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ESSILOR: LUZ SOBRE A SAÚDE DA VISãO

Olhos e exposição à luz(1)

Em 2020, os hábitos de milhões de pessoas alteraram-se ao passarem mais tempo diante de ecrãs, devido ao teletrabalho, aulas online, ensino virtual e ligação com os entes queridos. As crianças, em particular, tiveram um aumento significativo de tempo diário diante de ecrãs, ao ligarem-se a múltiplos aparelhos eletrónicos durante longos períodos. O olho humano é particularmente sensível à exposição à luz. Com as rotinas diárias viradas do avesso por esta rápida revolução digital, os nossos olhos estão agora mais expostos aos potenciais efeitos nocivos da luz azul-violeta. Por outro lado, à medida que recomeçamos a desfrutar do exterior, os olhos também têm de lidar com os raios ultravioleta (UV).

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A luz omnipresente!

Os raios uV solares são invisíveis. A respetiva exposição cumulativa pode acelerar o envelhecimento da córnea e do cristalino e é um factor de risco no desenvolvimento de cataratas.(5) Quanto à luz azul-violeta nociva, esta rodeia-nos, a todas as horas. estamos constantemente sob os efeitos deste tipo de luz, aumentando a probabilidade de acelerar o envelhecimento da retina e de aumentar o seus stress oxidativo. Como tal, é um factor de agravamento de doenças da retina, tais como a degeneração macular ligada à idade (DMI).(5) A questão mais importante a ter em conta é que não estamos em perigo apenas no exterior, pela influência da radiação uV do sol, que é aliás a fonte principal de luz azul-violeta nociva. No interior, são os dispositivos digitais que nos submetem à pressão deste tipo de luz. A melhor forma de contrariar esta tendência está no uso de lentes oftálmicas com proteção para contribuir para a redução do cansaço visual. A regra 20/20/6 também representa um excelente hábito para evitar a sobre-exposição dos olhos a ecrãs. Ou seja, por cada 20 minutos despendidos a olhar para um ecrã, deverá desviar o olhar durante 20 segundos, para um objeto a, pelo menos, seis metros.

As “estatísticas digitais”

Mais de 90 por cento das pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 65 anos utilizam aparelhos digitais diariamente, alternando, em média, entre quatro aparelhos.(2) 68 por cento dos utilizadores sofrem de fadiga visual após trabalharem ou jogarem em ecrãs digitais.(3)

Proteger os olhos sempre

No exterior, a exposição à luz é de 360 graus. Isto significa que, apenas 50 por cento dos raios uV são emitidos diretamente pelo sol. Os restantes são refletidos através da atmosfera e em superfícies como a água, a neve, a estrada, entre outras. Também estamos sujeitos a esta exposição 365 dias por ano. Independentemente do clima, da estação do ano e do nível de luminosidade no exterior, os raios uV e a luz azul-violeta nociva são uma presença constante na atmosfera. e quando se está no interior, a luz azul-violeta nociva pode contribuir para o cansaço visual. Os equipamentos digitais emitem significativas quantidades de luz azul-violeta nociva, o que pode originar maior aberração cromática, reduzindo, o contraste e contribuindo para a fadiga visual.(4) Adicionalmente e mais importante, a exposição à luz não é aconselhável à noite porque pode perturbar o ritmo circadiano, causando potenciais insónias e consequentemente fadiga diurna. estes cuidados abrangem toda a população, independentemente da idade, uma vez que todos precisamos de proteger os olhos da exposição à luz. Ainda assim, as crianças e as pessoas com idade superior a 45 anos são particularmente vulneráveis, pois o cristalino (que é ainda extremamente transparente nas crianças) filtra a luz de forma menos eficaz. Com o envelhecimento, é normal que a visão se altere. Nas pessoas com idade superior a 45 anos, o sistema natural de defesa dos olhos enfraquece de forma gradual e a proteção proporcionada à retina é menor.

Também há “bondade” na luz

A luz tem efeitos benéficos, dos quais se pode desfrutar se se proteger os seus olhos de forma adequada. Por exemplo, a exposição moderada à luz uV ajuda o organismo a produzir quantidades adequadas de vitamina D. No que diz respeito à luz azul-turquesa, na quantidade certa aumenta a atenção e ajuda as nossas funções cognitivas. Tem, igualmente, um importante papel regulador do ritmo circadiano, o sistema interno do organismo que regula o ciclo dormir-despertar.

•• Em 2020, os hábitos de milhões de pessoas alteraram-se ao passarem mais tempo diante de ecrãs ••

Soluções para cada situação

O interior exige lentes brancas com proteção da luz azul-violeta nociva A luz azul-violeta nociva é emitida pelos nossos equipamentos electrónicos e por iluminação fluorescente e o olho não é eficiente a bloqueá-la. Ou seja, necessita de uma forma conveniente de reduzir a exposição e usar lentes que filtrem a luz azul-violeta nociva e que também ajudem a aumentar o contraste significativamente é o ideal. Quando se alterna com frequência entre o interior e o exterior, as lentes fotocromáticas são a melhor resposta, porque se adequam a todas as situações. Adaptam-se automaticamente a qualquer condição de luminosidade, passando de claras no interior para escuras no exterior, bloqueiam os raios UV e ajudam a filtrar a luz azul-violeta nociva no interior e no exterior. Se a vida se faz predominantemente no exterior, as lentes escuras ou polarizadas protegem melhor. Deve procurar-se óculos de sol que bloqueiem os raios UV e privilegiar lentes de qualidade. Os óculos de sol devem ser usados durante todo o ano, mesmo quando se está à sombra ou durante o Inverno e sempre que se encontre no exterior. As lentes de sol de qualidade superior, para além de proteção UV, incluem frequentemente um filtro polarizado que contribui para a eliminação do brilho, funcionando como um escudo da luz que encandeia. Também aumentam a nitidez e os contrastes.

(1) Raios ultravioletas e luz azul-violeta nociva (2) www.essilor.com (3) Eyewear Usage and Attitudes – June Marketing– Estudo quantitativo – 2019 – Brasil, China, França, Índia, EUA. Segmentação de consumidores 15-65 – 14276 entrevistas online, utilizadores e não-utilizadores. (4) Medição da prevalência da fadiga visual digital. BMJ Open Ophthalmology 2018. «Gestão da fadiga visual digital», Optometria clínica e experimental. Janeiro 2019. «Lentes que filtram a luz dos comprimentos de onda curtos atenuam os sintomas de fadiga visual», Investigative Ophthalmology & Visual Science 2017. (5) www.essilor.com (6) www.allaboutvision.com (7) www.espf.com

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