MUITOS PONTOS, POUCO BRILHO

meiro duelo, disputado no sábado (17), deu continuidade ao caminho 100% vitorioso de Portugal, terminando com um triunfo de 3-0 sobre a Bósnia.

Portugal está bem lançado na qualificação para o Europeu 2024, a ser disputado na Alemanha. Inserido no Grupo J juntamente com a Eslováquia, Luxemburgo, Bósnia e Herzegovina, Islândia e Liechtenstein, a seleção comandada por Roberto Martínez só soma, até agora, vitórias - o que a faz ocupar, de forma isolada, o primeiro lugar do grupo, com 12 pontos. Mas se este percurso começou com bastante intensidade, bom futebol e (sobretudo) com muitos golos - de relembrar que a seleção das quinas bateu o Liechtenstein, a 23 de março, por 4-0 e o Luxemburgo, no dia 26 do mesmo mês, por 6-0 - o mesmo não se pode dizer das duas últimas partidas. Apesar do objetivo maior se ter alcançado - a vitória - faltou muito brilho à seleção portuguesa. E não se pode dizer - não lhes retirando, obviamente, o mérito - que estas sejam as melhores seleções da Europa…

Mas vamos então por partes: depois de uma pausa de cerca de três meses, os atletas convocados pelo selecionador espanhol voltaram a reunir-se para defender as cores do seu país. Nesta fase de apuramento para o Campeonato da Europa de 2024 os adversários seriam a Bósnia Herzegovina e a Islândia. O pri-

Este jogo, disputado no Estádio da Luz, parecia no entanto prometer outro desfecho, já que a exibição durante os primeiros 45 minutos deixou muito a desejar… e chegou a provocar alguns calafrios, fruto de alguns erros defensivos. O primeiro aconteceu aos 22’, depois de Diogo Costa ser obrigado a mostrar as suas enormes capacidades, desviando um cruzamento de Borna Barisic com uma enorme defesa. Depois foi Edin Dzeko quem surgiu “livre, leve e solto” na grande área lusa, mas o melhor que conseguiu fazer foi atirar por cima.

A equipa portuguesa tentou, também ela, criar perigo e chegar ao golo mas Cristiano Ronaldo viu um tento anulado por fora de jogo e João Félix viu Ibrahim Sehic negar-lhe o golo.

O “aperto” só começou a aliviar já em cima do fim da primeira parte, com o golo de Bernardo Silva. A bola chegou ao avançado do Manchester City após um fantástico passe de Bruno Fernandes, e Bernardo, com a classe que já lhe é reconhecida, picou o esférico sobre o guarda-redes bósnio.

Mas o homem do jogo foi mesmo o autor da assistência para este primei ro golo: Bruno Fernandes viria, já aos 77’, dilatar a vantagem lusa