O livro das mulheres osho

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Quando digo que a mãe está fazendo algo grande, está fazendo algo grande para si própria. Ao ajudar essa criança a se transformar em um belo ser humano, em um Buda, a mãe se torna a mãe de um Buda. Dessa forma, a mãe não obriga a criança, e estará simplesmente desfrutando a sua própria vida, que vai se tornar uma fragrância através da criança. Essa é uma oportunidade, oportunidade dada por Deus. E estas são as duas ciladas: ou a mãe negligencia a criança, porque ela própria está cansada, ou se torna séria demais em relação à criança e começa a sobrecarregá-la, a forçá-la. Ambas estão erradas. Ajude a criança, mas para o puro prazer dela. Nunca sinta que o filho lhe deve alguma coisa. Pelo contrário, sinta-se agradecida por ele tê-la escolhido para ser sua mãe. Deixe que sua maternidade floresça através dele. Se a mãe conseguir florescer em sua maternidade, vai sentir-se grata à criança para sempre. E, naturalmente, haverá sacrifícios, mas eles têm que ser enfrentados... com alegria. Só assim é um sacrifício! Pois fazê-lo sem alegria não é sacrifício. Sacrifício vem da palavra “sagrado”. Quando se enfrenta um sacrifício com alegria, é sagrado. Quando não se faz isso com alegria, é porque se está apenas cumprindo um dever, e todos os deveres são desagradáveis, não sagrados. Essa é uma grande oportunidade. Medite sobre ela, mergulhe nela profundamente. Nunca vai ser encontrado um envolvimento tão profundo. Na verdade, não existe nenhum envolvimento como o que há entre o filho e a mãe. Nem mesmo entre o marido e a esposa, entre o amante e a amada, o envolvimento é tão profundo como entre a mãe e o filho. Não pode ser tão profundo com alguém jamais, uma vez que o filho viveu por nove meses com a mãe, e ninguém mais pode viver dentro da mãe por nove meses. Embora a criança vá se tornar um indivíduo em separado, mais cedo ou mais tarde, em algum lugar lá no fundo, no inconsciente, a mãe e o filho permanecem ligados. Se o filho conseguir se tornar um Buda, assim como se o filho crescer e se tornar um belo ser humano, a mãe será beneficiada por isso, uma vez que o filho vai sempre estar ligado a ela. Somente a ligação física se desliga. A ligação espiritual nunca é desligada. Graças a Deus! A maternidade é uma bênção.5

“Você pode falar sobre as qualidades maternais de uma mulher?”

Buda diz: “Ser mãe é doce.” Por quê? Somente dar à luz uma criança não é ser mãe, é bom lembrar. Pelo contrário, há milhões de mães na Terra, e parece não haver doçura. Na verdade, se for perguntar aos psicólogos, eles vão dizer exatamente o oposto. Vão dizer que o único problema a ser solucionado é a mãe. A única patologia sofrida por milhões de pessoas é a mãe. E dizem isso depois de cinquenta, sessenta anos de análise constante de milhares de pessoas. A doença de todos vem, basicamente, de um


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