE 7 SANTO ANDRE

GVE 11 ARACATUBA

62

GVE 1 CAPITAL

GVE de notificação

2083

2

30

64

5

87

26

78

31

159

101

4

5

7

34

32

4

161

38

22

26

15

36

29

65

5

132

97

788

0,1

1,4

3,1

0,2

4,2

1,2

3,7

1,5

7,6

4,8

0,2

0,2

0,3

1,6

1,5

0,2

7,7

1,8

1,1

1,2

0,7

1,7

1,4

3,1

0,2

6,3

4,7

37,8

%

100,0

2003

2280

12

58

66

12

67

18

44

26

183

102

13

6

3

69

17

31

181

20

26

13

14

44

30

67

12

91

112

943

0,5

2,5

2,9

0,5

2,9

0,8

1,9

1,1

8,0

4,5

0,6

0,3

0,1

3,0

0,7

1,4

7,9

0,9

1,1

0,6

0,6

1,9

1,3

2,9

0,5

4,0

4,9

41,4

%

100,0

2004

Ano de Notificação

1838

5

36

46

5

63

14

37

27

159

79

6

4

2

54

20

20

120

21

15

15

9

56

20

55

7

103

89

751

0,3

2,0

2,5

0,3

3,4

0,8

2,0

1,5

8,7

4,3

0,3

0,2

0,1

2,9

1,1

1,1

6,5

1,1

0,8

0,8

0,5

3,0

1,1

3,0

0,4

5,6

4,8

40,9

%

100,0

2005

1836

5

47

46

2

41

16

38

24

159

118

11

4

8

42

19

14

139

12

30

17

13

27

31

73

16

112

62

710

0,3

2,6

2,5

0,1

2,2

0,9

2,1

1,3

8,7

6,4

0,6

0,2

0,4

2,3

1,0

0,8

7,6

0,7

1,6

0,9

0,7

1,5

1,7

4,0

0,9

6,1

3,4

38,7

%

100,0

2006

1323

5

21

34

5

38

5

7

15

70

56

11

2

10

43

13

9

131

13

26

6

13

31

19

37

5

96

73

529

0,4

1,6

2,6

0,4

2,9

0,4

0,5

1,1

5,3

4,2

0,8

0,2

0,8

3,3

1,0

0,7

9,9

1,0

2,0

0,5

1,0

2,3

1,4

2,8

0,4

7,3

5,5

40,0

%

100,0

2007

542

5

14

19

2

13

10

3

4

40

20

5

3

-

19

1

6

43

7

7

17

5

9

8

20

5

26

9

222

0,9

2,6

3,5

0,4

2,4

1,8

0,6

0,7

7,4

3,7

0,9

0,6

-

3,5

0,2

1,1

7,9

1,3

1,3

3,1

0,9

1,7

1,5

3,7

0,9

4,8

1,7

41,0

%

100,0

2008

12210

40

242

454

38

414

133

303

154

925

615

62

27

31

273

142

96

1000

122

146

127

71

301

167

391

57

650

614

%

0,3

2,0

3,7

0,3

3,4

1,1

2,5

1,3

7,6

5,0

0,5

0,2

0,3

2,2

1,2

0,8

8,2

1,0

1,2

1,0

0,6

2,5

1,4

3,2

0,5

5,3

5,0

37,8

100,0

Total

4615

TABELA 1 - Casos de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica ( GVE ) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

43


44

nº 57 38 11 5 2 3 5 10 6 6 5 35 1 1 8 12 1 45 3 1 255

% 22,4 14,9 4,3 2,0 0,8 1,2 2,0 3,9 2,4 2,4 2,0 13,7 0,4 0,4 3,1 4,7 0,4 17,6 1,2 0,4 100,0

2000 nº 187 66 20 3 28 8 34 1 14 1 6 71 4 20 2 1 5 53 52 10 23 9 59 71 3 10 1 762

% 24,5 8,7 2,6 0,5 3,7 1,0 4,5 0,1 1,8 0,1 0,8 9,3 0,5 2,6 0,3 0,1 0,7 7,0 6,8 1,3 3,0 1,2 7,7 9,3 0,4 1,3 0,1 100,0

2001 nº 376 65 80 7 68 20 62 3 14 24 1 142 3 12 10 1 2 9 78 65 17 72 28 31 6 62 4 24 5 1291

% 29,1 5,0 6,2 0,5 5,3 1,5 4,8 0,2 1,1 1,9 0,1 11,0 0,2 0,9 0,8 0,1 0,2 0,7 6,0 5,0 1,3 5,6 2,2 2,4 0,5 4,8 0,3 1,9 0,4 100,0

2002

(*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP)

GVE 1 CAPITAL GVE 7 SANTO ANDRE GVE 8 MOGI DAS CRUZES GVE 9 FRANCO DA ROCHA GVE 10 OSASCO GVE 11 ARACATUBA GVE 12 ARARAQUARA GVE 13 ASSIS GVE 14 BARRETOS GVE 15 BAURU GVE 16 BOTUCATU GVE 17 CAMPINAS GVE 18 FRANCA GVE 19 MARILIA GVE 20 PIRACICABA GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE GVE 22 PRESIDENTE GVE 23 REGISTRO GVE 24 RIBEIRAO PRETO GVE 25 SANTOS GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA GVE 32 ITAPEVA GVE 33 TAUBATE GVE Ignorada Total geral

GVE de residência nº 694 107 157 13 109 30 35 15 26 42 14 157 9 30 37 6 6 4 93 162 32 79 27 84 6 66 5 30 8 2083

2003

Ano de Notificação 2004 2005 % nº % nº % 33,3 823 36,1 664 36,1 5,1 118 5,2 102 5,5 7,5 135 5,9 139 7,6 0,6 22 1,0 10 0,5 5,2 122 5,4 85 4,6 1,4 30 1,3 21 1,1 1,7 45 2,0 58 3,2 0,7 15 0,7 8 0,4 1,2 14 0,6 16 0,9 2,0 27 1,2 21 1,1 0,7 12 0,5 15 0,8 7,5 177 7,8 114 6,2 0,4 31 1,4 22 1,2 1,4 17 0,7 20 1,1 1,8 72 3,2 57 3,1 0,3 2 0,1 2 0,1 0,3 7 0,3 4 0,2 0,2 13 0,6 6 0,3 4,5 100 4,4 75 4,1 7,8 185 8,1 157 8,5 1,5 26 1,1 30 1,6 3,8 43 1,9 37 2,0 1,3 19 0,8 14 0,8 4,0 64 2,8 61 3,3 0,3 12 0,5 6 0,3 3,2 69 3,0 47 2,6 0,2 17 0,7 6 0,3 1,4 59 2,6 37 2,0 0,4 4 0,2 4 0,2 100,0 2280 100,0 1838 100,0 nº 636 72 132 26 101 32 31 12 20 32 8 131 14 19 47 6 7 11 112 156 29 39 16 39 2 47 6 45 8 1836

% 34,6 3,9 7,2 1,4 5,5 1,7 1,7 0,7 1,1 1,7 0,4 7,1 0,8 1,0 2,6 0,3 0,4 0,6 6,1 8,5 1,6 2,1 0,9 2,1 0,1 2,6 0,3 2,5 0,4 100,0

2006 nº 489 76 109 10 56 19 33 13 6 30 7 124 9 13 46 10 2 10 54 70 20 7 5 38 5 36 5 21 1323

% 37,0 5,7 8,2 0,8 4,2 1,4 2,5 1,0 0,5 2,3 0,5 9,4 0,7 1,0 3,5 0,8 0,2 0,8 4,1 5,3 1,5 0,5 0,4 2,9 0,4 2,7 0,4 1,6 100,0

2007 nº 204 11 29 6 29 8 9 5 17 7 7 42 6 1 19 1 3 5 20 41 6 3 10 13 2 19 5 14 542

Total

% nº % 37,6 4130 33,8 2,0 655 5,4 5,4 812 6,7 1,1 97 0,8 5,4 603 4,9 1,5 170 1,4 1,7 310 2,5 0,9 72 0,6 3,1 132 1,1 1,3 184 1,5 1,3 70 0,6 7,7 968 7,9 1,1 104 0,9 0,2 138 1,1 3,5 290 2,4 0,2 28 0,2 0,6 32 0,3 0,9 63 0,5 3,7 590 4,8 7,6 923 7,6 1,1 171 1,4 0,6 304 2,5 1,8 136 1,1 2,4 401 3,3 0,4 40 0,3 3,5 462 3,8 0,9 51 0,4 2,6 243 2,0 31 0,3 100,0 12210 100,0

2008

TABELA 2 - Casos de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica ( GVE ) de residência e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008 *

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 3 - Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de dez casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008* Ano de Notificação Município de residência

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Total

2008

%

%

%

%

%

%

%

%

%

%

1

SÃO PAULO

57

22,4

187

24,5

376

29,1

694

33,3

823

36,1

664

36,1

636

34,6

487

36,8

202

37,3

4126

33,8

2

GUARULHOS

12

4,7

15

2,0

43

3,3

105

5,0

71

3,1

77

4,2

54

2,9

58

4,4

11

2,0

446

3,7

3

CAMPINAS

4

1,6

37

4,9

60

4,6

60

2,9

58

2,5

46

2,5

48

2,6

43

3,3

19

3,5

375

3,1

4

RIBEIRÃO PRETO

5

2,0

42

5,5

53

4,1

53

2,5

57

2,5

38

2,1

75

4,1

36

2,7

9

1,7

368

3,0

5

SANTOS

21

8,2

22

2,9

33

2,6

50

2,4

75

3,3

42

2,3

43

2,3

33

2,5

25

4,6

344

2,8

6

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

1

0,4

17

2,2

60

4,6

47

2,3

25

1,1

22

1,2

27

1,5

15

1,1

3

0,6

217

1,8

7

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

8

3,1

44

5,8

16

1,2

43

2,1

16

0,7

39

2,1

21

1,1

16

1,2

7

1,3

210

1,7

8

OSASCO

1

0,4

5

0,7

21

1,6

31

1,5

43

1,9

24

1,3

35

1,9

20

1,5

7

1,3

187

1,5 1,5

9

SÃO VICENTE

10

3,9

7

0,9

6

0,5

42

2,0

27

1,2

39

2,1

39

2,1

11

0,8

3

0,6

184

10

SÃO B. DO CAMPO

1

0,4

23

3,0

16

1,2

23

1,1

32

1,4

26

1,4

19

1,0

23

1,7

3

0,6

166

1,4

11

MAUA

25

9,8

24

3,1

9

0,7

33

1,6

25

1,1

19

1,0

7

0,4

14

1,1

4

0,7

160

1,3

12

SANTO ANDRÉ

5

2,0

9

1,2

24

1,9

27

1,3

25

1,1

28

1,5

16

0,9

16

1,2

2

0,4

152

1,2

13

SOROCABA

18

7,1

36

4,7

36

2,8

5

0,2

11

0,5

7

0,4

5

0,3

20

1,5

2

0,4

140

1,1

14

PRAIA GRANDE

1

0,4

-

-

4

0,3

34

1,6

30

1,3

31

1,7

20

1,1

15

1,1

3

0,6

138

1,1

15

DIADEMA

6

2,4

10

1,3

13

1,0

19

0,9

29

1,3

21

1,1

19

1,0

12

0,9

1

0,2

130

1,1

16

ITAQUAQUECETUBA

-

-

2

0,3

9

0,7

18

0,9

21

0,9

21

1,1

26

1,4

11

0,8

5

0,9

113

0,9

17

JUNDIAI

1

0,4

12

1,6

31

2,4

18

0,9

13

0,6

9

0,5

10

0,5

15

1,1

2

0,4

111

0,9

18

TAUBATÉ

-

-

9

1,2

19

1,5

18

0,9

15

0,7

23

1,3

9

0,5

6

0,5

6

1,1

105

0,9

19

ARARAQUARA

2

0,8

19

2,5

33

2,6

10

0,5

11

0,5

11

0,6

9

0,5

7

0,5

1

0,2

103

0,8

20

JACAREI

-

-

6

0,8

6

0,5

31

1,5

17

0,7

13

0,7

10

0,5

5

0,4

3

0,6

91

0,7

21

PIRACICABA

-

-

-

-

5

0,4

12

0,6

21

0,9

21

1,1

10

0,5

11

0,8

9

1,7

89

0,7

22

MARILIA

4

1,6

16

2,1

6

0,5

22

1,1

10

0,4

9

0,5

12

0,7

8

0,6

-

-

87

0,7

23

SÃO CARLOS

1

0,4

7

0,9

7

0,5

7

0,3

13

0,6

20

1,1

10

0,5

9

0,7

5

0,9

79

0,6

24

SUZANO

-

-

1

0,1

12

0,9

10

0,5

10

0,4

9

0,5

18

1,0

13

1,0

5

0,9

78

0,6

25

GUARUJA

1

0,4

1

0,1

7

0,5

6

0,3

21

0,9

18

1,0

25

1,4

-

-

-

-

78

0,6

26

BAURU

-

-

-

-

14

1,1

11

0,5

14

0,6

7

0,4

18

1,0

10

0,8

3

0,6

77

0,6

27

TABOÃO DA SERRA

-

-

1

0,1

4

0,3

17

0,8

11

0,5

13

0,7

13

0,7

8

0,6

4

0,7

71

0,6

28

AMERICANA

-

-

11

1,4

8

0,6

6

0,3

12

0,5

16

0,9

10

0,5

5

0,4

2

0,4

70

0,6

29

MOJI DAS CRUZES

-

-

1

0,1

7

0,5

6

0,3

13

0,6

13

0,7

10

0,5

14

1,1

5

0,9

69

0,6

30

CUBATÃO

-

-

2

0,3

7

0,5

14

0,7

10

0,4

15

0,8

16

0,9

1

0,1

3

0,6

68

0,6

31

ITU

14

5,5

11

1,4

4

0,3

13

0,6

6

0,3

12

0,7

4

0,2

3

0,2

-

-

67

0,5

32

CARAGUATATUBA

6

2,4

9

1,2

10

0,8

11

0,5

8

0,4

6

0,3

7

0,4

2

0,2

5

0,9

64

0,5

33

CARAPICUÍBA

1

0,4

3

0,4

4

0,3

14

0,7

20

0,9

13

0,7

7

0,4

-

-

1

0,2

63

0,5

34

FRANCA

5

2,0

3

0,4

2

0,2

4

0,2

20

0,9

11

0,6

9

0,5

8

0,6

4

0,7

67

0,5

35

ITAPEVI

-

-

5

0,7

15

1,2

3

0,1

9

0,4

7

0,4

14

0,8

5

0,4

2

0,4

60

0,5

36

ARAÇATUBA

-

-

5

0,7

9

0,7

11

0,5

1

0,0

13

0,7

7

0,4

7

0,5

2

0,4

55

0,5

37

EMBU

2

0,8

-

-

4

0,3

10

0,5

13

0,6

6

0,3

7

0,4

8

0,6

3

0,6

53

0,4

38

BEBEDOUROS

1

0,4

6

0,8

8

0,6

16

0,8

5

0,2

7

0,4

7

0,4

1

0,1

2

0,4

53

0,4

39

SUMARÉ

-

-

2

0,3

3

0,2

10

0,5

8

0,4

7

0,4

8

0,4

11

0,8

-

-

49

0,4

40

HORTOLANDIA

-

-

3

0,4

8

0,6

3

0,1

14

0,6

5

0,3

7

0,4

5

0,4

2

0,4

47

0,4

41

ITAPETININGA

1

0,4

1

0,1

6

0,5

10

0,5

14

0,6

6

0,3

2

0,1

3

0,2

3

0,6

46

0,4

42

LIMEIRA

-

-

-

-

-

-

-

-

20

0,9

3

0,2

9

0,5

10

0,8

3

0,6

45

0,4

43

CATANDUVA

-

-

1

0,1

-

-

8

0,4

16

0,7

8

0,4

3

0,2

8

0,6

1

0,2

45

0,4

44

VOTUPORANGA

3

1,2

6

0,8

5

0,4

6

0,3

13

0,6

-

-

5

0,3

4

0,3

1

0,2

43

0,4

45

PINDAMONHANGABA

-

-

-

-

-

-

3

0,1

26

1,1

4

0,2

4

0,2

3

0,2

2

0,4

42

0,3

46

FERRAZ DE VASCONCELOS

-

-

1

0,1

2

0,2

8

0,4

11

0,5

5

0,3

6

0,3

5

0,4

3

0,6

41

0,3

47

BARUERI

1

0,4

2

0,3

5

0,4

11

0,5

4

0,2

2

0,1

12

0,7

-

-

4

0,7

41

0,3

48

MOJI - GUAÇU

-

-

2

0,3

-

-

7

0,3

7

0,3

6

0,3

11

0,6

5

0,4

2

0,4

40

0,3

49

ITANHAEM

-

-

7

0,9

5

0,4

11

0,5

6

0,3

4

0,2

3

0,2

2

0,2

2

0,4

40

0,3

50

BIRIGUI

-

-

2

0,3

4

0,3

9

0,4

10

0,4

4

0,2

7

0,4

3

0,2

1

0,2

40

0,3

51

PERUÍBE

2

0,8

12

1,6

2

0,2

1

0,0

10

0,4

6

0,3

4

0,2

1

0,1

1

0,2

39

0,3

52

MOJI - MIRIM

-

-

4

0,5

5

0,4

9

0,4

5

0,2

6

0,3

7

0,4

3

0,2

-

-

39

0,3

53

FRANCISCO MORATO

-

-

-

-

5

0,4

4

0,2

11

0,5

3

0,2

8

0,4

2

0,2

4

0,7

37

0,3

54

BARRETOS

3

1,2

5

0,7

4

0,3

5

0,2

4

0,2

2

0,1

3

0,2

-

-

11

2,0

37

0,3

55

RIO CLARO

-

-

-

-

1

0,1

12

0,6

9

0,4

4

0,2

7

0,4

2

0,2

1

0,2

36

0,3

56

VOTORATINS

4

1,6

8

1,0

2

0,2

5

0,2

6

0,3

5

0,3

3

0,2

-

-

2

0,4

35

0,3

57

UBATUBA

1

0,4

-

-

9

0,7

8

0,4

7

0,3

4

0,2

4

0,2

-

-

1

0,2

34

0,3

58

TAQUARITINGA

-

-

5

0,7

8

0,6

2

0,1

4

0,2

9

0,5

4

0,2

-

-

-

-

32

0,3

59

SERTANZINHO

-

-

4

0,5

5

0,4

5

0,2

6

0,3

5

0,3

5

0,3

2

0,2

-

-

32

0,3

60

ARUJA

-

-

-

-

2

0,2

6

0,3

3

0,1

6

0,3

11

0,6

4

0,3

-

-

32

0,3

61

ARARAS

-

-

1

0,1

1

0,1

7

0,3

7

0,3

4

0,2

3

0,2

7

0,5

2

0,4

32

0,3

62

AMPARO

1

0,4

1

0,1

4

0,3

9

0,4

6

0,3

4

0,2

3

0,2

3

0,2

1

0,2

32

0,3

63

SÃO SEBASTIÃO

1

0,4

-

-

8

0,6

7

0,3

3

0,1

3

0,2

5

0,3

2

0,2

2

0,4

31

0,3

64

TATUI

-

-

-

-

3

0,2

6

0,3

3

0,1

7

0,4

4

0,2

3

0,2

4

0,7

30

0,2

65

ITATIBA

-

-

2

0,3

2

0,2

13

0,6

6

0,3

1

0,1

3

0,2

2

0,2

1

0,2

30

0,2

66

ITAPECERICA DA SERRA

-

-

3

0,4

2

0,2

8

0,4

7

0,3

4

0,2

3

0,2

3

0,2

-

-

30

0,2

67

COTIA

-

-

1

0,1

1

0,1

7

0,3

8

0,4

5

0,3

3

0,2

-

-

3

0,6

28

0,2

68

MATÃO

-

-

-

-

7

0,5

5

0,2

5

0,2

3

0,2

3

0,2

3

0,2

1

0,2

27

0,2

69

JABOTICABAL

-

-

1

0,1

5

0,4

6

0,3

4

0,2

2

0,1

6

0,3

-

-

3

0,6

27

0,2

70

BATATAIS

-

-

2

0,3

2

0,2

4

0,2

6

0,3

10

0,5

2

0,1

-

-

1

0,2

27

0,2

71

FRANCO DA ROCHA

-

-

1

0,1

2

0,2

2

0,1

7

0,3

4

0,2

7

0,4

2

0,2

1

0,2

26

0,2

72

OURINHOS

-

-

-

-

-

-

6

0,3

7

0,3

3

0,2

4

0,2

4

0,3

1

0,2

25

0,2

73

BRAGANÇA PAULISTA

-

-

-

-

3

0,2

4

0,2

6

0,3

2

0,1

4

0,2

4

0,3

2

0,4

25

0,2

continua

Dezembro 2008

45


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação Ano de Notificação Município de residência

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Total

2008

%

%

%

%

%

%

%

%

%

%

74

SANTA BARBARA D´OESTE

-

-

1

0,1

4

0,3

7

0,3

5

0,2

2

0,1

1

0,1

1

0,1

2

0,4

23

0,2

75

JANDIRA

-

-

1

0,1

1

0,1

4

0,2

4

0,2

1

0,1

3

0,2

5

0,4

2

0,4

21

0,2

76

COSMOPOLIS

-

-

-

-

2

0,2

3

0,1

7

0,3

-

-

2

0,1

4

0,3

3

0,6

21

0,2

77

POA

-

-

-

-

4

0,3

2

0,1

1

0,0

3

0,2

6

0,3

4

0,3

-

-

20

0,2

78

PENAPOLIS

1

0,4

-

-

-

-

-

-

10

0,4

1

0,1

5

0,3

3

0,2

-

-

20

0,2

79

SÃO CAETANO DO SUL

-

-

-

-

-

-

3

0,1

5

0,2

2

0,1

5

0,3

3

0,2

1

0,2

19

0,2

80

INDAIATUBA

-

-

-

-

2

0,2

1

0,0

5

0,2

4

0,2

2

0,1

5

0,4

-

-

19

0,2

81

SÃO ROQUE

-

-

-

-

-

-

8

0,4

1

0,0

1

0,1

4

0,2

2

0,2

2

0,4

18

0,1

82

RIBEIRÃO PIRES

1

0,4

-

-

3

0,2

1

0,0

1

0,0

4

0,2

3

0,2

5

0,4

-

-

18

0,1

83

JARDINOPOLIS

-

-

-

-

4

0,3

6

0,3

2

0,1

-

-

5

0,3

1

0,1

-

-

18

0,1

84

ITAPIRA

1

0,4

1

0,1

2

0,2

4

0,2

3

0,1

4

0,2

1

0,1

2

0,2

-

-

18

0,1

85

CRUZEIRO

-

-

-

-

1

0,1

2

0,1

1

0,0

2

0,1

7

0,4

5

0,4

-

-

18

0,1

86

BOTUCATU

-

-

4

0,5

-

-

4

0,2

4

0,2

2

0,1

4

0,2

-

-

-

-

18

0,1

87

PIRASSUNUNGA

-

-

-

-

2

0,2

1

0,0

2

0,1

4

0,2

5

0,3

3

0,2

-

-

17

0,1

88

MONTE ALTO

-

-

-

-

3

0,2

3

0,1

3

0,1

5

0,3

2

0,1

-

-

1

0,2

17

0,1

89

MAIRINQUE

-

-

2

0,3

1

0,1

1

0,0

4

0,2

-

-

6

0,3

2

0,2

1

0,2

17

0,1

90

LEME

-

-

1

0,1

-

-

-

-

1

0,0

8

0,4

3

0,2

4

0,3

-

-

17

0,1

91

PEREIRA BARRETO

1

0,4

1

0,1

-

-

3

0,1

3

0,1

2

0,1

6

0,3

-

-

-

-

16

0,1

92

CAPIVARI

-

-

-

-

1

0,1

-

-

2

0,1

6

0,3

3

0,2

2

0,2

2

0,4

16

0,1

93

CAJURU

-

-

1

0,1

-

-

5

0,2

2

0,1

2

0,1

5

0,3

-

-

1

0,2

16

0,1

94

BARRINHA

-

-

-

-

2

0,2

3

0,1

1

0,0

2

0,1

4

0,2

3

0,2

1

0,2

16

0,1

95

ASSIS

-

-

1

0,1

-

-

4

0,2

3

0,1

3

0,2

5

0,3

-

-

-

-

16

0,1

96

VARZEA PAULISTA

2

0,8

-

-

1

0,1

1

0,0

3

0,1

5

0,3

2

0,1

1

0,1

-

-

15

0,1

97

SÃO JOÃO DA BOA VISTA

-

-

1

0,1

2

0,2

-

-

2

0,1

5

0,3

3

0,2

1

0,1

1

0,2

15

0,1

98

PIEDADE

-

-

2

0,3

1

0,1

4

0,2

4

0,2

1

0,1

3

0,2

-

-

-

-

15

0,1

99

MAIRIPORÃ

-

-

-

-

-

-

3

0,1

2

0,1

1

0,1

4

0,2

4

0,3

1

0,2

15

0,1

100

ITAPEVA

-

-

-

-

2

0,2

1

0,0

6

0,3

2

0,1

2

0,1

-

-

2

0,4

15

0,1

101

CAMPO LIMPO PAULISTA

-

-

1

0,1

2

0,2

2

0,1

3

0,1

1

0,1

5

0,3

-

-

1

0,2

15

0,1

102

EMBU - GUAÇU

-

-

2

0,3

3

0,2

1

0,0

1

0,0

4

0,2

1

0,1

1

0,1

1

0,2

14

0,1

103

BERTIOGA

-

-

-

-

1

0,1

3

0,1

4

0,2

2

0,1

4

0,2

-

-

-

-

14

0,1

104

APARECIDA

1

0,4

1

0,1

2

0,2

3

0,1

3

0,1

2

0,1

2

0,1

-

-

-

-

14

0,1

105

MOCOCA

-

-

1

0,1

-

-

2

0,1

2

0,1

4

0,2

2

0,1

1

0,1

1

0,2

13

0,1

106

SANTO ANDTONIO DE POSSE

-

-

-

-

2

0,2

1

0,0

5

0,2

-

-

2

0,1

1

0,1

1

0,2

12

0,1

107

PEDREIRA

-

-

-

-

1

0,1

3

0,1

4

0,2

-

-

3

0,2

1

0,1

-

-

12

0,1

108

MIRASSOL

-

-

3

0,4

-

-

4

0,2

1

0,0

2

0,1

2

0,1

-

-

-

-

12

0,1

109

JAU

-

-

-

-

1

0,1

7

0,3

-

-

-

-

2

0,1

2

0,2

-

-

12

0,1

110

FERNANDOPOLIS

1

0,4

-

-

1

0,1

2

0,1

3

0,1

3

0,2

0

0,0

1

0,1

1

0,2

12

0,1

111

CAPÃO BONITO

-

-

2

0,3

1

0,1

1

0,0

4

0,2

3

0,2

1

0,1

-

-

-

-

12

0,1

112

SANTANA DO PARNAÍBA

-

-

3

0,4

2

0,2

2

0,1

1

0,0

1

0,1

1

0,1

1

0,1

-

-

11

0,1

113

SANTA ISABEL

-

-

-

-

1

0,1

2

0,1

3

0,1

4

0,2

1

0,1

-

-

-

-

11

0,1

114

SALTO

-

-

-

-

1

0,1

1

0,0

6

0,3

1

0,1

2

0,1

-

-

-

-

11

0,1

115

ATIBAIA

-

-

-

-

2

0,2

1

0,0

4

0,2

2

0,1

1

0,1

-

-

1

0,2

11

0,1

116

CAJAMAR

-

-

1

0,1

-

-

1

0,0

2

0,1

2

0,1

3

0,2

1

0,1

-

-

10

0,1

117

BRODOSQUI

118

DEMAIS MUNICÍPIOS

TOTAL

-

-

-

-

1

0,1

2

0,1

4

0,2

2

0,1

1

0,1

-

-

-

-

10

0,1

17

6,7

47

6,2

110

8,5

190

9,1

213

9,3

161

8,8

187

10,2

172

13,0

77

14,2

1174

9,6

255

100,0

762

100,0

1291

100,0

2083

100,0

2280

100,0

1838

100,0

1836

100,0

1323

100,0

542

100,0

12210

100,0

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

46

Dezembro 2008


Dezembro 2008

De 12 e mais

Ign/Branco

28

2

-

73

Preta

Amarela

Indígena

Ign/Branco

255

39

Parda

2000

100,0

28,6

-

0,8

11,0

15,3

44,3

100,0

31,0

2,7

16,5

37,3

10,2

2,4

%

762

157

-

2

75

130

398

762

190

13

139

286

120

14

20,6

-

0,3

9,8

17,1

52,2

100,0

24,9

1,7

18,2

37,5

15,7

1,8

%

100,00

2001

1291

275

1

10

130

227

648

1291

338

34

207

492

174

46

2002

100,0

21,3

0,1

0,8

10,1

17,6

50,2

100,0

26,2

2,6

16,0

38,1

13,5

3,6

%

2083

346

1

7

233

434

1062

2083

500

54

410

766

281

72

2003

100,0

16,6

0,0

0,3

11,2

20,8

51,0

100,0

24,0

2,6

19,7

36,8

13,5

3,5

%

12,2 100,0

2280

0,1

0,3

12,7

22,1

52,7

100,0

18,9

3,2

27,1

36,2

11,5

2,9

%

278

2

6

290

503

1201

2280

432

74

619

826

262

67

2004

Ano de Notificação

1838

263

4

3

215

413

940

1838

403

65

482

671

169

48

2005

100,0

14,3

0,2

0,2

11,7

22,5

51,1

100,0

21,9

3,5

26,2

36,5

9,2

2,6

%

1836

179

1

7

223

469

957

1836

318

70

503

771

137

37

2006

100

9,7

0,1

0,4

12,1

25,5

52,1

100,0

17,3

3,8

27,4

42,0

7,5

2,0

%

1323

100

1

10

156

361

695

1323

195

34

556

454

77

7

2007

100,0

7,6

0,1

0,8

11,8

27,3

52,5

100,0

14,7

2,6

42,0

34,3

5,8

0,5

%

542

48

-

4

68

150

272

542

86

12

224

180

32

8

2008*

100,0

8,9

-

0,7

12,5

27,7

50,2

100,0

15,9

2,2

41,3

33,2

5,9

1,5

%

12210

1719

10

51

1418

2726

6286

12210

2541

363

3182

4541

1278

305

Total

100,0

14,1

0,1

0,4

11,6

22,3

51,5

100,0

20,8

3,0

26,1

37,2

10,5

2,5

%

91

16

14

36

Durante o pré-natal

Durante o parto

Após o parto

Ign/Branco

17

Ignorado

70

37

39

2º Trimestre

3º Trimestre

Ign/Branco

49

Ignorado

2000

100,0

21,4

4,4

74,2

17,0

16,2

30,6

36,2

100,0

6,7

3,5

89,8

14,1

5,5

6,3

35,7

38,4

%

692

125

34

533

126

130

250

186

762

32

38

692

54

28

43

275

362

2001

100,0

18,1

4,9

77,0

18,2

18,8

36,1

26,9

100,0

4,2

5,0

90,8

7,1

3,7

5,6

36,1

47,5

%

1145

201

70

874

216

188

410

331

1291

65

81

1145

82

70

92

422

625

2002

100,0

17,6

6,1

76,3

18,9

16,4

35,8

28,9

100,0

5,0

6,3

88,7

6,4

5,4

7,1

32,7

48,4

%

1835

375

97

1363

388

262

675

510

2083

129

119

1835

95

111

194

644

1039

2003

100,0

20,4

5,3

74,3

21,1

14,3

36,8

27,8

100,0

6,2

5,7

88,1

4,6

5,3

9,3

30,9

49,9

%

2013

423

100

1490

467

272

693

581

2280

109

158

2013

6

106

200

756

1212

2004

100,0

21,0

5,0

74,0

23,2

13,5

34,4

28,9

100,0

4,8

6,9

88,3

0,3

4,6

8,8

33,2

53,2

%

Ano de Notificação

1643

400

105

1138

411

184

560

488

1838

98

97

1643

53

87

170

521

1007

2005

100,0

24,3

6,4

69,3

25,0

11,2

34,1

29,7

100,0

5,3

5,3

89,4

2,9

4,7

9,2

28,3

54,8

%

1645

416

71

1158

382

220

541

502

1836

88

103

1645

20

67

177

532

1040

2006

100,0

25,3

4,3

70,4

23,2

13,4

32,9

30,5

100,0

4,8

5,6

89,6

1,1

3,6

9,6

29,0

56,6

%

1194

85

227

882

241

300

326

327

1323

65

64

1194

30

26

66

483

718

2007

100,0

7,1

19,0

73,9

20,2

25,1

27,3

27,4

100,0

4,9

4,8

90,2

2,3

2,0

5,0

36,5

54,3

%

502

41

92

369

90

155

121

136

542

15

25

502

2

5

22

210

303

2008

100,0

8,2

18,3

73,5

17,9

30,9

24,1

27,1

100,0

2,8

4,6

92,6

0,4

0,9

4,1

38,7

55,9

%

%

100,0

10898

7,4

73,2

21,7

16,0

33,5

28,8

100,0

5,1

5,7

89,3

3,1

4,2

8,0

32,2

52,4

19,4

Total

2115

806

7977

2360

1748

3646

3144

12210

618

694

10898

378

514

979

3935

6404

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Sinan- W - "Realização de PN" considerado o preenchimento dos campos 32 (municipio do PN), campo 33 (unidade do PN) e campo 45 (fez PN=sim) (***) Sinan-W - "Início de realização de PN" considerado o preenchimento do campo 35 (idade gestacional na 1ª consulta) (****) Sinan-W"Uso de ARV no PN" considerado o preenchimento do campo 38 (ARV para tratamento=sim) ou campo 39 (inicio de profilaxia >00), ou seja, casos que usaram ARV para o tratamento ou profilaxia

229

10

Não

Total

170

Sim

Uso de ARV no Pré-Natal****

83

1º Trimestre

Trimestre de início do Pré-Natal***

255

9

Não

Total

229

Sim

Realização do Pré-Natal**

98

Anterior ao pré-natal

Evidência Laboratorial do HIV

Características

TABELA 5 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo época da evidência laboratorial do HIV materno, características do pré-natal e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Total

113

Branca

Raça / Cor

255

7

79

De 8 a 11

Total

95

42

De 4 a 7

6

26

De 1 a 3

nenhuma

Escolaridade

Características da mãe

TABELA 4 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo características maternas de escolaridade (em anos de estudo) e raça/cor, por ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

47


48

Ign/Branco

36

130

Não realizado

Ign/Branco

8,7

0,4

39,9

51,0

%

100,0

17,4

4,8

3,5

74,2

100,0

4,1

1,1

94,8

100,0

14,9

17,0

68,1

100,0

2000

1068

146

37

29

856

1116

31

17

1068

1116

125

176

815

1124

80

8

371

665

7,1

0,7

33,0

59,2

%

100,0

13,7

3,5

2,7

80,1

100,0

2,8

1,5

95,7

100,0

11,2

15,8

73,0

100,0

2001

1338

146

48

40

1104

1435

73

24

1338

1435

167

240

1028

1447

115

12

500

820

7,9

0,8

34,6

56,7

%

100,0

10,9

3,6

3,0

82,5

100,0

5,1

1,7

93,2

100,0

11,6

16,7

71,6

100,0

2002

1457

116

31

26

1284

1577

93

27

1457

1577

169

227

1181

1583

122

6

513

942

7,7

0,4

32,4

59,5

%

100,0

8,0

2,1

1,8

88,1

100,0

5,9

1,7

92,4

100,0

10,7

14,4

74,9

100,0

2003

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) “Ano de parto” considerado os casos com data de parto informada/preenchida (***) Excluído casos de aborto (N=92) (****) Excluído natimorto (N=170) e aborto (N=92)

745

26

Total

553

Nas primeiras 24h

Após 24h do nascimento

Início do ARV na criança****

786

32

Ign/Branco

Total

9

745

Natimorto

Vivo

Status Vital da Criança***

786

117

Não

Total

535

134

Sim

Fez uso ARV no parto***

789

69

Ign/Branco

Total

3

315

Aborto

402

Parto Vaginal

Cesariana

Tipo de Parto

Características

1508

90

30

29

1359

1636

104

24

1508

1636

180

189

1267

1649

132

13

508

996

8,0

0,8

30,8

60,4

%

100,0

6,0

2,0

1,9

90,1

100,0

6,4

1,5

92,2

100,0

11,0

11,6

77,4

100,0

2004

Ano de Parto**

1304

75

12

13

1204

1396

62

30

1304

1396

117

154

1125

1412

88

16

386

922

6,2

1,1

27,3

65,3

%

100,0

5,8

0,9

1,0

92,3

100,0

4,4

2,1

93,4

100,0

8,4

11,0

80,6

100,0

2005

1133

65

13

14

1041

1219

74

12

1133

1219

115

124

980

1232

85

13

335

799

6,9

1,1

27,2

64,9

%

100,0

5,7

1,1

1,2

91,9

100,0

6,1

1,0

92,9

100,0

9,4

10,2

80,4

100,0

2006

919

31

6

6

876

973

35

19

919

973

61

100

812

990

32

17

259

682

3,2

1,7

26,2

68,9

%

100,0

3,4

0,7

0,7

95,3

100,0

3,6

2,0

94,5

100,0

6,3

10,3

83,5

100,0

2007

307

6

1

2

298

321

6

8

307

321

22

26

273

325

9

4

88

224

2,8

1,2

27,1

68,9

%

100,0

2,0

0,3

0,7

97,1

100,0

1,9

2,5

95,6

100,0

6,9

8,1

85,0

100,0

2008*

9779

805

214

185

8575

10459

510

170

9779

10459

1073

1370

8016

10551

732

92

3275

6452

6,9

0,9

31,0

61,2

%

100,0

8,2

2,2

1,9

87,7

100,0

4,9

1,6

93,5

100,0

10,3

13,1

76,6

100,0

Total

TABELA 6 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo características no parto e na criança, por ano de parto, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

69

Ign/Branco

85

Não

Ign/Branco

37

491

73

119

De 3 a 5 semanas

6 semanas

Não usou

Ign/Branco

18

2000

100,0

2,4

1,6

1,9

11,9

-

9,3

72,9

16,0

9,8

65,9

5,0

3,4

11,4

88,6

-

9,3

80,8

9,9

%

1068

42

72

12

132

-

61

749

213

75

703

43

34

147

910

11

114

901

53

2001

100,0

3,9

6,7

1,1

12,4

-

5,7

70,1

19,9

7,0

65,8

4,0

3,2

13,8

85,2

1,0

10,7

84,4

5,0

%

1338

78

96

27

158

5

57

917

263

73

864

67

71

184

1140

14

150

1121

67

2002

100,0

5,8

7,2

2,0

11,8

0,4

4,3

68,5

19,7

5,5

64,6

5,0

5,3

13,8

85,2

1,0

11,2

83,8

5,0

%

1457

67

201

23

189

8

37

932

345

49

941

69

53

221

1229

7

186

1219

52

2003

100,0

4,6

13,8

1,6

13,0

0,5

2,5

64,0

23,7

3,4

64,6

4,7

3,6

15,2

84,4

0,5

12,8

83,7

3,6

%

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Casos com data de nascimento informada/preenchida (***) Sem informação da criança no sistema SINAN-NET

745

Ign/Branco

Total

14

89

Perda de seguimento

12

-

Indeterminada

Em andamento

69

Infectada

Óbito

543

Não infectada

Encerramento do caso

25

Menos de 3 semanas

Tempo total uso AZT xarope

-

660

Sim

Aleitamento cruzado

74

602

Não

Sim

Aleitamento materno

Características

1508

225

113

18

185

4

40

923

407

48

950

59

44

239

1262

7

197

1277

34

2004

100,0

14,9

7,5

1,2

12,3

0,3

2,7

61,2

27,0

3,2

63,0

3,9

2,9

15,8

83,7

0,5

13,1

84,7

2,3

%

Ano de Nascimento**

1304

286

120

24

122

1

20

731

410

24

768

43

59

211

1080

13

180

1104

20

2005

100,0

21,9

9,2

1,8

9,4

0,1

1,5

56,1

31,4

1,8

58,9

3,3

4,5

16,2

82,8

1,0

13,8

84,7

1,5

%

1133

429

231

27

121

1

19

305

437

18

551

67

60

239

888

6

201

915

17

2006

100,0

37,9

20,4

2,4

10,7

0,1

1,7

26,9

38,6

1,6

48,6

5,9

5,3

21,1

78,4

0,5

17,7

80,8

1,5

%

154

77

54

3

8

-

1

11

67

1

80

2

4

20

134

-

18

136

-

nº -

%

100,0

50,0

35,1

1,9

5,2

-

0,6

7,1

43,5

0,6

51,9

1,3

2,6

13,0

87,0

-

11,7

88,3

2007***

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

2008***

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

%

8707

1222

899

148

1004

19

304

5111

2261

361

5348

387

350

1346

7303

58

1115

7275

317

Total

100,0

14,0

10,3

1,7

11,5

0,2

3,5

58,7

26,0

4,1

61,4

4,4

4,0

15,5

83,9

0,7

12,8

83,6

3,6

%

TABELA 7 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas, segundo características da criança e ano de nascimento, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

49


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS NA GESTAÇÃO E SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO

O

Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar vinte anos de existência. Foi criado com o propósito de promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à saúde da população. “Muitos avanços e desafios têm exigido, dos gestores do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade”¹. Aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) através da Portaria 399 GM – 22/02/2006, o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS, fruto do compromisso público assumido pelos gestores do SUS, foi construído buscando superar as dificuldades acima apontadas. Anualmente revisado, o Pacto pela Saúde tem como base os princípios constitucionais do SUS, com ênfase nas necessidades de saúde da população, e apresenta-se sob a forma de três eixos articulados e integrados: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS¹. “O Pacto pela Saúde fortalece a gestão compartilhada entre as diversas esferas de governo. Estabelece aos estados e aos municípios o desenvolvimento de ações necessárias para o cumprimento das metas, de acordo com a realidade local, de maneira que as prioridades estaduais e municipais também possam ser agregadas à agenda nacional” ². O Pacto pela Vida, um dos eixos do Pacto pela Saúde, constituído por um conjunto de compromissos sanitários, abrange diversas prioridades, dentre elas a redução da mortalidade infantil e materna. Um dos componentes para execução dessa prioridade básica é a redução das taxas de transmissão vertical do HIV e da sífilis. O estado de São Paulo, em consonância com as propostas do Pacto pela Vida, porém preocupado com a sub-notificação da sífilis congênita (SC), propôs inicialmente para os municípios, como meta em 2008, o aumento em 50% no número de casos notificados de SC. Para cumprir essa meta, as vigilâncias epidemiológicas dos municípios e dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) do estado devem incentivar e intensificar a busca ativa de casos de SC em maternidades e ambulatórios de pediatria. Ainda em 2006, surge a Programação Pactuada e Integrada (PPI) da assistência em saúde, onde em consonância com o processo de planejamento são definidas e quantificadas as ações de saúde, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde.

50

Em 2008, o governo federal, através da Portaria nº 64 de 30/05/2008, estabeleceu a Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) como instrumento de planejamento para definição de um elenco norteador das ações de vigilância em saúde que serão acordadas e operacionalizadas pelas três esferas de gestão: a federal, estadual e municipal³. Anualmente revisado, e com várias ações, dentre as quais se ressaltam a melhoria na notificação dos casos e o diagnóstico de agravos de saúde pública. Para esse programa o estado de São Paulo discutiu e pactuou junto aos municípios duas metas para a eliminação da SC: aumentar em 100% o número de casos notificados de sífilis na gestação (SG) e realizar o teste não treponêmico (VDRL) em 100% das parturientes e das mulheres internadas por abortamento. Para captação dos casos de gestantes com sífilis devem ser utilizadas todas as fontes de informação, tais como: os laboratórios públicos e privados, profissionais de saúde, serviços da rede pública e da saúde suplementar. Avaliar a proporção dos partos realizados nos municípios cujas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) apresentaram a realização do VDRL. É importante a visita às maternidades e laboratórios com a análise de prontuários e verificação do resultado do VDRL. As estratégias preconizadas para a prevenção e controle da transmissão vertical da sífilis estão centradas, principalmente, na assistência ao pré-natal e ao parto. É imprescindível a ampliação do acesso ao diagnóstico e a instituição do tratamento materno e dos parceiros sexuais de forma oportuna, buscando interromper o ciclo da infecção no casal e suas conseqüências para o concepto. A eliminação da SC requer insumos de baixo custo que precisam ser garantidos, assim como a qualificação dos profissionais envolvidos na assistência pré-natal. Observa-se que a sífilis permanece como uma complicação comum na gravidez, apesar das recomendações preconizadas para o adequado atendimento das gestantes, da disponibilidade de testes diagnósticos baratos e acurados e da reconhecida sensibilidade do Treponema pallidum à penicilina. Tomando como justificativa a ocorrência de eventos adversos, principalmente de reação anafilática relacionada com o uso da penicilina, situação rara e na maioria das vezes mal diagnosticada, muitos serviços na esfera da atenção primária se recusam a realizar a aplicação desse medicamento2,4. É utilizado, como argumento, a falta de condições técnicas no manejo das anafilaxias na rede básica. Na maior parte dos casos, as reações adversas referem-se a distúrbios neurovegetativos ou reações vasovagais, caracterizados por ansiedade, medo, sudorese, associados à dor. Frente a esse cenário, são adotadas práticas

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

que acabam limitando o uso da penicilina, como o encaminhamento dos indivíduos que necessitam desse medicamento para os serviços de emergências de unidades hospitalares. Diante da dificuldade de acesso a esses serviços, muitas pessoas acabam não realizando o tratamento preconizado4. O “Plano Estadual de Eliminação da Sífilis Congênita”, lançado em 2007, no evento realizado pela Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo (PE-DST/AidsSP), foi elaborado justamente com a finalidade, entre outras, de reverter este quadro e propõe a eliminação desse agravo até o ano de 2012. Os principais desafios para o alcance desta meta são aumentar a cobertura e a qualidade do pré-natal e ampliar o diagnóstico laboratorial do Treponema pallidum, assim como o tratamento da gestante e seu parceiro sexual. Após esse evento, cerca de 08 fóruns regionais foram realizados no estado de São Paulo no ano de 2007, contribuindo para a sensibilização e atualização de aproximadamente 1629 profissionais da rede de atenção à saúde. As informações disponibilizadas através do SINAN da SG e SC permitem analisar os fatores que contribuem para a perda de oportunidades para eliminação desse agravo na criança. O presente boletim tem por objetivo apresentar os dados gerados por esse sistema. Sífilis na Gestação (SG) No período de 2002 a 30/06/2008 foram notificados no estado de São Paulo 2185 gestantes com sífilis. Desse total, 32% foram notificados pela GVE-1 (capital) e 7,2% pela GVE-8 (Mogi das Cruzes) (Tabela 1). Observa-se que as notificações vêm apresentando um aumento crescente desde 2005, quando passou a ser compulsória a nível Nacional. Dentre os 645 municípios do Estado, 82 possuem cinco ou mais casos de SG e representam cerca de 87% do total de casos notificados. A maior parte dos casos (n=698) reside no município de São Paulo, seguido por Guarulhos (n=94), Osasco (n=58), Santos (n= 53) e Campinas (n=50) (Tabela 2). Aproximadamente 29% das gestantes iniciaram o prénatal idealmente no primeiro trimestre de gestação e 59% no segundo ou terceiro trimestre. Chama a atenção à disparidade da classificação clínica com o tratamento realizado, 34,5% dos casos foram classificados com a forma clínica primária e cerca de 28% receberam tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI, 10% das gestantes com forma clínica secundária e 8% tratadas com 4.800.000UI, 25,5% com forma clínica latente ou terciária e 46% receberam 7.200.000UI, provavelmente esse fato pode ser decorrente do desconhecimento do estadiamento da doença. Ressalta-se o percentual de casos (6%) que não recebeu tratamento, apesar das gestantes terem realizado prénatal (Tabela 3). A definição da classificação clínica pelo profissional de saúde é essencial para a prescrição do tratamento adequado. O esquema preconizado é diferenciado para cada fase clínica da doença. Vale lembrar que os casos de sífilis adquirida, com duração ignorada, deverão ser tratados com a mesma dose de Penicilina G Benzatina (dose total de 7.200.000UI) recomendada para a classificação terciária ou latente tardia5.

Dezembro 2008

Sífilis Congênita (SC) No período de 1998 a 2008, foram notificados 9151 casos de SC. O município de São Paulo (GVE-1) foi responsável por 52% desse total, seguido pela GVE-8 (Mogi das Cruzes) e GVE-10 (Osasco) com 7% das notificações, GVE-7 (Santo André) com 6% e GVE-17 (Campinas) com 5% (Tabela 4). Setenta e dois municípios de residência apresentaram dez ou mais casos de SC, representando 92% do total de casos do Estado (Tabela 5). A taxa de incidência (TI) do estado de São Paulo em 2007 foi de 1,4 por 1000 nascidos vivos, o mesmo apresentado no ano de 2006. Os municípios com maiores TI em 2007 foram Riolândia com 13,7 por 1000 nascidos vivos (2 casos em 146 NV), Pariquera-Açu com 11,0, Santa Rita do Passa Quatro com 9,7 e Junqueirópolis com 9,4. O município de São Paulo apresentou TI de 2,3 no referido ano(Tabela 6). Ao analisar as características das mães dos casos de SC, observa-se que 11% do total de casos são adolescentes (entre 10 e 19 anos de idade). Com relação à escolaridade, 43% das mães têm entre um e sete anos de estudos concluídos, 15% tem oito anos ou mais e 4% não possuem escolaridade. Ressalta-se que em 38% dos casos essa informação encontra-se ignorada ou sem preenchimento, comprometendo a análise dessa variável (Tabela 7). O parto é considerado a última oportunidade para o diagnóstico e tratamento da mãe e da criança, porém em 4% dos casos notificados (n=405) o VDRL da parturiente não foi realizado nesse momento (Tabela 7). Apesar do pagamento da AIH parto estar vinculado à realização do VDRL na parturiente, ainda existe perda importante de casos que não seguem as recomendações preconizadas. Das mães que realizaram o pré-natal, cerca de 76% (n=6958) do total de casos, apenas 13% tiveram tratamento adequado, em 44% (n=3039) o tratamento foi inadequado ou não realizado (Tabela 8). O baixo percentual de tratamento dos parceiros, cerca de 15%, sempre foi uma constante em toda série histórica. Por essa razão, o Plano de Eliminação da Sífilis Congênita elaborou a Nota Técnica CCD-001/2007, a qual recomenda que seja solicitada e incentivada a participação do parceiro sexual no atendimento prénatal de todas as gestantes, abordando as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e o HIV/Aids. Nesse momento, podem ser informadas e discutidas as formas de prevenção, o uso correto de preservativos e o tratamento adequado para a sífilis, no caso de gestante portadora do Treponema pallidum. A Tabela 9 mostra que 90% dos casos de SC são notificados com menos de sete dias de vida, o que demonstra precocidade no diagnóstico, durante o período de permanência na maternidade. Ainda assim, não é possível descartar a possibilidade de SC tardia, visto que 32 casos (0,5%) foram notificados em crianças com idade superior a dois anos. A investigação clínica, de imagem e laboratorial das crianças filhas de mães com sífilis são essenciais para o diagnóstico e acompanhamento dos casos de SC. Dos casos notificados, observa-se que um pequeno número dessas crianças não teve acesso a este protocolo. Nas que realizaram os exames recomendados, o VDRL em sangue periférico foi reagente em 42%

51


Boletim Epidemiológico dos casos, o VDRL no líquor apresentou reatividade em 3%, a presença de alteração liquórica ocorreu em 4,5% e em 2,5% foi observado alteração de ossos longos. Em relação ao tratamento, ressalta-se a não realização de qualquer esquema terapêutico em 6% (n=424) do total de casos de SC (Tabela 9). O PE-DST/Aids-SP propõe que todo caso diagnosticado e notificado de SC seja investigado, a fim de que sejam detectadas todas as oportunidades perdidas para que essa gestante e seu parceiro sexual tivessem sido adequadamente diagnosticados e tratados. A identificação dessas oportunidades deverá orientar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações necessárias para o controle desse agravo. A subnotificação de casos (SC e SG) dificulta não só o controle das ações preconizadas para a eliminação da SC, mas também compromete as metas estabelecidas para o Estado. Apesar da SC permanecer como um incômodo desafio para a saúde pública, espera-se que sejam investidos esforços na busca ativa de casos, visando à redução da subnotificação, na priorização da sífilis na gestação com a identificação de oportunidades perdidas, na melhoria da qualidade do atendimento, do acesso ao diagnóstico e tratamento das gestantes e seu parceiro sexual e do envolvimento das Áreas Técnicas da Atenção Básica, da Saúde da Mulher, da Criança e das DST/Aids em todos os níveis, com a inclusão do tema SC e gestante com sífilis nas agendas dos gestores.

52

ANO XXV – Nº 1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1– Ministério da Saúde. Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Diário Oficial da União. 23 fev 2006; Seção 1:43. 2 – Ferreira C, Ribeiro D, Oliveira EC, Barbosa MJ, Simão MBG, Pinto VM. Informe Técnico: O Desafio da Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Brasil. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4):184-186-ISSN: 0103-4065. 3 – Ministério da Saúde. Portaria nº 64, de 30 de maio de 2008. Estabelece a Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) como instrumento de planejamento para definição de um elenco norteador das ações de vigilância em saúde que serão operacionalizadas pelas três esferas de gestão e da outras providências. Diário Oficial da União. 02 jun 2008; Seção 1:68. 4 – Grumach AS, Matida LH, Heukelbach J, Coelho HLL, Ramos Junior AN. A(Des) Informação Relativa à Aplicação da Penicilina na Rede do Sistema de Saúde do Brasil: O Caso da Sífilis. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4 ):120-127-ISSN:0103-4065. 5 – Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita. 2005, 31. 6 – Szwarcwald CL, Barbosa Junior A, Miranda AE, Paz LC. Resultados do Estudo Sentinela-Parturiente, 2006: Desafios para o Controle da Sífilis Congênita no Brasil. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4):128-133-ISSN:010 3-4065. 7 – Matida LH, Gianna MC. Informe Técnico: Enfrentamento Desigual da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis. BEPA. 2006;3(36):14-16 – ISSN: 1806-4272.

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 1 - Casos notificados de Gestantes com Sífilis , segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2002 a 2008*

GVE de notificação

2005

2006

2007

2008*

Total

%

%

%

%

%

1 CAPITAL

50

32,9

149

28,4

317

31,5

182

36,2

698

31,9

7 SANTO ANDRÉ

2

1,3

13

2,5

91

9,1

46

9,1

152

7,0

8 MOGI DAS CRUZES

6

3,9

60

11,4

71

7,1

20

4,0

157

7,2

9 FRANCO DA ROCHA

1

0,7

3

0,6

5

0,5

4

0,8

13

0,6

10 OSASCO

2

1,3

28

5,3

65

6,5

28

5,6

123

5,6

11 ARAÇATUBA

1

0,7

11

2,1

19

1,9

9

1,8

40

1,8

12 ARARAQUARA

20

13,2

9

1,7

21

2,1

19

3,8

69

3,2

13 ASSIS

4

2,6

5

1,0

16

1,6

11

2,2

36

1,6

14 BARRETOS

_

_

_

_

18

1,8

4

0,8

22

1,0

15 BAURU

2

1,3

14

2,7

13

1,3

7

1,4

36

1,6

16 BOTUCATU

3

2,0

13

2,5

13

1,3

8

1,6

37

1,7

17 CAMPINAS

10

6,6

41

7,8

69

6,9

31

6,2

151

6,9

18 FRANCA

_

_

_

_

6

0,6

6

1,2

12

0,5

19 MARÍLIA

_

_

3

0,6

9

0,9

5

1,0

17

0,8

20 PIRACICABA

4

2,6

37

7,0

32

3,2

13

2,6

86

3,9

21 PRESIDENTE PRUDENTE

_

_

2

0,4

1

0,1

2

0,4

5

0,2

22 PRESIDENTE VENCESLAU

4

2,6

10

1,9

5

0,5

3

0,6

22

1,0

23 REGISTRO

1

0,7

2

0,4

6

0,6

4

0,8

13

0,6

24 RIBEIRÃO PRETO

7

4,6

23

4,4

45

4,5

16

3,2

91

4,2

25 SANTOS

10

6,6

30

5,7

30

3,0

17

3,4

87

4,0

26 SÃO JOAO DA BOA VISTA

6

3,9

30

5,7

16

1,6

7

1,4

59

2,7

27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

_

_

1

0,2

32

3,2

13

2,6

46

2,1

28 CARAGUATATUBA

2

1,3

7

1,3

9

0,9

2

0,4

20

0,9

29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

_

_

5

1,0

35

3,5

15

3,0

55

2,5

30 JALES

_

_

_

_

4

0,4

3

0,6

7

0,3

31 SOROCABA

16

10,5

20

3,8

36

3,6

13

2,6

85

3,9

32 ITAPEVA

_

_

_

_

9

0,9

4

0,8

13

0,6

33 TAUBATÉ

1

0,7

9

1,7

12

1,2

11

2,2

33

1,5

152

100,0

525

100,0

1005

100,0

503

100,0

2185

100,0

Total

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Dezembro 2008

53


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 2 - Gestantes com Sífilis segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de cinco casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2002 a 2008*

Município de Residência

2005

2006

2007

2008*

Total

%

%

%

%

%

São Paulo

51

33,6

154

29,3

311

30,9

182

36,2

698

31,9

Guarulhos

2

1,3

47

9,0

37

3,7

8

1,6

94

4,3

Osasco

1

0,7

20

3,8

22

2,2

15

3,0

58

2,7

Santos

8

5,3

16

3,0

21

2,1

8

1,6

53

2,4

Campinas

3

2,0

15

2,9

20

2,0

12

2,4

50

2,3

Ribeirão Preto

2

1,3

14

2,7

22

2,2

10

2,0

48

2,2

São Bernardo do Campo

2

1,3

5

1,0

23

2,3

11

2,2

41

1,9

Mauá

-

-

-

-

27

2,7

9

1,8

36

1,6

16

10,5

8

1,5

6

0,6

6

1,2

36

1,6

São José dos Campos

-

-

-

-

26

2,6

12

2,4

38

1,7

Limeira

4

2,6

20

3,8

9

0,9

2

0,4

35

1,6

Diadema

-

-

1

-

17

1,7

16

3,2

34

1,6

Santo André

-

-

4

0,8

21

2,1

9

1,8

34

1,6

13

8,6

3

0,6

6

0,6

-

-

22

1,0

Americana

-

-

8

1,5

12

1,2

2

0,4

22

1,0

Mogi das Cruzes

2

1,3

7

1,3

11

1,1

2

0,4

22

1,0

São José do Rio Preto

-

-

2

0,4

13

1,3

5

1,0

20

0,9

Santa Cruz do Rio Pardo

4

2,6

5

1,0

7

0,7

3

0,6

19

0,9

Piracicaba

-

-

4

0,8

7

0,7

6

1,2

17

0,8

Bauru

2

1,3

8

1,5

2

0,2

4

0,8

16

0,7

Conchal

-

-

3

0,6

12

1,2

1

0,2

16

0,7

Mogi-Guaçu

2

1,3

11

2,1

2

0,2

1

0,2

16

0,7

Suzano

-

-

1

0,2

13

1,3

1

0,2

15

0,7

Mogi-Mirim

3

2,0

5

1,0

4

0,4

2

0,4

14

0,6

Itaquaquecetuba

1

0,7

5

1,0

4

0,4

1

0,2

11

0,5

Itapevi

-

-

3

0,6

7

0,7

3

0,6

13

0,6

Itapetininga

2

1,3

1

0,2

5

0,5

5

1,0

13

0,6

Catanduva

-

-

-

-

8

0,8

3

0,6

11

0,5

São Carlos

1

0,7

-

-

5

0,5

5

1,0

11

0,5

Taubaté

-

-

4

0,8

3

0,3

4

0,8

11

0,5

Barueri

-

-

-

-

9

0,9

3

-

12

0,5

Barretos

-

-

1

-

7

0,7

-

-

8

0,4

Cotia

-

-

-

-

6

0,6

4

0,8

10

0,5

Itapeva

-

-

-

-

7

0,7

3

0,6

10

0,5

Penápolis

-

-

-

-

7

0,7

7

1,4

14

0,6

Ourinhos

1

-

-

-

3

0,3

2

0,4

6

0,3

Araraquara

Itu

continua

54

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação

Município de Residência

2005

2006

2007

2008*

Total

%

%

%

%

%

Sorocaba

-

-

3

0,6

7

0,7

-

-

10

0,5

Sumaré

-

-

1

0,2

6

0,6

3

0,6

10

0,5

Botucatu

1

0,7

3

0,6

3

0,3

2

0,4

9

0,4

Cubatão

2

1,3

5

1,0

-

-

2

0,4

9

0,4

Ferraz de Vasconcelos

-

-

-

-

5

0,5

4

0,8

9

0,4

Franca

-

-

-

-

6

0,6

3

0,6

9

0,4

Marília

-

-

2

0,4

6

0,6

1

0,2

9

0,4

Avaré

1

0,7

5

1,0

1

0,1

1

0,2

8

0,4

Bragança Paulista

-

-

1

0,2

5

0,5

2

0,4

8

0,4

Franco da Rocha

1

0,7

3

0,6

2

0,2

2

0,4

8

0,4

Hortolândia

-

-

4

0,8

4

0,4

-

-

8

0,4

Ilhabela

1

0,7

4

0,8

3

0,3

-

-

8

0,4

Itatiba

-

-

5

1,0

2

0,2

1

0,2

8

0,4

Jacareí

-

-

1

0,2

6

0,6

1

0,2

8

0,4

Pindamonhangaba

-

-

1

0,2

4

0,4

3

0,6

8

0,4

Praia Grande

-

-

3

0,6

5

0,5

-

-

8

0,4

Santo Anastácio

4

2,6

4

0,8

-

-

-

-

8

0,4

São João da Boa Vista

-

-

4

0,8

4

0,4

-

-

8

0,4

Taboão da Serra

-

-

-

-

8

0,8

-

-

8

0,4

Guariba

-

-

2

0,4

5

0,5

-

-

7

0,3

Votorantim

-

-

1

0,2

3

0,3

3

0,6

7

0,3

Assis

-

-

-

-

5

0,5

1

0,2

6

0,3

Atibaia

3

2,0

3

0,6

-

-

-

-

6

0,3

Jales

-

-

-

-

3

0,3

3

0,6

6

0,3

Riolândia

-

-

-

-

4

0,4

2

0,4

6

0,3

Salto

1

0,7

-

-

5

0,5

-

-

6

0,3

Santa Bárbara d'Oeste

1

0,7

-

-

4

0,4

1

0,2

6

0,3

Santa Cruz das Palmeiras

-

-

2

0,4

3

0,3

1

0,2

6

0,3

Tatuí

-

-

-

-

4

0,4

2

0,4

6

0,3

Araçatuba

-

-

2

0,4

1

0,1

2

0,4

5

0,2

Batatais

-

-

-

-

3

0,3

2

0,4

5

0,2

Bebedouro

-

-

-

-

4

0,4

1

0,2

5

0,2

Capivari

-

-

3

0,6

1

0,1

1

0,2

5

0,2

Carapicuíba

-

-

2

0,4

3

0,3

-

-

5

0,2

Embu

-

-

1

0,2

4

0,4

-

-

5

0,2

Embu-Guaçu

-

-

-

-

3

0,3

2

0,4

5

0,2

Garça

-

-

-

-

1

0,1

4

0,8

5

0,2

Itapecerica da Serra

-

-

-

-

3

0,3

2

0,4

5

0,2

Junqueirópolis

-

-

3

0,6

1

0,1

1

0,2

5

0,2 continua

Dezembro 2008

55


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

continuação

Município de Residência

2005

2006

2007

2008*

Total

%

%

%

%

%

Mairiporã

-

-

-

-

3

0,3

2

0,4

5

0,2

Peruíbe

-

-

4

0,8

1

0,1

-

-

5

0,2

Porto Ferreira

-

-

-

-

2

0,2

3

0,6

5

0,2

Registro

-

-

1

0,2

4

0,4

-

-

5

0,2

Ubatuba

-

-

1

0,2

4

0,4

-

-

5

0,2

Valinhos

2

1,3

1

0,2

1

0,1

1

0,2

5

0,2

Vargem Grande Paulista

-

-

1

0,2

4

0,4

-

-

5

0,2

Sub-Total

137

90,1

451

85,9

878

87,4

426

84,7

1892

86,6

Demais Municípios

15

9,9

74

14,1

127

12,6

77

15,3

293

13,4

Total

152

100,0

525

100,0

1005

100,0

503

100,0

2185

100,0

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

TABELA 3 - Casos notificados de Gestantes com Sífilis, segundo características do Pré-Natal (PN) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* Características do Pré-Natal**

Ano de Notificação 2007

Total

2008*

%

%

%

Reagente

904

90,0

449

89,3

1353

89,7

Não reagente

14

1,4

13

2,6

27

1,8

Ign/Branco

87

8,7

41

8,2

128

8,5

1º trimestre

308

30,6

135

26,8

443

29,4

2º trimestre

311

30,9

151

30,0

462

30,6

3º trimestre

259

25,8

176

35,0

435

28,8

Ign/Branco

127

12,6

41

8,2

168

11,1

VDRL no PN

Trimestre de gestação

Classificação Clínica Primária

358

35,6

163

32,4

521

34,5

Secundária

108

10,7

49

9,7

157

10,4

Terciária

60

6,0

41

8,2

101

6,7

Latente

184

18,3

100

19,9

284

18,8

Ign/Branco

295

29,4

150

29,8

445

29,5

Penicilina 2400.00UI

279

27,8

144

28,6

423

28,1

Penicilina 4800.00UI

80

8,0

39

7,8

119

7,9

Penicilina 7200.00UI

464

46,2

235

46,7

699

46,4

Outro Esquema

44

4,4

23

4,6

67

4,4

Não realizado

50

5,0

37

7,4

87

5,8

Ign/Branco

88

8,8

25

5,0

113

7,5

1005

100,0

503

100,0

1508

100,0

Tratamento Prescrito

Total

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Dados disponíveis a partir de 2007 no Sinan Net

56

Dezembro 2008


Dezembro 2008

1998 a 2000 nº % 1562 61,2 95 3,7 58 2,3 1 0,0 71 2,8 5 0,2 18 0,7 1 0,0 1 0,0 2 0,1 5 0,2 88 3,4 2 0,1 14 0,5 5 0,2 32 1,3 3 0,1 35 1,4 95 3,7 98 3,8 12 0,5 209 8,2 8 0,3 24 0,9 2 0,1 21 0,8 19 0,7 68 2,7 2554 100,0 nº 472 60 69 1 75 4 5 1 3 3 23 1 4 4 3 1 11 18 39 3 32 4 5 13 16 870

% 54,3 6,9 7,9 0,1 8,6 0,5 0,6 0,1 0,3 0,3 2,6 0,1 0,5 0,5 0,3 0,1 1,3 2,1 4,5 0,3 3,7 0,5 0,6 1,5 1,8 100,0

2001 nº 478 60 69 1 88 3 3 3 6 3 35 3 16 2 11 3 6 9 45 3 21 8 4 6 6 17 909

% 52,6 6,6 7,6 0,1 9,7 0,3 0,3 0,3 0,7 0,3 3,9 0,3 1,8 0,2 1,2 0,3 0,7 1,0 5,0 0,3 2,3 0,9 0,4 0,7 0,7 1,9 100,0

2002

Ano de notificação 2004 2005 % nº % nº % 53,2 400 43,8 378 43,6 6,3 57 6,2 51 5,9 8,9 106 11,6 54 6,2 0,6 6 0,7 6 0,7 6,7 70 7,7 85 9,8 0,2 8 0,9 4 0,5 1,3 8 0,9 12 1,4 0,4 6 0,7 0,4 3 0,3 6 0,7 0,7 4 0,4 11 1,3 0,2 6 0,7 4 0,5 4,6 66 7,2 78 9,0 1,0 1 0,1 7 0,8 0,4 5 0,5 5 0,6 1,1 19 2,1 8 0,9 0,7 4 0,4 3 0,3 2 0,2 1 0,1 0,5 9 1,0 10 1,2 1,6 13 1,4 11 1,3 2,8 53 5,8 39 4,5 0,6 7 0,8 7 0,8 2,2 11 1,2 32 3,7 0,4 3 0,3 8 0,9 1,3 16 1,8 16 1,8 0,1 1 0,1 2,4 21 2,3 15 1,7 1,1 5 0,5 5 0,6 0,4 10 1,1 4 0,5 100,0 914 100,0 866 100,0 2003 nº 538 64 90 6 68 2 13 4 4 7 2 47 10 4 11 7 5 16 28 6 22 4 13 1 24 11 4 1011

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

1 CAPITAL 7 SANTO ANDRÉ 8 MOGI DAS CRUZES 9 FRANCO DA ROCHA 10 OSASCO 11 ARAÇATUBA 12 ARARAQUARA 13 ASSIS 14 BARRETOS 15 BAURU 16 BOTUCATU 17 CAMPINAS 18 FRANCA 19 MARÍLIA 20 PIRACICABA 21 PRESIDENTE PRUDENTE 22 PRESIDENTE VENCESLAU 23 REGISTRO 24 RIBEIRÃO PRETO 25 SANTOS 26 SÃO JOAO DA BOA VISTA 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 28 CARAGUATATUBA 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 30 JALES 31 SOROCABA 32 ITAPEVA 33 TAUBATÉ Total

GVE de notificação nº 358 72 89 5 80 5 7 7 10 8 58 3 4 16 3 12 9 43 8 24 2 14 1 15 5 4 862

% 41,5 8,4 10,3 0,6 9,3 0,6 0,8 0,8 1,2 0,9 6,7 0,3 0,5 1,9 0,3 1,4 1,0 5,0 0,9 2,8 0,2 1,6 0,1 1,7 0,6 0,5 100,0

2006 nº 399 53 81 2 59 7 18 10 2 7 2 47 3 7 5 2 9 14 29 5 36 4 17 1 13 3 8 843

% 47,3 6,3 9,6 0,2 7,0 0,8 2,1 1,2 0,2 0,8 0,2 5,6 0,4 0,8 0,6 0,2 1,1 1,7 3,4 0,6 4,3 0,5 2,0 0,1 1,5 0,4 0,9 100,0

2007

2008* nº % 140 43,5 34 10,6 13 4,0 1 0,3 26 8,1 2 0,6 3 0,9 7 2,2 3 0,9 1 0,3 18 5,6 1 0,3 4 1,2 2 0,6 2 0,6 10 3,1 11 3,4 1 0,3 14 4,3 4 1,2 3 0,9 2 0,6 17 5,3 3 0,9 322 100,0 nº 4725 546 629 29 622 40 87 38 17 53 34 460 28 59 72 70 14 97 195 385 52 401 41 111 8 137 67 134 9151

% 51,6 6,0 6,9 0,3 6,8 0,4 1,0 0,4 0,2 0,6 0,4 5,0 0,3 0,6 0,8 0,8 0,2 1,1 2,1 4,2 0,6 4,4 0,4 1,2 0,1 1,5 0,7 1,5 100,0

Total

TABELA 4 - Casos notificados de Sífilis Congênita, segundo Grupo de Vigilância Epidemiologica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

57


58

12

28

41

73

Carapicuíba

Campinas

Santos

Ribeirão Preto

33

30

São Vicente

Taboão da Serra

9

Cubatão

-

3

4

16

18

8

3

4

4

3

4

-

3

12

Suzano

Praia Grande

Sumaré

Jacareí

Presidente Prudente

Hortolândia

Araraquara

Sorocaba

Itu

Itapeva

Cotia

Limeira

Barueri

Guarujá

continua

5

Itapevi

Rio Preto

12

3

Mauá

São José do

3

17

Jundiaí

15

Embu

Itapecerica da Serra

45

Taubaté

Vasconcelos

25

7

Itaquaquecetuba

Ferraz de

33

Santo André

do Campo

14

23

Osasco

São Bernardo

48

Diadema

Campos

186

57

Guarulhos

São José dos

1486

0,5

0,1

-

0,2

0,1

0,2

0,2

0,1

0,3

0,7

0,6

0,2

0,1

-

0,2

0,5

0,4

0,1

0,7

0,1

0,6

1,8

1,0

1,2

1,3

0,3

1,3

0,5

2,9

1,6

1,1

0,5

0,9

1,9

7,3

2,2

58,2

%

1998-2000

São Paulo

Residência

Município de nº

5

-

-

7

9

-

1

1

2

2

-

-

3

3

5

2

3

4

7

12

12

8

15

17

5

8

7

10

14

21

1

16

10

33

32

45

459

%

0,6

-

-

0,8

1,0

-

0,1

0,1

0,2

0,2

-

-

0,3

0,3

0,6

0,2

0,3

0,5

0,8

1,4

1,4

0,9

1,7

2,0

0,6

0,9

0,8

1,1

1,6

2,4

0,1

1,8

1,1

3,8

3,7

5,2

52,8

2001 nº

2

2

-

3

5

-

1

1

-

6

2

-

2

7

9

-

6

-

7

9

6

9

8

9

4

14

4

28

3

30

15

34

16

29

17

37

462

%

0,2

0,2

-

0,3

0,6

-

0,1

0,1

-

0,7

0,2

-

0,2

0,8

1,0

-

0,7

-

0,8

1,0

0,7

1,0

0,9

1,0

0,4

1,5

0,4

3,1

0,3

3,3

1,7

3,7

1,8

3,2

1,9

4,1

50,8

2002 nº

3

2

6

1

7

13

8

6

-

1

-

4

-

8

3

2

6

2

11

11

4

3

14

5

5

30

9

23

10

8

3

22

17

27

20

24

530

%

0,3

0,2

0,6

0,1

0,7

1,3

0,8

0,6

-

0,1

-

0,4

-

0,8

0,3

0,2

0,6

0,2

1,1

1,1

0,4

0,3

1,4

0,5

0,5

3,0

0,9

2,3

1,0

0,8

0,3

2,2

1,7

2,7

2,0

2,4

52,4

2003 nº

1

3

9

2

2

10

4

8

10

1

2

14

12

4

-

7

10

5

2

4

1

3

7

3

12

14

10

14

7

9

22

24

30

20

9

78

387

%

0,1

0,3

1,0

0,2

0,2

1,1

0,4

0,9

1,1

0,1

0,2

1,5

1,3

0,4

-

0,8

1,1

0,5

0,2

0,4

0,1

0,3

0,8

0,3

1,3

1,5

1,1

1,5

0,8

1,0

2,4

2,6

3,3

2,2

1,0

8,5

42,3

2004

Ano de Notificação nº

1

3

7

5

1

2

4

4

5

3

11

6

12

6

8

9

6

3

-

7

5

1

2

6

13

7

12

14

8

6

43

30

23

15

19

35

372

%

0,1

0,3

0,8

0,6

0,1

0,2

0,5

0,5

0,6

0,3

1,3

0,7

1,4

0,7

0,9

1,0

0,7

0,3

-

0,8

0,6

0,1

0,2

0,7

1,5

0,8

1,4

1,6

0,9

0,7

5,0

3,5

2,7

1,7

2,2

4,0

43,0

2005 nº

3

7

5

2

2

1

2

5

9

3

8

8

8

7

7

4

7

12

2

3

10

3

1

4

1

11

22

7

4

20

28

24

25

26

15

69

350

%

0,3

0,8

0,6

0,2

0,2

0,1

0,2

0,6

1,0

0,3

0,9

0,9

0,9

0,8

0,8

0,5

0,8

1,4

0,2

0,3

1,2

0,3

0,1

0,5

0,1

1,3

2,6

0,8

0,5

2,3

3,2

2,8

2,9

3,0

1,7

8,0

40,6

2006 nº

-

7

1

4

-

-

3

7

2

2

2

4

3

7

5

7

-

13

2

-

4

-

2

8

7

9

12

7

6

16

23

11

25

17

32

57

390

%

-

0,8

0,1

0,5

-

-

0,4

0,8

0,2

0,2

0,2

0,5

0,4

0,8

0,6

0,8

-

1,5

0,2

-

0,5

-

0,2

0,9

0,8

1,1

1,4

0,8

0,7

1,9

2,7

1,3

3,0

2,0

3,8

6,8

46,3

2007 nº

-

-

-

-

-

-

4

1

-

2

-

3

1

3

3

3

1

6

1

-

1

-

1

-

2

1

7

9

6

6

9

1

15

7

14

7

140

%

-

-

-

-

-

-

1,2

0,3

-

0,6

-

0,9

0,3

0,9

0,9

0,9

0,3

1,9

0,3

-

0,3

-

0,3

-

0,6

0,3

2,2

2,8

1,9

1,9

2,8

0,3

4,7

2,2

4,3

2,2

43,5

2008 nº

27

27

28

28

29

30

31

36

36

38

41

43

44

45

45

46

48

48

49

49

58

72

75

82

82

101

116

126

131

157

172

174

184

222

344

409

4576

%

continua

0,3

0,3

0,3

0,3

0,3

0,3

0,3

0,4

0,4

0,4

0,4

0,5

0,5

0,5

0,5

0,5

0,5

0,5

0,5

0,5

0,6

0,8

0,8

0,9

0,9

1,1

1,3

1,4

1,4

1,7

1,9

1,9

2,0

2,4

3,8

4,5

50,0

Total

TABELA 5 - Sífilis Congênita segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de 10 casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008

Jacupiranga

%

100,0

6,3

93,7

0,1

-

0,3

0,1

-

0,0

0,0

0,2

0,1

-

-

-

0,1

0,0

-

0,4

-

-

0,0

0,1

0,2

0,4

0,0

0,0

0,0

0,3

0,0

0,1

0,4

-

0,4

0,1

0,4

0,2

0,1

870

49

821

2

1

2

3

-

1

1

-

2

1

1

-

1

-

-

1

1

1

-

-

7

1

1

1

1

2

1

4

1

-

-

1

1

2

1

%

0,2

0,1

0,2

0,3

-

0,1

0,1

-

0,2

0,1

0,1

-

0,1

-

-

0,1

0,1

0,1

-

-

0,8

0,1

0,1

0,1

0,1

0,2

0,1

0,5

0,1

-

-

0,1

0,1

0,2

0,1

100,0

5,6

94,4

2001

909

73

836

-

2

-

2

-

2

1

-

-

1

-

-

-

-

1

2

3

-

2

-

-

1

-

-

3

3

2

1

1

1

5

1

1

8

6

%

-

0,2

-

0,2

-

0,2

0,1

-

-

0,1

-

-

-

-

0,1

0,2

0,3

-

0,2

-

-

0,1

-

-

0,3

0,3

0,2

0,1

0,1

0,1

0,6

0,1

0,1

0,9

0,7

100,0

8,0

92,0

2002

1011

91

920

1

3

-

2

2

1

1

1

1

3

1

2

3

2

-

1

2

2

-

-

1

3

1

5

2

3

7

1

1

-

2

7

1

2

8

%

0,1

0,3

-

0,2

0,2

0,1

0,1

0,1

0,1

0,3

0,1

0,2

0,3

0,2

-

0,1

0,2

0,2

-

-

0,1

0,3

0,1

0,5

0,2

0,3

0,7

0,1

0,1

-

0,2

0,7

0,1

0,2

0,8

100,0

9,0

91,0

2003

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

161

3

Itatiba

2554

-

Itararé

Total

8

Ribeirão Pires

Demais Municípios

2

Mogi-Guaçu

2393

-

Ilhabela

Sub-Total

1

1

Franco da Rocha

4

Apiaí

-

Pindamonhangaba

-

-

Americana

3

2

Leme

Tatuí

1

Bragança Paulista

Promissão

-

Bauru

-

Catanduva

-

1

Salto

9

2

Itapetininga

Juquiá

6

Embu-Guaçu

10

1

Itanhaém

Várzea Paulista

8

Casa Branca

Serrana

1

Franca

1

3

Cajati

1

9

Atibaia

São Caetano do Sul

-

Ourinhos

Francisco Morato

3

9

Ubatuba

São Carlos

Poá

4

11

Marília

2

1998-2000

Mogi das Cruzes

Residência

Município de

continuação

914

84

830

1

1

-

2

4

1

2

1

1

2

5

-

4

1

1

-

2

3

2

3

-

1

3

3

7

-

1

3

2

3

2

4

-

2

3

%

100,0

9,2

90,8

0,1

0,1

-

0,2

0,4

0,1

0,2

0,1

0,1

0,2

0,5

-

0,4

0,1

0,1

-

0,2

0,3

0,2

0,3

-

0,1

0,3

0,3

0,8

-

0,1

0,3

0,2

0,3

0,2

0,4

-

0,2

0,3

2004

Ano de Notificação

866

90

776

-

-

-

-

1

4

1

1

5

1

-

-

1

5

7

-

2

2

1

-

1

-

2

4

-

-

4

4

4

3

3

2

1

2

1

%

100,0

10,4

89,6

-

-

-

-

0,1

0,5

0,1

0,1

0,6

0,1

-

-

0,1

0,6

0,8

-

0,2

0,2

0,1

-

0,1

-

0,2

0,5

-

-

0,5

0,5

0,5

0,3

0,3

0,2

0,1

0,2

0,1

2005

862

88

774

3

1

-

-

1

1

3

2

-

2

-

3

2

2

3

1

1

6

5

3

-

-

3

-

-

-

2

-

-

-

-

1

-

2

2

%

100,0

10,2

89,8

0,3

0,1

-

-

0,1

0,1

0,3

0,2

-

0,2

-

0,3

0,2

0,2

0,3

0,1

0,1

0,7

0,6

0,3

-

-

0,3

-

-

-

0,2

-

-

-

-

0,1

-

0,2

0,2

2006 nº

843

88

755

-

1

-

-

2

-

1

2

-

2

4

6

-

2

1

-

-

-

3

5

1

-

1

2

2

1

-

2

-

7

-

4

8

-

3

%

100,0

10,4

89,6

-

0,1

-

-

0,2

-

0,1

0,2

-

0,2

0,5

0,7

-

0,2

0,1

-

-

-

0,4

0,6

0,1

-

0,1

0,2

0,2

0,1

-

0,2

-

0,8

-

0,5

0,9

-

0,4

2007 nº

322

41

281

-

1

-

-

1

-

-

-

-

-

1

1

-

-

-

-

3

-

1

2

-

-

4

-

1

-

-

-

-

6

-

-

2

3

1

%

100,0

12,7

87,3

-

0,3

-

-

0,3

-

-

-

-

-

0,3

0,3

-

-

-

-

0,9

-

0,3

0,6

-

-

1,2

-

0,3

-

-

-

-

1,9

-

-

0,6

0,9

0,3

2008 nº

9151

765

8386

10

10

10

11

11

11

11

11

12

12

12

12

13

13

13

14

14

14

15

15

16

16

16

16

17

17

18

18

18

20

21

23

25

25

27

%

100,0

8,4

91,6

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,1

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,2

0,3

0,3

0,3

0,3

Total

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

59


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 6 - Taxa de incidência (TI) de Sífilis Congênita por 1000 nascidos vivos, nos 50 municípios de residência com maior TI no ano de 2007, Estado de São Paulo, 2001 a 2007* Ano notificação Municipio de Residência

2001

2002

2003

2004

2005

2006

TI

TI

TI

TI

TI

TI

TI

Estado de São Paulo

1,4

1,5

3,0

2,2

1,0

1,4

1,4

1

Riolândia

0,6

0,6

4,0

2,2

1,1

3,8

13,7

2

Pariquera-Açu

4,3

3,9

3,8

2,8

2,2

3,8

11,0

1,3

2,8

2,9

4,8

2,9

3,5

9,7

3

Santa Rita do Passa Quatro

2007

4

Junqueirópolis

2,5

2,6

3,0

2,2

2,1

3,5

9,4

5

Mirandópolis

2,3

1,7

1,2

3,6

0,7

3,4

6,5

6

Ourinhos

2,4

5,1

3,2

3,8

4,4

2,3

5,2

7

Conchal

2,0

0,9

0,3

0,6

1,6

2,3

5,0

8

Porto Ferreira

0,8

0,6

-

3,2

3,2

2,2

4,2

9

Promissão

0,0

0,6

-

0,9

3,4

2,2

3,9

10

Cajati

2,5

2,6

3,0

2,2

2,1

2,2

3,8

11

São José dos Campos

0,6

0,4

1,0

1,1

1,3

2,2

3,6

12

Votuporanga

-

-

1,6

2,4

1,8

2,1

3,2

13

Santos

0,7

-

-

3,8

1,9

2,0

3,0

14

Araraquara

2,5

2,6

3,0

2,2

2,1

2,0

3,0

15

Guarulhos

0,1

1,1

0,2

1,6

3,1

2,0

2,8

16

São Carlos

0,7

-

0,5

0,8

0,6

1,9

2,8

17

Guararapes

1,6

2,4

0,8

-

2,2

1,9

2,7

18

Apiaí

3,6

1,9

2,2

1,0

2,1

1,7

2,6

19

Diadema

0,4

0,4

2,7

3,3

1,6

1,6

2,5

20

Cosmópolis

3,7

1,9

1,0

1,1

2,5

1,4

2,5

21

São Sebastião

-

0,4

0,4

0,6

0,4

1,3

2,4

22

Americana

0,9

1,6

1,6

2,6

2,0

1,3

2,4

23

Osasco

5,0

2,8

4,1

1,2

0,6

1,2

2,3

24

Santa Cruz das Palmeiras

-

-

1,2

4,3

2,3

1,1

2,3

25

Itapetininga

0,8

2,5

1,9

1,1

1,2

1,1

2,3

26

São Paulo

4,9

3,3

3,6

1,3

2,3

1,0

2,3

27

Salto

2,5

2,6

3,0

2,2

2,1

0,8

2,1

28

Poá

-

3,6

1,5

2,3

2,2

0,8

2,1

29

Mauá

0,7

2,8

0,7

0,7

0,7

0,7

2,1

30

Jales

1,0

-

0,4

1,4

1,9

0,6

2,1

31

Barrinha

1,3

2,4

5,6

2,5

1,3

0,6

2,0

32

Pindamonhangaba

0,7

1,5

1,7

0,9

1,3

0,5

1,9

33

Garça

-

-

4,7

5,4

0,9

0,4

1,9

34

Taboão da Serra

1,4

1,4

2,4

0,4

-

0,4

1,8

35

Mairiporã

0,2

0,4

1,4

0,4

0,8

0,4

1,8

36

Carapicuíba

0,9

0,4

0,8

0,4

0,2

0,4

1,7

37

Suzano

4,9

2,3

5,0

2,4

0,7

0,4

1,7

38

Campinas

0,2

1,0

1,3

0,5

0,2

0,3

1,6

39

Itaquaquecetuba

2,2

2,3

0,8

0,8

0,2

0,3

1,6

40

Itanhaém

0,2

0,1

1,0

0,5

0,6

0,3

1,5

41

São José do Rio Preto

1,0

0,7

1,0

2,2

2,5

0,2

1,4

42

Barueri

2,8

1,3

0,9

0,2

1,1

0,1

1,4

43

Santo André

6,3

1,7

1,7

4,6

6,4

-

1,4

44

Itapevi

7,8

6,2

-

-

2,2

-

1,3

45

São Vicente

0,5

0,5

0,5

1,0

2,1

-

1,3

46

Cotia

0,3

0,4

0,3

-

0,7

-

1,3

47

Sumaré

4,3

-

0,6

0,7

0,6

-

1,1

48

Mogi-Guaçu

1,6

1,6

4,6

1,6

-

-

1,1

49

Bragança Paulista

5,8

7,6

7,7

-

-

-

1,0

50

Embu

0,7

2,2

1,4

5,0

-

-

0,9

Fonte: SINAN e SEADE - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

60

Dezembro 2008


Dezembro 2008

601

568

450

262

74

279

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

> 40 anos

Ign/Branco

4

213

20

De 4 a 7 anos

De 8 a 11 anos

De 12 e mais anos

394

17

327

1967

Inadequado

Não realizado

Ign/Branco

568

1695

Não

Ign/Branco

110

725

Não realizado

Ign/Branco

100,0

28,4

4,3

5,7

61,6

66,4

22,2

11,4

77,0

12,8

0,7

870

206

32

88

544

485

267

118

649

106

16

99

104

123

643

368

4

77

29

345

47

96

28

104

123

198

223

96

2

23,7

3,7

10,1

62,5

55,7

30,7

13,6

74,6

12,2

1,8

11,4

12,0

14,1

73,9

42,3

0,5

8,9

3,3

39,7

5,4

11,0

3,2

12,0

14,1

22,8

25,6

11,0

0,2

%

100,0

2001

909

180

56

70

603

458

338

113

635

111

24

139

127

123

659

375

21

75

196

202

40

122

28

95

175

184

222

82

1

19,8

6,2

7,7

66,3

50,4

37,2

12,4

69,9

12,2

2,6

15,3

14,0

13,5

72,5

41,3

2,3

8,3

21,6

22,2

4,4

13,4

3,1

10,5

19,3

20,2

24,4

9,0

0,1

%

100,0

2002

1011

107

61

89

754

385

440

186

663

117

29

202

60

115

836

353

23

139

297

158

41

49

42

118

200

258

227

114

3

10,6

6,0

8,8

74,6

38,1

43,5

18,4

65,6

11,6

2,9

20,0

5,9

11,4

82,7

34,9

2,3

13,7

29,4

15,6

4,1

4,8

4,2

11,7

19,8

25,5

22,5

11,3

0,3

%

100,0

2003

(*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP)

2554

146

Não reativo

Total

1573

Reativo

Realização de VDRL no parto

291

Sim

Tratamento do parceiro

243

Adequado

Tratamento materno

9,5

15,4

437

Ign/Branco

17,1

1723

Não

67,5

42,4

0,8

8,3

0,2

42,2

6,1

10,9

2,9

10,3

17,6

22,2

23,5

12,3

0,3

%

Sim

Realização de pré-natal

1083

1077

De 1 a 3 anos

Ign/Branco

157

Nenhum

Anos de Estudo

7

313

15 a 19

98-2000

10 a 14

Faixa Etária

da mãe

Características

914

84

45

113

672

221

596

97

173

238

466

37

56

105

753

298

25

143

298

118

32

31

39

114

182

226

227

93

2

9,2

4,9

12,4

73,5

24,2

65,2

10,6

18,9

26,0

51,0

4,0

6,1

11,5

82,4

32,6

2,7

15,6

32,6

12,9

3,5

3,4

4,3

12,5

19,9

24,7

24,8

10,2

0,2

%

100,0

2004

Ano de notificação

866

88

21

62

695

205

569

92

138

221

471

36

64

105

697

310

14

144

267

109

22

36

46

115

171

206

198

94

0

10,2

2,4

7,2

80,3

23,7

65,7

10,6

15,9

25,5

54,4

4,2

7,4

12,1

80,5

35,8

1,6

16,6

30,8

12,6

2,5

4,2

5,3

13,3

19,7

23,8

22,9

10,9

0,0

%

100,0

2005

862

69

43

76

674

223

549

90

136

208

481

37

59

92

711

301

19

158

278

82

24

37

56

107

162

213

197

84

6

8,0

5,0

8,8

78,2

25,9

63,7

10,4

15,8

24,1

55,8

4,3

6,8

10,7

82,5

34,9

2,2

18,3

32,3

9,5

2,8

4,3

6,5

12,4

18,8

24,7

22,9

9,7

0,7

%

100,0

2006

843

47

32

81

683

160

547

136

97

242

426

78

52

115

676

261

9

237

251

76

9

30

51

90

161

212

209

88

2

5,6

3,8

9,6

81,0

19,0

64,9

16,1

11,5

28,7

50,5

9,3

6,2

13,6

80,2

31,0

1,1

28,1

29,8

9,0

1,1

3,6

6,0

10,7

19,1

25,1

24,8

10,4

0,2

%

100,0

2007

TABELA 7 - Casos de Sífilis Congênita, segundo características da mãe e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

322

13

5

32

272

73

193

56

42

89

149

42

24

38

260

120

3

87

81

29

2

13

15

41

53

93

64

41

2

nº 0,6

%

100,0

4,0

1,6

9,9

84,5

22,7

59,9

17,4

13,0

27,6

46,3

13,0

7,5

11,8

80,7

37,3

0,9

27,0

25,2

9,0

0,6

4,0

4,7

12,7

16,5

28,9

19,9

12,7

2008*

9151

1519

405

757

6470

3905

4067

1179

4500

1659

2079

913

940

1253

6958

3469

138

1273

1701

2196

374

693

379

1046

1677

2158

2168

1005

25

11,0

0,3

%

100,0

16,6

4,4

8,3

70,7

42,7

44,4

12,9

49,2

18,1

22,7

10,0

10,3

13,7

76,0

37,9

1,5

13,9

18,6

24,0

4,1

7,6

4,1

11,4

18,3

23,6

23,7

Total

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

61


62

14

224

1251

Inadequado

Não Realizado

Ign/Branco

Ign/Branco 100,0

61,6

26,8

11,5

72,6

13,0

0,8

13,6

%

643

308

227

108

453

77

16

97

100,0

47,9

35,3

16,8

70,5

12,0

2,5

15,1

%

2001

659

270

286

103

419

81

22

137

100,0

41,0

43,4

15,6

63,6

12,3

3,3

20,8

%

2002

836

266

393

177

515

93

27

201

100,0

31,8

47,0

21,2

61,6

11,1

3,2

24,0

%

2003

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

1723

1062

Não

Total

199

462

Sim

Parceiro Tratado

234

98-2000

Adequado

Tratamento da Mãe

tratamento no PN

Características do

753

165

491

97

128

173

417

35

100,0

21,9

65,2

12,9

17,0

23,0

55,4

4,6

%

2004

697

141

464

92

88

155

419

35

Ano de notificação

100,0

20,2

66,6

13,2

12,6

22,2

60,1

5,0

%

2005

711

164

457

90

91

157

427

36

100,0

23,1

64,3

12,7

12,8

22,1

60,1

5,1

%

2006

676

104

447

125

60

174

370

72

100,0

15,4

66,1

18,5

8,9

25,7

54,7

10,7

%

2007

260

52

156

52

27

65

128

40

100,0

20,0

60,0

20,0

10,4

25,0

49,2

15,4

%

2008

6958

2532

3383

1043

3.032

1199

1840

887

Total

100,0

36,4

48,6

15,0

43,6

17,2

26,4

12,7

%

TABELA 8 - Casos notificados de Sífilis Congênita, segundo características do tratamento do parceiro e das mães durante o Pré-Natal (PN), por ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 9 - Casos de Sífilis Congênita segundo características da criança e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2001 a 2008* Ano de notificação

Características da criança**

2001

2002

2003

2004

Total

2005

2006

2007

2008*

%

%

%

%

%

%

%

%

%

700

80,5

797

87,7

894

88,4

853

93,3

810

93,5

797

92,5

769

91,2

304

94,4

5924

89,8

Faixa Etária < 7 dias 7-27 dias

82

9,4

56

6,2

53

5,2

25

2,7

32

3,7

23

2,7

30

3,6

9

2,8

310

4,7

28 dias a 1 ano

73

8,4

44

4,8

50

4,9

31

3,4

21

2,4

38

4,4

35

4,2

9

2,8

301

4,6

2 a 12 anos

5

0,6

2

0,2

6

0,6

5

0,5

3

0,3

2

0,2

9

1,1

-

-

32

0,5

Ign/Branco

10

1,1

10

1,1

8

0,8

-

-

-

-

2

0,2

-

-

-

-

30

0,5

VDRL sangue periférico Reativo

346

39,8

392

43,1

477

47,2

317

34,7

275

31,8

297

34,5

475

56,3

186

57,8

2765

41,9

Não reativo

219

25,2

238

26,2

272

26,9

107

11,7

101

11,7

88

10,2

246

29,2

95

29,5

1366

20,7

Não realizado

88

10,1

89

9,8

138

13,6

282

30,9

279

32,2

306

35,5

68

8,1

27

8,4

1277

19,4

Ign/Branco

217

24,9

190

20,9

124

12,3

208

22,8

211

24,4

171

19,8

54

6,4

14

4,3

1189

18,0

VDRL Liquor Reativo

24

2,8

25

2,8

29

2,9

26

2,8

19

2,2

35

4,1

13

1,5

17

5,3

188

2,8

Não Reativo

403

46,3

465

51,2

537

53,1

518

56,7

466

53,8

454

52,7

429

50,9

171

53,1

3443

52,2

Não realizado

170

19,5

196

21,6

255

25,2

244

26,7

224

25,9

234

27,1

300

35,6

94

29,2

1717

26,0

Ign/Branco

273

31,4

223

24,5

190

18,8

126

13,8

157

18,1

139

16,1

101

12,0

40

12,4

1249

18,9

Evidência de T. Pallidum Sim

9

1,0

11

1,2

22

2,2

27

3,0

19

2,2

16

1,9

30

3,6

6

1,9

140

2,1

Não

288

33,1

447

49,2

564

55,8

547

59,8

468

54,0

446

51,7

319

37,8

106

32,9

3185

48,3

Não realizado*** Ign/Branco

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

...

276

32,7

110

34,2

386

5,9

573

65,9

451

49,6

425

42,0

340

37,2

379

43,8

400

46,4

218

25,9

100

31,1

2886

43,7

Alteração Liquórica Sim

48

5,5

59

6,5

46

4,5

48

5,3

37

4,3

33

3,8

11

1,3

15

4,7

297

4,5

Não

347

39,9

470

51,7

628

62,1

588

64,3

512

59,1

491

57,0

496

58,8

180

55,9

3712

56,3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

204

24,2

74

23,0

278

4,2

475

54,6

380

41,8

337

33,3

278

30,4

317

36,6

338

39,2

132

15,7

53

16,5

2310

35,0

Não realizado Ign/Branco Alteração de Ossos Longos Sim

23

2,6

22

2,4

34

3,4

21

2,3

16

1,8

23

2,7

20

2,4

9

2,8

168

2,5

Não

563

64,7

590

64,9

670

66,3

658

72,0

594

68,6

559

64,8

564

66,9

199

61,8

4397

66,7

Não realizado Ign/Branco

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

142

16,8

51

15,8

193

2,9

284

32,6

297

32,7

307

30,4

235

25,7

256

29,6

280

32,5

117

13,9

63

19,6

1839

27,9

522

60,0

523

57,5

614

60,7

4

0,4

-

-

-

-

392

46,5

167

51,9

2222

33,7

57

6,6

65

7,2

67

6,6

2

0,2

-

-

-

-

55

6,5

20

6,2

266

4,0

42

4,8

45

5,0

87

8,6

-

-

-

-

1

0,1

116

13,8

43

13,4

334

5,1

83

9,5

77

8,5

80

7,9

2

0,2

-

-

-

-

51

6,0

20

6,2

313

4,7

Esquema de tratamento Penic G cristal 100.000 UI Kg/dia/10 14 Dias Penic G Procaina 50.000 UI Kg/dia/10 Dias Penic G Benzatin 50.000 UI Kg/dia Dose Única Outro Esquema Não realizado

66

7,6

81

8,9

124

12,3

1

0,1

-

-

-

-

109

12,9

43

13,4

424

6,4

Ign/Branco

100

11,5

118

13,0

39

3,9

905

99,0

866

100,0

861

99,9

120

14,2

29

9,0

3038

46,1

870

100,0

909

100,0

1011

100,0

914

100,0

866

100,0

862

100,0

843

100,0

322

100,0

6597

100,0

Total

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Excluído aborto e nati morto (***)Dados disponíveis a partir de 2007 no Sinan Net

Dezembro 2008

63


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OCUPACIONAIS COM EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

N

o Estado de São Paulo, desde 1999 existe um sistema de notificação e monitoramento de acidentes ocupacionais com exposição à material biológico denominado SINABIO, desenvolvido pelo Programa Estadual DST/AIDS, SES - SP. Este sistema de notificação, cuja base repousa na recomendação de notificação destes acidentes foi amplamente utilizado e usado como referência nacional no que tange ao conhecimento dos acidentes biológicos em nosso meio. A partir de 2007 a ficha de notificação deste evento foi incluída no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). O Quadro 1 resume as principais informações dos 14.096 casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico (AMB) provenientes do SINABIO referentes ao período de 1999 a 31/12/2006. A partir deste boletim, serão apresentadas as informações deste evento notificado no SINAN, sendo neste atual boletim apresentados os casos com data de notificação até 30/06/08. Em 18 meses de SINAN, foram notificados 11.870 casos de AMB. O município de São Paulo foi responsável por 20% do total de notificações, seguido de São José do Rio Preto com 5%, Campinas 4% e Ribeirão Preto com 3,5% (Tabela 1). Observa-se que 228 dos 645 municípios do estado de São Paulo notificaram algum caso de AMB nos oito anos de SINABIO e que 336 passaram a notificar a partir do SINAN, ou seja, um aumento de cerca de 45% de municípios notificadores. Na Tabela 2, verifica-se que 19,7% das notificações são originadas da GVE-1 (Capital), 10,9% da GVE-17 (Campinas) e 7,0% da GVE-29 (São José do Rio Preto). Do total de casos notificados, observa-se 9.091 (77%) do sexo feminino e 5.047 casos (42,5%) na faixa etária de 20 a 29 anos de idade. A maior parte dos AMB notificados ocorreu entre auxiliares de enfermagem (39,6%), seguidos por técnicos de enfermagem (14,0%) (Tabelas 3 e 4). O tipo de exposição percutâneo foi responsável por 70% do total de casos reportados, seguido de pele íntegra (17%) e mucosa (8,5%) (Gráfico 1). A maior parte dos acidentes notificados ocorreu durante a administração de medicações (N=1.904 – 16%) ou durante o descarte inadequado de material (N=1716 - 14,4%). A informação em relação à circunstância de ocorrência do acidente foi ignorada em 8,3% das exposições; 18,9% dos acidentes ocorreram por outras situações, não previstas na versão atualmente utilizada no SINAN (Gráfico 2). Em 8.334 acidentes, 70% dos 11.870 casos notificados, o paciente-fonte da exposição era conhecido. Destes, 7.128 (85,5%) tiveram o resultado da sorologia anti-HIV conhecido; 6.136 (74%) e 6.131 (73,5%) tiveram registrados, respectivamente, os resultados de HBsAg e anti-HCV (Tabela 5). Observa-se também que entre os pacientes-fonte do acidente com sorologia conhecida, 6,4% possuíam resultado reagente para o HIV, 1,1% para HBsAg e 3,0% para HCV .

64

Do total de AMB para os quais a história de vacinação prévia contra hepatite B era conhecida, em 9.397 casos (79%) os profissionais referiram esquema completo de vacinação (Tabela 6). Na Tabela 7 observa-se que 19,4% dos acidentes não tinham indicação do uso de quimioprofilaxia e que 13% dos profissionais receberam medicamentos anti-retrovirais após o acidente. Ressalta-se que em 7.477 (63%) casos de AMB, a conduta tomada no momento da notificação não foi registrada, o que dificulta o monitoramento das recomendações preconizadas. Em relação ao encerramento dos casos, não houve caso de conversão sorológica para nenhuma das infecções, 49% receberam alta sem conversão sorológica ou pelo fato do paciente-fonte ser negativo. Nota-se que apenas 6% abandonaram o seguimento. A proporção de casos com evolução sem informação/em andamento (45%) é bastante grande, pelo fato de que os casos notificados no primeiro semestre de 2008 ainda estão em acompanhamento e, para os AMB ocorridos em 2007, o SINAN provavelmente não foi atualizado após o término do acompanhamento, prejudicando a análise dessa variável. A Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) por meio da Portaria CCD-16, de 31/12/2008 constituiu um Grupo de Trabalho, (com representantes do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Centro de Vigilância Sanitária (CVS), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), Centro Estadual de Referência à Saúde do Trabalhador (CEREST), Programa Estadual de DST/Aids (PEDST/Aids) e Grupo Técnico de Ações Estrategicas/ Coordenadoria de Planejamento de Saúde (GTAE/ CPS) para definição do fluxograma das notificações de agravos à saúde do trabalhador no âmbito do estado de São Paulo, focado na produção e análise de informações para subsidiar as proposições de políticas públicas na área. Neste sentido é fundamental aprimorar o monitoramento da qualidade das informações obtidas pelas notificações de Acidente Ocupacional com Exposição à Material Biológico do SINAN. No boletim anterior foram referidos vários indicadores a serem propostos a partir da vigilância destes acidentes: - Proporção dos trabalhadores previamente vacinados contra hepatite B; - Proporção de acidentes adequadamente medicados com anti-retrovirais dentro do tempo preconizado; - Proporção de acidentes que poderiam ser evitados pela utilização de dispositivos seguros ou de equipamentos de proteção individual; A implementação da Vigilância dos Acidentes continua sendo uma das prioridades do Programa Estadual DST/Aids, em consonância com as diretrizes da saúde do trabalhador, buscando as melhorias necessárias no sentido de proteger a saúde e a vida dos profissionais da área da saúde.

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

QUADRO 1 - Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo principais informações provenientes do SINABIO, Estado de São Paulo, 1999 a 2006*

Total de Casos Notificados

14.096

Total de Municípios Notificantes

228 (30% pelo município de SP)

Distribuição por Sexo

78,9% sexo feminino

Distribuição por Faixa Etária

38,9% entre 20 e 39 anos

Distribuição por Profissional

46,4% de auxiliares de enfermagem

Distribuição por Tipo de Exposição

85,5% acidentes perfuro-cortantes

Distribuição por material envolvido

74% com sangue

Conhecimento de paciente-fonte

58% dos casos

Sorologia anti-HIV do paciente-fonte

93% com sorologia conhecida

Sorologia HBsAg do paciente-fonte

56,5% com sorologia conhecida

Sorologia anti-HCV do paciente-fonte

55,8% com sorologia conhecida

Vacinação contra Hepatite B

75,3% c/ vacinação completa e 72,7% c/ anti-HBs positivo

Indicação de ARV

53,3% nenhum ARV e 27,75% – AZT+3TC

Encerramento de Caso

56% por fonte negativa

Fonte: SINABIO – Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados até 31/12/07

Dezembro 2008

65


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 1 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo municípios com maior número de notificações nos anos de 2007 e 2008*, Estado de São Paulo

Município de notificação

2007

2008

Total

%

%

%

1.661

20,2

681

18,7

2.342

19,7

São José do Rio Preto

336

4,1

246

6,8

582

4,9

Campinas

255

3,1

167

4,6

422

3,6

Ribeirão Preto

273

3,3

140

3,8

413

3,5

Marília

221

2,7

97

2,7

318

2,7

São Bernardo do Campo

199

2,4

81

2,2

280

2,4

Taubaté

204

2,5

75

2,1

279

2,4

Botucatu

186

2,3

81

2,2

267

2,2

Araraquara

159

1,9

79

2,2

238

2,0

Guarulhos

202

2,5

25

0,7

227

1,9

Barretos

148

1,8

61

1,7

209

1,8

Jundiaí

150

1,8

46

1,3

196

1,7

São José dos Campos

192

2,3

4

0,1

196

1,7

Mogi das Cruzes

137

1,7

46

1,3

183

1,5

Osasco

137

1,7

32

0,9

169

1,4

Catanduva

111

1,3

52

1,4

163

1,4

Mogi-Guaçu

108

1,3

52

1,4

160

1,3

Bauru

95

1,2

42

1,2

137

1,2

Araçatuba

87

1,1

42

1,2

129

1,1

Pindamonhangaba

85

1,0

36

1,0

121

1,0

Bragança Paulista

76

0,9

39

1,1

115

1,0

Limeira

50

0,6

63

1,7

113

1,0

São João da Boa Vista

75

0,9

32

0,9

107

0,9

Outros

3.080

37,4

1.424

39,1

4.504

37,9

Total

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

São Paulo

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

66

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 2 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de notificação, Estado de São Paulo, 2007 - 2008*

GVE de notificação

2007

2008

Total

%

%

%

1.661

20,2

681

18,7

2.342

19,7

GVE 17 CAMPINAS

857

10,4

436

12,0

1.293

10,9

GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

498

6,1

334

9,2

832

7,0

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

474

5,8

120

3,3

594

5,0

GVE 33 TAUBATÉ

417

5,1

144

4,0

561

4,7

GVE 7 SANTO ANDRÉ

390

4,7

141

3,9

531

4,5

GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA

357

4,3

160

4,4

517

4,4

GVE 10 OSASCO

425

5,2

86

2,4

511

4,3

GVE 20 PIRACICABA

246

3,0

220

6,0

466

3,9

GVE 24 RIBEIRÃO PRETO

302

3,7

160

4,4

462

3,9

GVE 19 MARÍLIA

338

4,1

123

3,4

461

3,9

GVE 25 SANTOS

240

2,9

143

3,9

383

3,2

GVE 12 ARARAQUARA

247

3,0

134

3,7

381

3,2

GVE 14 BARRETOS

262

3,2

106

2,9

368

3,1

GVE 11 ARAÇATUBA

251

3,1

105

2,9

356

3,0

GVE 16 BOTUCATU

222

2,7

84

2,3

306

2,6

GVE 15 BAURU

171

2,1

92

2,5

263

2,2

GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

215

2,6

14

0,4

229

1,9

GVE 31 SOROCABA

134

1,6

91

2,5

225

1,9

GVE 13 ASSIS

99

1,2

34

0,9

133

1,1

GVE 28 CARAGUATATUBA

96

1,2

18

0,5

114

1,0

GVE 18 FRANCA

64

0,8

49

1,3

113

1,0

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE

70

0,9

35

1,0

105

0,9

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

26

0,3

55

1,5

81

0,7

GVE 30 JALES

59

0,7

18

0,5

77

0,6

GVE 23 REGISTRO

44

0,5

19

0,5

63

0,5

GVE 32 ITAPEVA

32

0,4

27

0,7

59

0,5

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

30

0,4

14

0,4

44

0,4

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

GVE 1 CAPITAL

TOTAL

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Dezembro 2008

67


68

100,0

0,6

0,9

7,6

18,8

29,2

40,5

2,4

%

sexo

1890

25

19

110

256

568

885

27

100,0

1,3

1,0

5,8

13,5

30,1

46,8

1,4

%

Masculino

8227

65

78

589

1450

2417

3449

179

%

100,0

0,8

0,9

7,2

17,6

29,4

41,9

2,2

sub-total

2754

24

27

230

493

743

1186

51

100,0

0,9

1,0

8,4

17,9

27,0

43,1

1,9

%

Feminino

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

6337

Total

479

50 a 59 anos

59

1194

40 a 49 anos

40

1849

30 a 39 anos

Ignorado

2564

20 a 29 anos

60 +

152

Feminino

16 a 19 anos

Faixa Etária

2007 sexo

889

18

11

42

126

267

412

13

100,0

2,0

1,2

4,7

14,2

30,0

46,3

1,5

%

Masculino

2008

3643

42

38

272

619

1010

1598

64

%

100,0

1,2

1,0

7,5

17,0

27,7

43,9

1,8

sub-total

9091

64

86

709

1687

2592

3750

203

100,0

0,7

0,9

7,8

18,6

28,5

41,2

2,2

%

Feminino

sexo

2779

43

30

152

382

835

1297

40

100,0

1,5

1,1

5,5

13,7

30,0

46,7

1,4

%

Masculino

Total

11870

107

116

861

2069

3427

5047

243

total

100,0

0,9

1,0

7,3

17,4

28,9

42,5

2,0

%

TABELA 3 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo faixa etária (em anos) e sexo, Estado de São Paulo, 2007 - 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 4 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo categoria profissional, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* 2007

Categoria Profissional

2008

Total

%

%

%

Auxiliar de enfermagem

3.262

39,6

1.318

36,2

4.580

39,6

Té cnico de enfermagem

1.154

14,0

545

15,0

1.699

14,0

Médico

847

10,3

421

11,6

1.268

10,3

Enfermeiro

531

6,5

300

8,2

831

6,5

Estudante

464

5,6

201

5,5

665

5,6

Auxiliar de limpeza

340

4,1

172

4,7

512

4,1

Dentista

210

2,6

87

2,4

297

2,6

Funcionarios de lavanderia

93

1,1

45

1,2

138

1,1

Funcionarios de laboratório

85

1,0

39

1,1

124

1,0

Atendente de enfermagem

19

0,2

10

0,3

29

0,2

Outros

1024

12,4

486

13,3

1.510

12,4

Ignorado

198

2,4

19

0,5

217

2,4

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

Total

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

TABELA 5 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico e paciente-fonte conhecido segundo resultado de sorologia para HIV e hepatites B e C, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* Resultado de sorologia do paciente-fonte

2007

2008

Total

%

%

%

Positivo

58

1,0

30

1,1

88

1,1

Negativo

3400

59,6

1454

55,3

4.854

58,2

Inconclusivo/em Andamento

837

14,7

357

13,6

1.194

14,3

Ign/Brano

1410

24,7

788

30,0

2.198

26,4

Positivo

160

2,8

77

2,9

237

2,8

Negativo

3.227

56,6

1.406

53,5

4.633

55,6

Inconclusivo/em Andamento

891

15,6

370

14,1

1.261

15,1

Ign/Brano

1427

25,0

776

29,5

2.203

26,4

Positivo

363

6,4

168

6,4

531

6,4

Negativo

4321

75,7

1930

73,4

6.251

75,0

Inconclusivo/em Andamento

234

4,1

112

4,3

346

4,2

Ign/Brano

787

13,8

419

15,9

1.206

14,5

5.705

100,0

2.629

100,0

8.334

100,0

HbsAg

Anti-HCV

ANTI-HIV

Total

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Dezembro 2008

69


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Gráfico 1 - Acidentes Ocupacionais com Material Biológico, segundo tipo de exposição, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* 80

70

60

% de casos

50

40

30

20

10

0 %

PERCUTANEA

MUCOSA

PELE INTEGRA

PELE NÃO INTEGRA

OUTRO

IGNORADO/BRANCO

70

8,5

17

2

1,5

1

Tipo de exposição

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Gráfico 2 - Acidentes Ocupacionais com Material Biológico, segundo circunstância do acidente, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* Outros

2.255

Ignorado /Branco

986

Reencape

335

Dextro

928

Proced. Odontológico

396

Proced. Cirúrgico

1.204

Manip. Caixa perfuro/cortante

473

Lavagem de material

348

Descarte Inadequado

1.716

Punção (coleta e outros)

1.325

Adm. Medicação

1.904 0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

70

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

TABELA 6 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo condição vacinal para hepatite B e ano de ocorrência do acidente, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* 2007

Condição Vacinal

2008

Total

%

%

%

6.353

77,2

3.044

83,6

9.397

79,2

707

8,6

289

7,9

996

8,4

Ign/Brano

1.167

14,2

310

8,5

1.477

12,4

Total

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

Esquema completo Esquema incompleto/não vacinado

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

TABELA 7 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo conduta após acidente, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* ESQUEMA PARA PROFILAXIA Sem Indicação de ARV** AZT+3TC

2007

2008

Total

%

%

%

1.812

22,0

492

13,5

2.304

19,4

411

5,0

198

5,4

609

5,1

AZT+3TC+IDV

225

2,7

82

2,3

307

2,6

AZT+3TC+NFV

124

1,5

9

0,2

133

1,1

OUTROS ARV

245

3,0

245

6,7

490

4,1

RECUSA DE ARV**

36

0,4

18

0,5

54

0,5

HBIG

37

0,4

21

0,6

58

0,5

VACINA C/ HEP B

326

4,0

112

3,1

438

3,7

Ign/Brano

5.011

60,9

2.466

67,7

7.477

63,0

Total

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) ARV - Anti-retroviral

TABELA 8 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo tipo de encerramento dos casos, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* Evolução do caso

2007 nº

2008 %

Total %

%

Alta com conversão sorológica

-

-

-

-

-

-

Alta sem conversão sorológica

1.518

18,5

398

10,9

1.916

16,1

Alta paciente fonte negativo

2.763

33,6

1.143

31,4

3.906

32,9

581

7,1

98

2,7

679

5,7

1

0,0

1

0,0

2

0,0

Ign/Branco

3.364

40.9

2.003

55,0

5.367

45,2

Total

8.227

100,0

3.643

100,0

11.870

100,0

Abandono Óbito por outra causa

Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

Dezembro 2008

71


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO ESTADO DE SÃO PAULO O Programa Estadual de DST/Aids do Estado de São Paulo tem adotado a abordagem sindrômica como estratégia de acompanhamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), por meio da notificação no Sistema Nacional de Informação de Agravos- SINAN. Essa notificação não é compulsória, porém faz parte de recomendação do Programa Estadual de DST/Aids do Estado de São Paulo, sendo estimulada a adesão dos municípios, tendo em vista a necessidade de captação e tratamento ágil das pessoas com DST nos diversos níveis de atenção do Sistema de Saúde. Portanto, o objetivo principal é impedir a cadeia de transmissão das infecções, visando à prevenção e o controle das DST’s, não se configurando em informações que possam refletir tendências epidemiológicas ou se fazer inferências populacionais. A abordagem sindrômica caracteriza-se pela utilização de fluxogramas de acordo com as queixas dos pacientes, exames físicos e laboratoriais, os quais orientam os profissionais de saúde a identificar as síndromes. A realização dos exames depende das condições técnico-operacionais e da complexidade de cada serviço, onde é feita a escolha do tratamento para a cobertura dos agentes etiológicos mais freqüentes no diagnóstico sindrômico. O emprego dessa abordagem é detalhado no manual elaborado pelo Ministério da Saúde – Programa Nacional de DST/Aids: “Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Série Manuais n0 68, 4a edição; Brasília, 2006”. A análise de dados dos casos de DST notificados ao SINAN no estado de São Paulo (ESP) entre junho de 1998 e junho de 2008, mostra que foram registrados 97.554 casos nesse período. A distribuição do número e percentual de casos por ano de notificação segundo os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) do ESP são mostrados na tabela 1. Os principais GVE’s notificantes no período correspondem ao GVE Capital (N=7.876), Mogi das Cruzes (N= 7.654), Campinas (N=7.118), Assis (N= 6.908) e Botucatu (N=6.807). Nota-se que os GVE Franco da Rocha e Franca não apresentaram notificações desde o ano de 2007. Os GVE’s que apresentaram incremento na proporção de notificações nos anos de 2004 a 2007 foram os seguintes: Capital, Osasco, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Itapeva. Os demais apresentaram diminuição ou estabilidade na proporção de casos notificados (Tabela 1). Em relação à distribuição por sexo, o percentual de notificações para o sexo feminino foi cerca de 75% (N = 72.749), contra 25% de notificações para o sexo masculino (N = 24.805) (Tabela 2). A razão de sexo masculino/feminino dos casos notificados nos GVE 1 (Capital) e GVE 9 (Franco da Rocha) difere dos demais, apresentando no período maior número de homens notificados, com uma razão de sexo de cerca de um homem para uma mulher (1/1) (Tabela 2). Deve ser observado que o

72

tipo de serviço de saúde notificador irá influenciar a proporção dos sexos notificados. Se grande parte desses serviços são Unidades Básicas de Saúde, é de se esperar o predomínio de notificações em mulheres que também são os maiores usuários daquele tipo de serviço. No que concerne à faixa etária dos 97.554 casos notificados, nota-se que ao longo da série histórica, a faixa etária de 20 a 34 anos concentrou 50% desse total, seguida pela faixa etária de 35 a 49 anos com 25% e de 15 a 19 anos com 14% (Tabela 3). A distribuição de casos por faixa etária em cada GVE, mostrou que a maior freqüência registrada pelos serviços de saúde durante o período de 1998 a 2008, ocorreu para as pessoas de 20 a 34 anos, sendo o maior percentual observado para a Capital (58%). A segunda faixa etária mais freqüente foi aquela de 35 a 49 anos, com a maioria dos GVE apresentando um percentual de notificação de mais de 20% (Tabela 4). Esse achado levanta a questão do desenvolvimento de estratégias pela rede de atenção à saúde para a captação da população masculina nos serviços de DST. Em relação à notificação do quesito raça/cor, observou-se que houve uma redução da categoria “ignorada”, caindo de 49% no período 1998-2003 para 13% no ano de 2007, provavelmente como conseqüência da implantação da política de sensibilização e coleta do dado pelos serviços, que vem sendo promovida pelo Programa Estadual de DST/Aids, desde 2002. Os percentuais de casos notificados de raça preta e parda aumentaram de 5,5% e 13% em 2004, para 7% e 19% em 2007, respectivamente (Tabela 3). A análise da escolaridade mostrou que houve um aumento das notificações de pessoas com mais de 8 a 11 anos de estudo, e de 12 anos e mais, que passou de 19% entre 1998-2003 para 30% em 2006 na primeira categoria, e de 3,4% para 7,5% na segunda categoria. O percentual de casos sem informação para a escolaridade vem diminuindo ao longo dos anos, passando de 36% entre 1998-2003, para 18% em 2006 (Tabela 3). As análises da distribuição dos agravos de notificação (sífilis latente; infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples- apenas o primeiro episódio; verrugas anogenitais/HPV- apenas o primeiro episódio; síndrome da úlcera genital- excluído infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples; síndrome do corrimento cervical; síndrome do corrimento uretral) são apresentadas nas tabelas 5, 6 e 7. Observou-se que no sexo masculino, 10.897 casos (45%) foram devidos às verrugas anogenitais/HPV, 5.360 casos (22%) a síndrome do corrimento uretral e 4.759 casos (20%) a sífilis latente. No sexo feminino, a síndrome do corrimento cervical ocorreu em 45.026 (62%) dos casos notificados, as verrugas anogenitais/HPV em 17.079 (23,5%) casos e a sífilis latente em 6.886 (9,5%) dos casos (Tabela 5).

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

A distribuição dos agravos segundo o ano de notificação é mostrada na tabela 6. Observou-se que no período 1998-2003 e nos anos de 2004 a 2008, a síndrome do corrimento cervical correspondeu à maioria dos casos notificados, seguida das verrugas anogenitais/HPV. Em todo o período a primeira representou cerca de 47% e a segunda 29% dentre os 97.554 casos notificados. A análise da freqüência dos agravos notificados por GVE, confirma também que o corrimento cervical apresentou a maior proporção dentre os casos notificados na maioria dos GVE, representando cerca ou mais de 40% das notificações em 16 dos 28 GVE’s do Estado, sendo as menores proporções observadas no GVE 1- Capital e GVE 25- Santos (cerca de 9%) (Tabela 7). Esses achados chamam a atenção para a provável superestimação da proporção de corrimentos cervicais notificados pelos municípios no SINAN, o que pode ser devida a erros de classificação em relação aos corrimentos, sendo os corrimentos vaginais classificados como corrimentos cervicais. O estudo de prevalência das DST realizado pela Coordenação Nacional de

Dezembro 2008

DST/Aids revelou uma prevalência de 2,4% para o corrimento cervical no município de São Paulo, em mulheres que freqüentaram clínicas de DST no ano de 20051. Atualmente, no estado de São Paulo, existem 145 municípios elegíveis como prioritários e, portanto, obrigatoriamente apresentam o Plano de Ações e Metas (PAM). Desse total cerca de 20% (N=29) dos municípios prioritários não apresentaram qualquer notificação no período analisado. Vale salientar que dentre os 645 municípios do Estado, 356 (55%) também não notificaram casos de DST. A abordagem sindrômica das doenças sexualmente transmissíveis constitui uma estratégia no manejo desses agravos pelos sistemas locais de saúde, cuja sustentabilidade é dada, sobretudo, pela oportunidade na captação da demanda e tratamento de casos, contribuindo para a prevenção e controle.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1– Brasil. Ministério da Saúde. DST-AIDS. Transferência fundo a fundo na forma de incentivo. Disponível em URL < http://www.aids.gov.br/incentivo/> [ 14 outubro 2008].

73


74 2.446

GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO

GVE 25 - SANTOS

508 338 46

GVE 30 - JALES

GVE 31 - SOROCABA

GVE 32 - ITAPEVA

GVE 33 - TAUBATÉ

%

100,0

0,2

1,7

2,5

1,1

2,3

0,3

5,5

-

12,2

9,2

7,6

0,8

0,7

1,5

2,3

-

7,9

10,1

5,7

2,2

3,1

1,6

4,3

1,2

0,1

6,6

3,7

5,5

14.695

158

154

323

304

350

3

114

9

804

1.044

1.827

359

82

337

473

-

648

1.036

609

224

1.456

180

727

359

58

1.936

539

582

2004 %

100,0

1,1

1,0

2,2

2,1

2,4

0,0

0,8

0,1

5,5

7,1

12,4

2,4

0,6

2,3

3,2

-

4,4

7,1

4,1

1,5

9,9

1,2

4,9

2,4

0,4

13,2

3,7

4,0

%

100,0

0,6

2,1

4,9

1,4

3,6

0,3

0,9

0,1

2,9

6,6

10,1

4,3

0,6

3,7

3,1

0,0

5,3

7,2

4,3

1,7

9,8

0,6

4,7

0,9

0,3

11,2

5,4

3,5

18.723

114

526

881

198

752

139

114

369

873

1.233

1.760

488

199

890

392

2

1.682

988

909

390

1.572

194

544

694

69

1.270

933

548

2006

Ano de notificação 2005

16.282

98

341

797

232

582

54

141

12

467

1.079

1.643

693

101

598

508

1

862

1.173

700

277

1.590

96

758

147

54

1.824

885

569

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

20.029

218

GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Total

70 461

GVE 28 - CARAGUATATUBA

-

1.837

GVE 23 - REGISTRO

1.100

1.517

GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU

GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

160

GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE

GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

297 139

GVE 20 - PIRACICABA

462

GVE 17 - CAMPINAS

GVE 19 - MARÍLIA

2.013 1.581

GVE 16 - BOTUCATU

GVE 18 - FRANCA

450 1.138

GVE 13 - ASSIS

GVE 15 - BAURU

627

GVE 12 - ARARAQUARA

GVE 14 - BARRETOS

860 323

GVE 11 - ARAÇATUBA

28 245

GVE 10 - OSASCO

GVE 8 - MOGI DAS CRUZES

GVE 9 - FRANCO DA ROCHA

742 1.320

GVE 7 - SANTO ANDRÉ

1.103

1998-2003

GVE 1 - CAPITAL

GVE de Notificação %

100,0

0,6

2,8

4,7

1,1

4,0

0,7

0,6

2,0

4,7

6,6

9,4

2,6

1,1

4,8

2,1

0,0

9,0

5,3

4,9

2,1

8,4

1,0

2,9

3,7

0,4

6,8

5,0

2,9

18.717

76

413

1.633

41

405

73

750

444

640

961

212

31

68

507

76

-

1.706

1.007

793

361

1.292

354

439

752

-

1.045

1.419

3.219

2007 %

100,0

0,4

2,2

8,7

0,2

2,2

0,4

4,0

2,4

3,4

5,1

1,1

0,2

0,4

2,7

0,4

-

9,1

5,4

4,2

1,9

6,9

1,9

2,3

4,0

-

5,6

7,6

17,2

9.108

122

151

423

106

224

27

406

172

423

662

131

30

40

322

-

-

639

590

507

283

371

239

234

337

-

259

555

1.855

2008 %

100,0

1,3

1,7

4,6

1,2

2,5

0,3

4,5

1,9

4,6

7,3

1,4

0,3

0,4

3,5

-

-

7,0

6,5

5,6

3,1

4,1

2,6

2,6

3,7

-

2,8

6,1

20,4

97.554

614

1.923

4.565

1.099

2.774

366

2.625

1.006

5.653

6.816

7.090

1.761

629

2.951

1.911

3

7.118

6.807

4.656

1.985

6.908

1.386

3.562

2.534

209

7.654

5.073

7.876

Total

100,0

0,6

2,0

4,7

1,1

2,8

0,4

2,7

1,0

5,8

7,0

7,3

1,8

0,6

3,0

2,0

0,0

7,3

7,0

4,8

2,0

7,1

1,4

3,7

2,6

0,2

7,8

5,2

8,1

%

TABELA 1 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008 1.140 135 794 160 912 196 233

GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA

GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

GVE 28 CARAGUATATUBA

GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

GVE 30 JALES

GVE 31 SOROCABA

GVE 32 ITAPEVA

GVE 33 TAUBATÉ

Masculino %

25,4

37,9

10,2

20,0

14,6

28,6

36,9

43,4

31,5

47,0

34,5

4,9

3,5

22,9

32,4

27,0

33,3

31,9

15,5

12,5

19,8

6,5

22,6

26,4

17,8

53,1

17,0

25,9

59,8

Sexo

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) razão de sexo masculino e feminino

24.805

317

GVE 25 SANTOS

Total

2.352 2.656

GVE 24 RIBEIRÃO PRETO

62 344

GVE 23 REGISTRO

GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE

GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU

956 144

GVE 20 PIRACICABA

516

GVE 19 MARÍLIA

2.269

GVE 17 CAMPINAS 1

1.056

GVE 16 BOTUCATU

GVE 18 FRANCA

394 583

GVE 15 BAURU

451

GVE 13 ASSIS

GVE 14 BARRETOS

941

451

GVE 10 OSASCO 313

111

GVE 9 FRANCO DA ROCHA

GVE 12 ARARAQUARA

1.298

GVE 8 MOGI DAS CRUZES

GVE 11 ARAÇATUBA

1.312

GVE 7 SANTO ANDRÉ

nº 4.708

GVE 1 CAPITAL

GVE de notificação nº

72.749

381

1.727

3.653

939

1.980

231

1.485

689

2.997

4.464

6.746

1.699

485

1.995

1.395

2

4.849

5.751

4.073

1.591

6.457

1.073

2.621

2.083

98

6.356

3.761

3.168

Feminino %

74,6

62,1

89,8

80,0

85,4

71,4

63,1

56,6

68,5

53,0

65,5

95,1

96,5

77,1

67,6

73,0

66,7

68,1

84,5

87,5

80,2

93,5

77,4

73,6

82,2

46,9

83,0

74,1

40,2

1/3

1/2

1/9

1/4

1/6

1/2

1/2

1/1

1/2

1/1

1/2

1/20

1/27

1/3

1/2

1/3

1/2

1/2

1/5

1/7

1/4

1/14

1/3

1/3

1/5

1/1

1/5

1/3

1/1

RazãoM/F** nº

97.554

614

1.923

4.565

1.099

2.774

366

2.625

1.006

5.653

6.816

7.090

1.761

629

2.951

1.911

3

7.118

6.807

4.656

1.985

6.908

1.386

3.562

2.534

209

7.654

5.073

7.876

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

TABELA 2 - Distribuição de casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante, sexo e razão de sexo, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

75


76

5.363

10.589

4.635

1.104

199

55

15-19

20-34

35-49

50-64

65 e +

Ignorado

Ignorado

3.723

686

7.139

De 4 a 7

De 8 a 11

De 12 e mais

Ign/Branco 100,0

35,6

3,4

18,6

30,4

9,7

2,2

48,9

0,1

0,4

7,7

3,0

39,9

0,3

1,0

5,5

23,1

52,9

15,9

1,3

26,8

73,2

%

14.695

3.639

885

4.017

4.314

1.489

351

3.092

19

73

1.865

813

8.833

55

214

1.024

3.786

7.325

2.103

188

2.643

12.052

2004

100,0

24,8

6,0

27,3

29,4

10,1

2,4

21,0

0,1

0,5

12,7

5,5

60,1

0,4

1,5

7,0

25,8

49,8

14,3

1,3

18,0

82,0

%

16.282

3.186

1.029

4.737

5.153

1.771

406

2.597

25

83

2.222

904

10.451

52

230

1.306

4.270

7.991

2.260

173

3.133

13.149

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

20.029

6.091

De 1 a 3

Total

440

1.950

Nenhuma

Escolaridade (em anos de estudo)

11

9.801

Indígena

Parda

75

598

1.551

Preta

Amarela

7.993

Branca

Raça/Cor

264

3.183

<= 14

Faixa etária (anos)

14.666

Masculino

1998 - 2003

Feminino

Sexo

demográficas

Características sócio2005

100,0

19,6

6,3

29,1

31,6

10,9

2,5

16,0

0,2

0,5

13,6

5,6

64,2

0,3

1,4

8,0

26,2

49,1

13,9

1,1

19,2

80,8

%

18.723

3.343

1.407

5.645

5.904

2.015

409

2.998

13

113

2.875

1.114

11.610

61

227

1.432

4.852

9.207

2.691

253

3.864

14.859

2006

Ano de notificação

100,0

17,9

7,5

30,2

31,5

10,8

2,2

16,0

0,1

0,6

15,4

5,9

62,0

0,3

1,2

7,6

25,9

49,2

14,4

1,4

20,6

79,4

%

18.717

3.833

679

3.156

10.200

750

99

2.513

51

151

3.532

1.294

11.176

1

254

1.395

4.704

9.609

2.546

208

6.579

12.138

2007

100,0

20,5

3,6

16,9

54,5

4,0

0,5

13,4

0,3

0,8

18,9

6,9

59,7

0,0

1,4

7,5

25,1

51,3

13,6

1,1

35,1

64,9

%

9.108

2.349

286

1.999

3.964

453

57

1.349

25

47

1.841

623

5.223

-

133

743

2.242

4.579

1.266

145

3.223

5.885

2008

100,0

25,8

3,1

21,9

43,5

5,0

0,6

14,8

0,3

0,5

20,2

6,8

57,3

-

1,5

8,2

24,6

50,3

13,9

1,6

35,4

64,6

%

Total

97.554

23.489

4.972

23.277

35.626

8.428

1.762

22.350

144

542

13.886

5.346

55.286

224

1.257

7.004

24.489

49.300

14.049

1.231

24.805

72.749

TABELA 3 - Casos notificados de DST segundo características sócio-demográficas, por ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

100,0

24,1

5,1

23,9

36,5

8,6

1,8

22,9

0,1

0,6

14,2

5,5

56,7

0,2

1,3

7,2

25,1

50,5

14,4

1,3

25,4

74,6

%

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008 8

GVE 33 - TAUBATÉ

<=14 %

1,3

1,3

1,1

0,9

1,5

1,8

0,3

1,1

1,8

1,6

1,5

1,5

0,9

1,1

1,5

1,7

-

0,7

1,2

1,3

2,8

1,1

1,5

1,8

1,7

1,4

1,2

0,9

0,7

14.049

98

293

689

157

487

64

223

181

1.109

998

823

186

86

447

343

2

932

1.015

778

342

810

239

631

383

31

1.049

743

910

%

14,4

16,0

15,2

15,1

14,3

17,6

17,5

8,5

18,0

19,6

14,6

11,6

10,6

13,7

15,1

17,9

66,7

13,1

14,9

16,7

17,2

11,7

17,2

17,7

15,1

14,8

13,7

14,6

11,6

15 a 19 nº

292

909

2.209

438

1.332

212

1.298

524

3.181

3.557

3.273

760

311

1.517

928

1

3.954

3.243

2.225

1.001

3.185

678

1.731

1.282

117

3.864

2.677

4.601

%

50,5

47,6

47,3

48,4

39,9

48,0

57,9

49,4

52,1

56,3

52,2

46,2

43,2

49,4

51,4

48,6

33,3

55,5

47,6

47,8

50,4

46,1

48,9

48,6

50,6

56,0

50,5

52,8

58,4

20 a 34

49.300

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal

1.231

22

Total

39

GVE 32 - ITAPEVA

1

GVE 28 - CARAGUATATUBA

GVE 31 - SOROCABA

28

GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 51

18

GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

16

90

GVE 25 - SANTOS

GVE 30 - JALES

102

GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

103

44

GVE 20 - PIRACICABA

GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO

33

GVE 19 - MARILIA

GVE 23 - REGISTRO

-

GVE 18 - FRANCA

7

51

GVE 17 - CAMPINAS

15

84

GVE 16 - BOTUCATU

GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU

59

GVE 15 - BAURU

GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE

76 56

GVE 14 - BARRETOS

GVE 12 - ARARAQUARA

GVE 13 - ASSIS

65 21

GVE 11 - ARAÇATUBA

3 44

GVE 10 - OSASCO

91

GVE 8 - MOGI DAS CRUZES

GVE 9 - FRANCO DA ROCHA

46

GVE 7 - SANTO ANDRÉ

nº 58

GVE 1 - CAPITAL

GVE de notificação nº

24.489

151

515

1.255

311

635

61

789

198

986

1.552

1.891

656

175

707

455

-

1.628

1.808

1.186

432

2.117

317

850

639

45

2.078

1.285

1.767

%

25,1

24,6

26,8

27,5

28,3

22,9

16,7

30,1

19,7

17,4

22,8

26,7

37,3

27,8

24,0

23,8

-

22,9

26,6

25,5

21,8

30,6

22,9

23,9

25,2

21,5

27,1

25,3

22,4

35 a 49

Faixa etária (anos) nº

7.004

54

152

320

143

214

21

227

71

234

470

781

122

39

210

125

-

457

561

353

133

613

107

247

164

9

433

278

466

50-64 %

7,2

8,8

7,9

7,0

13,0

7,7

5,7

8,6

7,1

4,1

6,9

11,0

6,9

6,2

7,1

6,5

-

6,4

8,2

7,6

6,7

8,9

7,7

6,9

6,5

4,3

5,7

5,5

5,9

1.257

10

29

48

28

44

4

52

14

43

132

196

19

11

22

25

-

80

93

32

15

91

23

29

17

4

92

34

70

65 e + %

1,3

1,6

1,5

1,1

2,5

1,6

1,1

2,0

1,4

0,8

1,9

2,8

1,1

1,7

0,7

1,3

-

1,1

1,4

0,7

0,8

1,3

1,7

0,8

0,7

1,9

1,2

0,7

0,9

224

1

3

5

6

11

3

8

-

10

5

23

3

0

4

2

-

16

3

23

6

16

1

9

5

-

47

10

4

0,2

0,2

0,2

0,1

0,5

0,4

0,8

0,3

-

0,2

0,1

0,3

0,2

-

0,1

0,1

-

0,2

0,0

0,5

0,3

0,2

0,1

0,3

0,2

-

0,6

0,2

0,1

%

Ignorada

TABELA 4 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e faixa etária, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

77


78 Masculino %

100,0

22,1

-

6,0

44,8

7,6

19,6

Sexo nº

72.749

944

45.026

967

17.079

1.847

6.886

1.255 20.029

R36 - Sínfrome do corrimento uretral

Total

%

100,0

6,3

37,6

2,6

29,4

3,6

20,6

14.695

844

8.221

248

3.585

477

1.320

2004 %

100,0

5,7

55,9

1,7

24,4

3,2

9,0

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) CID10 - Classificação Internacional de Doenças - Décima Revisão

7.525

511

5.889

725

4.124

1998-2003

N72 - Síndrome do corrimento cervical

vírus do herpes simples)

(excluindo infec. anogenitais pelo

N48.5 - Síndrome da úlcera genital

HPV (apenas 1º episódio)

A63.0 - Verrugas anogenitais/

(apenas 1º episódio)

A60 - Infecções anogenitais pelo vírus herpes simples

A53.0 - Sífilis latente

Agravo (CID 10)** nº

16.282

887

9.281

314

3.959

490

1.351

%

100,0

5,4

57,0

1,9

24,3

3,0

8,3

18.723

1.019

10.050

388

5.166

653

1.447

2006

Ano de notificação 2005

%

100,0

5,4

53,7

2,1

27,6

3,5

7,7

18.717

1.540

7.043

699

6.203

933

2.299

% 2,5

9,5

100,0

8,2

37,6

3,7

33,1

5,0

12,3

%

100,0

1,3

61,9

1,3

23,5

2007

Feminino

TABELA 6 - Casos notificados de DST segundo agravo e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) CID10 - Classificação Internacional de Doenças - Décima Revisão (***) Excluídos 499 casos c om agravo inconsistente para o sexo masculino

24.306***

R36 - Sínfrome do corrimento uretral

Total

5.360

N72 - Síndrome do corrimento cervical

anogenitais pelo vírus do herpes simples)

1.449

10.897

A63.0 - Verrugas anogenitais/HPV (apenas 1º episódio)

N48.5 - Síndrome da úlcera genital (excluindo infec.

1.841

A60 - Infecções anogenitais pelo vírus herpes simples (apenas 1º episódio)

nº 4.759

A53.0 - Sífilis latente

Agravo (código CID 10)**

TABELA 5 - Casos notificados de DST segundo agravo e sexo, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

9.108

759

3.405

256

3.174

410

1.104

2008

100,0

8,3

37,4

2,8

34,8

4,5

12,1

%

97.055***

6.304

45.026

2.416

27.976

3.688

11.645

97.554

6.304

45.525

2.416

6,5

46,4

2,5

28,8

3,8

%

100,0

6,5

46,7

2,5

28,7

3,8

11,9

100,0

27.976

3.688

% 12,0

Total

11.645

Total

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

Dezembro 2008


Dezembro 2008 291 238 209

GVE 31 - SOROCABA

GVE 32 - ITAPEVA

GVE 33 - TAUBATÉ

%

11,9

34,0

12,4

6,4

8,6

14,1

22,4

53,6

9,3

16,0

14,1

1,2

4,2

16,9

12,7

5,9

33,3

16,2

5,0

4,8

10,2

1,7

11,8

10,4

6,9

23,9

12,1

7,9

26,5

3.688

12

58

119

33

213

6

111

26

375

312

87

6

19

148

57

-

280

129

102

106

74

67

123

116

16

285

215

593

A60 %

3,8

2,0

3,0

2,6

3,0

7,7

1,6

4,2

2,6

6,6

4,6

1,2

0,3

3,0

5,0

3,0

-

3,9

1,9

2,2

5,3

1,1

4,8

3,5

4,6

7,7

3,7

4,2

7,5

A63.0

27.976

205

427

1.595

214

826

171

559

595

3.020

2.482

464

50

243

1.030

892

1

2.090

1.507

1.385

622

552

419

1.375

1.000

72

1.434

1.559

3.187

Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Agravos CID 10: A53.0 - Sífilis latente A60 - Infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples (apenas o primeiro episódio) A63.0 - Verrugas anogenitais/HPV (apenas o primeiro episódio) N48.5 - Síndrome da úlcera genital (excluído Infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples) N72 - Síndrome do corrimento cervical R36 - Síndrome do corrimento uretral

11.645

94

GVE 30 - JALES

Total

82 391

GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

GVE 28 - CARAGUATATUBA

94 1.408

GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

86

GVE 23 - REGISTRO 962

74

GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU

907

106

GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE

GVE 25 - SANTOS

374

GVE 20 - PIRACICABA

GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO

113

1.153

GVE 17 - CAMPINAS

GVE 19 - MARILÍA

343

GVE 16 - BOTUCATU 1

223

GVE 15 - BAURU

GVE 18 - FRANCA

118 203

163

GVE 12 - ARARAQUARA

GVE 14 - BARRETOS

370

GVE 11 - ARAÇATUBA

GVE 13 - ASSIS

50 174

GVE 10 - OSASCO

929

GVE 8 - MOGI DAS CRUZES

GVE 9 - FRANCO DA ROCHA

400

GVE 7 - SANTO ANDRÉ

nº 2.089

A53.0

GVE 1 - CAPITAL

GVE de notificação %

28,7

33,4

22,2

34,9

19,5

29,8

46,7

21,3

59,1

53,4

36,4

6,5

2,8

38,6

34,9

46,7

33,3

29,4

22,1

29,7

31,3

8,0

30,2

38,6

39,5

34,4

18,7

30,7

40,5

2.416

14

9

74

3

85

2

51

35

152

172

49

1

7

72

28

-

268

64

43

53

44

39

63

43

11

292

311

431

N48.5

Agravo (CID 10)** %

2,5

2,3

0,5

1,6

0,3

3,1

0,5

1,9

3,5

2,7

2,5

0,7

0,1

1,1

2,4

1,5

-

3,8

0,9

0,9

2,7

0,6

2,8

1,8

1,7

5,3

3,8

6,1

5,5

45.525

150

1.140

2.293

713

951

60

343

162

525

2.187

6.239

1.617

219

1.151

599

-

2.815

4.471

2.828

934

5.944

602

1.476

1.096

38

4.012

2.242

718

N72 %

46,7

24,4

59,3

50,2

64,9

34,3

16,4

13,1

16,1

9,3

32,1

88,0

91,8

34,8

39,0

31,3

-

39,5

65,7

60,7

47,1

86,0

43,4

41,4

43,3

18,2

52,4

44,2

9,1

6.304

24

51

193

42

308

45

153

94

674

701

165

13

35

176

222

1

512

293

75

67

176

96

155

105

22

702

346

858

R36 %

6,5

3,9

2,7

4,2

3,8

11,1

12,3

5,8

9,3

11,9

10,3

2,3

0,7

5,6

6,0

11,6

33,3

7,2

4,3

1,6

3,4

2,5

6,9

4,4

4,1

10,5

9,2

6,8

10,9

97.554

614

1.923

4.565

1.099

2.774

366

2.625

1.006

5.653

6.816

7.090

1.761

629

2.951

1.911

3

7.118

6.807

4.656

1.985

6.908

1.386

3.562

2.534

209

7.654

5.073

7.876

Total

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

100,0

%

TABELA 7 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e agravo notificado, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*

Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1

79


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Elisebete Taeko Onaga, Herculano D. R. Alencar, Mariza Vono Tancredi, Norma Suely de Oliveira Farias e Wong Kuen Alencar

U

m importante papel da epidemiologia é servir de base para o desenvolvimento de políticas relacionadas à saúde humana, incluindo a prevenção e o controle de doenças. Os achados dos estudos epidemiológicos podem ser relevantes tanto para questões da prática clínica e da saúde comunitária quanto para abordagens populacionais para a prevenção de doenças e promoção da saúde1.

Homens trabalhadores de pequenas indústrias: Foram captados nas linhas de produção de micro e pequenas indústrias (um máximo de 99 empregados), que fossem sexualmente ativos e que não tivessem utilizado antibióticos nos 15 dias anteriores, em número de 3.600 (600 por cidade). Para o Município de São Paulo, conseguiu-se incluir no estudo 348 indivíduos (12,4%).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou em 1990, a primeira estimativa de incidência global das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e, no ano de 1999, a estimativa para a incidência de DST curáveis (gonorréia, clamídia, sífilis e tricomoníase) foi de 340 milhões de casos novos, sendo 12 milhões de casos no Brasil.

Homens e mulheres que procuraram atendimento em clínicas de DST: Foram selecionados, de maneira consecutiva, a partir de um dia aleatoriamente escolhido, entre os que procuraram atendimento em clínicas de DST (uma para cada cidade selecionada), na primeira consulta para o atual problema, de qualquer faixa etária, que não tivessem recebido tratamento ou utilizado por conta própria qualquer antibiótico ou tratamento tópico nos últimos 15 dias. Foram excluídos os que conhecessem a sua soropositividade para o HIV ou que, por este motivo, estivessem sendo atendidos nos serviços selecionados.

Considerando as dificuldades em se obter informações sobre a distribuição e freqüência dessas e outras DST no país, o Programa Nacional de DST e Aids, juntamente com as Coordenações Estaduais e Municipais, SESI, Universidades, LACEN e a Agência de Cooperação Técnica Alemã – GTZ, realizou um estudo epidemiológico tipo corte transversal, efetuado através de um inquérito populacional, em seis capitais brasileiras nas cinco macrorregiões do país, com o objetivo de conhecer a prevalência das principais infecções sexualmente transmitidas em diferentes grupos populacionais. O estudo foi desenvolvido nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Goiânia, e Fortaleza, nos anos de 2004 e 20052 . A população-alvo foi constituída de pessoas sexualmente ativas, residentes nas cidades selecionadas, abordadas em três sub-populações: 1) pessoas de ambos os sexos que buscaram assistência em clínicas selecionadas de DST, 2) gestantes em clínicas de pré-natal e 3) homens trabalhadores de pequenas indústrias. O projeto estimou um tamanho amostral de 3.600 pessoas para os grupos de gestantes e de homens trabalhadores de pequenas indústrias e de 4.560 para o grupo de pessoas que procuraram assistência em clínicas de DST, totalizando 11.760 pessoas dos três grupos para as seis cidades participantes, as quais foram recrutadas de acordo com os seguintes pressupostos: Gestantes: foram selecionadas aleatoriamente, em cada cidade, junto ao serviço de duas unidades básicas de saúde, na primeira consulta pré-natal, independentemente da idade e do período de gestação, que não tivessem sido tratadas com antibióticos ou usado qualquer substância química intravaginal nos 15 dias anteriores, em número de 3.600 (600 por cidade). Entre as gestantes que procuraram atendimento em clínicas de pré-natal a amostra foi constituída por um total de 3.303 gestantes, correspondendo a 603 (18,3%) gestantes em São Paulo, no Ambulatório de Especialidades Mauricio Patê e no Serviço de Assistência Especializada (SAE) Várzea do Carmo.

80

Foi incluído um total de 3.210 pessoas nas seis capitais, sendo 684 (21,3%) o número obtido na cidade de São Paulo para as principais síndromes de DST (corrimento vaginal, corrimento uretral, úlcera genital) e verrugas genitais. Os serviços selecionados foram o Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids de São Paulo e o Serviço de Assistência Especializada (SAE) Campos Elíseos2 . Os resultados das prevalências de DST e síndromes, em cada grupo populacional, no Município de São Paulo são apresentados na quadro 1. Para a população masculina atendida em clínicas de DST, nota-se que, para as síndromes, a mais freqüente foi o corrimento uretral (40%). Em relação aos diagnósticos etiológicos de DST, o HPV de médio e baixo risco foi o de maior prevalência (30,3%), enquanto que a prevalência do HPV de alto risco foi 19,5%, e da infecção por clamídia 17,5%. A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) foi a DST de menor ocorrência nessa população (2,2%). Nas mulheres, a maior prevalência entre as síndromes foi o corrimento vaginal (37,5%) e a menor o corrimento cervical (2,4%). Entre as DST identificadas por diagnóstico etiológico em mulheres, observou-se que o HPV total foi o mais prevalente (36,3%), sendo superior a prevalência registrada entre os homens. As menores prevalências de DST no sexo feminino foram para a infecção pelo HIV (0,7%), para o vírus da hepatite B (0,7%) e para a gonorréia (0,9%). A prevalência de clamídia (5,5%) contrastou com aquela encontrada entre os homens, sendo cerca de três vezes menor. Nas gestantes, também o corrimento vaginal foi a mais freqüente das síndromes com 19,6% contra 2,8% do corrimento cervical. O HPV total apresentou a mais alta prevalência: 35,2%, achado semelhante ao da população de mulheres em geral

Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

atendidas em clínicas de DST. Os menores percentuais de DST diagnosticadas em gestantes foram também para a gonorréia (0,2%), HIV (0,3%) e HBV (1,3%). No que concerne aos homens trabalhadores em pequenas indústrias, foram realizados exames apenas para sífilis, gonorréia, clamídia e HBV, com uma prevalência de 3,4%, 0,4%, 1,6% e 1,6%, respectivamente. A OMS estabeleceu que as DST representam ônus para uma população quando: •

A prevalência das DST curáveis na população em geral se situa em, ou cerca de 5%;

A prevalência da sífilis em gestantes é maior que 1%;

A prevalência das DST curáveis é maior que 10% em certas sub-populações (profissionais do sexo, jovens, usuários de drogas injetáveis e outras)3.

Entre as limitações desse estudo devemos apontar que o mesmo não é representativo para o Município de São Paulo

como um todo, da mesma forma que não o é para o Brasil, os resultados obtidos permitem realizar inferências sobre algumas características da população sexualmente ativa das seis cidades, além de facilitar a identificação dos fatores que incrementam sua vulnerabilidade para adquirir DST, assim como os comportamentos de risco que incidem nas elevadas taxas de infecções verificáveis em determinadas sub-populações. Conhecer a prevalência das DST é, portanto, um indicador de vital importância para gestores e gerentes dos programas de prevenção e controle nos níveis local e nacional, visto que esse dado permite avaliar se essas doenças representam ou não um ônus relevante para os serviços de saúde e, com base nisso, tomar decisões para intervenções de importância ou advogar pela alocação de novos recursos humanos, materiais e financeiros.1 Concluímos, portanto que a existência, no Município de São Paulo, de uma prevalência de sífilis em gestantes de 2,3% e de DST curáveis de 5,4% representam um grave ônus para a população, da mesma forma que ocorre nas demais cidades participantes do estudo.

QUADRO 1 - Prevalência de DST e agravos sindrômicos em gestantes, homens e mulheres em clínicas de DST e homens trabalhadores de indústrias no município de São Paulo, 2005 DST/Agravos Sindrômicos Total *

Mulheres em Clínicas de DST

Gestantes

Homens em Clínicas de DST

Trabalhadores de indústria

São Paulo

Brasil

São Paulo

Brasil

São Paulo

Brasil

São Paulo

Brasil

n= 603

n=3.303

n= 471

n=2.274

n= 213

n=936

n= 348

n=2.814

%

%

%

%

%

%

%

%

40,0

43,3

Síndrome Corrimento uretral Corrimento vaginal

19,6

32,0

37,5

Corrimento cervical

2,8

10,9

2,4

40,2 4,2

Verrugas

1,8

5,7

22,3

21,5

26,8

36,8

Úlceras

2,0

5,4

7,4

8,6

24,9

16,6

Vesículas

0,8

1,3

3,2

5,2

11,7

6,2

DST Sífilis

2,3

2,6

2,8

3,4

4,8

3,3

3,4

1,9

Gonorréia

0,2

1,5

0,9

3,3

16,9

18,5

0,4

0,9

Clamídia

9,1

9,4

5,5

7,3

17,5

13,1

1,6

3,4

1,6

0,9

HIV

0,3

0,5

0,7

0,6

3,7

1,7

HBV**

1,3

0,9

0,7

0,7

2,2

1,6

HPV TOTAL***

35,2

40,4

36,3

44,7

27,2

32,6

HPV AR***

27,3

33,5

30,4

38,0

19,5

21,9

HPV MBR***

13,0

17,4

18,3

26,1

30,3

38,1

Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Programa Nacional DST/Aids * O número total não se aplica igualmente à todas as DST ** Prevalência de HBV estimada com base em resultados de teste para HBs Ag *** O cálculo do HPV total não é a soma de HPV AR (alto risco) e HPV MBR (médio e baixo risco), mas corresponde ao somatório das capturas híbridas positivas Exames não realizados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- Gordis, Leon. Epidemiologia. Segunda Edição, Capítulo 18, Epidemiologia e Políticas Públicas. Editora Revinter, pag. 277-288, 2004. 2- Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e AIDS. Prevalências e freqüências relativas de Doenças Sexual-

Dezembro 2008

mente Transmissíveis (DST) em populações selecionadas de seis capitais brasileiras, 2005. 3- OMS/OPS. Infecciones de Transmisión Sexual: Marco de referencia para la prevención, atención y control de las ITS. Herramientas para su implementación. OPS, UNIDADE DE HIV/AIDS/DST. Grupo de Trabalho Técnico. DST – PAC. JUNHO DE 2004.

81


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

CIRCUNCISÃO MASCULINA COMO MÉTODO DE PREVENÇÃO PARA HIV E DST: EFICÁCIA E FACTIBILIDADE Naila J. Seabra Santos Elvira Ventura Filipe

Introdução

Os três ensaios clínicos

Em 28/03/2007 a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), após uma consulta internacional para discutir a circuncisão masculina como política de saúde, lançou o documento: “New data on male circumcision and HIV prevention: policy and programe implications” (Novos dados sobre circuncisão masculina e prevenção do HIV: implicações políticas e programáticas). Nele, as Organizações reconhecem que a circuncisão masculina pode ser uma intervenção eficaz para a prevenção do HIV em homens heterossexuais. Reconhecem também que promover a circuncisão masculina pode ser uma estratégia adicional importante para diminuir o risco de transmissão do HIV da mulher para o homem, e fazem recomendações sobre a sua aplicação como medida de saúde pública (WHO/ UNAIDS, 2007). No documento as Organizações afirmam que o impacto da circuncisão masculina será maior onde a transmissão heterossexual do HIV é predominante e referencia o estudo de Williams e colaboradores (2006) que demonstra que em 20 anos na África subsaariana, a aplicação da circuncisão masculina poderá prevenir 5,7 milhões de casos novos de HIV e três milhões de mortes.

O estudo realizado na África do Sul – The South África Orange Farm Intervention Trial - (Auvert et al., 2005) recrutou 3274 homens, de 18 a 24 anos de idade, não circuncidados. Eles foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos e acompanhados nos meses 3, 12 e 21 do estudo. A circuncisão foi oferecida para o grupo de intervenção logo após o sorteio e para o grupo controle ao fim do acompanhamento. No grupo de intervenção houve 20 infecções (taxa de incidência de 0,85) e no grupo controle 49 (taxa de incidência de 2,1), o que significou um risco relativo de 0,4 (IC 95%, p < 0,001). Este risco correspondeu a uma proteção de 60%. O estudo foi interrompido seguindo determinação do comitê de ética, quando os pesquisadores concluíram que havia forte evidência de proteção, com redução importante do risco de infecção pelo HIV nos homens que haviam sido circuncidados no início do estudo.

As recomendações apresentadas no documento da OMS/ UNAIDS foram baseadas em estudos epidemiológicos, mas principalmente nos resultados de três ensaios clínicos realizados na África do Sul (Auvert et al., 2005), Quênia (Bailey et al., 2007) e em Uganda (Gray et al., 2007). Desde os anos 1990 inúmeros estudos sobre a circuncisão masculina e fatores de risco para contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST) e para a transmissão do HIV na população heterossexual têm sido realizados. Uma revisão dos estudos sobre circuncisão masculina publicada em 2001 (Bailey, Plummer, & Moses, 2001), mostrava a sua efetividade para reduzir a incidência de HIV, embora os autores apontassem que as limitações dos estudos epidemiológicos não permitissem recomendar a circuncisão como medida de prevenção ao HIV. Mais recentemente, uma revisão da Biblioteca Cochrane (Siegfried et al., 2007) sugeria que a circuncisão masculina era fator protetor contra a infecção pelo HIV em homens e que poderia contribuir para a prevenção do HIV. Como os estudos analisados eram observacionais suas limitações inerentes, não permitiam recomendar a circuncisão como medida de prevenção ao HIV. Os autores concluíram que a circuncisão masculina só poderia ser indicada como uma intervenção de saúde pública, após uma análise cuidadosa dos ensaios clínicos (descritos a seguir), que estavam sendo realizados, quando a revisão foi feita.

82

Já o estudo realizado em Rakai, Uganda (Gray et al., 2007) recrutou 4996 homens não circuncidados com idade entre 15 e 49 anos que foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. Os homens do grupo de intervenção foram circuncidados imediatamente (n = 2474) e os do grupo controle após 24 meses do início do estudo (n = 2522). No grupo de intervenção, a incidência de HIV foi de 0,66 por 100 pessoas ano enquanto no grupo controle foi de 1,33 por 100 pessoas ano. A eficácia foi de 55% (IC 95% 22–75; p=0·002). O outro ensaio clínico foi realizado em Kisumu, Quênia (Bailey et al., 2007) e recrutou 2784 homens com idade entre 18 e 24 anos. No grupo de intervenção (n = 1391) os participantes foram circuncidados no início do estudo e no grupo controle (n = 1393) após 24 meses. A incidência de HIV após dois anos foi de 2,1% no grupo de intervenção (IC 95% 1,2-3,0) e de 4,2% no grupo controle (3,0-5,4) (p=0,0065). O risco relativo para adquirir HIV no grupo de intervenção foi de 0,47 (0,28-0,78), o que correspondeu a uma redução no risco de adquirir HIV de 53%. O estudo terminou antes do tempo previsto depois que a terceira análise interina foi revisada pelos comitês de monitoramento. Controvérsias sobre o término dos ensaios clínicos antes do tempo previsto devido aos aparentes benefícios encontrados Recentemente tem havido controvérsias e questionamentos a respeito da freqüência e do número de ensaios clínicos que terminam antes do tempo previsto devido aos benefícios encontrados pela intervenção ou tratamento avaliado (Montori et al., 2005; Mueller, Montori, Bassler, Koenig & Guyatt, 2007; Pocock, 2005). Uma revisão sistemática sobre a qualidade dos

Dezembro 2008


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ensaios clínicos terminados antes do previsto devido aos benefícios encontrados (Montori et al., 2005) indica que os resultados desses estudos devem ser considerados com cuidado e crítica. De 143 estudos identificados na revisão, a maioria deles (92) era de medicamentos financiados pela indústria em câncer, cardiologia e HIV. Os autores observaram que a proporção de ensaios clínicos que terminam antes tem aumentado significativamente: de 0,5% em 1990-1994 para 1,2% em 2000-2004.

e não circuncidados e presença de DST em um estudo realizado na Nova Zelândia (Dickson, van Roode, Herbison, & Paul, 2008). Homens nascidos em 1972 e 1973 foram entrevistados na idade adulta aos 18, 21, 26 e 32 anos. A porcentagem de homens que tiveram alguma DST foi praticamente a mesma: 23,4% para toda a coorte, 23,4% para os circuncidados e 23,5% para os não circuncidados. Também não houve diferenças entre os grupos para DST específicas.

Do ponto de vista metodológico a decisão de terminar os ensaios clínicos mais cedo também é controversa. Pocock (2005) recomenda que a decisão de terminar um ensaio clínico tenha um limite estatístico do resultado primário pré-definido e que esse limite seja rigoroso (por exemplo, evidência muito forte das diferenças do tratamento com um valor de p muito pequeno). Além disso, os benefícios dos estudos que terminam antes, frequentemente não se mantêm se avaliados por mais tempo e os efeitos do tratamento são geralmente superestimados (Montori et al., 2005). No caso dos ensaios clínicos sobre a circuncisão pode-se argumentar que não se sabe se os efeitos encontrados se manteriam caso os estudos continuassem por mais tempo.

Estudos realizados em outros países ocidentais como os Estados Unidos (Laumann, Masi, & Zuckerman, 1997), Grã Bretanha (Dave et al., 2003) e Austrália (Richters, Smith, de Visser, Grulich, & Rissel, 2006) para avaliar os efeitos da circuncisão e DST também não encontraram diferenças entre homens circuncidados e não circuncidados para adquirir DST.

Efeito Protetor da Circuncisão Masculina – Mecanismos biológicos Os mecanismos biológicos considerados responsáveis pelo efeito protetor da circuncisão nos homens parecem estar associados a dois fatores biológicos: a remoção das células de Langerhans do prepúcio e a queratinização da mucosa da glande do pênis (Quinn, 2007). Remoção das células de Langerhans: A face interna do prepúcio contém células de Langerhans, que são ricas em receptores do vírus. A circuncisão removeria o local de entrada do HIV (Quinn, 2007). No entanto, de acordo com Cold & Taylor (1999) a circuncisão não remove totalmente essas células e mesmo após o procedimento há células de Langerhans na haste peniana. Queratinização: a circuncisão leva a um aumento da queratinização da mucosa da glande, cobrindo toda a superfície do pênis. Como a glande se torna mais seca e dura, diminui o atrito e fornece uma barreira protetora contra a infecção pelo HIV (Quinn, 2007). Há ainda um terceiro mecanismo indireto considerado protetor. A circuncisão diminui o risco de úlcera genital, que está associada com aumento do risco de infecção e transmissão do HIV (Weiss, Thomas, Munabi, & Hayes, 2006), portanto a circuncisão diminuiria o risco do HIV. Circuncisão e Doenças Sexualmente Transmissíveis Os estudos sobre a associação da circuncisão com as DST são contraditórios. Uma revisão bibliográfica publicada em 1999 (van Howe, 1999) concluiu que não havia evidências epidemiológicas que indicassem que a circuncisão protegia contra as DST. Já a revisão de Weiss et al. (2006) mostra que os homens circuncidados apresentavam menos risco para úlcera genital e sífilis, mas não para herpes simples. Por outro lado, não foram encontradas diferenças entre homens circuncidados

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Circuncisão e prevenção de DST/HIV nas mulheres Um número menor de estudos discute o efeito da circuncisão masculina como forma de prevenção para as mulheres. Em um estudo realizado em Uganda e no Zimbábue (Turner et al., 2007) não foi encontrada associação entre o risco de HIV em mulheres e a circuncisão de seus parceiros principais. As análises não ajustadas indicaram que as mulheres com parceiros circuncidados tinham menos risco para HIV do que aquelas com parceiros não circuncidados. No entanto, o efeito protetor desapareceu nas análises ajustadas para outros fatores de risco. Já um estudo caso-controle no Quênia indicou que as mulheres que tinham parceiros não circuncidados tinham o risco para HIV aumentado em três vezes (Hunter, Maggwa, Mati, Tukei, & Mbugua, 1994). A análise de uma série de estudos caso-controle sobre os efeitos da circuncisão e infecção por HPV em homens e o risco de câncer cervical das suas parceiras indicou que a circuncisão pode ter um efeito protetor (Castellsagué et al., 2002). O HPV foi detectado em 19,6% dos homens não circuncidados e em 5,5% dos circuncidados (p<0,001). Estes tiveram menos probabilidade de ter infecção por HPV. As mulheres monogâmicas de parceiros circuncidados que tiveram seis ou mais parceiras apresentaram menos risco de câncer do que as mulheres que tinham parceiros não circuncidados. Esse mesmo estudo também avaliou a associação entre infecção por Clamidia trachomatis nas mulheres e a circuncisão de seus parceiros (Castellsague et al., 2005). Mulheres com parceiros circuncidados tiveram 5,6 vezes menos risco (OR 0,18, IC 95% 0,05-0,58, p=0,004) de soropositividade para Clamidia trachomatis. Circuncisão e homens que fazem sexo com homens Os dados de estudos sobre os efeitos da circuncisão em homens que fazem sexo com homens (HSH) apresentam resultados conflitantes. Um estudo transversal (Kreiss & Hopkins, 1993) realizado com 502 homossexuais nos Estudos Unidos, dos quais 85% eram circuncidados, mostrou que os não circuncidados apresentavam um risco duas vezes maior de adquirir o HIV. Um estudo de coorte australiano recrutou 1427 homossexuais entre 2001 e 2004 (Templeton et al., 2007). Em 2006

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Boletim Epidemiológico houve 49 soroconversões para HIV, uma taxa de incidência de 0,80 por 100 pessoas ano, mas não houve associação entre ser circuncidado e a soroconversão. Entre os homens que relataram não ter praticado sexo anal insertivo houve nove soroconversões, uma taxa de incidência de 0,35 por 100 pessoas ano A análise deste grupo também não mostrou associação entre circuncisão e soroconversão para HIV (RR 0-99, IC 95% 0,25-3,96). Em um estudo para verificar a factibilidade de realizar um ensaio clínico sobre circuncisão no Peru e no Equador 2048 homossexuais foram recrutados (Guanira et al., 2007). A taxa de circuncisão foi de 3,7% e não foram encontradas diferenças entre a taxa de circuncisão e soropositividade para HIV e sífilis. Recentemente, uma meta-análise dos estudos sobre a associação entre circuncisão masculina e risco para HIV e DST em HSH (Millett, Flores, Marks, Reed, & Herbst, 2008) concluiu que há necessidade de mais pesquisas. A chance de ser HIV positivo entre os HSH circuncidados foi menor do que entre os não circuncidados, mas a diferença não foi estatisticamente significativa (OR 0,86, IC 95% 0,65-1,13). Similarmente, entre os HSH que tinham o sexo anal insertivo como prática sexual principal, a circuncisão teve um efeito protetor para o HIV, que não foi estatisticamente significativa (OR 0,47, IC 95% 0,32-0,68). A circuncisão só mostrou associação estatisticamente significativa com proteção para o HIV nos estudos realizados antes da introdução da terapia anti-retroviral. E, com relação a outras DST não houve associação com a circuncisão. Aceitação da circuncisão masculina Os estudos sobre a aceitabilidade da circuncisão indicam uma grande variação no grau de aceitação. Uma revisão da literatura sobre a aceitação da circuncisão masculina na África subsaariana (Westercamp & Bailey, 2007) mostrou que entre homens não circuncidados a aceitação variou de 29 a 87% com média de 65%. Entre as mulheres que eram favoráveis a circuncisão de seus parceiros a média foi de 69% com variação de 47 a 79%. Scott, Weiss & Viljoen (2005) em estudo realizado na África do Sul encontraram que 56% dos homens aceitavam a circuncisão e 68% das mulheres disseram que preferiam que seus parceiros fossem circuncidados. Os motivos para a aceitação da circuncisão pelos homens incluem: crenças sobre a sua influência no prazer sexual próprio ou no da parceira (Mattson, Bailey, Muga, Poulussen & Onyango, 2005; Ngalande, Levy, Kapondo, & Bailey, 2006; Scott et al., 2005) e proteção contra câncer genital, DST, HIV/Aids (Lagarde, Dirk, Puren, Reathe, & Auvert, 2003; Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006; Soori et al., 2001). Outros fatores como: maior nível educacional (Scott et al., 2005; Soori et al., 2001), ser solteiro (Scott et al., 2005), ser jovem (Soori et al., 2001), e a higiene genital (Ngalande et al., 2006; Soori et al., 2001) também parecem influenciar a aceitação da circuncisão. Já os fatores que dificultam a aceitação da circuncisão incluem: medo de infecção (Ngalande et al., 2006), dor (Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006; Scott et al., 2005), sangramento (Ngalande et al., 2006), custo do procedimento (Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006) e medo da morte (Scott et al., 2005).

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Efeitos adversos e a segurança da aplicação da circuncisão masculina Em função dos resultados aparentemente benéficos e promissores dos estudos realizados, a circuncisão masculina já vem sendo introduzida em determinadas populações em alguns países da África subsaariana. Isso gera preocupação com a segurança da sua aplicação em um grande número de homens adultos nessa região (Bailey, Egesah, & Rosenberg, 2008). Os dados existentes sugerem que a circuncisão realizada em recém nascidos ou na infância em condições adequadas acarreta poucos efeitos adversos (Bailey et al., 2008). Contrariamente, quando realizada sem segurança pode levar a eventos adversos como: hemorragias, infecção no ferimento, inchaço e retenção de urina (Krieger et al., 2005; Bailey et al., 2008). Uma revisão dos estudos sobre a prevalência de complicações decorrentes da circuncisão masculina na África subsaariana (Muula, Prozesky, Mataya, & Ikechebelu, 2007) aponta que há necessidade de mais investigação sobre o assunto, uma vez que alguns dos estudos analisados apresentam incidências significativas de efeitos adversos. Na Nigéria, um estudo que acompanhou 370 crianças por três meses com exame físico e entrevistas com as mães, mostrou que 65 crianças haviam apresentado complicações decorrentes da circuncisão, tais como perda excessiva do prepúcio (Okeke, Asinobi, & Ikuerowo, 2005). Um estudo realizado em Bungoma no Quênia, uma região onde a circuncisão é universalmente praticada avaliou a segurança da circuncisão realizada de maneira tradicional (isto é realizada por um “especialista”, na comunidade ou em casa, sem instrumentos apropriados e assepsia adequada) e por método clínico, (ou seja, realizada em uma clínica médica e por cirurgiões) (Bailey et al., 2008). Foram entrevistados 1007 jovens com idade entre 5 e 21 anos no período entre 30 e 89 dias após a circuncisão. Aqueles que foram circuncidados por método tradicional tiveram 2,53 vezes mais chance de apresentar eventos adversos do que aqueles que foram circuncidados por procedimento clínico. De 443 jovens circuncidados tradicionalmente 156 (35,2%) apresentaram eventos adversos comparado com 99 de 559 (17,7%) circuncidados clinicamente. Os efeitos adversos mais comuns foram sangramento e infecção, mas também houve dor excessiva e lacerações na glande, no escroto e nas coxas. Em 24% dos casos realizados por método tradicional e em 19% dos casos realizados clinicamente o ferimento não havia cicatrizado após 60 dias da operação, período muito longo principalmente em se tratando de jovens ativos sexualmente. Contestações sobre a aplicação da circuncisão masculina como intervenção em saúde pública A criação de programas de prevenção incentivando a circuncisão como medida de saúde pública para a prevenção da transmissão heterossexual do HIV na África subsaariana tem sido contestada devido a aspectos sociais e culturais.

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As dimensões e os significados da circuncisão masculina

Conclusões

As dimensões e significados culturais, religiosos, éticos, de direitos humanos e biomédicos da circuncisão masculina devem ser levados em consideração ao apresentá-la como intervenção para diminuir a transmissão do HIV (Dowsett & Couch, 2007; Niang & Boiro, 2007). Niang & Boiro (2007) afirmam que na África a ênfase no enfoque unicamente biológico da circuncisão masculina pode levar a crença de que ela é a solução mágica para prevenir a infecção pelo HIV o que é um engano e que pode levar a práticas sexuais de risco.

Os resultados atuais dos estudos sobre a circuncisão masculina mostram que ainda há necessidade de mais pesquisas para avaliar o impacto real que ela terá na epidemia de aids. Entretanto, algumas conclusões podem ser extraídas dos dados da literatura:

As questões de gênero – benefícios para as mulheres As evidências até o momento apontam que a circuncisão masculina é benéfica apenas no caso da transmissão do HIV de mulher para homem e somente por meio de intercurso vaginal. Assim, para que a circuncisão se torne uma medida de prevenção efetiva para as mulheres em termos populacionais, será necessário que a maioria dos homens de uma determinada população com alta prevalência de HIV seja circuncidada (Berer, 2007). A autora afirma ainda que para criar programas de prevenção que beneficiem as mulheres é preciso conhecer as características dos homens que procurarão realizar a circuncisão. E faz uma série de questionamentos para mostrar que no caso da promoção da circuncisão masculina, as mulheres dificilmente terão condições de conversar sobre o tema com seus parceiros (conforme indicado no documento da OMS/ UNAIDS) principalmente na África subsaariana. Um homem que não usa preservativos para sua proteção e a de sua(s) parceira(s) ou que não tem qualquer prática de sexo seguro concordará em ser circuncidado? E se concordar, será por qual motivo? Se as mulheres ainda têm dificuldade de negociar o uso de preservativos, como os programas de circuncisão masculina as ajudarão? (Berer, 2007). Variáveis de confusão Os efeitos protetores da circuncisão podem ser confundidos por variáveis comportamentais e culturais. Gray e co-autores (2000) afirmam que no ensaio clínico de Rakai a afiliação religiosa foi o maior determinante para ser circuncidado, o que criou problemas para a análise dos dados. Os homens circuncidados eram predominantemente mulçumanos (80,8%) e os homens mulçumanos eram circuncidados (99,1%). Ainda no mesmo estudo, o uso de álcool foi significantemente menos comum entre os circuncidados, o que é consistente com a predominância de mulçumanos entre os circuncidados. Os mulçumanos também se abstêm de álcool, variável esta que é associada a comportamentos de risco. Prevalência do HIV Uma limitação da avaliação da efetividade da circuncisão como medida de saúde pública está relacionada à prevalência do HIV. A circuncisão masculina só seria efetiva em regiões onde houvesse alta prevalência de HIV e com transmissão predominantemente heterossexual (Sullivan et al., 2007; WHO/UNAIDS, 2007). Um estudo de Drain, Halperin, Hughes, Klausner, & Bailey (2006) avaliou a relação entre a prevalência de circuncisão e DST usando dados de 118 países. A circuncisão foi associada com menor prevalência de HIV em países com transmissão do HIV principalmente por via sexual, mas não em países com transmissão do HIV primariamente por uso de drogas injetáveis.

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1. O documento da OMS/UNAIDS (2007) recomenda a circuncisão masculina somente em regiões onde a prevalência de HIV é alta entre os homens heterossexuais e apenas como medida adicional de prevenção. 2. A circuncisão masculina diminuiu o risco de infecção pelo HIV para os homens circuncidados, assim como diminui a ocorrência de úlceras genitais, que seria um fator de proteção indireto para a infecção pelo HIV. Mas esta diminuição não confere 100% de segurança. 3. Não há evidências de que a circuncisão masculina oferece proteção para as mulheres. 4. Nos países com transmissão predominantemente heterossexual do HIV, seriam necessários 10 a 20 anos de acompanhamento para que os resultados da circuncisão em massa fossem observados. 5. Várias questões sociais e culturais devem ser consideradas antes que a aplicação da circuncisão seja implantada como medida de saúde pública. 6. A apresentação da circuncisão masculina como meio de prevenção pode confundir a população e levá-la a desconsiderar a necessidade do uso de preservativos. 7. Finalmente é importante ressaltar que os programas de DST e aids devem apresentar a circuncisão masculina de maneira criteriosa e clara. Devem enfatizar que é uma intervenção importante para reduzir o risco de infecção pelo HIV no homem e por meio de intercurso vaginal. Não pode ser apresentada como uma intervenção que reduz o risco de transmissão heterossexual. Além disso, é importante enfatizar que ela não exclui os outros meios de prevenção e que o uso de preservativos ainda é o meio mais eficaz para reduzir o risco de infecção pelo HIV e outras DST.

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Montori, V.M., Devereaux, P.J., Adhikari, N.K.J., Burns, K.E.A., Eggert, C.H., Briel, M., Lacchetti, C., Leung, T.W., Darling, E., Bryant, D.M., Bucher, H.C., Schünemann, H.J., Meade, M.O., Cook, D.J., Erwin, P.J., Sood, A., Sood, R., Lo, B., Thompson, C.A., Zhou, Q., Mills, E., & Guyatt, G.H. (2005). Randomized trials stopped

WHO/UNAIDS Technical Consultation Male Circumcision and HIV Prevention: Research Implications for Policy and Programming (2007). New data on male circumcision and HIV prevention: policy and programme implications. www.who. int/hiv/mediacentre/MCrecommendations_en.pdf

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Dezembro 2008


Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

A REDE DE CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) DO ESTADO DE SÃO PAULO: DISTRIBUIÇÃO, POPULAÇÃO ATENDIDA E FATORES RELACIONADOS AO ACESSO AO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Karina Wolffenbuttel1; Alexandre Grangeiro2,Maria Mercedes Escuder3, Dulce Ferraz2,4 , Ligia Rivero Pupo3, Paulo Nico Monteiro3 1 CRT DST/AIDS SP Faculdade de Medicina da USP 3 Instituto de Saúde de São Paulo 4 Programa Nacional de DST e Aids 2

A

s principais causas de morte por aids em São Paulo e no resto do mundo estão relacionadas ao acesso tardio ao diagnóstico do HIV (Fisher, 2008), à ocorrência de falha terapêutica, à não adesão ao tratamento, ao surgimento de resistência do HIV aos medicamentos em uso e à toxicidade dos medicamentos ARV. Todas essas situações provocam o desenvolvimento da doença e a ocorrência de infecções oportunistas graves e, muitas vezes, fatais (Hacker; et al, 2007). De acordo com o relatório que avaliou a resposta brasileira à epidemia de aids, segundo as metas definidas pela Sessão Especial da Assembléia das Nações Unidas para o HIV/Aids (UNGASS), apenas 58% dos portadores de HIV que estavam em seguimento no Brasil entre 2003 e 2006 havia iniciado o tratamento oportunamente, sem apresentar sintomas ou comprometimento grave do sistema imunológico (contagem de células T-CD4 acima de 200 mm3) (Ministério da Saúde, 2008). Em resposta a essa situação, o Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo intensificou seus esforços para ampliar o acesso da população ao teste anti-HIV e melhorar a qualidade do cuidado oferecido nos serviços de saúde, priorizando populações com maior vulnerabilidade para a infecção e o desenvolvimento de aids. Nesse sentido, o Programa elaborou um plano específico de enfrentamento do problema, que foi discutido nas várias instâncias de gestão e aprovado pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB) em 15 de maio de 2008. Os objetivos do plano são: diminuir o tempo de entrega do resultado do teste anti-HIV aos usuários; garantir que as pessoas soropositivas para o HIV acessem oportunamente os serviços de referência; incluir a testagem nas estratégias prioritárias de prevenção; ampliar a testagem para HIV na rotina de serviços prestados na rede pública de saúde; informar gestores da saúde pública no estado sobre a importância do diagnóstico precoce; viabilizar a ampliação dos insumos para realização do teste HIV; elaborar uma proposta estadual de educação permanente em aconselhamento; ampliar a abrangência das ações de estímulo à testagem em parceria com a sociedade civil organizada. Na implementação do plano terão papel estratégico os serviços de saúde que ofertam o diagnóstico do HIV e que desenvolvem ações de prevenção, com ênfase para a rede de Centros

Dezembro 2008

de Testagem e Aconselhamento do estado. Esses serviços têm como missão “promover a eqüidade de acesso ao aconselhamento, ao diagnóstico do HIV, hepatites B e C e sífilis e à prevenção dessas e das demais DST, favorecendo segmentos populacionais em situação de maior vulnerabilidade, com respeito aos direitos humanos, à voluntariedade e à integralidade da atenção, sem restrições territoriais”(Ministério da Saúde, 2007). Sendo assim, a rede de CTA no estado deve contribuir para a ampliação do acesso precoce ao teste anti-HIV, principalmente entre as populações que enfrentam maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde. O presente artigo tem por finalidade apresentar as principais características da rede de CTA do estado quanto à distribuição, população atendida e acesso ao diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites B e C, discutindo os desafios que esses serviços terão para ampliar o acesso ao diagnóstico e às ações de prevenção. Os dados são provenientes do “Diagnóstico Situacional dos CTA do Brasil”, elaborado por solicitação do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto de Saúde, em parceria com o CRT DST/AIDS SP, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP (Grangeiro; et al, 2008) A pesquisa teve por objetivo realizar o diagnóstico situacional dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) existentes no Brasil, caracterizando-os em relação a: cobertura das ações; aspectos estruturais, organizacionais e operacionais; características da população atendida, os tipos de serviço ofertados; articulação com a rede pública de saúde e com organizações da sociedade civil; e tipos de aconselhamento oferecidos. Com isso, buscou identificar quantos são, onde estão, como se organizam e qual a contribuição desses serviços na promoção do acesso universal ao diagnóstico da infecção pelo HIV e outras DST e às ações de prevenção. O delineamento foi um estudo do tipo transversal, abrangendo as 27 Unidades da Federação e realizado entre agosto de 2006 e janeiro de 2007. A coleta de dados foi efetuada por meio de questionário auto-aplicado, enviado pelo correio e preenchido pelos responsáveis pelos serviços· Os resultados dessa pesquisa contribuíram para a revisão das diretrizes dos CTA que foram discutidas, em âmbito nacional,

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Boletim Epidemiológico em setembro de 2007, em seminário organizado pelo Programa Nacional de DST e Aids e, em âmbito estadual, em dezembro de 2007, em seminário realizado pela CE DST/AIDS de São Paulo em parceria com o Instituto de Saúde. (Grangeiro; et al, 2007) Este último evento, realizado em São Paulo, teve por objetivos: •

Socializar os achados produzidos no diagnóstico situacional dos CTA, com enfoque no estado de São Paulo;

Apresentar a posição do Programa Nacional DST/Aids quanto à missão, objetivos, populações prioritárias e princípios de atuação dos CTA;

Apresentar a visão da Coordenação Estadual DST/ Aids sobre o papel do CTA, a inserção destes serviços na rede de saúde e suas atividades estratégicas nas áreas de prevenção, assistência, vigilância e diagnóstico das DST e Hepatites Virais;

Aprofundar o diagnóstico e identificar, a partir dos achados da pesquisa, das propostas do PN DST/ Aids, da CE DST/Aids SP e do Programa Estadual de Hepatites Virais, bem como da visão dos profissionais, gestores e membros da sociedade civil, os principais desafios a serem enfrentados para o fortalecimento das ações dos CTA.

Características da rede, clientela e acesso ao diagnóstico dos CTA do estado de São Paulo. Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) foram implantados no país a partir de 1988 e, no estado de São Paulo, a partir de 1989, com o objetivo de agilizar e ampliar o acesso ao diagnóstico do HIV. Até dezembro de 2006 foram implantados no estado 79 CTA, dos quais 69 responderam ao questionário. Esses serviços representam uma cobertura de 57,3% da população do estado e 68,0% dos casos de aids. A população geral constitui a principal clientela atendida em 88,4% dos CTA. Quando os dados são analisados considerando as três principais clientelas atendidas, as populações vulneráveis são referidas por 78,3% (tabela 1), sendo que profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens (HSH) foram os mais referidos (46,4%), em contraposição aos usuários de drogas, que aparecem entre a clientela principal de apenas 15,9% dos serviços (Gráfico1). Ao selecionarmos os municípios com proporções de casos de aids entre HSH e UD acima da média regional, observamos que apenas 51,4% dos CTA atendem prioritariamente a população HSH e 45,9% UD; mostrando incompatibilidade entre o perfil epidemiológico dos casos de aids do município e a clientela atendida no CTA (Gráfico 2). Em 92,8% dos CTA a origem da clientela atendida é constituída principalmente por demanda espontânea. As proporções de usuários que são referenciados por projetos de prevenção e por bancos de sangue são relativamente baixas, sendo de 43,5%

88

ANO XXV – Nº 1

e 21,7%, respectivamente (Tabela 1). Quanto ao volume de testes realizados, apenas 6,2% dos serviços realizam 15 ou mais testes/dia e uma proporção expressiva (49,2%) realiza até 5 teste/dia (Tabela 1). Em contrapartida ao baixo número de exames realizados pelos serviços, a maioria (82,3%) possui proporções de soropositividade acima da observada para a população geral, isto é, acima de 1%.(Tabela 1). A maioria dos CTA possui o elenco mínimo de testes disponíveis recomendados, que são: a triagem sorológica e o confirmatório para HIV, VDRL para triagem de sífilis e os marcadores sorológicos Anti-HBc e HBs-Ag para hepatite B e anti-HCV para hepatite C. No entanto, menos da metade dos CTA entregam o resultado positivo para HIV em até 15 dias (43,5%) (tabela 2). Principalmente nos CTA do interior do estado, ter acesso ao resultado de HIV positivo leva mais de 15 dias em 77,4% dos serviços (Gráfico 3). Quanto ao retorno dos usuários para retirada de resultados dos exames, apenas 25,5% dos CTA apresentam taxas de menos 90% de retorno, não havendo variação significativa entre os serviços do interior e da Grande São Paulo. A maioria dos CTA (52,9%) tem taxa de retorno entre 76% a 90%. (Tabela 2) Quanto ao horário de atendimento, apenas 29% dos CTA atendem em horário estendido, que inclui fim de semana ou após as 18h00. Esta característica aparentemente está associada ao grande número de CTA que funcionam inseridos em outros equipamentos de saúde, que possuem horários mais restritos de atendimento. Importante ressaltar que apenas 23,2% dos CTA, não estão inseridos em outra unidade de saúde (Tabela 2). Ao relacionarmos o período de atendimento com a população atendida, o desenvolvimento de atividades extramuros e o volume de testes realizados (porte do serviço), é possível observarmos que aqueles CTA que funcionam em regime parcial, ou seja, em até 7 períodos semanais, são os que menos realizam atividades extramuros e os que menos referem atender populações vulneráveis em seus serviços (Gráfico 4). Estratégias para ampliação do diagnóstico A rede de CTA do estado vem crescendo em consonância com a diretriz programática que recomenda que todo os 145 municípios prioritários para controle da epidemia de aids no estado de São Paulo conte com pelo menos um destes serviços, com o objetivo de fortalecer e ampliar o acesso de populações mais vulneráveis à testagem, aos insumos e ações de prevenção às DST/HIV/AIDS e hepatites virais . Até outubro de 2008 foram cadastrados junto ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo 97 CTA inseridos em 60 municípios. Todos pertencem ao grupo de municípios prioritários para o controle da aids no estado, ou seja: recebem verba específica para o desenvolvimento de ações programáticas, possuem mais de 20.000 habitantes e apresentam incidência de pelo menos 25 casos de aids notificados por 100.000 habitantes. No mapa de São Paulo estão evidenciados os municípios que possuem CTA. Destacada em branco, vemos a ausência

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ANO XXV – Nº 1

de CTA nas regiões integrantes dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Registro, São João da Boa Vista, Itapeva, Taubaté, Jales e Presidente Venceslau, compostas, no conjunto, por 22 municípios prioritários (Figura 1). Os GVE com 100% dos municípios prioritários com pelo menos um CTA são os de São Paulo, Santo André, Botucatu e Presidente Prudente. Os demais GVE variam entre 14% e 67% no nível de implantação (Tabela 3).

desenvolvidas na própria sede e também em campo, como as atividades extramuros e o CTA itinerante. •

Reduzir para, no máximo, 15 dias o prazo de entrega de resultados sorológicos aos usuários conforme a resolução SS - 41, de 24 de abril de 2001.

Reduzir as taxas de abandono na busca de resultados a partir da utilização da abordagem consentida. A implantação da abordagem consentida prevista na Instrução Normativa N.1.626, de 10 de julho de 2007, do Ministério da Saúde estabelece os procedimentos e as condutas para a abordagem de pessoas submetidas a testes de HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST, e que não retornam ao estabelecimento de saúde para tomar conhecimento dos resultados dos exames, bem como àquelas que não comparecem ao tratamento já em curso. Além disso, o CTA deve responsabilizar-se por acompanhar a clientela até o momento de sua entrada na unidade em será feito acompanhamento assistencial. A isto se dá o nome de aconselhamento continuado, entendido como o acompanhamento, através da prática de aconselhamento, durante o período de assimilação do diagnóstico e de espera pela vaga agendada na referência assistencial.

Com o objetivo de ampliar o acesso de populações em situação de maior vulnerabilidade ao diagnóstico do HIV, em consonância com as diretrizes nacionais para utilização do teste rápido diagnóstico anti-HIV (TRD HIV), desde 2006 o estado de São Paulo adotou a estratégia de implantar esta metodologia diagnóstica em CTA e Serviços de Assistência Especializada em municípios prioritários que não possuem CTA. Recomenda-se, portanto, que todos os CTA do estado implantem esta estratégia diagnóstica de forma complementar à testagem convencional. Até junho de 2008, 45 CTA em todo estado estão ofertando esta modalidade diagnóstica, 25 dos quais no município de São Paulo (Tabela 4) Discussão e recomendação A contribuição dos CTA para universalizar o diagnóstico e promover a equidade depende da associação do trabalho desses serviços com outras estratégias voltadas ao mesmo objetivo. O CTA é um serviço de prevenção que responde potencialmente à equidade. No entanto, a pesquisa mostrou que para cumprir este papel, os CTA do estado devem aprimorar aspectos estruturais, organizacionais e de gestão, principalmente: •

Ampliar a rede de CTA no conjunto de municípios prioritários para o controle da epidemia de aids no estado, articulando estratégias de acesso universal e equitativo.

Adequar as ações de prevenção à realidade epidemiológica do município, priorizando as populações mais vulneráveis identificadas localmente e redirecionando suas ações de forma a acessá-las.

Definir estratégias de divulgação dos CTA e aumentar a oferta de sorologias incluindo a oferta do Teste Rápido Diagnóstico anti-HIV de forma complementar à testagem convencional. Ampliar o acesso da população aos serviços do CTA , estendendo seu funcionamento para além do horário comercial. Recomenda-se que todos CTA funcionem de 2ª a 6ª feira e, pelo menos uma vez por semana, em horário estendido (após as 18 horas ou nos fins de semana). Lembramos que o funcionamento do CTA inclui atividades

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS –

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Hacker MA, Kaida A, Hogg RS, Bastos FI. The first ten years: achievements and challenges of the Brazilian program of universal access to HIV/Aids comprehensive management and care, 1996-2006. Cad. Saúde Publica. 2007; 23 (sup 3): S345-S359.

Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Relatório do seminário “Atualização das diretrizes organizacionais dos CTA do Brasil” Brasília-DF, 2007- (mimeo)

Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. UNGASS: Resposta brasileira à epidemia de aids. 2005 – 2007. Brasília(DF), 2008. Disponível em http://www.aids.gov. br/data/documents/storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD361903553A3174%7D/%7B99A24D99-A80D-4E04-B7C2-786F24B5B689%7D/ ungas2008%20portug06-final.pdf>. [acesso em 21 de outubro de 2008].

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TABELA 1 - Caracterização da população atendida pelos CTA de São Paulo, do Sudeste e do Brasil. Brasil, 2006. São Paulo % CTA

Sudeste % CTA

Brasil %CTA

População em geral

94,2

95,2

91,9

Populações mais vulneráveis

78,3

68,3

59,7

População referenciada

46,4

54,0

52,5

5,8

28,6

52,5

Demanda espontânea

92,8

92,9

92,8

Serviços de atenção básica (UBS)

66,7

73,8

80,3

Caracterização Grupos populacionais atendidos (3 principais )

(suspeita Hepatite ou DST) Gestantes Origem da população atendida (3 principais)

Serviços de referência

46,4

55,6

58,1

Projetos de prevenção

43,5

33,3

29,1

Bancos de Sangue

21,7

20,6

16,9

49,2

47,9

40,8

44,6

39,5

41,1

6,2

12,6

18,1

0 I----- 1%

17,7

25,9

36,9

1I----- 5%

64,5

57,1

50,4

5% ou +

17,7

17,0

12,7

Porte do serviço Pequeno (até 1200 testes/ano; até 5 testes/dia) Médio (1202 a 3600 testes/ano; 6 a 15 testes/dia) Grande (3601 testes/ano ou mais; 15 testes/dia ou mais) Taxa de positividade*: N=268

*Taxa de positividade - nº testes anti-HIV positivos / nº testes anti-HIV realizados

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TABELA 2 - Características dos CTA de São Paulo, do Sudeste e do Brasil, segundo tipo de exames ofertados, tempo entrega de resultados e taxa de retorno de exames diagnósticos, tipo de inserção e períodos de atendimento nos CTA, Brasil, 2006

Características

São Paulo % CTA

Sudeste % CTA

Brasil %CTA

Cardápio Sorológico Oferta mínima de exames*

94,2

80,2

65,6

Anti-HIV: ELISA e confirmatório ou Teste

100,0

100,0

99,4

Sífilis – VDRL

100,0

91,3

87,5

Hepatite B e C: HBsAg, Anti-HBc, anti-HCV

92,8

78,6

64,4

Rápido Diagnóstico de HIV

Tempo de entrega resultado HIV confirmatório Até 15 dias

43,5

41,1

27,8

16 a 30 dias

55,1

49,2

52,2

30 dias ou +

1,4

9,7

20,1

Taxa de retorno: HIV Até 50%

-

6,4

5,0

51% a 75%

21,6

22,1

30,3

76% a 90%

52,9

47,4

41,7

90% ou +

25,5

24,2

22,9

Não inserido em serviço assistencial

23,2

16,7

18,1

Inserido em SAE

53,6

50,8

40,9

Inserido em Serviço especializado

14,5

19,8

19,4

Inserido em UBS

8,7

12,7

21,6

Parcial (até 7 períodos)

10,1

15,1

24,1

Integral (8 a 10 períodos)

60,9

60,3

64,1

Estendido (mais de 10 e/ou após 18:00 e/ou finais de semana)

29,0

24,6

11,9

Tipo de Inserção

Períodos de atendimento semanais

*Oferta mínima: Diagnóstico de HIV, triagem sorológica de sífilis e hepatites B e C - Inclui: HIVELISA e confirmatório ou TRD-HIV; e VDRL ; e Anti-HBc ou HBsAg e anti-HCV

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ANO XXV – Nº 1

TABELA 3 - Taxa de implantação dos CTA em municípios prioritários do estado de São Paulo, segundo GVE, 2008 GVE

Nº municípios

Municípios

Nº de CTA

% de

por GVE

com CTA

GVE I - CAPITAL

1

1

26

implantação* 100,0

GVE VII - SANTO ANDRÉ

6

6

16

100,0

GVE VIII - MOGI

8

2

2

25,0

GVE IX - FRANCO DA ROCHA

5

3

3

60,0

GVE X - OSASCO

10

4

4

40,0

GVE XI - ARAÇATUBA

5

2

2

40,0

GVE XII - ARARAQUARA

6

2

2

3,3

GVE XIII - ASSIS

3

2

2

66,7

GVE XIV - BARRETOS

3

2

2

66,7

GVE XV - BAURU

7

4

4

57,1

GVE XVI - BOTUCATU

3

3

3

100,0

GVE XVII - CAMPINAS

18

8

8

44,4

3

1

1

33,3

GVE XVIII - FRANCA GVE XIX - MARÍLIA

3

1

1

33,3

GVE XX - PIRACICABA

7

2

2

28,6

GVE XXI - PRESIDENTE PRUDENTE

1

1

1

100,0

GVE XXII - PRESIDENTE VENCESLAU

2

-

-

-

GVE XXIII - REGISTRO

2

-

-

-

GVE XXIV - RIBEIRÃO PRETO

8

5

7

62,5

GVE XXV - SANTOS

9

6

6

66,7

GVE XXVI - SÃO JOÃO DA BOA VISTA

6

-

-

0,0

GVE XXVII - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

3

2

2

66,7

GVE XXVIII - CARAGUATATUBA

3

1

1

33,3

GVE XXIX - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

4

1

1

25,0

GVE XXX - JALES

3

-

-

-

GVE XXXI - SOROCABA

7

1

1

14,3

GVE XXXII - ITAPEVA

1

-

-

-

GVE XXXIII - TAUBATÉ

8

-

-

-

Fonte: Cadastramento dos CTA junto ao PE DST/AIDS - até outubro de 2008 * taxa média de implantação por GVE = 42,7%

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ANO XXV – Nº 1 TABELA 4 - Distribuição dos CTA cadastrados até outubro de 2008 e implantação do Teste Rápido Diagnóstico antiHIV (TRD HIV) até junho de 2008 por município n

Município

1 Amparo 2 Andradina 3 Araçatuba 4 Araraquara 5 Assis 6 Avaré 7 Barueri 8 Batatais 9 Bauru 10 Bebedouro 11 Botucatu 12 Campinas 13 Cubatão 14 Diadema 15 Franca 16 Francisco Morato 17 Franco da Rocha 18 Guarujá 19 Itanhaém 20 Itapecerica da Serra 21 Itatiba 22 Jaboticabal 23 Jacareí 24 Jandira 25 Jaú 26 Jundiaí 27 Laranjal Paulista 28 Lençóis Paulista 29 Mairiporã 30 Marília 31 Mauá 32 Mogi das Cruzes 33 Monte Alto 34 Olímpia 35 Osasco 36 Ourinhos 37 Pederneiras 38 Piracicaba 39 Praia Grande 40 Presidente Prudente 41 Ribeirão Pires 42 Rubeirão Preto 43 Rio Claro 44 Santa Bárbara d´Oeste 45 Santo André 46 Santos 47 São Bernardo do Campo 48 São Caetano do Sul 49 São José do Rio Preto 50 São José dos Campos 51 São Paulo 52 São Sebastião 53 São Vicente 54 Sertãozinho 55 Sorocaba 56 Suzano 57 Taquaritinga 58 valinhos 59 Várzea Paulista 60 Vinhedo Total

Nº CTA

Nº CTA com TRD

cadastrados 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 11 1 1 1 1 1 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 97

HIV implantados 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 25 1 45

Fonte: Cadastramento dos CTA junto ao PE DST/AIDS até outubro de 2008

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ANO XXV – Nº 1

Gráfico 1- População atendida prioritariamentenos CTA. São Paulo, 2005 UDI

1,4

Travestis

5,8

Gestantes

5,8

Portadores de Hepatites

13

UD

15,9

Pessoas vivendo com HIV

26,1

Portadores de DST

30,4

Prof issionais do sexo

46,4

HSH

46,4

População em geral

94,2 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Gráfico 2 - Atendimento a HSH e UD em municípios com proporções de casos de aids nessas populações acima da média do estado. São Paulo, 2005.

51,4 52 51 50 49 %

45,9

48 47 46 45 44 43 HSH

UD categoria

94

Dezembro 2008


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ANO XXV – Nº 1

Gráfico 3 - Tempo de entrega de resultados de exames anti-HIV em CTA. São Paulo, 2005 90,0

até 7 dias

8 a 15 dias

mais de 15 dias

80,0

70,0

60,0

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0 GSP ELISA

Interior ELISA

GSP conf irmatório

Interior conf irmatório

Gráfico 4 - Período de atendimento por população, atividade e porte dos CTA, São Paulo, 2005 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Parcial (até 7 períodos semanais)

População Vulnerável

Dezembro 2008

Integral ( 8 a 10 períodos semanais)

Atividades Extramuros

Estendido (mais de 10 períodos ou após 18:00)

Porte Grande (15 tests/dia ou mais)

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Boletim Epidemiológico

ANO XXV – Nº 1

Figura 1 - Distribuição dos 60 municípios co CTA no estado de São Paulo por região dos Grupos de vigilância Epidemiológicados em 2008

Fonte: cadastram ento dos CTA junto ao PE DST/AIDS - ATÉ OUTUBRO DE 2008

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Dezembro 2008




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