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Morre adolescente com suspeita de febre maculosa

Doença pode levar à morte rapidamente

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida pela picada do carrapato estrela, que na fase adulta é marrom e tem o tamanho de um feijão verde. O parasita depende de sangue de outros seres para sobreviver. Seus hospedeiros podem variar de região para região, podendo ser encontrado em cachorros, gatos, cavalos, bois e capivaras.

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ções, tudo de início súbito Se não for tratada, a doença pode levar à morte rapidamente. Se diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico nos três dias iniciais de manifestações clínicas, a doença tem cura. Porém, depois que a bactéria se espalha pelas células que formam os vasos sanguíneos, o caso pode se tornar irreversível.

A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato estrela

Material coletado na jovem está em análise no Instituto Adolfo Lutz

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na noite de terça-feira (13) a morte da adolescente de 16 anos de idade, internada em um hospital privado no município com suspeita de febre maculosa. Ela foi hospitalizada na sexta-feira (9) e seu caso já havia sido notificado à Vigilância em Saúde como suspeito de febre maculosa, dengue, leptospirose ou meningite.

O material coletado está em análise no Instituto Adolfo Lutz. A causa da doença ainda não foi confirmada. A família só comunicou o fato de que a adolescente es- teve em evento na Fazenda Santa Margarida na terça-feira, ao ver a repercussão de mortes por febre maculosa. Outras três pessoas que foram à fazenda morreram em consequência de complicações da doença.

A fazenda fica no distrito de Joaquim Egídio, região leste da cidade, local provável da infecção. “Em razão das confirmações, a ocorrência configura-se como um surto de febre maculosa localizado. O distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença”, informou a Secretaria de Saúde de Campinas por meio de nota.

Na tarde de terça-feira, a Secretaria de Saúde confirmou que a doença causou as mortes de um empresário de 42 anos de idade, de Jundiaí (SP), e de uma mulher, de 28, de Hortolândia (SP). Na noite de segunda-feira (12), já havia sido confirmada a mesma causa para a morte da namorada do empresário, uma dentista de 36 anos de idade, moradora de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Saúde de Campinas, a prefeitura está fazendo uma série de ações de prevenção, com informações e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida e entorno. Novos eventos no local só poderão ocorrer depois que os proprietários apresentarem um plano de contingência ambiental e de comunicação.

Ocorrências com balões crescem em todo o Estado

Com a chegada das festas juninas, as ocorrências com balões também crescem em todo o Estado de São Paulo. Para combater a prática, que é crime ambiental, e conscientizar a população sobre os graves riscos de acidentes, a Secretaria da Segurança Pública implementa desde o começo de maio um cronograma de combate à soltura de balões.

De acordo com levantamentos policiais, o número de balões prontos apreendidos em 2022 mais que dobrou em relação ao ano anterior, passando de 55 para 129. Desde 2018, a Polícia Militar Ambiental já localizou e fechou mais de 20 locais utilizados para a fabricação dos artefatos. Os grupos de baloeiros são mais ativos na Capital e Grande São Paulo.

O trabalho preventivo reforça a “Operação SP Sem Fogo” durante o período de estiagem, que vai de 1º de junho até 30 de setembro. O capitão do Corpo de Bombeiros, Danilo Passaretti, explica que o risco provocado por um balão é que nunca se sabe onde ele vai cair. “Ele pode cair em locais que podem iniciar pequenos focos de incêndio”, explicou.

Os baloeiros estão cada vez mais ousados na hora de confeccionar os artefatos. Em alguns balões de maior porte, há registros de uso de botijões de gás com fogareiros e até mesmo fogos de artifício. Mas, de maneira geral, os mais recorrentes são os balões fabricados com materiais leves e altamente inflamáveis.

A doença não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato, e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Em humanos, a enfermidade caracteriza-se por febre e máculas (manchas) vermelhas no corpo. Além disso, há sinais de fraqueza, dor de cabeça, muscular e nas articula-

No Estado de São Paulo há duas espécies da bactéria causadora da doença. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE), na região metropolitana da capital há pouquíssimos registros devido à urbanização da área. No interior, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba e Assis.

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