CAPA
Uma sobe e levanta a outra A colaboração entre mulheres têm gerado grande impacto na luta pela emancipação feminina na sociedade atual
Por Juliana Rabelo
O
estereótipo de que mulheres não apoiam outras mulheres é coisa do passado. O movimento feminino de união tem ganhado força, ao passo que trabalhos focados na jornada individual de cada mulher têm crescido no mundo. As mulheres parecem ter entendido que ações individuais são capazes de gerar uma onda maior ainda de mudanças no mundo. Segundo um estudo da Harvard BusinessReview, as mulheres, em particular, se beneficiam da colaboração ao invés da competição. A pesquisa mostra que mulheres que tem uma rede de amigas em círculos sociais diferentes, são mais propensas a ocupar cargos executivos com maior autoridade e salários mais altos. Em 2014, deu-se início aos movimentos femininos nos quais se pedia união entre as mulheres. Agora, a revolução passa a ter outro foco: a sororidade. Ou seja, ajudar a jornada individual das mulheres de dentro da comunidade. Como se fosse uma febre, a tendência parece ter chegado também às cidades com o aumento de projetos colaborativos. São eventos e feiras que incentivam o comércio local, exaltam os produtores da região e até empresas 6
especializadas em auxiliar a comunidade local de diversas maneiras. Florianópolis não perde em nada neste sentido. A capital tem vivido uma experiência focada no colaborativismo. Um exemplo disto são duas mulheres catarinenses que deram sentido às suas vidas pessoais e profissionais. ClaudiaFerronato e Roberta Púgsley são empresárias e fundadoras do Club W2W, uma empresa impulsionadora de negócios focada no público feminino. O estalo de abrir o negócio focado nas mulheres, veio justamente em uma reunião com outras mulheres. Claudia e o restante do grupo sentiam falta de uma rede feminina que auxiliasse no desenvolvimento profissional e pessoal. Um local onde pudessem trocar dicas e experiências de mercado, mas que também servisse como um espaço acolhedor de questões mais íntimas, como problemas de autoestima, falta de confiança em si mesma, dificuldades da maternidade. Características bem comuns que assolam e dificultam a vida da mulher contemporânea. Em um mundo que ainda prega que as mulheres precisam