Contos de Fuurin

Page 1

CONTOS de FUURIN

Escola Bรกsica Alto do Moinho - Corroios


Nota explicativa

Tudo começou na Biblioteca Escolar! Foi proposto aos alunos elaborar uma história tendo como base a “Arca dos contos”. O principal objetivo desta atividade foi estimular a criatividade e o gosto pela leitura e pela escrita. Esta “Arca dos contos” é composta por trinta e seis cartas, divididas em oito grupos: personagens humanas, personagens animais, espaços, objetos mágicos, ações, palavras-chave, como iniciar e como concluir o conto. As cartas foram pensadas no âmbito das Comemorações dos 470 anos de amizade Japão & Portugal e nas crianças que vão jogar, nas suas capacidades de sonhar e imaginar contos com imagens sugestivas, palavras fortes, objetos mágicos e heróis fantásticos que vivem aventuras maravilhosas, no país do sol nascente.

1


Prefácio

Este livro surgiu duma atividade iniciada na Biblioteca Escolar e continuada na sala de aula. Alguns dos contos são individuais, coletivos e outros foram escritos com a colaboração da família. A ilustração é da autoria das crianças da Educação Pré-escolar e os alunos do 1º ciclo.

2


Agradecimentos Aos professores, aos alunos e famĂ­lias da Escola BĂĄsica do Alto do Moinho. Sem eles nunca poderia ter sido feito. Agradecemos ainda duma forma muito particular a disponibilidade da Embaixada do JapĂŁo.

3


O Dragão e o Monte Fugi Era uma vez, há muitos anos, num país distante, no sítio chamado Monte Fugi, vivia um avô que sabia muitas coisas, tinha muita sabedoria. Nesse país, ali perto, existia um grande dragão. Todos dele tinham muito medo, todos menos este avô, porque ele era mágico e tinha muito poder sobre o dragão. Um dia o avô saiu para apanhar cogumelos e, de repente, apareceu-lhe um gigante da guerra que o queria comer assim como aos seus cogumelos. Então, de repente, o avô tocou os seus sininhos mágicos e, imediatamente, o dragão apareceu para o defender. Depois de ter defendido o seu avô o dragão ficou triste porque se sentia sozinho. O avô tocou de novo os seus sininhos e, como por magia, e sem procurar, apareceu uma bela dragona. E bem dito bem feito, este conto saiu perfeito. Pré Escolar Sala B

4


Os melhores Amigos

Era uma vez uma Carpa Koi que vivia num lago no jardim dos Pinheiros.

Perto

desse jardim, numa casa velha feita de madeira e com teto de palha, vivia um velhinho chamado avô Traquinas. Um dia, de manhã, ao acordar o avô sentiu-se muito triste porque não tinha amigos. Decidiu, então, dar um passeio pelo jardim Dos Pinheiros para esquecer a tristeza que sentia. De repente, ao passar perto do lago ouviu uma voz: - Olá, quem és tu? Muito assustado, o avô Traquinas procurou a voz mas como não viu ninguém perguntou: -Quem está aí? - Sou eu, a Carpa Koi. - Mas as carpas não falam – respondeu o avô Traquinas muito admirado. - Então não contes a ninguém, fica a ser o nosso segredo. A partir desse dia o avô Traquinas e a Carpa Koi ficaram a ser os melhores amigos e o avô ofereceu à Carpa a bandeira do Japão como sinal da sua amizade. E oxalá que tudo lhes corra bem e a nós também.

História coletiva – 1º C

5


O peixe aventureiro

No país do sol nascente, a avó Margarida estava a regar a relva e as suas plantas, perto do lago. De repente, um peixinho que estava no lago, deu um salto tão grande, que foi parar à cabeça da avó! A avó ficou espantada, pegou no peixe e perguntou-lhe: - Como é que vieste parar à minha cabeça!? Tu não voas… - É que eu sou o peixe Carpa –Koi e dou grandes saltos!... Mas preciso da tua ajuda. - Da minha ajuda? Para quê? - Tenho de encontrar uma pérola que está no Jardim de Bambu… - OK. Vamos a isso! E lá foram eles todos contentes. Mas, no Jardim de Bambu, só com a preciosa amizade da avó é que o peixe carpa-koi conseguiu encontrar a pérola. Voltaram para o lago, e assim o peixe salvou todos os outros peixes do lago, porque aquela pérola tinha poderes mágicos e conseguiu acabar com a poluição que lá existia. Vitória, vitória, acabou-se a história… História coletiva - 1ºD

6


A Aventura do Carpa Koi

Este conto passa-se num país chamado Japão. No país do sol nascente, existia uma

floresta,

onde

homens

e

animais viviam em harmonia; eram felizes. No jardim dos pinheiros, homens e animais, reuniam-se para adorar a natureza, partilhando o que ela de bom lhes dava. Ao fim da tarde, sentados à beira de um riacho, todos se juntavam para em conjunto assistir ao pôr do Sol. Era nessa altura, que uma menina de nome Joana, ia buscar um livro de contos e à sua volta juntava os animais da floresta, e os seus amiguinhos da escola, para que todos ouvissem uma história. O conto que eles mais gostavam era aquele em que homens e animais juntos salvaram "o Jardim dos Pinheiros". Nesse conto, no Jardim dos Pinheiros, nasciam flores lindas, com todas as cores do arco-íris, que deitavam um cheiro das suas pétalas, que se estendia por toda a floresta. No riacho, de água limpa e cristalina, nadavam peixes de todas cores, mas um era especial, era o Carpa Koi. Era cobiçado pelos homens maus, que de todas as maneiras o tentavam apanhar. Foi então que o pai da Joana, um valente guerreiro, se juntou ao Carpa Koi, para explicar àqueles homens, que pessoas e animais podem viver juntos, sem violência e ganância, para que a natureza perdure e todas as crianças possam viver em lugares sem poluição. Mas aqueles homens maus, queriam levar o Carpa Koi e destruir as flores, com a construção de fábricas que poluem o ar, que todos respiravam. O pai da Joana, lutou ao lado do Carpa Koi, e juntos conseguiram, unidos derrotar os homens poluidores. Juntos, conseguiram ensinar uma lição de como proteger a natureza, contra a poluição. No fim da história que a Joana contava, ela, os seus amiguinhos e os animais do Jardim dos Pinheiros iam brincar todos juntos e foram felizes para sempre.

História Individual - 2.º C

7


A vida mudou No país do Sol Nascente há muito tempo, existia um velhinho e uma velhinha que viviam juntos numa casa no meio do jardim dos pinheiros. Eles eram muito pobres e solitários, pois não tinham filhos para criar. O velhinho era conhecido pelo nome de pai guerreiro, pois todos os dias ele saia cedo para cortar bambus na floresta. Os dois faziam cestos e chapéus para vender e ganhar algum dinheiro. Um belo dia, enquanto estava na floresta, o velhinho avistou um broto de bambu, que brilhava, com uma luz muito intensa. Ele ficou espantado, pois em anos e anos de trabalho, nunca havia visto algo como aquilo. Muito curioso, ele cortou o bambu e mal pode acreditar no que viu. Uma gruta e no seu interior estava uma linda carpa Koi e um livro mágico tão pequena mas tão linda que só poderia ser uma visão. Ele levou o livro e a carpa na palma de cada uma das suas mãos para casa. Ao ver o livro e a carpa a velhinha não pode querer no tesouro que o pai guerreiro descobriu. A partir daquele dia a coragem do velhinho da velhinha mudou, pois transformara a forma dos seus bambus brilhantes na floresta. Em vez de um livro e uma carpa, agora elas continham moedas de ouro. Assim a vida do casal melhorou e eles não precisavam produzir cestos para sobreviver e foram felizes para sempre.

História Individual - 2.º C

8


Era uma vez… No país do sol nascente, vivia o pai guerreiro, descendente de samurais; um “velhote” encantador, com umas longas barbas brancas e cheio de sabedoria. Possuía um peixe, igual a muitos outros que existiam naquele país, ao qual chamou Carpa Koi. Certo dia, ao passear no jardim dos pinheiros, onde o pai guerreiro gostava de meditar e ler os seus livros sobre os antepassados, viu num lago que ali existia um peixe semelhante ao seu Carpa koi, nadando loucamente à procura de alimento e pensou: “Que lindo peixe…, poderia levá-lo para minha casa e colocá-lo no aquário junto ao meu Carpa Koi, pois assim poderiam ser amigos, e, quem sabe, talvez pudessem ter muitos filhotes com os quais povoavam este lago, com muitos e lindos peixinhos ….”. Se bem pensou, melhor o fez. Apanhou o peixe, pô-lo num recipiente e levou-o para casa, para junto ao seu Carpa Koi. A determinada altura, viu um gato à volta dos seus peixinhos e, quando este estava quase a apanhar um dos peixes, o outro companheiro nadava desesperadamente e, num ato de coragem, deu um mergulho e conseguiu que o gato ficasse molhado e confundido com toda a água que apanhou. Ao olhar para o seu companheiro de aquário, o Carpa koi, nadou em seu redor e pensou: ”Querer é poder, e eu fui muito corajoso ao impedir que o meu companheiro fosse comido por aquele gato”. O outro Carpa koi, percebendo os pensamentos do seu companheiro, nadou… nadou … e pensou: “Agora vamos ser felizes para sempre”. Ainda, hoje, no Japão, naquele país do sol nascente e das muitas e muitas cerejeiras em flor é conhecida e contada aos mais pequenos a história do Carpa koi. Desde então, a figura do Carpa Koi é utilizada em estampas, em lenços e livros, perpetuando

assim

o

exemplo destes lindos e belos peixinhos, que se tornaram numa espécie protegida, conseguindo o respeito e admiração de todos os japoneses. História Individual- 2ºC

9


O Buda e o Grou Num país longínquo, morava Buda, um senhor que adorava passear, pensar sobre as coisas e admirar a natureza. Para ele, todos os seres vivos eram importantes, da mesma maneira. Respeitar a natureza era a sua maior sabedoria e, é também a nossa, quando nos preocupamos com o nosso planeta, com a natureza e com os que vivem à nossa volta. Certo dia, quando estava a passear no jardim de bambus, perto da sua casa, apareceu um grou muito aflito porque tinha partido a asa e não conseguia acompanhar os seus amigos que iam voar para um país mais quente. O que ele mais queria era viajar com os seus companheiros grous. Viver num país quentinho era o seu maior querer, o seu maior desejo. O Buda, que costumava usar o caule do bambu para fazer instrumentos musicais, cortou logo um bambu do jardim, cortou o caule em duas tiras e pôs na asa do grou, como se fossem talas e levou-o para sua casa. Como não tinha nada para amarrar as talas, usou a bandeira do Japão que lhe tinha sido oferecida por um amigo japonês que tinha conhecido há muito tempo. No dia seguinte, o grou já estava completamente curado. Ficaram os dois espantadíssimos. Como é que aquilo aconteceu? Só podia ser magia…a magia da bandeira do Japão!

Despediram-se como os melhores amigos do mundo e o grou foi ao encontro dos seus companheiros para iniciarem a sua viagem. E oxalá que tudo lhes corra bem e a nós também. História coletiva – 2ºB

10


Um guerreiro pela paz Era uma vez um rapaz que vivia no país do Sol Nascente. Era um país muito bonito! Na vila onde vivia esse rapaz, existia um jardim muito especial chamado o jardim dos pinheiros. Este era rodeado por um rio. Quando acabavam as aulas, o rapaz antes de ir para casa, ia sempre passear um pouco pelo rio, porque ali ele sentia-se em paz e harmonia. Um dia, quando chegou a casa, encontrou a sua mãe a chorar; o seu pai tinha uma carta na mão que era dirigida ao rapaz. Era uma convocatória para ele ir combater, pois o seu país estava a ser ameaçado. O pai dirigiu-se ao rapaz e disse-lhe: - Foste recrutado para ires defender o nosso país, o bom nome da nossa família e também a nossa honra! O rapaz estava confuso porque nem um murro sabia dar, como é que ele iria conseguir combater? O pai olhou para os seus olhos e viu a sua enorme insegurança, foi então que decidiu dar-lhe um livro que estava há muitas gerações na sua família. Quando lhe entregou o livro nas suas mãos disse-lhe: -Aqui irás encontrar muitas respostas às tuas perguntas. Abre-o quando te sentires preparado e em paz contigo próprio. Foi então que o rapaz pegou no livro e o levou para o seu sítio preferido, sentou-se à beira do rio, onde poderia ouvir o vento que passava pelos pinheiros. A água parecia agitar-se sem destino uma verdadeira sinfonia de sons verdadeiramente puros! No momento exato que o rapaz abria o livro, apareceu no rio, junto a ele, um peixe, mas não era um peixe qualquer era uma Carpa Koi. O rapaz estranhou o peixe que tentava nadar contra a corrente do rio, sem nunca desistir e, foi então que o rapaz saltou para dentro do rio, e tentou ajudá-lo. Então que a Carpa Koi falou: -Que fazes? Deixa-me. Este é o meu destino a minha luta, tenho de dar tudo por tudo, só assim saberei se valeu a pena o esforço! E tu qual é o teu destino? Respondeu o rapaz: - Não sei. Vou ler este livro para ele me dar ajuda a descobrir, porque neste momento sinto-me perdido! A Carpa Koi, olhou para ele e disse:

11


- Só para poderes abri-lo terás de ter coragem, poi nem sempre o nosso destino vem escrito nas páginas de um livro. Mas vá, força. Abre-o porque até eu estou curioso! Foi então que o rapaz se encheu de coragem e o abriu. Passaram muitas horas, e o rapaz não se cansava de lê-lo, nem a Carpa Koi saía de ao pé dele e, como estava curiosa, perguntou ao rapaz: -Então o que diz? O rapaz estava muito surpreendido. Descobrira que o seu pai descendia de uma família de guerreiros, sendo ele próprio um guerreiro, mas não um guerreiro pela violência mas sim pela sua determinação, força, coragem e mais que tudo, um homem honrado! O rapaz, passado algum tempo, é que respondeu à Carpa Koi: -Está aqui escrito que sou filho de um pai guerreiro! Foi então que a Carpa Koi lhe disse: - Afinal eu e o teu pai temos algo em comum, ambos tentamos chegar ao nosso destino com determinação, coragem e com muita honra. Pode demorar imenso tempo mas não importa o tempo mas sim, os atos que nos levaram a chegar àquele destino. Boa sorte, e um conselho: segue os passos do teu pai e serás um homem muito feliz e respeitado. Foi então que o rapaz se levantou e foi a correr para casa. Ao chegar a casa, abraçou o seu pai, agradecendo por lhe ter mostrado o caminho para a harmonia, pois a vida nada mais é que uma sinfonia de valores. E assim sendo, foram felizes para sempre!

História Individual- 2ºC

12


A princesa desaparecida

Há muitos e muitos anos, no país do sol nascente, Kotaro saiu de manhã para cortar lenha como fazia todos os dias. Kotaro era um pobre lenhador. Vendia a lenha que cortava mas era tão pobre que mal tinha dinheiro para comer. Depois de atravessar o jardim dos pinheiros, chegou ao bosque e ouviu ao longe um ruído e resolveu seguir o som. Chegou mais perto, aproximou-se do lago e viu um peixe que se sacudia à beira da água. Era uma carpa koi, muito bonita, laranja e branca. Com muito cuidado pegou nela e voltou a colocá-la no lago. Nisto, o peixe falou: -“Muito obrigada por me teres salvo a vida. Foste tão bondoso comigo que em troca vou dizer-te um segredo. No fim do bosque, na árvore mais alta e no ramo mais alto está escondido um tesouro. Procura-o e a tua vida mudará”. Kotaro surpreso, agradeceu, despediu-se e seguiu o seu caminho. Pensou se teria sonhado com tudo aquilo. A verdade é que queria muito que a sua sorte mudasse... Decidiu então procurar aquela árvore. Depois de muito andar, encontrou-a! Tinha um tronco enorme e era tão alta que quase chegava às nuvens. Subiu, ramo após ramo, até que chegou ao mais alto. Sem querer acreditar na sua sorte, esfregou os olhos e lá estava ele, o seu tesouro dentro de uma caixa! Abriu a caixa e, lá dentro, encontrou um livro. E como ia um livro mudar a sua vida? Estava triste e cansado. Desceu da árvore e enquanto descansava resolveu abrir o livro. E, algo aconteceu... O livro era mágico e, em vez de palavras, tinha imagens e uma voz que lhe contou a seguinte história: - “Há muitos anos uma princesa saiu para passear no bosque; perdeu-se e nunca mais ninguém a viu. O seu pai, rei e valente guerreiro, chamou todos os seus soldados para a procurarem. Percorreram o bosque vezes sem conta, dia após dia mas a princesa nunca apareceu. O rei deixou de a procurar. O que o rei não sabia é que a princesa caiu no lago e foi salva por uma carpa koi. Em troca, o peixe pediu-lhe que ficasse com ele para lhe fazer companhia pois estava sozinho havia muitos anos. A princesa transformou-se em carpa e passou a

13


fazer companhia ao peixe. O feitiço terminaria no dia em que alguém encontrasse a princesa.” Kotaro percebeu... a carpa que ele tinha salvo era a princesa desaparecida! Encheu-se de coragem e voltou ao lago. Quando viu a carpa, disse-lhe que tinha encontrado o seu tesouro e que sabia agora quem ela era. Então, diante dos seus olhos, a princesa transformou-se. Era linda e Kotaro apaixonou-se naquele instante. Voltaram ao palácio onde o rei ficou emocionado por reencontrar a sua filha e ofereceu a Kotaro todas as riquezas do reino. Kotaro apenas queria uma, a sua princesa! Casou com a princesa e viveram felizes para sempre.

História Individual- 2ºC

14


As duas Carpas No País do Sol Nascente, há muito tempo viveu um guerreiro muito bom e muito corajoso. Este guerreiro tinha um filho muito amado pela sua bondade e carinho com que tratava todas as pessoas. Mas, havia um feiticeiro muito mau que queria acabar com a bondade do menino e, uma noite levou o menino enquanto o seu pai dormia. O pai guerreiro sabia que com o seu amor e a sua coragem iria encontrar o seu filho muito amado e tirá-lo das mãos do feiticeiro. O pai guerreiro preparou-se para a batalha mais difícil da sua vida, pois só ele acreditava encontrar o menino e pediu para que os deuses o ajudassem. Depois de ter andado muito, parou num lugar próximo de um grande lago verdejante de água cristalina e, como estava muito cansado, sentou-se debaixo de uma árvore e adormeceu. – Psst, psst, psst, psst – alguém chamava o pai guerreiro que, acordando, não viu ninguém. – Psst, psst,- estou aqui. Num pulo o pai guerreiro colocou-se de pé com a sua espada olhando em redor à procura da voz que o chamava. – Aqui, no lago. Aproximou-se do lago e viu um peixe muito grande e lindo, cheio de cores de tom vermelho e laranja e branco, era uma carpa Koi. – Guerreiro sei que procuras o teu filho e estás desanimado, triste e cansado, mas tens de te lembrar que esta será a batalha mais difícil, mais longa e mais importante de toda a tua vida. Tens de acreditar que vais encontrar o teu filho, mas para isso precisas de encontrar o livro do tempo que é um livro mágico que se encontra no centro do jardim dos pinheiros. Segue pelo caminho das flores cor-de-rosa e encontrarás o jardim. Afastando-se a carpa Koi desapareceu nas águas do lago deixando o guerreiro para trás. O guerreiro seguiu as flores cor-de-rosa até ao centro do jardim dos pinheiros para encontrar o livro mágico. Pelo caminho lembrou-se das palavras da carpa Koi, mas estava tão cansado que só lhe apetecia desistir. Aquele caminho parecia não ter fim mas sabia que tinha de continuar e rezou para que as forças não abandonassem o seu corpo e, lembrou-se das poucas vezes que abraçou o seu filho e das batalhas que o afastaram dele. De repente vê uma luz muito brilhante ao longe, era uma fonte que refletia a luz do sol do fim do dia e, aproximando-se viu o livro mágico que estava no centro da fonte ligado por uma ponte com dragões de pedra. Ao aproximar-se da fonte reparou que o

15


livro mágico começou a brilhar e, ao tocar-lhe, viu o seu passado com as batalhas e lutas que tinha feito na defesa da liberdade, do nascimento do seu filho e da alegria que sentiu quando o sentiu nos braços. Viu também o presente, junto da fonte e nada mais conseguiu ver. Foi então que apareceu o feiticeiro que lhe perguntou: – Guerreiro o que queres daqui? O pai guerreiro disse-lhe: – Onde está o meu filho? Vim para o levar para casa. O feiticeiro deu uma gargalhada e respondeu: – O teu filho já não existe como o conhecias. O pai guerreiro desesperado corre para o feiticeiro com a espada pronto para atacar o malvado, mas repara que dentro da fonte está a carpa Koi que se agita dentro de água, como que pedindo para não atacar o feiticeiro com os sentimentos feios de ódio que apenas causam dor, morte e destruição. O pai guerreiro compreende, então, porque razão o livro mágico não lhe tinha mostrado mais nada, pois a decisão de querer ficar junto do seu filho por amor ou de destruir o feiticeiro pelo ódio, era dele. Compreendeu que a carpa Koi era o seu filho que o feiticeiro tinha transformado e, por amor, decidiu ficar com o seu filho transformando-se também numa linda carpa Koi. O seu amor, a sua coragem e a alegria de estar novamente junto do seu filho era tão grande que o feiticeiro e a sua maldade não resistiram e desaparecendo de vez para nunca mais voltar. As duas carpas Koi, pai e filho, viveram felizes para sempre.

História Individual- 2ºC

16


A história de Kiato

Numa terra longínqua, no meio das grandes montanhas, havia um jardim cheio de pinheiros. Nesse jardim vivia Kiato que era um menino muito aventureiro. Todos os dias Kiato ia escalar as pedras do riacho, para um dia ser um grande guerreiro Samurai como o seu pai. Kiato também gostava muito de ler e, o seu pai, deu-lhe um grande livro de aventuras, que ele levava para o riacho e lia durante horas. Um dia adormeceu e, quando acordou, estava dentro do riacho e um peixe enorme olhava para ele. Era Carpa Koi. O menino, muito espantado mas cheio de coragem, perguntou-lhe: - Quem és tu? - Eu sou Carpa Koi e quero que me leves até á grande Cascata do Dragão para pôr os meus ovos. Kiato pensou no seu pai e aceitou o desafio. Dando grandes saltos levou Carpa Koi até à Cascata do Dragão. Assim que lá chegou a Carpa Koi agradeceu-lhe e desapareceu. Mas, quando se voltou para ir embora, viu o seu pai que lhe deu a mão. Foram para casa e viveram felizes para sempre.

História Individual- 2ºC 17


O Livro mágico

No país do sol nascente, quando o pai guerreiro ia a passear no seu belo cavalo branco, encontrou um rio muito grande. A água do rio era transparente, no fundo havia areia e pedras preciosas. Belos nenúfares nele flutuavam. Esses nenúfares tinham lindas flores. De repente, um peixe saltou do meio dos nenúfares; saltou tão alto que quase tocava no cavalo do pai guerreiro. O peixe chamava-se Carpa Koi. Ao lado do rio havia um lindo jardim que se chamava jardim dos pinheiros e, esse jardim, tinha pinheiros pequeninos; eram aos milhões. No jardim havia uma casa, amarela, linda e brilhante. Dentro da casa havia um armário onde estava um livro mágico sobre o Japão. Quando o pai guerreiro e o peixe entraram na casa o livro voou do armário até uma linda mesa. Abriu-se sozinho numa página sobre uma linda história sobre a coragem. Sem querer o peixe caiu sobre o livro e transformou-se numa espada brilhante. O pai guerreiro levou a espada consigo. Quando o pai guerreiro usou a espada pela primeira vez, ela transformou-se numa linda princesa. Eles casaram-se e viveram felizes para todo o sempre.

História Individual- 2ºC

18


A Pérola Mágica Num país longínquo, vivia a avó Maria na companhia do seu animal de estimação, um Dragão. Ao lado da casa da avó, toda construída em madeira, havia um grande pinhal onde todas as tardes podiam passear, conversar, fazer divertidas brincadeiras e até mesmo voar livremente. Às vezes iam até à praia, que ficava logo juntinho ao pinhal. Mas, a avó começou a andar muito triste e por isso deixou de sair à rua. Um dia, o Dragão cansado de pensar numa maneira de animar a avó Maria e de a tirar daquela tristeza, foi até à praia. Quando estava sentado num tronco junto ao mar, ouviu uma voz dizer-lhe: - Se queres voltar a ver a tua dona feliz, vai procurar na areia da praia uma concha que tem dentro uma pérola mágica, que dá alegria a quem a segurar nas mãos. O Dragão ainda tentou descobrir quem tinha falado com ele, mas depressa resolveu levantar-se e procurar a pérola que daria a felicidade à avó Maria. Andou, andou, pela praia, fez buracos com as suas fortes garras, mas foi debaixo do velho tronco onde tantas vezes se tinha sentado com a avó, que descobriu uma bonita concha, muito bem fechadinha. - Ai!... -disse o Dragão. Como é que tiro a pérola? O Dragão estava tão preocupado com a sua dona, que resolveu ir logo ter com ela. E foi a voar, para poder chegar bem depressa. - Avó, avó Maria, tenho um presente especial para ti! A avó abriu a porta, fez uma festa no focinho do Dragão, que logo lhe estendeu a mão com aquela pequena concha. - Sabes avó, aqui dentro está uma pérola mágica, que te vai dar de novo a alegria! - Toma, é para ti! A avó Maria, pegou na concha com as duas mãos, deu-lhe um beijinho e a concha abriu-se, mostrando uma bonita pérola branca. Surpreendida, a avó começou a sorrir. Os olhos brilhantes indicavam que estava de novo feliz. Meu dito, meu feito, este conto saiu perfeito. História coletiva 2º A

19


Uma aventura no templo Era uma vez um templo onde vivia o Buda rodeado de fiéis. Certo dia, apareceu um dragão muito grande e malvado à porta do templo a dizer que o queria invadir para roubar as pérolas mágicas que realizavam desejos. O Buda e os fiéis lutaram contra o dragão e, com muita sabedoria, pregaram-lhe uma armadilha. Ele caiu num buraco que tinham disfarçado com folhas e, logo de seguida, o Buda foi buscar duas pérolas mágicas que lhe atirou para cima ao mesmo tempo que pedia um desejo: - “Quero que o dragão viaje para um país muito distante e nos deixe em paz no nosso templo!”. O desejo realizou-se, e o dragão desapareceu imediatamente. Assim, o Buda e os seus fiéis viveram felizes para sempre no seu templo.

História Individual- 3ºC

20


O segredo da Carpa-koi Era uma vez um menino chamado Manuel que foi de férias com os pais para o Japão para acampar no Monte Fuji. Depois de montar a tenda no cimo do Monte Fuji, reparou que estava lá um feiticeiro todo vestido de preto, com um chapéu vermelho. Cheio de coragem, o Manuel foi ter com ele e perguntou-lhe o que estava ali a fazer. O feiticeiro disse que estava a preparar uma poção mágica que fazia com que os animais falassem. Ao ouvir isto, o Manuel foi buscar a Carpa-Koi que tinham para o almoço e logo o feiticeiro deitou umas gotinhas da poção e o peixe começou a falar. O Manuel perguntou ao peixe onde estava escondido o Fuurin mágico e o peixe disse que era segredo pois se lhe contasse, o feiticeiro transformava-o numa estátua de Buda. O menino desafiou o feiticeiro

para

um

combate de perguntas. Quem

errasse

questões,

três

perdia

transformado

era numa

formiga. O menino fez então a primeira pergunta: - Quantos distritos tem Portugal? O Feiticeiro não respondeu, porque não sabia. - 18, afirmou o Manuel. Vamos à segunda pergunta: Quantas ilhas tem o arquipélago dos Açores? Mais uma vez o feiticeiro não respondeu. - 9, respondeu o Manuel. Vamos à última pergunta: Quantos castelos estão na bandeira de Portugal? Como o feiticeiro não respondeu, transformou-se numa formiga. O Manuel pisou-a e logo a Carpa-koi contou o seu segredo: - O fuurin está neste monte, atrás duma porta secreta. Só tens de dizer as palavras mágicas. O menino foi à procura da tal porta, disse as palavras mágicas, foi buscar o fuurin e ofereceu-o à Carpa. Meu dito meu feito, este conto saiu perfeito.

História coletiva – 3.ºB 21


Amigos a sério

Era uma vez um Buda que vivia, numa floresta, com um Dragão. Os dois amigos adoravam viajar nas asas do Dragão, onde conseguiam ver todos os outros animais. Um dia, ao entrar pela porta da casa do Buda, o Dragão com a sua sabedoria avistou as suas pérolas preferidas. Foi então que pensou que o seu amigo lhas tinha roubado. Mas não, o Buda apenas as guardava para enfeitar a sua casa. O Dragão, certo que o seu amigo apenas queria guardar as suas pérolas ficou descansado porque confiava nele, e pensou: - Amigos a sério como nós há poucos- disse o Dragão. A partir desse dia o dragão já sabia onde estavam as suas pérolas. Contente com a sua descoberta, O Buda e o Dragão, continuaram amigos e felizes para sempre.

História Individual- 3ºC

22


História do Buda

Num país longínquo, no meio de grandes montanhas vivia um Buda que tinha uma grande riqueza. Ele passava os dias no meio das suas pérolas e pensava casar com uma bela princesa. Um dia, passeava o Buda no jardim quando, de repente, apareceu um belo dragão. O dragão trazia na boca um papel com uma palavra- chave que era "sabedoria". Ele entregou o papel ao Buda. Quando o Buda disse a palavra "sabedoria", o dragão transformou-se numa bela princesa. O Buda ficou muito feliz com aquela bela princesa e, pegou nela ao colo e entrou pela porta, no castelo. O Buda levou a princesa a viajar pelo mundo e foram felizes para sempre.

História Individual- 3ºC

23


As aventuras do avô Zézé

Era uma vez, um avô que se chamava Zézé e tinha um cavalo. Um dia ele foi passear com o cavalo e perdeu-se. Foi ter a uma porta e, caiu-lhe um fuurin mágico na cabeça. E, como o fuurin era mágico o avô ouviu uma voz: -Descobre a palavra-chave. -Qual palavra-chave? Há muitas palavras!... Então, depois de pensar um bocadinho, disse: - Coragem!!! -Boa. Acertaste! - Mas ainda não acabou. Tens de combater com um monstro. Depois de lutar com o monstro, o Zézé acabou por vencer. E oxalá que tudo lhes corra bem e a nós também!

História coletiva – 3ºD

24


A princesa do Japão

Era uma vez uma princesa chamada Masako. A sua mãe morreu e ela ficou com o pai que era um guerreiro. A princesa ia sempre para o jardim dos pinheiros, porque foi onde a mãe lhe fez uma casa pequena que tinha um fuurin com um dragão à volta. Ali, gostava de escrever para a mãe pedindo para ela voltar. Contava á mãe que tinha um grande segredo: adorava artes marciais, mas não tinha coragem de contar ao seu pai. Um dia, ganhou coragem e contou-lhe tudo. O pai zangou-se com ela e disse que era uma princesa e não podia lutar como o seu irmão. Mas um dia o pai viu-a lutar com o boneco de borracha para treinar. Ela lutava tão bem que o pai disse: - Se é isso que queres, vais tê-lo! O pai deixou-a lutar e ela chegou a ser uma das melhores samurais do mundo. Vitória, vitória acabou a história.

História Individual – 4ºA 25


Japão

No país do sol nascente vivia um dragão, no cimo de uma montanha. Vivia em paz num local onde havia muitas árvores e animais. Esse local era o Jardim dos Pinheiros. Nesse jardim existia um segredo que tinha de ser guardado porque era mágico e protegia tudo o que estava á sua volta: era o fuurin (sino de vento). Um dia apareceu um guerreiro que queria esse fuurin para levar para sua casa. Mas o dragão que o protegia não o deixou levar. Os dois lutaram, lutaram e chegaram a um acordo: -Dragão, eu preciso muito desse fuurin -disse o guerreiro. - Não podes tirar daqui o fuurin. É um objeto mágico, que pertence ao jardim dos pinheiros. Se quiseres podes viver aqui com a tua família e viveremos todos em paz.disse o dragão. -Sim, sim eu aceito.- disse o guerreiro muito contente. Vitória, vitória acabou a história.

História Individual – 4ºA

26


O Buda e o segredo do dragão Era uma vez um Buda que tinha um dragão. O dragão tinha um segredo que estava escrito nas portas do Japão. Mas, havia um problema…as portas do Japão estavam em Tóquio e ele estava em Xangai. Nesse momento, surgiu uma ideia, ele foi pedir o jato privado ao tio. Quando chegou ao Japão, foi brincar com o dragão. Depois de brincarem começaram a procurar e encontraram o livro do Japão. Estava tudo em japonês, mas o Buda tinha um telefone que traduzia tudo. No livro dizia que tinham de passar uma porta que estava na água, outra que estava na neve e, encontraram outro livro que dizia onde estava escrito o segredo. Depois de passarem a porta da água e da neve chegaram ao livro que já estava escrito em chinês. Leram o livro e tiveram de voltar para trás. Quando chegaram à porta da água viram uma porta a dizer “Segredo do dragão”. Passaram pela porta e foram teletransportados para uma cabine onde dizia: o maior segredo do dragão. O Buda muito curioso abriu a porta e, atrás da porta, dizia: O segredo do dragão é que ele usa cuecas!”. O Buda começou a rir e ficou lá cerca de meia hora. Quando voltaram, o Buda perguntou ao dragão: - Por que usas cuecas? - Não sei, não faço ideia! – respondeu o dragão. Provavelmente o dragão sente-se bem assim e foram felizes para sempre.

História coletiva – 4ºB 27


O Fuurin Mágico Há muitos anos atrás, no país do sol nascente, vivia um homem com o seu filho Sushi. Eles viviam só os dois porque a mãe do menino já tinha morrido… Pai e filho gostavam muito um do outro e gostavam muito de dar passeios e viverem grandes aventuras. Ambos eram exploradores e muito curiosos e, Sushi confiava sempre que seu pai o protegia de todos os perigos, pois o pai tinha sido um grande guerreiro que tinha estado ao serviço do Imperador. Um dia Sushi foi sozinho ao Jardim dos Pinheiros porque queria caçar o feroz dragão que vivia lá e aterrorizava as pessoas da redondeza. Como ele era destemido não levou a sua espada para se poder defender dos perigos. Quando chegou perto da caverna e olhou nos olhos do dragão, teve tanto medo que ficou paralisado. O dragão, aproveitou a oportunidade, e fê-lo seu escravo. À noite, como o filho não regressou a casa, o pai foi procurá-lo. Procurou, procurou, até que finalmente chegou perto da caverna do dragão e viu o seu filho a trabalhar para o dragão. O pai sabia que tinha que ir salvar o seu filho das garras do dragão maléfico. Então desafiou o dragão para uma luta. E… foi uma luta tremenda, até ficarem os dois completamente exaustos. Nem a experiência e a força de um guerreiro como ele era, foram suficientes para sair vencedor desta luta. Então, o pai lembrou-se que tinha sempre consigo o Fuurin que a mulher lhe tinha dado de presente há muitos anos atrás, na altura em que lhe revelou o segredo mais bem guardado pela sua família de geração em geração. Aquele Fuurin era mágico e havia de salvar um guerreiro das garras de um dragão mas, para isso acontecer, o guerreiro teria que andar sempre com ele. O pai, com as poucas forças que ainda lhe restavam, tirou então o Fuurin da sua sacola e agitou-o lentamente e, como por magia, o dragão levantou-se, entrou para dentro da caverna, libertou Sushi e adormeceu. Quando o pai percebeu o poder mágico que o Fuurin tinha, continuou a agitá-lo e ordenou à caverna para se fechar para sempre e, muito lentamente, a terra, as rochas moveram-se deixando apenas uma pequena abertura. Pai e filho voltaram para casa e contaram o que lhes tinha acontecido no Jardim dos Pinheiros, mas nunca revelaram o segredo do Fuurin, para que ninguém o quisesse roubar. Diz a lenda que o dragão continua lá, adormecido, à espera que o Fuurin volte a tocar para o acordar do seu sono mágico, e assim voltar a ser o terror daquela terra… Vitória, vitória, acabou-se a história.

História Individual – 4ºA 28


Um conto japonês Há muito, muito tempo, existia uma avó, que vivia numa casa no meio da floresta. Era muito pobre e solidária e, apesar de ter muitos netos, nenhum vivia com ela. A avó era conhecida por ser uma senhora com uma sabedoria imensa, pois noutros tempos, quando era ainda jovem ocupava o seu tempo a viajar pelo mundo fora. Nessas viagens conheceu e aprendeu muitas coisas. Para além desse gosto, ainda hoje gosta de ler um bom livro, sendo a sua única companhia. Um belo dia, enquanto passeava pela floresta, avistou uma luz muito intensa. Ela ficou muito admirada, pois em muitos anos de passagem pela floresta, nunca tinha visto nada assim. Muito curiosa, aproximou-se e, para seu espanto, mal podia acreditar no que via: Um animal muito assustado com uns olhos fluorescentes e pensou: - Tão pequeno e tão lindo. Só pode ser a companhia que eu procurava. Levou o pequeno animal na palma da mão para a sua humilde casa e deu-lhe o nome de Grou. A partir daquele dia, a avó passou a estar em boa companhia, fazendo do grou o seu animal de estimação. Todos os dias, lia uma bela história ao seu pequeno grou. Certo dia e para seu espanto, os netos bateram-lhe à porta. A avó logo se aprontou a contar-lhes uma história na companhia do pequeno grou. Passados estes anos todos, os netos em homenagem à avó e à sua sabedoria, decidiram mandar construir uma estátua, e nela estava escrito: “E oxalá tudo lhes corra bem e a nós também” como terminavam todas as suas histórias.

História Coletiva – 4ºD

29


AS PÉROLAS PERDIDAS

Era uma vez um urso branco que andava a passear no Jardim dos Pinheiros, quando começou a ouvir uma grande discussão e gritos altos. O urso aproximou-se e viu o Buda a combater com um macaco. O macaco pensava ser o rei do Jardim dos Pinheiros e fazia muito mal a todos os animais. Para que toda a maldade acabasse o Buda teria de encontrar as pérolas perdidas e colocá-las na entrada e saída do Jardim dos Pinheiros. O urso branco decidiu ajudar o Buda e os dois encontraram as pérolas perdidas. Seguidamente foram colocá-las na entrada e saída do Jardim dos Pinheiros e juntos disseram a palavra-chave: “segredo”. A partir desse momento o macaco passou a ser bom, amigo e verdadeiro para todas as pessoas e animais que iam ao Jardim dos Pinheiros visitar os pinheiros! “Vitória, vitória acabou-se a história!”

História Individual – 4ºC

30


O Dragão e o Pai Guerreiro

No país do Sol nascente havia um dragão que assombrava as aldeias do Japão. Ele voava e queimava as casas dos habitantes. Um dia, um pai (guerreiro) decidiu tentar derrotá-lo para salvar os habitantes, mas, para isso, era preciso um fuurin. Então, o pai (guerreiro) foi à procura do objeto (fuurin) mas não o encontrou em lado nenhum. Depois, o pai (guerreiro) sem o fuurin foi tentando combater o Dragão até que ,um dia, do nada, caiu do céu o fuurin que estava no Jardim dos Pinheiros. O pai (guerreiro) conseguiu atrair o Dragão ao Jardim dos Pinheiros (local mágico) e, após árduo combate, conseguiu atingir o Dragão com um raio luminoso cheio de magia, conseguindo transformar toda a maldade do Dragão em algo bom. A partir desse dia, o Dragão defendeu a Aldeia de todos os Monstros que a queriam atacar. Todos os anos nesta Aldeia

se celebra o dia do Dragão e do Pai Guerreiro.

Nesse dia todos os habitantes gritam bem alto ... Vitória, Vitória... Acabou a história.

História Individual – 4ºA

31


O pai guerreiro

No país do sol nascente, um guerreiro muito valente, vivia no Jardim dos Pinheiros, que tinha um dragão a guardá-lo. Sempre que lá ia algum guerreiro, morria. Um dia, o filho do guerreiro foi lá e acabou por morrer. O guerreiro ficou tão furioso com o dragão que o queria matar. Mas, como só ele descobriu que o seu filho tinha sido derrotado pelo dragão, guardou segredo. Mais tarde, o pai guerreiro levou o seu fuurin que lhe dava sorte, e resolveu ir enfrentar o dragão. Quando viu o dragão, subiu-lhe pelas costas e cortou-lhe a cabeça. Assim acabou a maldição do dragão e o guerreiro pôde receber todos os seus amigos. Vitória, vitória acabou-se a história.

História Individual – 4ºA

32


JAPÃO No país do sol nascente havia um castelo muito velho situado no Jardim dos Pinheiros. Este castelo servia de posto de vigia para o Pai guerreiro. Este homem usava o posto de vigia muitas vezes para ver se avistava o Dragão mauzão. Certo dia o Pai guerreiro desistiu de ir ao posto de vigia, ele decidiu não esperar mais e partir à procura do Dragão mauzão. O Pai guerreiro procurou o Dragão dias e dias a fio, mas nunca o encontrou. Quando voltou para o Jardim dos Pinheiros o Pai guerreiro disse aos seus amigos: «Não procuro mais nenhum dragão, cá para mim não passa de uma lenda, não existe Dragão mauzão nenhum, DESISTO». Quando o Pai guerreiro contou aos seus amigos, eles comentaram uns com os outros: – Calma, ele amanhã vai querer procurar o Dragão connosco. Não acredito que desista assim, afinal ele é o Pai guerreiro. No dia seguinte, o Pai guerreiro ao acordar, reparou que algo abanava junto da janela da sua cabana; chegou mais perto e encontrou um sino de vento á sua frente, uma peça com muita magia, conhecida na sua terra como fuurin. O Pai guerreiro saiu da sua cabana e foi mostrar o fuurin aos seus amigos, os quais ficaram muito espantados. O Pai guerreiro tocou o sino de vento e, de repente, algo mágico aconteceu, o Dragão mauzão apareceu. O Pai guerreiro e os seus amigos ficaram de boca aberta sem saber o que fazer. Quando todos achavam que ali seria o fim, o Pai guerreiro viu que havia algo escrito no fuurin, e leu para todos ouvirem: - Quando tocar este sino de vento o Dragão mauzão irá aparecer, este é o segredo e a magia do fuurin. Mas o Pai guerreiro era muito inteligente e apercebeu-se logo que o Dragão tinha um segredo e perguntou-lhe: - O que queres de nós Dragão? Estava preso neste sino de vento há mais de 1000 anos, só quero agradecer-vos e explicar que se me quiserem treinar basta o fuurin tocar e eu serei o melhor guarda que alguma vez tiveram e ficarei para sempre a vosso cargo. 33


O Pai guerreiro achou uma boa ideia treinar o Dragão, e tocou de novo o fuurin, o Dragão mauzão teve um treino intensivo e passou a ser o melhor guarda que alguma vez existiu naquela terra, e assim o Pai guerreiro ganhou um amigo e juntos passaram a vigiar no castelo. Vitória, vitória acabou a história.

História Individual – 4ºA

34


GLOSSÁRIO

Grou Gruidae é uma família de aves gruiformes, que inclui os animais conhecidos popularmente como grous. O grupo tem catorze espécies e está distribuído pela América do Norte, Europa e Ásia, África e o norte da Austrália

O Japão é um país insular da Ásia Oriental localizado no Oceano Pacífico. Os caracteres que compõem seu nome significam "Origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O país é um arquipélago de 6 852 ilhas, cujas quatro maiores são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre

nacional.

A maior

parte das

ilhas

é

montanhosa. O Japão possui a décima maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes.

Outra história, esta real… 35


Sadako Sasaki Sadako Sasaki, foi uma menina japonesa que viveu em Hiroshima , quando a bomba atómica foi lançada. Ela tinha somente dois anos de idade quando se tornou uma vitima de bomba atómica. No dia três de agosto de mil novecentos e cinquenta e cinco Chizuco Hamamoto , amiga de Sadako visitou-a no hospital e fez para ela um origami de um tsuru . Sua amiga contou a lenda popular japonesa onde quem faz mil tsurus de origami tem direito a um desejo. Desde esse dia Sadako passou a fazer seus tsurus sempre com o mesmo pedido: curar-se e voltar a viver normalmente. Sadako conseguiu fazer seiscentos e quarenta e seis garças de papel e após a sua morte, os seus amigos fizeram mais trezentos e cinquenta e quatro, para que ela fosse enterrada com mil garças. Sadako morreu no dia quinze de outubro de mil novecentos e cinquenta e cincoe os seus amigos pediram dinheiro a várias pessoas para erguer um monumento em sua memória, no Parque da Paz, e lá gravaram as seguintes palavras: “Este é o nosso grito, esta é a nossa oração, Paz na terra”. O monumento em Hiroshima em homenagem á Sadako.

36


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.