Encontrada carina rissi

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quando decidi esquecer de vez aquelas regras malucas, tudo ficou muito mais fácil. Gomes e Madalena parecem satisfeitos com meu jeito de governar a casa, não tão perfeito como na época da senhora Clarke mãe ou na de Elisa, mas funciona, e é isso o que importa. Até o padre Antônio me elogiou durante um almoço, e isso é muito raro. Ele fazer elogios, quero dizer. Todo domingo, depois da missa, ele vem filar a boia aqui em casa. Elisa está mais feliz do que nunca. Lucas e ela se corresponderam nos últimos meses, sem Ian saber de nada, claro. Desde que o garoto voltou, tem visitado minha cunhada todos os dias. Ian não gosta muito disso, mas deixou Madalena encarregada do assunto, então, quando o rapaz aparece aqui... — Sofia! — Elisa entrou no meu novo escritório. Nina berrava em seus braços. — Ajude-me, não sei o que ela quer. Eu me levantei, e, assim que me viu, Nina gritou ainda mais, tremendo o lábio inferior e fazendo um furinho adorável aparecer em seu queixo. — Ei, mocinha, o que foi? Está com fome de novo? — perguntei, pegando-a no colo. Ela estava mais pesada agora, e muito, muito parecida com o pai. Os cabelos tinham a mesma cor, mas aqueles cachos indomados, infelizmente, eram meus. — Não creio que seja fome — contou Elisa, aflita. — Ela mamou não tem nem meia hora! Já troquei as fraldas, tentei fazê-la dormir, mas nada adiantou. Será que está doente? Comprimi os lábios na testa macia de Marina. — Não, acho que ela quer outra coisa. — E o que é? Estava pronta para lhe dar a resposta quando a coisa apareceu. Ian atravessou a sala, a preocupação marcando seu belo rosto. Seus olhos pousaram em mim, depois em Nina. — Eu a ouvi chorar. — E era sempre assim. Ele parava o que quer que estivesse fazendo para acudir a nossa filha.


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