BIKE Magazine 201

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TESTE

Texto: Gonçalo Ramalho Fotografia: Rui Botas Rider: Gonçalo Ramalho

b KTM MYROON MASTER 27,5 Super ágil e com grande rigidez lateral

MYROON NA NOVA MEDIDA Rodas de tamanho intermédio, rigidez lateral a toda a prova e equipamento sem falhas são trunfos desta KTM. A marca austríaca aposta com determinação nas rodas 27,5.

N

um mundo cada vez mais dominado pelas rodas 27,5, relembramos que este tamanho não é a solução para todos os riders nem para todos os terrenos, mas será certamente a melhor opção em XC para a maioria dos riders na maioria dos terrenos, ainda mais quando se trata de riders tugas em que a estatura média (1,73m) anda longe dos 1,81m dos holandeses. E é assim que justificamos, salientando que não queremos impingir este tamanho por uma questão de modas, mais um teste a uma hardtail de XC montada com rodas deste diâmetro. MYROON E AERA Este ano, a nivel das hardtail na KTM os destaques vão para a Aera - disponível em dois tamanhos, 27,5 e 29 – que é uma espécie de Myroon simplificada e mais económica, e para a própria Myroon que passou a existir também na versão 27,5. Para além disso, ficou mais leve cerca de 200g na versão 29. Focámo-nos na Myroon e ficámos com vontade de rolar com a Aera para ver até que ponto aquela gama mais económica compensa. EQUIPAMENTO Desta vez não nos conseguimos evadir para trilhos exóticos no hemisfério 20

sul nem tão pouco dar um saltinho ao Utah como de costume e acabámos por nos divertir pelos trilhos perto de casa. Andámos pelas aldeias de Xisto e pelos singletracks de Sintra que mais ninguém conhece, à exceção de uns escassos milhares de ciclistas como nós. Subimos, descemos, rolámos, e caímos. Acima de tudo, repetimos trilhos que tínhamos feito pouco tempo antes com uma bike semelhante no conceito e no equipamento. Este tema do equipamento não é algo que se queira evitar quando temos uma KTM. Pelo contrário, queremos mostrar aos amigos que a nossa bike vem bem equipada como nem todas vêm. Neste caso, a transmissão Shimano XT, com desviador traseiro XTR, os discos também XT com tecnologia Ice Tech e umas rodas DT Swiss XR1501 Spline tubeless ready com 1460 gramas são tudo sinais positivos. A restante parafernália de acessórios ficou entregue à Ritchey, como de costume, dos quais destacamos as dimensões ideais dos periféricos do cockpit bem como a simples afinação da inclinação do selim no respetivo espigão. Haverá quem defenda, e bem, que estes pneus não servem para fazer longas distâncias em terrenos fáceis a um bom ritmo. Os pneus, ao contrário da maioria dos

componentes, facilmente se tornam desadequados quando mudamos de terreno. E enquanto aguardamos que inventem uns pneus que se adaptem ao terreno contentamo-nos com algo polivalente como estes Schwalbe Rocket Ron 2.1 que tão bem se deram nos jardins de pedra e nos singletracks enraizados. É aqui que queremos que a Rock Shox Sid RLT esteja bem sensível e suave, o que não é difícil depois de te assegurares de que a pressão é a correta e que a recuperação está controlada. O eixo passante de 15mm faz maravilhas e deixa-nos esquecer a falta de rigidez destas suspensões no passado. Temos direito a lockout no guiador e afinação da plataforma (Motion Control DNA). Em relação à transmissão, podes optar por uma cremalheira dupla 24/38 (o nosso caso) ou tripla 22/30/40, sendo que o tipo de terreno por onde andas vai ser decisivo na escolha. GENICA, ACIMA DE TUDO Acima de tudo, o que devemos saber é que se trata de uma hardtail de carbono com rodas 27,5. O que isto significa é que nunca vai digerir os jardins de pedra tão bem como uma 29er, mas as reações e acelerações são bem mais rápidas. Todos nós gostamos de uma bicicleta que consigamos colocar na


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