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Vinte anos a escrever-vos. Obrigado!

Luis Barreira Opinião

Caros companheiros da comunicação social em língua portuguesa espalhados pelo mundo. Pacientes leitores das minhas habituais crónicas semanais. Que ridos amigos!

Ao fim de 20 anos a enviar-vos sema nalmente a minha apreciação sobre a situação política, social e econó mica em Portugal e dos acontecimentos mais importantes no plano internacional, decidi colocar um ponto final à regulari dade dos meus textos, atingidas que foram cerca de 900 crónicas, repartidas por 11 meses anuais e às quais dediquei a minha melhor atenção e dedicação, reconhecen do que, mau grado as minhas insuficiências e perspetivas de análise particular, sempre presumi estar a contribuir para um serviço público de informação e es clarecimento das populações de origem portuguesa que se encontram dispersas pelos quatro cantos do planeta.

Porquê agora, 20 anos depois de ter iniciado esta minha missão de entreajuda regular com alguns res ponsáveis por órgãos de informação das nossas comunidades? As razões são múltiplas, mas podem sinteti zar-se em duas ou três particulares.

Sem me aperceber da coincidên cia deste número, estive cerca de 20 anos deslocado de Portugal num país europeu onde, a maior parte da minha vida profissional, foi a dirigir uma rádio de expressão multicultu ral, do qual já vos informei anterior mente e que me deu a experiência e o gosto pela informação, dedicada a quem se encontra longe das suas origens e dos centros de decisão nacionais. O número “20” aparece assim com uma conotação temporal que, não correspondendo a nada de importante ou excecional, simboliza igualmente a data a partir da qual decidi en - veredar pela minha refor ma profissional, decorrem, a uma pesquisa muito mais abrangente de todas as condicionantes que interferem neste processo de reconversão da situação internacional e das suas implicações nacionais. Assim, o reduzido espaço temporal semanal dos meus textos pode induzir-me a tirar conclusões precipitadas sobre um qualquer acontecimento que necessite de mais tempo para poder chegar a investigação dos assuntos que quero tratar; uma menor disponibilidade de tempo, ocasionada por um maior controlo e tratamentos dos efeitos degenerativos da idade em que me encontro e um acompanhamento mais demorado das minhas naturais exigências familiares, entre as quais não excluo as lúdicas.

Assim, comunico formalmente a todos os meus companheiros responsáveis pelas edições informativas com as quais tenho colaborado e aos meus habituais amigos leitores, que deixarei de publicar as minhas crónicas semanais, exceto aquelas ocasionais que me sejam solicitadas com a devida antecedência e cujo tema corresponda aos assuntos que habitualmente sou capaz de realizar. Trata-se afinal de ir ao encontro dos anseios de quem melhor conhece as necessidades da população que serve, ou seja, os editores das publicações.

Resta-me agradecer a todos em geral a possibilidade que me ofereceram, durante estes 20 últimos anos, de poder exprimir para diversas latitudes o meu pensamento sobre as questões mais atuais do mundo e, em particular, do nosso país, esperando que os meus modestos contributos tenham sido do agrado dos vossos leitores e tido utilidade para o desenvolvimento das vossas publicações. Continuando ao vosso dispor, embora de forma mais mode-

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