PIBID URI - III v.I

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certos fatores e contextos, relacionando estes efeitos à sua própria história de vida. A atividade sugerida neste artigo explana as possibilidades de estudar a história da região missioneira a partir de objetos concretos do patrimônio histórico. Desse modo, abordase toda a trajetória das Missões através do próprio patrimônio encontrado e preservado. Como afirma Soares, “Objetos comuns, em lugares comuns e em tempos passados (ou esquecidos) adquirem outro sentido quando nos possibilitam visualizar outros modos de vida, outras utilizações do espaço e outros tempos diferentes d nosso”. (2003, p. 21). Dessa forma, fazer uso do patrimônio histórico na educação escolar permite aos indivíduos a valorização das formas de representação cultural, respeitando assim, outras crenças, outras formas de viver, de trabalhar, de relaciona-se com a natureza, etc.

É importante demostrar que a diversidade deve ser valorizada e resguardada, porque é a partir do diferente que se estabelecem as identidades dos povos e dos indivíduos. [...] Tudo isso se faz através da educação, e educar para a preservação, conservação e valorização cultural é denominado de Educação Patrimonial (SOARES, 2003, p. 25).

Assim, ao analisar um objeto histórico, não se pode apenas admirar seus detalhes e características externas, mas precisa ser explicado na sua utilidade em tempos passados. A pesquisa de Soares (2003, p. 21) remete que “[...] a contextualização é fundamental para a existência do objeto, dado o perigo de serem realizadas ‘coleções museológicas’ desprovidas de qualquer sentido de preservação da memória”. Dessa forma, o trabalho pedagógico no museu não pode ficar apenas a caráter de visita, pois assim, perderá a riqueza da exploração e investigação histórica. Sem a agregação de sentidos nos objetos, estes se tornam apenas artefatos para serem admirados e contemplados. A metodologia da Educação Patrimonial busca “[...] despertar a curiosidade dos educandos, para que, estudando um objeto concreto, descubram por meio dele, mais informações”. (SOARES, 2003, p. 25). O objeto concreto aqui remetido pelo autor é entendido tanto como aqueles de ordem material, como também os de ordem intelectual e emocional. Entende-se que os conhecimentos que determinada cultura adquiriu ao longo dos anos, e os sentimentos agregados a determinados rituais, e crenças também formam o que é chamado de Patrimônio Cultural. Soares esclarece, ao educador, que pretende trabalhar os contextos históricos, que primeiramente faz-se necessário despertar o interesse dos educandos, instigando sua curiosidade, e trabalhando o assunto

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