Igarota5

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Waverly emolduradas atrás dele. Nelas, os formandos sorridentes e de cara rosada seguravam alegremente o diploma no alto, parecendo zombar dos alunos na sala. — Se quando eu voltar vocês não tiverem descoberto o culpado, todos serão expulsos. Brett nunca viu tantos queixos caírem de uma só vez. O reitor Marymount continuou. — Assim, pensem bem. Insisto que levem este assunto a sério. Isto incluiu o senhor, Sr.Ferro. — E depois disso, ele se foi. Tinsley foi a primeira a falar depois da saída de Marymount. — Está quente pra caramba aqui. — Ela foi até a janela e a abriu, o ar frio da manhã girando na sala abafada. Todo mundo respirou fundo e engoliu em seco, como se não puxasse o ar para dentro desde o anúncio do reitor. — Ele está brincando? — perguntou Callie, olhando para ninguém em particular. Ela vestia um suéter de cashmere branco que parecia remanescente do ensino fundamental e um vestido de jérsei de listras azuis e brancas, evidentemente tentando parecer o mais responsável e inocente possível. — Cadê a Kara? — perguntou Heath de repente, sobressaltando a todos. Ele passou a mão no cabelo louro desgrenhado, parecendo querer voltar para cama. Brett vasculhou a sala e percebeu, junto com todos os outros, que Kara faltara á reunião da manhã. Seus olhos verdes se arregalaram. — O estranho é que o reitor Marymount não disse nada — falou Jenny, a vozinha parecendo deslocada na sala desolada. Ela ficava minúscula na cadeira de espaldar alto em que se sentava. — Eu acho que foi ela. — Benny se sentou ereta, batendo palmas. O cabelo castanho estava numa trança na nuca e diamantes Tiffany mínimos cintilavam em cada orelha. —Caso encerrado. Alguém vá buscar o reitor. Brett sentiu o corpo tenso, como se todos olhassem para ela, esperando uma reação. Mas Heath foi o primeiro a falar em defesa de Kara. — Sem essa. — Heath tentou evitar uma explosão abrindo um sorriso torto, mas Brett percebeu que todos lançavam um olhar de curiosidade — Ela deve estar com uma ressaca daquelas. — Ele ainda vestia a camiseta laranja dos SS, que estava muito amassada, como se tivesse dormido com ela, ou não tivesse nem ido para a cama. Será que ficou acordado a noite toda com Kara? Brett sacudiu o cabelo ruivo do rosto, tentando banir o pensamento. Era bom que Heath estivesse de costas para a parede, caso contrário, o reitor teria visto as palavras SUSPEITOS DE SEMPRE escritas atrás da camiseta. Eles já estavam com muitos problemas sem Marymount saber que deram uma festa imensa para de divertir á custa dele e de sua lista. — E se todos fizermos um protesto? — falou Sage, batendo as unhas cor de pêssego na mesa de carvalho. — Tenho certeza de que se todos dissermos a Marymount que vamos sair do campus até que essa... perseguição pare, ele vai voltar atrás, né? — Ela olhou a sala e finalmente pousou o olhar em Brandon, sentado ao lado. — Não vai dar certo — disse Brandon numa voz monótona. Ele estava sentado estranhamente perto de Sage e Brett se perguntou se a conversa íntima que viu entre eles na noite anterior tinha dado em alguma coisa. A luz brincava com o cabelo dourado de Brandon e Brett não pôde deixar de ter esperanças de que alguma coisa tivesse acontecido entre eles. Brandon era tão gracinha,


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