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Apresentações KTM MotoGP

Ambição de vencer com Miguel Oliveira a bordo

UMA DAS PRIMEIRAS EQUIPAS DE FÁBRICA A APRESENTAR-SE PARA A ÉPOCA DE 2021 DO MUNDIAL DE MOTOGP FOI A RED BULL KTM FACTORY RACING. A 12 DE FEVEREIRO, OS AUSTRÍACOS LEVANTARAM O VÉU SOBRE A SUA RENOVADA RC16, COM FORTES AMBIÇÕES DE CONQUISTAS DEPOIS DOS PROGRESSOS EVIDENTES DO ANO PASSADO.

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TEXTO: SIMON PATTERSON / FOTOS: KTM

ARed Bull KTM Factory Racing não passou despercebida no Mundial de MotoGP do ano passado. Com evidentes progressos, a formação de Mattighofen começou gradualmente a ser uma das protagonistas, com a primeira vitória – conseguida por Brad Binder no GP da República Checa – duas pole positions e cinco pódios de Pol Espargaró. Faltou uma maior consistência entre os vários circuitos e em cada um dos seus pilotos para entrar na luta pelo título, mas é indesmentível que a fórmula única do quadro em alumínio não foi – como muitos comentaram no início do projeto – o impeditivo de existirem melhorias e de a KTM poder ter ambições legítimas de vencer. Isto em menos de quatro anos. Mas, para este ano, a Red Bull KTM terá de se adaptar a novas circunstâncias. Tem uma dupla de pilotos relativamente inexperiente, com Binder apenas na sua segunda época no MotoGP e Miguel Oliveira a ir para a sua terceira temporada – primeira ao serviço da formação de fábrica. Sai Espargaró, que quase desde o começo teve um papel essencial no projeto e agora estará na rival Repsol Honda Team. Também na equipa satélite KTM Tech3 Factory Racing há Iker Lecuona com apenas um

RED BULL KTM FACTORY TEAM Diretor desportivo: Pit Beirer Diretor de equipa: Mike Leitner Pilotos: Brad Binder #33 e Miguel Oliveira #88

Chefes de mecânicos: Andres Madrid (Brad Binder) e Paul Trevathan (Miguel Oliveira) Pilotos de teste: Dani Pedrosa e Mika Kallio

ano de experiência e Danilo Petrucci – com um currículo extenso no MotoGP, mas desconhecedor da RC16. O que não muda é a estrutura de liderança. Em equipa vencedora não se mexe, com Pit Beirer a continuar como diretor desportivo, Mike Leitner como diretor de competição e Hubert Truckenpolz como o membro da direção executiva da KTM AG junto da formação de MotoGP. A parceria com a Tech3, como equipa ao mesmo nível técnico, também continua.

AMBIÇÃO EM MATTIGHOFEN

Leitner deixou bem claro numa entrevista ao departamento de imprensa da equipa que, mais do que expectativas e objetivos, há primeiro que colocar o foco em como chegar a resultados mais fortes: ‘Alcançámos coisas boas e ótimas em 2020 e começamos outra vez do zero em 2021. É claro que tens os teus sonhos e os teus objetivos, e talvez perguntem aos pilotos, diretores de equipa ou construtores e os objetivos são diferentes, mas a realidade é que primeiro temos de render. Sou adepto dos factos, por isso primeiro concentrar-nos-emos em como iremos alcançar melhores resultados’. Algo comum a todos os construtores devido às imposições regulamentares, a KTM não pôde desenvolver o seu motor para a nova temporada, uma vez que está congelado e só foi possível mexer em áreas como o chassis ou a carenagem. Para além disso é a primeira temporada que o construtor começa sem concessões de desenvolvimento, depois de as perder com os resultados do ano passado. Da parte de Truckenpolz, as metas traçadas passam por ganhar títulos, como salientou com algumas reservas: ‘Temos de falar sobre isto. Na nossa mira – seja no que for em que estejamos a competir – está o título e no MotoGP no ano passado chegámos a um ponto em que temos de falar sobre isto. Mas, por outro lado, todos sabemos o quão alta é a competição e o desafio é incrível. Dizer que vamos ganhar o título este ano é uma ilusão porque há várias coisas que podem acontecer. Por outro lado, somos competitivos e estamos lá – e é por isso que estamos a falar disto – mas não podes dizer que iremos ganhar este ano, ou no próximo, ou no seguinte, ou seja quando for. Mas iremos lutar por isso’. Assim sendo, de momento, as metas são mais moderadas: ‘No curto prazo o objetivo é muito claro. Queremos acabar com os nossos quatro pilotos no top dez regularmente e estar regularmente no pódio. Gostaríamos de ganhar outra corrida para continuar com o que alcançámos em 2020: essa é uma coisa. Depois, claro, no fim da época queremos pilotos saudáveis, isto é uma das coisas mais importantes, e talvez recordar uma época empolgante e desafiante como vimos no ano pas-

KTM COM DOIS PILOTOS «FEITOS EM CASA»

Depois de em 2019 Miguel Oliveira se tornar no primeiro piloto formado pela KTM no Moto3 e no Moto2 a ascender ao MotoGP, agora tornou-se o segundo a chegar à equipa oficial austríaca – depois de Brad Binder o ter feito no ano passado na estreia absoluta na classe rainha. Pit Beirer, diretor desportivo, admitiu em entrevista que esta é a prova de que o sistema de formação existente é uma aposta acertada: ‘Satisfação é talvez a palavra errada, se é provado que é uma forma muito boa e foi o que encontrámos noutras disciplinas. É importante trabalhar com os jovens e crescer em conjunto. Durante os anos aprendes a manter-te unido e o primeiro pequeno problema não te divide. Passas por altos e baixos junto e aprendes isso passo a passo. Para nós, este é o espírito de como queremos competir. Não queremos ter estes jovens e ganhar os campeonatos júnior com eles e talvez o Mundial de Moto3 e depois separar-nos. Queremos passar por uma carreira inteira’.

© PHILIP PLATZER

© PHILIP PLATZER

© POLARITY PHOTO Para o austríaco, ter dois pilotos formados dentro de portas contribui para a solidez da própria equipa: ‘Agora estamos prontos com os nossos primeiros dois rapazes a sentarem-se numa moto de MotoGP que estiveram connosco durante vários anos: isto é algo que torna um projeto muito forte. Também acho que as pessoas melhoram com a experiência. Os mecânicos ou os engenheiros sabem do que os pilotos precisam, que detalhes pedem e como os apoiar. Isto torna-nos melhores e eles sabem o que esperar. Sabem que podem confiar em nós e sabem que se a empresa está a apoiar o piloto, então está mesmo! É um formato forte e já tivemos alguns frutos ao ver o Brad e o Miguel no MotoGP na nossa moto’.

sado. A médio prazo, é claro: queremos ganhar o título’, salientou Truckenpolz.

CAUTELA NA DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS PARA 2021

Para Beirer, diretor desportivo, desde o começo que a trajetória da KTM tem sido um sonho, mas abordou o futuro mais próximo com cautela quanto a ambições: ‘Toda a jornada até agora tem sido um sonho incrível, mas o projeto começou também com um sonho de nos tornarmos vencedores de Grande Prémio nesta categoria, por isso é fantástico olhar para trás e ver que temos estas vitórias em GP, mas decididamente não quero comprometer-me a sermos já candidatos ao título. Acho que a pressão ainda estará nos outros no paddock, mas estamos mesmo muito felizes por o sonho se ter tornado realidade com essas vitórias em GP, elas são um facto, estão no papel e nós estamos sem dúvida felizes por mais’. Questionado em entrevista à KTM sobre o que o deixará feliz no fim desta temporada, Beirer comentou: ‘Então, temos estas primeiras vitórias no bolso, mas agora a nova temporada está a começar e tudo começa do zero. Mas, se eu quiser recordar 2021, então deixar-me-á feliz se os nossos pilotos estiverem sem qualquer lesão a acabar o último GP, e depois recordemos algumas corridas muito bem-sucedidas. É disso que estou à procura’.

MIGUEL OLIVEIRA EM ESTREIA NA EQUIPA DE FÁBRICA

Para Miguel Oliveira, a época de 2021 é a primeira enquanto piloto de fábrica no Mundial de MotoGP. Uma nova etapa da sua carreira que representa não só um maior apoio e um estatuto maior, mas também maior responsabilidade ao defender a própria estrutura de fábrica da KTM. E isto depois de uma temporada que fechou com chave de ouro dom-

KTM RC16 Motor: V4 Cilindrada: 1.000 centímetros cúbicos Potência máxima: Superior a 265cv Velocidade máxima: Superior a 340km/h Transmissão: Seamless, caixa de seis velocidades Quadro: Tipo treliça, aço tubular Suspensão: WP à frente e atrás Braço oscilante: em fibra de carbono Travões: Brembo Peso mínimo: 157kg

inando o GP de Portugal de 2020. Sobre o que muda em ser piloto de fábrica, o luso referiu em conferência de imprensa: ‘Acho que é mais uma experiência feita à medida, algo que depende do que gostarias de ter na moto, em vez de te adaptares apenas ao que a fábrica te dá. É claro que é um papel difícil estar numa equipa de fábrica porque és responsável por dar indicações precisas à fábrica para desenvolver uma boa moto, e por isso o peso dessa responsabilidade precisa de ser muito bem gerido de forma a não o sentires na moto enquanto estás a pilotar. Acho que ainda precisas de ser capaz de por vezes te focares no desenvolvimento e no teu conjunto e no que podes alcançar’. Sobre expectativas, Oliveira foi moderado: ‘Em termos de expectativas, deixo os adeptos e equipa viverem-no. Eles sabem que eu quero ganhar, estão também num projeto vencedor. Acho que no motociclismo precisas de

Oliveira procura a confirmação depois das duas vitórias de 2020.

construir as tuas expectativas à medida que a época decorre. Mas neste momento, para começar, podemos desfrutar, aprender a equipa, aprender uns com os outros, e estarmos felizes pelo que podemos alcançar durante as corridas’. Ainda assim, o #88 não deixa de evidenciar a confiança nas suas capacidades e da KTM, sustentando que tem de aliar consistência às capacidades já demonstradas em pista de modo a poder sonhar com o título: ‘Lutar significa muitas coisas. Acabei a 14 pontos do terceiro lugar no ano passado, o campeonato foi muito renhido. Tudo pode acontecer numa época em que não há um líder claro, um piloto que se escape isolado no primeiro lugar do campeonato e ganhe muitas corridas. Acho que isso dá a ideia a muitos outros pilotos que podem lutar pelo título. Acredito em mim, que tenho o que é preciso para ganhar o campeonato este ano. Só precisamos da consistência de um campeão – essa é a chave para ganhar o título, chegar ao fim com mais pontos do que os outros’.

BINDER À PROCURA DA CONFIRMAÇÃO DEPOIS DE BOAS INDICAÇÕES NA ESTREIA

Para Binder, esta será a sua segunda temporada no Mundial de MotoGP. No ano passado, fez história ao ser o primeiro sul-africano a ganhar uma corrida de MotoGP, logo na sua terceira tentativa no GP da República Checa. Foi também o primeiro a vencer na classe rainha a bordo de uma KTM. Porém, ainda inexperiente e a adaptar-se numa temporada muito atípica devido à pandemia, faltou-lhe a consistência: até ao fim do campeonato apenas terminou mais quatro vezes entre os dez primeiros, sofrendo três abandonos, para terminar no 11.º lugar do campeonato. Ainda assim, não

Nome completo: Miguel Ângelo Falcão de Oliveira Naturalidade e nacionalidade: Almada (Portugal); português Data de nascimento: 5 de janeiro de 1995 (26 anos) Dorsal: #88 Classificação final em 2029: 9.º, 125 pts Equipa em 2020: Red Bull KTM Tech3 Estreia nos Mundiais: GP do Qatar de 2011, 125cc (resultado: 10.º) Estreia no MotoGP: GP do Qatar de 2020 (resultado: 17.º) Primeira vitória em Mundiais: GP de Itália de 2015, Moto3 Primeira vitória em MotoGP: GP da Estíria de 2020 Equipas anteriores: Andalucía Banca Cívica (125cc), Estrella Galicia 0,0, Mahindra (Moto3), Leopard Racing (Moto2), Red Bull KTM Ajo (Moto2 e Moto3)

Binder entra na sua segunda época.

deixou de demonstrar que tem os argumentos necessários para singrar no MotoGP. As ambições de Binder para 2021 estão bem definidas, com o próprio afirmou em entrevista ao departamento de imprensa da KTM: ‘Em 2020, uma das coisas que queria era ser o rookie do ano, claro, e acho que 2020 extravasou um pouco todas as nossas expectativas. Todo o que posso dizer é que para 2021 quero fazer muito, muito melhor’. De uma coisa, o piloto está ciente – a margem de progresso será grande, mas menor do que no ano de estreia depois do que já aprendeu até agora: ‘Decerto que agora a margem para tentar melhorar é um pouco mais pequena, mas acho que à medida que a época decorreu no ano passado, apesar de ter tido um pequeno solavanco a meio, as coisas melhoraram cada vez mais. Senti que estava a melhorar não apenas os resultados, como também a forma de encarar e abordar os fins de semana e indo sessão a sessão. Acho sempre que quando há uma boa quantidade de tempo de pausa, como agora entre temporadas, é onde faço os meus maiores progressos, por isso espero que seja o caso’. Por outro lado, Binder deixou bem vincada a sua confiança para este novo ano, dizendo em conferência de imprensa: ‘Estou ansioso para saber o que 2021 nos traz, acho que vai ser uma boa temporada para nós. As minhas expetativas não são muito diferentes, mas o principal é que tenho mais experiência e entendo melhor a categoria, bem como os meus adversários e a minha moto. Já tenho um ano de experiência com todas estas vertentes. Acredito que posso fazer um bom trabalho, acredito que tenho um pacote competitivo incrível. Mal posso esperar para começar a temporada e nada me daria mais prazer que dar à KTM os resultados que tanto merece’.

Naturalidade e nacionalidade: Potchefstroom (África do Sul); sul-africano Data de nascimento: 11 de agosto de 1995 (25 anos) Dorsal: #33 Classificação final em 2020: 11.º, 87 pontos (rookie do ano) Equipa em 2020: Red Bull KTM Factory Racing Estreia nos Mundiais: GP de Indianápolis de 2011, 125cc (resultado: 17.º) Estreia no MotoGP: GP de Espanha de 2020 (resultado: 13.º) Primeira vitória em Mundiais: GP de Espanha de 2016, Moto3 Primeira vitória em MotoGP: GP da República Checa de 2020 Equipas anteriores: Andalucía Banca Cívica, RW Racing GP, Ambrogio Racing, Red Bull KTM Ajo (125cc/Moto3), Red Bull KTM Ajo (Moto2)

TECH3 KTM FACTORY RACING Autêntica «Laranja mecânica», eis a Tech3 para 2021

PELO TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, A TECH3 ESTÁ A COMPETIR NO CAMPEONATO DO MUNDO DE MOTOGP EM 2021. DEPOIS DA SAÍDA DA RED BULL COMO PATROCINADORA, AS ESTREITAS LIGAÇÕES À KTM FORAM VINCADAS COM O COR-DE-LARANJA DO CONSTRUTOR A DOMINAR A DECORAÇÃO, ASSIM COMO COM A DESIGNAÇÃO OFICIAL – TECH3 KTM FACTORY RACING

TEXTO: SIMON PATTERSON / FOTOS: MARCA

Depois de muitos anos ao lado da Yamaha, Hervé Poncharal decidiu começar uma nova aventura com a KTM no Mundial de MotoGP em 2019. Os dois primeiros anos da colaboração foram bastante produtivos. No ano passado, a equipa conseguiu vencer pela primeira vez na sua longa história, graças a Miguel Oliveira no GP da Estíria – resultado que viria a repetir no GP de Portugal no fim do ano. Desde que a ligação entre a KTM e a Tech3 começou que o construtor austríaco deixou bem claro que queria ter em pista quatro motos o mais iguais possível, sem distinção entre equipa de fábrica e equipa satélite – são os resultados em pista que ditam as prioridades nas novas peças, se não puderem chegar a todos ao mesmo tempo. É esta filosofia que continua em 2020. Confirmando que a Tech3 é mais do que uma mera equipa satélite, Danilo Petrucci chega à equipa. Em termos de MotoGP é mesmo o mais experiente dos quatro pilotos KTM, regressando a uma equipa satélite depois da passagem pela Pramac. Ao seu lado terá Iker Lecuona, que avança para a sua segunda época completa na classe rainha.

TECH3 QUER AINDA MELHOR DO QUE EM 2020

A temporada de 2020 foi uma das melhores e mais memoráveis de sempre para a Tech3 no Mundial de MotoGP, conseguindo as suas duas primeiras vitórias, além de voltar às pole positions. Por isso mesmo, a fasquia é alta, até porque o diretor de equipa Hervé Poncharal antecipa uma temporada especial para este ano consciente da valia da KTM RC16 e dos pilotos. Dos pilotos, francês falou das expectativas sobre cada um: ‘Acolheremos um novo piloto com muita experiência, que seguramente trará a sua experiência. Já falámos muito com ele. O Danilo´ é uma pessoa muito charmosa, ele está muito impaciente, focado e motivado para começar a época com os testes no Qatar. [...]. Ele já se sente pare da família e entende o quanto significa para a KTM ir

TECH3 KTM FACTORY RACING Moto: KTM RC16

Diretor de equipa: Hervé Poncharal Pilotos: Danilo Petrucci #9 e Iker Lecuona #27 Chefes de mecânicos: Sergio Verbena (Danilo Petrucci) e Nicolas Goyon (Iker Lecuona)

Nome completo: Danilo Carlo Petrucci Naturalidade e nacionalidade: Terni; Italiana Data de nascimento: 24 de outubro de 1990 (30 anos) Dorsal: #9 Classificação final em 2020: 12.º, 78 pontos Equipa em 2020: Ducati Team Estreia nos Mundiais: GP do Qatar de 2012, MotoGP (resultado: abandono) Estreia no MotoGP: GP do Qatar de 2012, MotoGP (resultado: abandono) Primeira vitória em Mundiais: GP de Itália de 2019, MotoGP Primeira vitória em MotoGP: GP de Itália de 2019 Títulos: Zero Equipas anteriores: IodaRacing Project (MotoGP, 2012 a 2014), Pramac Racing (MotoGP, 2015 a 2018), Ducati Team (MotoGP, 2019 e 2020)

Nome completo: Iker Lecuona Gascón Naturalidade e nacionalidade: Valência; Espanhola Data de nascimento: 6 de janeiro de 2000 (21 anos) Dorsal: #27 Classificação final em 2020: 20.º, 27 pontos Equipa em 2020: Red Bull KTM Tech3 Estreia nos Mundiais: GP da Grã-Bretanha de 2016, Moto2 (resultado: 19.º) Estreia no MotoGP: GP da Comunidade Valenciana de 2019 (resultado: abandono) Primeira vitória em Mundiais: Nenhuma vitória (melhor resultado: 2.º, em Moto2) Primeira vitória em MotoGP: Nenhuma vitória (melhor resultado: 9.º) Títulos: Zero Equipas anteriores: Interwetten/Swiss Innovative Investors, American Racing KTM (Moto2) competir em todo o lado, especialmente no MotoGP. [...]. O Iker continua connosco. Temos muita confiança e expectativas para ele. Ele já não é um rookie e este é o momento de ele apresentar rendimento’. Por outro lado, Poncharal assumiu que a responsabilidade é agora ainda maior: ‘Teremos as cores completas KTM Factory e pareceremos uma verdadeira moto de fábrica, o que é um grande reconhecimento pela nossa parceria, mas também muito peso nos nossos ombros para nos esforçarmos ainda mais. Sabemos que representamos a marca e sabemos o quão importante é uma moto de MotoGP para todos’.

SEM EXPECTATIVAS, PETRUCCI SÓ QUER SER RÁPIDO

A passagem de Danilo Petrucci pela Ducati Team não correu conforme o esperado. Apesar das duas vitórias, acabou por ficar muito longe das expectativas, que passavam por lutar pelos títulos e pelos lugares cimeiros – depois do que mostrou ser capaz de fazer com material menos competitivo na Pramac Racing. Sem ser opção do construtor de Borgo Panigale,

© PHILIP PLATZER

Petrux foi a aposta da KTM e da Tech3 para 2021. Surpreendido e convencido com a moto pelo que viu nas últimas duas temporadas, pode dar continuidade à carreira com condições que espera serem competitivas. Ainda assim, confessou em entrevista ao departamento de imprensa da KTM que não tem expectativas concretas traçadas: ‘Ficarei feliz, primeiro que tudo, por estar feliz! Estar satisfeito com a temporada e deixar todas as pessoas da KTM e da fábrica felizes. Este é o objetivo. Não tenho quaisquer expectativas, mas ser rápido é o que mais importa’. Para alcançar bons resultados, Petrucci conta com uma moto competitiva, como confidenciou: ‘Estou mesmo curioso por pilotar esta moto e no ano passado foi muito difícil de lutar contra ela! É uma moto mesmo rápida e em todas as condições [...]. A moto mostrou um potencial verdadeiramente bom e por este motivo foi muito difícil lutar com a KTM no ano passado, mas este ano tenho a sorte suficiente para pilotar uma delas, por isso estou mesmo feliz’.

LECUONA PROCURA «EXPLODIR» NA SEGUNDA ÉPOCA

Para Iker Lecuona, a temporada de 2021 será a segunda no Mundial de MotoGP. Após ter a chance de disputar o GP da Comunidade Valenciana de 2019 como substituto do lesionado Miguel Oliveira – deixando indicações interessantes – teve no ano passado a estreia a tempo inteiro.

Em época encurtada devido à pandemia e de adaptação a uma nova categoria e equipa, Lecuona teve várias dificuldades, em particular no início do ano com uma série de três abandonos nas três primeiras provas. No entanto, conseguiu reagir e ainda foi a tempo de garantir três top dez, antes de ficar de fora das últimas três rondas devido à Covid-19. Recomposto da doença, Lecuona enfrenta 2021 com o objetivo de dar continuidade ao crescimento, querendo partir no mesmo nível em que terminou o ano passado visando até os cinco primeiros lugares. Assim fez saber em entrevista ao departamento de imprensa da KTM: – Para 2021, quero ter o mesmo nível com que terminei o ano passado. Lembro-me das duas últimas corridas em Aragão. Na primeira a equipa KTM teve dificuldades no geral, mas na segunda senti-me mesmo rápido e não precisei de seguir ninguém, passei diretamente à Q2 e essa foi a minha primeira vez. Como eu tive uma boa qualificação acabei no top dez da corrida, por isso senti-me muito forte nas últimas corridas. Então, em 2021 quero começar no mesmo nível e depois veremos, porque todos são rápidos e não é fácil chegar ao pódio porque há 15 pilotos em meio segundo! Acho que se trabalharmos bem será possível chegar ao pódio ou ao top cinco.

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