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DIOCESE DE TIANGUÁ PLANO DIOCESANO DE PASTORAL

2011-2015

Tianguá, novembro de 2011

APRESENTAÇÃO ___________________________________________ Seguindo as trilhas abertas pelas Assembleias da CNBB - Nacional (abril 2011) e da CNBB - Regional Nordeste I (novembro 2011), a Diocese de Tianguá retomou, também, seu caminho de avaliação e planejamento participativo na Assembleia diocesana de novembro de 2011, predispondo-se a enfrentar os novos desafios que o momento histórico, da Igreja e do mundo, suscitam no campo da sua missão. O clássico método ver-julgar-agir nos levou, primeiramente, a refletir sobre a realidade mutável que constantemente interpela, inquieta e incomoda nossa condição de discípulos e missionários de Jesus Cristo. Em segundo lugar, deixamo-nos iluminar pela sempre viva e eficaz Palavra de Deus, assim como pela perene doutrina e enriquecedora experiência da Igreja, Mãe e Mestra. Finalmente, conseguimos indicar os rumos a seguir, num momento histórico em que o santo Padre nos convoca a encarar a tarefa de uma Nova Evangelização. A 49ª Assembleia Geral da CNBB, ao elaborara as novas diretrizes, deixou-se nortear pela V Conferência de Aparecida, constantemente citada nas suas reflexões e na hora de encaminhar as pistas de ação. O documento de Aparecida


solicita que a nova evangelização tome como ponto de partida o encontro dos fiéis com Jesus Cristo para que, cativados por Ele, estejam dispostos a segui-lo, como discípulos conscientes e decididos, assimilando seu estilo de vida e assumindo sua causa. Ser 'batizado', hoje, não parece ser titulo suficiente que assegure a posse de uma cadeira cativa no Reino dos céus. E é que, como alertava o Sínodo das Américas: "A fé não pode mais ser pressuposta, mas diretamente proposta" (EA). O cristão precisa trabalhar seriamente sua opção pessoal e radical por Cristo. Não será acumulando gestos tradicionais de religiosidade ou ritos religiosos de corte social que conseguirá edificar uma sólida identidade cristã. Uma verdadeira personalidade cristã, nos dizem as Diretrizes Gerais, só será solidamente construída se investirmos com empenho na redescoberta do querigma missionário, da iniciação à vida cristã, da primazia de Palavra de Deus, do valor vivência comunitária e do ardoroso serviço da caridade. Dispostos a "sentir com a Igreja", neste empolgante momento histórico, entregamos o texto de nossas Diretrizes Diocesanas (2012-2015) na esperança de que seja acolhido com alegria e que produza muitos frutos na vida e missão evangelizadora de nossas comunidades.

+ Francisco Javier

1. ANALISANDO A REALIDADE (Ver) _________________________________________________ 1.1. Geografia da Diocese de Tianguá A Diocese de Tianguá tem uma dimensão territorial de 9.680 quilômetros quadrados, abrangendo este território 13 municípios: Camocim, Granja, Barroquinha e Chaval, no litoral norte; Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal, Guaraciaba do Norte e Croata, no Planalto da Ibiapaba; e Graça, no Sertão. 1.2. População da Diocese de Tianguá Fonte: IBGE, Censo 2010.

CIDADE Tianguá Camocim Viçosa do Ceará Granja São Benedito Guaraciaba do Norte Ubajara Ibiapina Croata

URBANA 45.828 44.647 17.827 25.902 24.556 17.405 15.350 10.743 9.038

RURAL 23.073 15.516 37.134 26.768 19.630 20.372 16.442 13.067 8.039

TOTAL 68.901 60.163 54.961 52.670 44.186 37.777 31.792 23.810 17.077


Carnaubal Graça Barroquinha Chaval Total

7.960 5.818 9.771 9.170

8.786 9.234 4.704 3.447

244.015 206.212

16.746 15.052 14.475 12.617 450.227

Como no Brasil, também na Diocese de Tianguá cresce a população urbana, o que irá repercutir nos tradicionais modelos de pastoral aplicados ao contexto rural. A Pastoral Urbana foi objeto de reflexão da Assembleia diocesana de 2003 e nela determinou-se sobre a implantação de "Polos de Evangelização" que favorecessem uma ação descentralizada, também, na cidade. 1.3. Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) O Índice de Desenvolvimento Municipal reúne em um único tópico indicadores relacionados a aspectos fisiográficos, fundiários e agrícolas; demográficos e econômicos; de infraestrutura e sociais. IDM - Índice de Desenvolvimento Municipal 2008 Municípios da Diocese de Tianguá (Fonte: IPECE - 2008)

CIDADE

VALOR

RANKING ESTADUAL

Tianguá Ubajara Guaraciaba do Norte Ibiapina Barroquinha São Benedito Croata Camocim Carnaubal Chaval Viçosa do Ceará Graça Granja

44,84 37,46 35,36 34,23 33,89 31,79 31,69 29,94 28,65 28,09 26,44 20,12 17,45

11º 28º 39º 44º 47º 55º 56º 70º 84º 90º 102º 160º 172º

De acordo com o Índice de Desenvolvimento Municipal 2008, as duas cidades da Diocese que obtiveram os melhores índices foram Tianguá (44,84) e Ubajara (37,46) e as duas piores foram Graça (20,12) e Granja (17,45). Granja


ocupa o lugar 172 entre os 184 municípios do Ceará, o que é uma vergonha se considerarmos a nobre trajetória histórica da cidade. Quer dizer que, na Diocese, temos, ainda, fortes índices de pobreza e alguns bolsões de miséria que devem incomodar a fiéis e pastoralistas. Quem melhor nos revela esta dolorosa situação é a Pastoral da Criança, pois são os pequeninos por ela acompanhados que sofrem as mais graves consequências. Contemplando, de forma geral, a situação econômica, podemos dizer que o setor primário da nossa região continua a depender da agricultura de subsistência e da horticultura, na serra da Ibiapaba, e da mesma agricultura básica, da pesca e do extrativismo, no litoral. Novidades positivas as encontramos na incipiente agricultura denominada 'ecológica' e no cultivo de flores e frutas tropicais. Por outra parte, a produção industrial é insignificante na região. Nenhum município consegue implantar um mínimo distrito industrial. O máximo que podemos contabilizar é alguns acanhados empreendimentos de fundo de quintal. Mas, o setor que, realmente, tem crescido muito entre nós é o dos Serviços. Este setor está suscitando um bloco de profissionais e funcionários que bem poderão incidir na mudança de hábitos tradicionais da população e, quem sabe, até dar uma virada nas inoperantes oligarquias que impedem o desenvolvimento social e político do povo.

1.4. Caminhada religiosa da Diocese de Tianguá A Diocese de Tianguá foi criada pelo papa Paulo VI, em 13 de março de 1971, por meio da bula “Qui Summopere”, que também incluía a criação das dioceses de Itapipoca e Quixadá. A Diocese de Tianguá foi erigida, oficialmente, no dia 22 de Agosto de 1971 por Dom Walfrido Teixeira Vieira, que deu posse, no mesmo dia, ao 1º bispo diocesano, Dom Frei Timóteo Francisco Nemésio Cordeiro. Nossa Igreja Particular nasceu à sombra do Concílio Vaticano II e na época em que a América Latina, concluída a III Conferência em Medellín (1968), ensaiava os primeiros passos na aplicação da desejada renovação conciliar. Dom Timóteo privilegiou os trabalhos da base com empenho e realismo. No dia 06 de março de 1991, o papa João Paulo II nomeava Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR, como segundo bispo residencial da Diocese de Tianguá. Ordenado no dia 19 de maio de 1991, tomou posse em Tianguá, no dia 24 de junho do mesmo ano. A Diocese de Tianguá celebrou, em 22 de agosto de 2011, os 40 anos de sua criação. Passaram os anos juvenis e entramos na faixa da maturidade. Com alegria podemos dizer que, a pesar das carências sofridas, vamos construindo uma Igreja com sabor de Vaticano II e com feições brasileiras e latino-americanas peculiares que nos vem das orientações pastorais do Episcopado. O Brasil, em concreto, apresenta uma linda experiência de planejamento pastoral participativo


que perpassa pelas dioceses, produzindo muitos frutos e que deve ser continuamente atualizado. A causa 'comum' da Igreja Particular requer acordo e dedicação de todos, a começar pelo bispo, presbíteros, diáconos, ministros leigos e agentes de pastoral. Sua presença nos organismos de comunhão: Conselhos, Coordenações, Comissões diversas, é imprescindível. Estamos precisando rever e cobrar de todos maior corresponsabilidade e empenho no que respeita ao bem comum da Diocese. 1.5 Dinamismo e projeção de futuro A vida e a missão da Igreja nos oferecem constantes desafios que exigem coragem, perseverança e criatividade da nossa parte. Olhando precisamente para o futuro, reconhecemos os apelos que a realidade atual da Igreja e do mundo, nos trazem. Um grande marco que nos chama a renovar nosso empenho missionário é a V Conferência do Episcopado latino-americano, com o documento de Aparecida. A reflexão sobre a nova evangelização continuará em aberto, acenando para novos aspectos da vida da Igreja que se consideram necessários. São muitas as tarefas que precisam ser desenvolvidas a partir dos três eixos: Palavra, Comunhão e Caridade.

1.5.1. Palavra Dentro do processo da nova evangelização em que nos encontramos, o anuncio da Palavra adquire uma importância primordial, nas diversas formas em que se manifesta: anuncio missionário, catequese, homilia, estudo teológico, formação espiritual. Somos chamados a ser primeiro ouvintes assíduos da Palavra para depois sermos anunciadores da mesma. A proposta do último Sínodo sobre "A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja" deve despertar entre nós uma intensa dedicação à 'Animação Bíblica da Pastoral', na trilha do solicitado pelo Concílio Vaticano II (DV cap. VI) A experiência da Missão Permanente vivida por três anos na Diocese deixou uma boa impressão em todos e todas, revigorando o interesse pelo anúncio querigmático. Precisa, agora, dar continuidade para que a Missão seja, realmente, 'permanente'. Nesse sentido, duas propostas ficaram à espera de complementação: A Escola de Formação Missionária e o Ministério laical do Anúncio Missionário. Capítulo importante, também, a ser atendido na próxima etapa da nossa ação evangelizadora, será o da Iniciação à Vida Cristã, em linha catecumenal, como foi solicitado pelo Concílio Vaticano II, o DGC (1997), a II e III Semanas Brasileiras de Catequese, nosso DNC e, ultimamente, pelo Doc. de Aparecida. É um grande desafio a ser trabalhado com clarividência e perseverança, se quisermos


acertar nossos passos com os rumos pretendidos pela Nova Evangelização 1.4.2. Culto O anúncio da Palavra e a celebração sacramental se ordenam mutuamente. Convém conscientizar a comunidade cristã que, pelo batismo, todos os cristãos têm direito e obrigação de participar, de forma plena, consciente e ativa das celebrações litúrgicas. É toda a assembleia cristã, reunida em volta do altar, que é chamada a celebrar os santos mistérios, sob a presidência do ministro ordenado ou do ministro leigo. Valorizar a celebração litúrgica dominical como o momento mais visível da comunidade eclesial, assim como facilitar a aproximação dos fiéis aos sacramentos, é tarefa de todos nós. Não esquecer que dos Ministérios Laicais implantados na Diocese, três deles tem a ver com a Liturgia: o Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística, o Ministério da Palavra para o Culto Dominical e o Ministério Extraordinário do Batismo. Precisamos ampliar o exercício destes serviços ministeriais e cuidar com maior empenho da formação continuada dos chamados a os exercer. 1.4.3. Caridade Na Igreja, a caridade, como amor gratuito e universal, é uma virtude imprescindível e centro da vida cristã. Quando organizada na comunidade, a caridade se converte em Pastoral Social. Por isso, ela deve estar presente

em toda programação pastoral, na Diocese, nas Paróquias e nas pequenas comunidades. O serviço aos pobres sempre será o termômetro que medirá o autêntico fervor da Igreja. Na diocese, temos pela frente a urgente necessidade de acelerar o compromisso das comunidades no exercício da caridade concreta e eficaz em favor das necessidades reais dos fiéis mais pobres e excluídos.


2. ILUMINAÇÃO (Julgar) ____________________________________________ Como discípulos do Senhor, sabemos que nossa missão é anunciar o Evangelho a toda criatura, independentemente de tempos, lugares ou culturas. É um anúncio aberto a todo ser humano e em todas as épocas. Mas, nunca podemos esquecer que o destinatário da evangelização é sempre um ser humano “situado”, marcado por suas condições pessoais, por suas peculiares circunstanciais. O próprio Filho de Deus, assumindo nossa condição humana, aceitou nascer e viver como membro de um povo concreto, imerso numa determinada cultura e dentro de uma realidade histórica bem definida. A mesma Igreja, por força de sua vocação evangelizadora, terá que viver, permanentemente, atenta aos apelos da realidade que a rodeia, sensível e solidária com as preocupações, sofrimentos, alegrias e esperanças das pessoas às quais ela dirige sua mensagem. Nós queremos contemplar essa realidade por referência a estas instâncias: 1. A Palavra de Deus 2. O Concílio Vaticano II 3. A Nova Evangelização 4. As Diretrizes Gerais da CNBB. Urgências na Evangelização, hoje. 5. As Prioridades da Assembleia Regional Nordeste I

2.1. PALAVRA DE DEUS O cristianismo é uma religião revelada. Deus se comunica ao homem através de acontecimentos e palavras, intimamente conexas entre si. Jesus Cristo, Palavra de Deus, é o grande acontecimento revelador. Ele é quem nos faz conhecer a natureza de Deus e o próprio projeto de salvação destinado para o homem. Como discípulos do Senhor, contemplamos a vida e a história à luz da Palavra revelada por Deus. Tarefa nossa é anunciar os valores do Evangelho na realidade que nos cerca, à luz da Pessoa, da Vida e da Palavra de Jesus Cristo. A revelação não só nos oferece conhecimentos. Ela nos abre, também, o acesso ao Pai, ao encontro amigo, à comunhão. Na revelação encontramos “Alguém” que nos oferece a Verdade e a Comunhão da vida. Jesus Cristo, o grande Mediador, é que “profere as palavras de Deus” (Jo 3,34) e “realiza a obra da salvação” (Jo 17,4). Ele é a plenitude da revelação. Os que creem em Jesus formam a Igreja, Povo de Deus, sinal visível e eficaz da ação salvadora de Cristo no mundo, destinada a estender às nações o Evangelho e a graça de Senhor, na força do Espírito Santo. Evangelizar é a tarefa irrenunciável para a Igreja e para cada um de nós, em todos os tempos.


2.2. CONCÍLIO VATICANO II O Magistério da Igreja nos oferece uma grande iluminação nos documentos do Concílio Vaticano II. Sua reflexão se centrou sobre a identidade e missão da Igreja. 2.2.1 A Igreja nasce da Trindade O projeto salvífico da humanidade nasce de Deus e tem a marca da Trindade. Ele é fruto do AMOR benevolente de Deus Pai e sua realização passará pela Missão do Filho e do Espírito Santo. A comunidade trinitária é a fonte de donde nasce o mistério da Igreja 'comunhão'. Ao Pai pertence à iniciativa que introduz a economia da salvação. “Por decisão livre e insondável, decretou elevar os homens à participação de sua vida divina, e não os abandonou quando pecaram em Adão, antes lhes proporcionou os auxílios necessários para se salvarem, na perspectiva de Cristo Redentor” (LG 2). O Filho, enviado pelo Pai, inaugurou na terra o Reino de Deus e pela sua obediência operou a redenção. Ele, assumindo nossa natureza humana, deu visibilidade ao mistério de Deus, possibilitando nosso aceso ao Pai, nossa entrada na Família de Deus. A Igreja é “reunião dos que creem em Cristo”. Por isso, ela é constituída como “sacramento da união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG 1).

A Revelação do mistério de Deus, por intermédio de Cristo e no Espírito Santo, abre o caminho para o ser humano “se tornar participante da natureza divina” (2Pd 1,4). Significa que a manifestação do desígnio do Pai em Cristo não só traz conhecimento da Verdade, mas também convite à Comunhão. Em Cristo, Deus nos trata “como amigos e conosco se entretém” (DV 2). O Espírito Santo, enviado pelo Pai para santificar continuamente a Igreja, proporciona aos fiéis seguidores de Jesus o acesso ao Pai, por Cristo, num só Espírito. O Espírito e destinado a vivificar a Igreja e a morar no coração dos fiéis, como num templo, orando neles, adequadamente, e testemunhando a sua condição de filhos e filhas de Deus. O Espírito trabalha, dia a dia, a sonhada configuração de cada fiel cristão ao Cristo, “predestinados a serem conformes à imagem do Filho” (Rm 8,29). Obra do Espírito é, assim mesmo, conduzir a Igreja “na comunhão e no ministério, dotando-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos” (LG 4) que a revigorem constantemente para ser eficaz sinal do Reino de Deus. A Igreja aparece, então, como “O povo congregado na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (S. Cipriano). 2.2.2 A Identidade da Igreja O Concílio Vaticano II nos ofereceu uma visão profundamente renovada da Igreja. Quem estudou a eclesiologia nos tempos anteriores ao Concílio se deparou


logo com a novidade, em claro contraste com a visão anterior. Eis as Intuições do Concílio sobre a Igreja, definindo-a como: * MISTÉRIO DE COMUNHÃO Frente ao conceito de Igreja=Sociedade perfeita. * IGREJA, POVO DE DEUS Frente ao conceito de Igreja=Hierarquia. * IGREJA SACRAMENTO DE SALVAÇÃO Frente ao conceito de Igreja= Instituição 2.2.3 Avanços na Eclesiologia. A Igreja=Mistério de Comunhão nos predispõe a valorizar toda forma comunitária que a remete á sua origem trinitária. Toda expressão de comunhão é um bem a ser procurado na vida e na pastoral da Igreja. A Igreja=Povo de Deus sublinha a fundamental igualdade dos membros do Povo de Deus, assim como a sua corresponsabilidade na missão. A Igreja=Sacramento contempla a Igreja atuando a salvação na história, sendo que ela mesma foi salva pelo projeto de Deus, em Jesus Cristo e no Espírito Santo. A igreja vive e celebra o mistério de Cristo, aplicando os frutos da redenção no fluir da história da salvação que perpassa por povos e culturas. A Igreja Particular ganha importância, neste sentido, ao reconhecer a realização concreta de sua identidade católica numa Igreja 'local', encarnando seu mistério na cultura e idiossincrasia de um povo concreto. Uma Igreja, em

fim, samaritana, solidária “nas alegrias, esperanças, tristezas e angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem” (GS 1). 2.3. A NOVA EVANGELIZAÇÃO Mudança de época. “Vivemos um tempo de transformações profundas, que afetam não apenas este ou aquele aspecto da realidade, mas a realidade como um todo, chegando aos critérios de compreensão de julgamento da vida” (DGAE 19). Também a religião está mudando profundamente. Além do pluralismo religioso presente na sociedade e do intenso trânsito experimentado pelas igrejas, vivemos uma tremenda defasagem entre aquilo em que se acredita e o que realmente se vive. O próprio sentimento de pertença à Igreja é cada dia mais frágil e não resiste fácil aos embates das seitas e, sobretudo, do secularismo. O Concílio Vaticano II questionava, já na época, o serviço evangelizador que a Igreja oferecia ao homem moderno. A Igreja da cristandade, de fato, dava sinais de cansaço e inconsistência na vivência da fé. Maravilhoso foi o enfoque dado pelo Papa Paulo VI ao tema da Evangelização na sua Exortação apostólica "Evangelii Nuntiandi". A evangelização, nos diz o papa, é "um processo complexo" que toma como ponto de partida o exemplo de vida dos cristãos, passa pelo anúncio explícito de Jesus Cristo que suscita a conversão, introduz na vida comunitária e prepara o iniciado para a missão. A Igreja vive


para evangelizar. Eis a sua vocação e a marca mais profunda de sua identidade. Posteriormente, a III Conferência do Episcopado Latino Americano de Puebla retomará o tema da Evangelização (1979), enfocada como principio transformador das pessoas, das culturas, da religiosidade popular e da própria libertação humana. E alerta: há “situações novas que nascem das mudanças socioculturais e que exigem outra evangelização” (DP 366-367). Será, porém, em Haiti (1983), quando o papa João Paulo II, em reunião do CELAM, lançará um veemente apelo em prol de uma Nova Evangelização. Em 1992, em Santo Domingo e por ocasião dos 500 anos de anúncio do Evangelho na América Latina, o Episcopado latino-americano retoma este apelo como ideia central da Conferência. Finalmente, a V Conferência em Aparecida intensificará este mesmo apelo, convocando os discípulos missionários a uma séria formação na fé para assegurar o anúncio e o testemunho em defesa da vida. Como coroação deste longo processo, o próximo Sínodo retoma com força o tema da Nova Evangelização. Eis por que devemos estar atentos a este insistente grito da Igreja, dispondo-nos a empenhar nossas melhores energias na tarefa evangelizadora que quer ser nova "no ardor, nos métodos e nas expressões". 2.4. DIRETRIZES DA AÇÃO EVANGELIZADORA NO BRASIL

O episcopado brasileiro, reunido em Assembleia Geral, renovou suas Diretrizes gerais à luz do magistério de Aparecida. E para melhor concentrar sua reflexão e ação na tarefa evangelizadora das Igrejas, selecionou algumas URGÊNCIAS que, devidamente atendidas, permitirão, sem dúvida, avançar neste empenho primordial da sua missão. São elas: 2.4.1. Igreja em estado permanente de Missão O mandato do Senhor está no ponto de partida da missão da Igreja. A ela compete anunciar o Reino para converter todos ao Amor que se partilha na Família de Deus e cria fraternidade sem medidas nem fronteiras. Na comunidade cristã, todos estão chamados a evangelizar, pois “esta é a identidade e a vocação da Igreja” (EN). É preciso alimentar constantemente esta consciência nas Comunidades e dar-lhes estrutura missionária para que elas possam dar respostas rápidas e firmes aos desafios que enfrentam. A missão é necessária em todo lugar e sempre, não só porque encontramos cada vez mais entre nós um bom número de pagãos práticos, senão porque também contamos com milhões de batizados que não foram devidamente evangelizados. Evangelizar está ao alcance de todos, porquanto ela começa pelo ‘testemunho’ de vida que a todos obriga. Evangelizar exige “conversão pastoral”, deixando para atrás métodos caducos.


Para refletir:  Como dar continuidade ao projeto da missão permanente?  Como apoiar o projeto de colaboração com a missão na Amazônia? E o ministério do anúncio missionário? 2.4.2. Igreja: Casa da Iniciação à Vida Cristã A Igreja que anuncia o Reino, acolhe e conduz à vida com Deus e com os irmãos os que se aproximam do Senhor Jesus e aceitam serem seus discípulos. Ela sempre cuidou da iniciação dos que desejavam encontrar-se com Cristo e partilhar a vida cristã em comunidade. Toda iniciação parte da realidade das pessoas, considera seus valores e modo de viver, a fim de confrontá-los com a mensagem e o estilo de vida de Jesus, até provocar a conversão que leva ao encontro com Ele. O Concílio Vaticano II solicitou que se recuperasse a iniciação à vida cristã, em linha catecumenal (SC, AG, ChrD). Optou por uma catequese mais existencial que atenda todas as dimensões da vida cristã. Conhecer Jesus, pessoalmente, a partir da escuta da Palavra; fascinar-se por Ele; fazer uma opção radical de discípulo; comprometer-se com Ele e com sua causa; eis o sonho de toda iniciação cristã. Para refletir: Como encaminhar a iniciação nas paróquias?

Caminhos para uma catequese permanente? Como encaminhar o ministério da catequese? 2.4.3. Igreja: lugar da Animação Bíblica As Sagradas Escrituras são o primeiro e o mais indispensável instrumento da ação evangelizadora da Igreja (Cfr. 2Tm 3,16). Revelando-se, Deus inicia seu diálogo com os seres humanos, convidando-os a aproximar-se dele comoo amigos e a conviver com Ele em íntima comunhão. Cristo Jesus, o Filho de Deus é que nos oferece a plenitude de revelação. Sua Palavra será sempre lugar privilegiado do encontro com Ele. A Igreja deve prender-se à Palavra em todo momento e em todas as suas atividades. Sua vida e a de cada fiel cristão devem estar, permanentemente, abertas à Palavra. Os discípulos tem que familiarizar-se com a vida e a mensagem do Mestre. Por isso, o Concílio solicitou dos Pastores que envidassem seus melhores esforços para fazer chegar a Palavra de Deus às mãos do povo (Dei Verbum) e que ela dinamize toda a Vida e Missão pastoral da Igreja (Verbum Domini). Para refletir: Caminhos a percorrer na animação bíblica? Como favorecer os estudos bíblicos? Leitura orante, liturgia das horas...?


2.4.4. Igreja: Comunidade de Comunidades A Igreja nasce da comunidade trinitária e se exprime sempre em formas comunitárias. O discípulo de Jesus vive a fé em comunidade. Diz o Concilio Vat. II: “Aprouve a Deus, não salvar individualmente, mas reunindoos em um só povo” (LG). É na comunidade que os fiéis alimentam sua vida cristã, dispõem dos dons de Deus e partilham seus bens com os irmãos, especialmente com os pobres. Hoje as nossas macro comunidades conseguem expressar com dificuldade a experiência comunitária original cristã. Daí, a necessidade de trabalhar comunidades menores que sejam “vivas e dinâmicas” (SD). Eis por que os bispos em Aparecida cobraram urgência na divisão das Paróquias em Setores. Na Diocese de Tianguá, contabilizamos já 17 anos deste trabalho descentralizador das Paróquias em Setores (Assembleia de 1994); o que nos confere um certo pioneirismo pastoral. E é bom dizer que a experiência vivida e os resultados alcançados comprovam a validade desta estratégia pastoral. Por sua vez, as CEBs. são sinal de vitalidade na Igreja e força capilar do espírito comunitário. Como comunidades de fé, culto e caridade, na base, elas cultivam os bens que as identificam como comunidades eclesiais: a Palavra de Deus, a Eucaristia, a pertença à Igreja, a corresponsabilidade partilhada (Conselhos), o exercício dos

Ministérios, o empenho missionário e o compromisso social da fé. Para refletir: 1. Como intensificar a vida pastoral das Regiões Episcopais? 2. Criar novas Áreas Pastorais, dividindo as grandes Paróquias. 3. Que iniciativas tomar para que os Setores sejam "novas estruturas"? 4. Pensar no tipo de liderança que deve ser preparado para os SETORES. 2.4.5. Igreja a Serviço da Vida Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou que veio a terra “para dar vida e vida em abundância” (Jo 10,10). As condições indignas de vida humana de milhões de excluídos nunca serão aceitáveis para os cristãos, porquanto não são condignas com o projeto de Deus em Cristo. Toda omissão na defesa da dignidade e da vida humana anulará a capacidade evangelizadora da Igreja. Os discípulos missionários do Reino se comprometem com uma evangelização integral que inclua a defesa da vida, em todas as suas expressões. A luta pelos bens fundamentais da vida, do alimento, da saúde, da educação, da moradia, da segurança deve nortear a atuação das comunidades. Convém definir entre nós, com lealdade, os


rostos dos pobres que nos rodeiam e efetivar nossa opção preferencial por eles. Para refletir: • Como encaminhar a pastoral social nas paróquias e comunidades? • Como avivar a participação dos fiéis nas pastorais sociais específicas? • Cabe pensar num ministério da caridade cristã nas comunidades? 2.5. ASSEMBLEIA REGINAL NORDESTE I. Propostas. Fonte de iluminação para o nosso julgar são as Prioridades escolhidas na 20ª Assembleia Regional da CNBB Nordeste I (Crato, 11-15.11.2011). foram definidos: 2.5.1. EIXOS norteadores da ação evangelizadora da Igreja no Ceará: • Assumir, como Igreja, o enfrentamento da pobreza e da desigualdade social. • Oferecer formação integral em vista dos novos valores e da nova mentalidade reinante.

2.5.2. URGÊNCIAS na ação evangelizadora:

1ª URGÊNCIA: Formação integral, articulada e permanente para criar consciência missionária, numa pastoral orgânica, visando à conversão pastoral que fortaleza a animação missionária para enfrentar os desafios da realidade. 2ª URGÊNCIA: Formação permanente que leve ao encontro com Jesus, especialmente na Palavra e na Liturgia, no seguimento dele, unindo fé e vida, assumindo a obra evangelizadora e a opção preferencial pelos pobres. 3ª URGÊNCIA: Estudo, meditação e celebração da Palavra de Deus em todas as instâncias da Pastoral, valorizando-a como centro da vida e da missão da Igreja e iluminando a realidade cearense. 4ª URGÊNCIA: Promover a verdadeira conversão pastoral, construindo a Paróquia como rede de comunidades, lugar de comunhão, de participação, discipulado e missionariedade. 5ª URGÊNCIA: Exercitar o profetismo diante das situações de morte, à luz da doutrina social da Igreja, para construir um desenvolvimento solidário, ético e sustentável.

3. AGIR __________________________________________________


3.2.2 PROJETOS DIOCESANOS: 3.1. OBJETIVO GERAL DA DIOCESE (2012-2015) • EVANGELIZAR • A PARTIR DO ENCONTRO COM JESUS CRISTO, COMO IGREJA DISCÍPULA, MISSIONÁRIA E PROFÉTICA, • FORTALECIDA NA PALAVRA, NA EUCARISTIA E NA CARIDADE; • À LUZ DA EVANGÉLICA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES, • PARA QUE TODOS TENHAM VIDA (Jo 10,10). 3.2.

PRIORIDADES E PROJETOS

3.2.1 PRIORIDADES: 1. 2. 3. 4.

FORMAÇÃO MISSIONÁRIA CATEQUESE PERMANENTE COM ADULTOS ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL PASTORAL VOCACIONAL PARA OS SERVIÇOS E MINISTÉRIOS 5. PROMOÇÃO HUMANA NAS PARÓQUIAS E CEBs


3.3 PROJETOS ELABORADOS PELAS COMISSÕES Projeto 01 – ESCOLA MISSIONÁRIA 1.1. Responsável pelo projeto: COMIDI 1.2. Justificativa – Tendo em vista os novos desafios da Igreja, dentre eles a saída de muitos de seus membros para outras igrejas, se faz necessário capacitar missionários que assumam a missão de evangelizar, corpo a corpo, oficializando, inclusive, a favor dos leigos um Ministério específico que podia denominar-se de "Ministério da Palavra para o Anúncio Missionário”. 1.3. Objetivo – Capacitar novas lideranças gerando uma transformação social a partir do Ministério do anúncio, na Diocese de Tianguá 1.4. Data inicial e data final – 01/08/2012 à 31/12/2013 1.5. Descrição das atividades • 08/2012 - Fazer a grade curricular para o curso e cronograma de aulas; • 09/2012 à 12/2012 - Desenvolver o conteúdo de cada disciplina; • 12/2012 à 01/2013 - Fazer um levantamento de missionários de todas as paróquias que vão estudar para receber o ministério; • 01/2013 – Fazer o levantamento dos professores de cada disciplina; • 02/2013 à 12/2013 – Aulas presenciais em sala e prática missionária; • 12/2013 – Celebração de entrega do ministério aos missionários. 1.6. Resultados imediatos – Leigos bem capacitados para a missão; ampliação da dimensão missionária na igreja; uma igreja mais itinerante que vai ao encontro dos seus fiéis. 1.7. Executores – Será coordenado pelo COMIDI

1.8. Beneficiários - COMIPAS e demais leigos disponíveis para assumir a dimensão missionária na Diocese. 1.9. Recursos – Os recursos de materiais utilizados no curso, bem como o translado dos professores será de responsabilidade da diocese, enquanto o translado dos participantes e as diárias no centro de pastoral serão de responsabilidade de cada paróquia que enviou os seus missionários para o curso.


Projeto 02 – CRIAR NÚCLEOS DE INICIAÇÃO CRISTÃ 2.1. Responsável pelo projeto: CATEQUESE 2.2. Justificativa – Muitos cristãos católicos não têm um mínimo de conhecimento da doutrina de sua igreja, nem mantém um compromisso sério com a mesma. A experiência comprova que temos muitos católicos batizados, mas poucos que assumam sua missão, testemunhando Jesus Cristo, e conformando sua vida com os valores do Evangelho. Com o Concílio Vaticano II sentimos a necessidade de formar núcleos de iniciação cristã, em linha catecumenal, que ofereçam uma formação mais adequada aos tempos atuais, atendendo as diversas dimensões da vida cristã e valorizando cada vez mais os sacramentos do Batismo, da Eucaristia e da Crisma. 2.3. Objetivo – Formar cristãos com uma nova consciência a respeito dos sacramentos da iniciação cristã e gerar cristãos mais conscientes de sua fé. 2.4. Data inicial e data final – 01/08/2012 à 30/03/2013 (vigília pascal) 2.5. Descrição das atividades: • 08/2012 – Fazer o levantamento do material a ser utilizado na formação dos catequistas e nos encontros com os catecúmenos; • 09/2012 à 11/2012 – Promover formação para os catequistas cobre os núcleos de iniciação cristã; • 12/2012 – Inscrição dos catecúmenos para formação dos núcleos; • 01/2013 à 03/2013 – Preparação dos catecúmenos; • 30/03/2012 – Celebração dos sacramentos da iniciação cristã nas paróquias. 2.6. Resultados imediatos – Leigos mais engajados na Igreja e conscientes do seu compromisso batismal; uma maior difusão do sentido de ser cristão; 2.7. Executores – Será coordenado pela Catequese de Adultos

2.8. Beneficiários – Grupos de adultos que não passaram pela iniciação cristã. Dar preferência ao Catecumenato batismal. 2.9 Recursos – A diocese disponibilizará material de formação para os catequistas e as paróquias o material para os catecúmenos.


Projeto 03 – CRIAR SUBSÍDIOS PARA CÍRCULOS BÍBLICOS 3.1. Responsável pelo projeto: Comissão Diocesana de Animação Bíblica. 3.2. Justificativa – Na Diocese de Tianguá existem muitos círculos bíblicos que se reúnem semanalmente para refletir a Palavra de Deus, mesmo sem ter material apropriado e atualizado. Às vezes, a mesma reflexão bíblica dos grupos fica muito superficial por falta de um conhecimento mais aprofundado da Palavra de Deus. Se faz necessário, então, oferecer subsídios bem elaborados que enriqueçam a reflexão dos grupos, assim como alguns encontros de formação bíblica para os coordenadores dos círculos bíblicos. 3.4. Objetivo – Criar subsídios para os encontros semanais dos círculos bíblicos e proporcionar encontros de estudo para os coordenadores dos grupos 3.5. Data inicial e data final – 01/08/2012 à 31/12/2013 3.6. Descrição das atividades • 08/2012 – Criar a Comissão Diocesana de Animação Bíblica; • 08/2012 – Criar um cronograma de reuniões para elaborar subsídios em favor dos círculos bíblicos; • 09/2012 à 12/2012 – Elaboração de subsídios para os círculos do ano seguinte; • 11/2012 – Encontro de formação para coordenadores dos círculos bíblicos; • 01/2013 à 12/2013 – Encontros dos círculos bíblicos usando o Novo material, sendo acompanhados pela Comissão Diocesana de Animação Bíblica, através de encontros periódicos. 3.7. Resultados imediatos – Dinamismo e reflexão mais aprofundada sobre a Palavra de Deus; 3.8. Executores – Comissão Diocesana de Animação Bíblica. 3.9. Beneficiários – Círculos Bíblicos

3.10. Recursos – A diocese disponibilizará material de formação para a Comissão diocesana de Animação Bíblica, sendo que as Paróquias cuidarão de multiplicar o material para seus círculos bíblicos.


Projeto 04 – PASTORAL VOCACIONAL 4.1 . Responsável pelo projeto: EDPVM 4.2. Justificativa – Considerando a amplitude da dinâmica das comunidades cristãs em nossa Diocese, bem como, o crescimento acelerado das atividades eclesiais, sentimos a necessidade de dinamizar a Pastoral Vocacional, perpassando toda a estrutura da Igreja, no intuito de promover uma cultura ampla do chamado à vida cristã e do serviço à Igreja. 4.3. Objetivo – Constituir Equipes Paroquiais de Vocações e Ministérios nas diversas paróquias e áreas pastorais e missionárias, integradas pelo pároco, religiosas, representantes dos ministérios e de todas as pastorais e movimentos atuantes na paróquia. 4.4. Data inicial e data final – 01/08/2012 à 30/08/2013. 4.5. Descrição das Atividades: • Montar calendário de visitas da Equipe Diocesana nas paróquias para formar as equipes paroquiais. • Preparar encontros de formação para as equipes a partir do Diretório Vocacional da Diocese de Tianguá, publicado em 2008. • Acompanhamento periódico para as EVP’s visando o fortalecimento das atividades de animação vocacional. • Reunir todos os materiais elaborados pelas equipes para arquivar na secretaria vocacional. • Estruturar o grupo de bem – feitores para favorecer o desenvolvimento dos trabalhos da Pastoral Vocacional. • 4.6. Resultados imediatos – Gerar núcleos competentes para despertar e acompanhar as vocações. 4.7. Executores – Serão os 7 membros da EDPVM 4.8. Beneficiários – Os leigos geral

4.9. Recursos – Mensalmente recebemos contribuições de benfeitores que favorecem a compra de materiais e o translado necessários para as visitas nas paróquias, bem como a manutenção do secretariado vocacional (elo de comunicação vocacional diocesana).


Projeto 05 PASTORAL SOCIAL COM AÇÕES PROFÉTICAS 5.1. Responsável pelo projeto: PASTORAL SOCIAL DIOCESANA 5.2. Justificativa – De acordo com os índices de desenvolvimento humano e municipal, em nossa diocese tem um grande número de famílias carentes que se encontram abandonadas pelo poder público e que precisam do apoio da Igreja para ter uma vida mais digna. A fé tem que ser expressa em obras concretas de caridade e, portanto, precisa se organizar para que tenha atividades mais eficazes para atender os pobres e excluídos no seu território. 5.3. Objetivo – Criar uma Pastoral Social diocesana que trabalhando em conjunto com as paróquias possam criar e colocar em prática projetos sociais concretos que consigam dar uma boa assistência às famílias mais carentes da diocese. Ver a possibilidade de criar a Cáritas diocesana. 5.4. Data inicial e data final – 01/08/2012 à 31/12/2013 5.5. Descrição das atividades: • 08/2012 – Criar uma equipe de Pastoral Social Diocesana; • 08/2012 à 12/2012 – Elaborar projetos sociais concretos e acessíveis para propor às paróquias; • 01/2013 à 12/2013 – Visitas às paróquias propondo os projetos sociais e criando a pastoral social onde não tem. • Resultados imediatos – Uma ação social mais eficiente que vá além do assistencialismo; reforço e acompanhamento às pastorais sociais das paróquias. 5.7. Executores – Pastoral social diocesana e paroquial 5.8. Beneficiários – Famílias mais carentes das comunidades de base 5.9. Recursos – A diocese disponibilizará um carro para visitar a todas as paróquias e dará suporte técnico para elaboração dos projetos sociais, enquanto que as paróquias vão executar os projetos sociais em benefício das pessoas carentes com o apoio da equipe diocesana.

PALAVRA FINAL ___________________________________________ Desejamos e recomendamos que, uma vez editadas estas DIRETRIZES, sejam aplicadas à realidade de nossas Paróquias e Áreas Pastorais e Missionárias para que, em sintonia com toda a Igreja do Brasil e da América Latina, partilhemos, com renovado zelo apostólico, as tarefas da NOVA EVANGELIZAÇÃO, urgida pelo santo Padre com Pastor supremo da Igreja católica universal e aprofundada pelo atual Sínodo dos Bispos (2012). Que o Senhor Jesus conceda a força de seu santo Espírito a todos os que se dedicam ao serviço do Reino, empenhando-se em construir esta Igreja Particular de Tianguá como parcela querida e fiel à sua vocação de evangelizar!

Tianguá, 12 de outubro de 2012 Festa de N. S. Aparecida

+ Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR. Bispo de Tianguá


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