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Sonho europeu dos dragões acabou desfeito pelos ferros

F. C. Porto sai da Liga dos Campeões, após empate com o Inter. Estrelinha nada quis com os portistas, que remataram ao poste e à trave nos descontos.

Sem golos, não há vitórias e o F. C. Porto não os conseguiu marcar ao Inter. Nem no primeiro jogo, em Itália, nem no Dragão, embora os merecesse nos dois jogos. Este terminou da forma mais inglória possível para a equipa de Sérgio Conceição, que encostou o Inter às cordas nos minutos finais, mas viu o poste e a trave devolverem remates quase consecutivos de Taremi e Grujic, perante o desespero dos adeptos que encheram as bancadas. Os milaneses fizeram o jogo que queriam, seguraram o nulo e passam aos quartos de final da Champions pela primeira vez nos últimos 12 anos.

Os minutos que antecederam a partida trouxeram a notícia da enésima contrariedade para o F. C. Porto nas últimas semanas. Um problema físico afastou Pepe do jogo e o onze portista ficou privado de mais uma peça importante, para juntar às ausências de Otávio e de João Mário. Com Pepê na lateral, como se esperava, os azuis e brancos perderam acutilância na frente, mas não deixaram de tentar furar a muralha defensiva do Inter, que veio à Invicta cheio de cautelas, sobretudo a pensar em manter o golo de vantagem que tinha conseguido no Giuseppe Meazza.

Creditos: DR

À exceção de um remate de Dzeko, bem parado por Diogo Costa, as jogadas de perigo aconteceram todas na área dos “nerazzurri” na primeira parte, a maior das quais num bom desenho ofensivo dos dragões, concluído pelo regressado Evanilson e travado por um corte soberbo de Dimarco.

O arrastar do nulo pedia impaciência ao F. C. Porto, como tinha pedido Conceição, e o segundo tempo trouxe mais risco ao jogo, embora a real emoção só tenha surgido nos descontos. Até lá, os portistas foram tentando desmontar a estratégia do adversário, sem sucesso na definição de uma série de jogadas bem trabalhadas.

Já com Lukaku em campo, o Inter tentou aproveitar os espaços para aplicar o golpe fatal, mas a equipa transalpina bem pode agradecer aos deuses do futebol não ter sofrido o golo que forçaria o prolongamento na reta final do encontro. Entre o quinto e o sexto minuto da compensação, o F. C. Porto teve os 40 segundos mais azarados dos últimos tempos, com três ocasiões claras para fazer o 1-0. Primeiro, Marcano rematou para um corte salvador de Dumfries, a seguir o central espanhol assistiu Taremi para um desvio ao poste e depois foi Grujic a acertar na trave, também de cabeça, com Onana a defender com os olhos. Os portistas mereciam, no mínimo, o tempo-extra, mas quando a bola não quer...

Mais

Marcano e Fábio Cardoso estiveram bem e Grujic foi o mais esclarecido no miolo portista. Pepê bem tentou agitar o flanco direito. O Inter defendeu com muito afinco.

Menos

Taremi só apareceu nos descontos e a sorte não o acompanhou. Evanilson foi bem vigiado, tal como Galeno. Dzeko e Lautaro quase não se viram no ataque milanês.

Árbitro

Marciniak não cometeu erros cruciais. Os dois amarelos a Pepê, o segundo mesmo em cima do final, justificam-se.

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