Aprendizagem de resultados malcolm knowles

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alunos no planejamento do processo de aprendizagem pode permitir às pessoas decidir não participar de aprendizagem de baixo valor, ou mudar suas atitudes quanto à aprendizagem. Independentemente disso, a pesquisa parece indicar as três áreas em que os adultos precisam de informações e envolvimento antes da aprendizagem: o como, o quê e o porquê da aprendizagem. Aprendizagem autodirigida Talvez nenhum aspecto da andragogia tenha recebido tanta atenção e discussão quanto a premissa de que os adultos são aprendizes autodirigi dos. Que os adultos podem e devem se engajar na Self-Directed Learning - SDL (Aprendizagem Autodirigida) é agora uma conclusão estabelecida na pesquisa sobre aprendizagem de adultos. Ainda restam dúvidas se a aprendizagem autodirigida é uma característica dos adultos aprendizes, e se deveria ser um objetivo dos educadores de adultos ajudar todos os adultos aprendizes a serem autodirigidos. Grande parte da confusão em torno da hipótese de aprendizagem autodirigida vem da confusão conceitual sobre o significado da aprendizagem autodirigida. Há duas concepções sobre a aprendizagem autodirigida que predominam na literatura (Brookfield, 1986; Candy, 1991). Primeiro, a aprendizagem autodirigida é vista como autodidatismo, por meio do qual os aprendizes são capazes de assumir o controle do funcionamento e das técnicas de ensinar a si próprios um assunto específico. Por exemplo, uma pessoa que completa um curso de estudo independente se dedicaria, sem sombra de dúvida, ao autodidatismo. Segundo, a aprendizagem autodirigida é concebida como uma autonomia pessoal, que Candy (1991) chama de autodidaxia. A autonomia significa assumir o controle sobre os objetivos e propósitos da aprendizagem, e assumir o domínio sobre ela. Isso leva a uma mudança interna de consciência na qual o aprendiz enxerga o conhecimento como contextual e questiona livremente o que é aprendido. Essas duas dimensões da aprendizagem autodirigida são relativamente independentes, embora, às vezes, tenham alguma interseção. Uma pessoa pode ter um alto grau de autonomia, mas escolhe aprender em um contexto altamente centrado no professor por conveniência, rapidez ou estilo de aprendizagem. Por exemplo, uma pessoa pode decidir aprender mais sobre planejamento de finanças pessoais e, após avaliar estratégias diferentes, decidir que a abordagem de sua preferência é um curso universitário. Na verdade, muitos adultos decidem que a instrução tradicional é a melhor abordagem quando eles sabem pouco sobre um assunto. Escolher a instrução tradicional em detrimento do autodidatismo não significa que uma pessoa tenha aberto mão de sua posse ou controle apenas por ter preferido acessar a aprendizagem dessa maneira. Por outro lado, só porque um adulto se engaja no autodidatismo não significa que ele tenha autonomia. Dando continuidade ao exemplo anterior, o aluno no curso de estudo independente pode ter pouco domínio se o professor que o supervisiona define todas as exigências. Assim, a presença ou ausência de atividades associadas ao autodidatismo não é um indicador preciso de autonomia. Para a maioria dos profissionais de aprendizagem, a dimensão mais importante da aprendizagem autodirigida é a construção da autonomia pessoal. A suposição de que todos os adultos têm plena capacidade para o autodidatismo e a autonomia


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