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FIGURA 62 - ILUSTRAÇÃO DO CONCEITO
4.3 PROCESSO DE PROJETO
4.3.1 Conceito
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O protagonismo feminino aparece como o principal conceito que rege o contexto do projeto, ao partir da ideia de que a Casa de Parto visa resgatar a autonomia da mulher no momento de parir e garantir que seus direitos sejam respeitados e valorizados. Aliado a isso, tem-se o acolhimento, como um importante meio de receber gestantes e seus acompanhantes, de forma que se sintam confortáveis e seguros para levantar suas dúvidas e preocupações, bem como proporcionar, durante e ao final da gestação, o bem-estar de mãe e filho.
Por último, mas não menos importante, a humanização do espaço, faz referência à necessidade de maior atenção com os princípios humanos e também sociais. Por meio dela, tem-se a proposição de uma nova visão de projeto, que se apropria do poder do ambiente em relação ao usuário, de forma que o auxilie em sua autonomia, conforto e recuperação. Dessa forma, esses três conceitos apresentados (Figura 62) regem o processo projetual proposto nesse trabalho, aliados às diretrizes de projeto a serem apresentadas.
Figura 62 - Ilustração do conceito Fonte: Autora, 2021.
4.3.2 Diretrizes
As diretrizes são características ou caminhos que guiam a concepção do projeto arquitetônico, tanto em sua funcionalidade como plasticidade. Por meio delas busca-se atingir os conceitos previamente estabelecidos para a edificação. Com isso, para a proposta da Casa de Parto tem-se como diretrizes:
• A setorização: por meio da divisão das atividades baseadas em suas funções é possível chegar a uma organização funcional que prioriza a máxima eficácia no desenvolvimento dos trabalhos, facilita a identificação com o ambiente e com as circulações. Além disso, busca-se distribuir essa setorização em torno de um espaço que funcione como um elemento ordenador; • O conforto ambiental: fazer bom uso das condicionantes ambientais é de extrema importância para que se proporcione o conforto na edificação, bem como sua humanização. Para isso, com base nos levantamentos do terreno, busca-se se apropriar das melhores condições de insolação e ventilação nas fachadas privilegiadas por esses, por meio do uso de elementos arquitetônicos que colaborem para o objetivo; • O contato com a natureza: o uso de elementos naturais, seja dentro ou fora da edificação, auxilia na percepção de conforto por parte dos usuários e na humanização do espaço. Dessa forma, é proposta a criação de jardins por meio do paisagismo, bem como a utilização de aberturas que permitam um contato visual com o lado externo, de forma que a vista para a natureza esteja presente na maior parte dos momentos vividos na edificação; • As cores e texturas: o equilíbrio entre esses elementos, quando empregados de forma correta, é capaz de transmitir sensações de acolhimento e também de conforto. Para isso, busca-se empregar, por um lado, materiais que transmitam leveza e calma ao espaço e por outro, utilizar de forma pontual, materiais que possam gerar um estado de ânimo, que contribuam para criar vida e para humanizar o espaço como um todo, com base na harmonia; • A aproximação com os usuários e o entorno: a Casa de Parto busca funcionar como um lar à gestante e aos seus acompanhantes. Para isso, propõe-se que a edificação apresente um aspecto mais domiciliar, de forma que os usuários se sintam acolhidos e se identifiquem com o local. Da mesma forma, é visado que a edificação apresente uma correlação com as demais do seu entorno, apropriando-se de certos elementos ou tipologias construtivas relacionadas.
4.3.3 Organograma
Após a definição do programa de necessidades tem-se a elaboração do organograma (Figura 63), que auxilia na proposta de fluxos e funcionamento da edificação por meio das relações entre os ambientes e seus acessos.