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Política

CLÁUDIO HUMBERTO CLAUDIO.HUMBERTO @METROJORNAL.COM.BR

DNIT DÁ CONTRATO DE MEIO BI A EMPREITEIRA INIDÔNEA. O DNIT, órgão

do Ministério dos Transportes que cuida de rodovias, contratou por quase meio bilhão (R$ 419 milhões) um consórcio para finalizar a duplicação da BR-101, em Alagoas. A licitação, de 2016, definiu o consórcio vencedor formado inclusive pela empreiteira PACS (Planejamento Assessoria Consultoria em Sistemas), declarada inidônea e proibida de contratar com poder público, no País, até 2018.

TUTTI BUONA GENTE. As demais integrantes do consócio contratado pelo DNIT são Comsa e Constran, da UTC de Ricardo Pessoa, acusado de afanar a Petrobras.

“A MELHOR SOLUÇÃO É QUE O PLENÁRIO (DO STF) DECIDA.” PRESIDENTE DA CÂMARA, RODRIGO MAIA, E O ANDAMENTO DO PACOTE ANTICORRUPÇÃO

Ricardo Pessoa

ESCONDENDO O JOGO.

O Ministério dos Transportes omitiu a PACS, declarada inidônea em novembro de 2016, no extrato do contrato publicado no Diário Oficial. CONTRATO NÃO CUMPRIDO. A empreiteira PACS

foi declarada inidônea após ser acusada de descumprimento de contrato pelo Banco do Brasil. REGISTROS CONFLITANTES.

O Portal da Transparên-

como carrapato às boquinhas da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a seu orçamento de R$1,2 bilhão. Diretores e produtores de cinema regiamente financiados com dinheiro público retribuem defendendo interesses do partido, que “aparelha” a Ancine desde 2005. Em Berlim, protestaram contra a saída de Manoel Rangel Neto da presidência e de Rosana Alcântara da diretoria, prevista para maio. Estão aboletados nos cargos há 12 anos. Rangel integra o comitê central do PCdoB. FIM DA BOCA LIVRE. Ci-

neastas de festival dizem estar “apreensivos” com a substituição de diretores da Ancine. Eles estão apreensivos é com o fim da “boca livre”.

PODER SEM PUDOR

Bons de dança A pirotécnica “Força Nacional de Segurança” fez lembrar ao jornalista Arael Costa, professor da UFPb, a adesão de uma tropa de cavaleiros gaúchos ao “movimento pela legalidade” chefiado pelo governador Leonel BriCOM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOS WWW.DIARIODOPODER.COM.BR

Ex-senador e filho de Lobão são alvo de operação da PF Lava Jato. Investigação aponta pagamento de propina por consórcio da obra da hidrelétrica de Belo Monte. Dinheiro teria sido distribuído em campanhas do PMDB e PT

cia do governo atesta que a PACS é inidônea, mas certidão do Sicaf apresentada pelo DNIT indica o contrário. LUTA DO PC DO B AGORA É PARA MANTER BOQUINHAS. O PCdoB se agarra

| WILSON DIAS /AGÊNCIA BRASIL

CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2017 www.metrojornal.com.br

{BRASIL}

zola. Após ordenar sua incorporação à Brigada Militar, Brizola indagou ao líder: - Então, sua tropa é mesmo boa de briga? - Bom – respondeu o homem – de briga não sei, não. Mas de dança, tchê...

Ex-senador é do grupo político de Lobão e Jader | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

Com base em depoimentos de delatores da Lava Jato, a PF (Polícia Federal) deflagrou ontem a operação Leviatã, que apura pagamento de propina pelo consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Os principais alvos foram o ex-senador Luiz Otávio (PMDB-PA) e o presidente da BrasilCap (empresa que cuida dos títulos de capitalização do Banco do Brasil), Márcio Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), que tiveram residências e escritórios vasculhados. A operação foi autoriza-

da pelo relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edison Fachin, que comanda o caso do ‘Eletrolão’ desde maio de 2016. Não houve prisões, mas os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro (RJ), em Belém (PA) e em Brasília (DF). Divisão de recursos Segundo a denúncia, 1% do valor do contrato foi distribuído entre PT e PMDB nas campanhas de 2010 e 2014. Otávio Azevedo e Flávio Barra, ex-executivos da Andrade Gutierrez, e Luis Carlos Martins, da Camar-

Márcio preside a BrasilCap há 10 anos | DIVULGAÇÃO/BRASILCAP

go Corrêa, faziam os repasses ao PMDB, segundo a denúncia. Então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão seria o intermediário e teria recebido R$ 600 mil, por meio do filho, pedidos numa mensagem de WhatsApp. Outro pagamento, de R$ 2 milhões, teria sido feito por falsos contratos de consultoria. Pelo lado petista, a propina seria paga para o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-tesoureiro João Vaccari e foram confessados por Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa.

As fraudes em contratos no setor elétrico foram reveladas na delação do ex-senador Delcídio do Amaral (MS). O inquérito no STF está sob sigilo, mas apura o envolvimento dos senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA), todos do PMDB. A investigação do PT está na Justiça Federal do Paraná porque não inclui investigados com foro privilegiado. Em nota, Márcio Lobão considerou a ação ‘drástica’ e negou irregularidades. O ex-senador não se manifestou. METRO BRASÍLIA

Bolsistas da UFPR seriam ‘laranjas’ Os 27 beneficiários do dinheiro tirado das bolsas de pesquisa da UFPR (Universidade Federal do Paraná) já prestaram depoimento à PF (Polícia Federal) após o esquema de desvio de R$ 7,35 milhões revelado na última quarta, e boa parte disse ter sido usada como ‘laranja’ no esquema. Entre 2013 e 2016, os recebedores tiveram depositados em suas contas valores que vão de R$ 17 mil a R$ 739 mil. Alguns deles disseram à PF que o dinheiro

foi pagamento por serviços que eles prestaram a Conceição Mendonça, Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária da PRPPG (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação). Há pelo menos três depoimentos neste sentido: um homem diz ter prestado serviços advocatícios a Conceição e duas mulheres afirmam terem vendido joias a ela. Os valores recebidos pelas duas supostas vendedoras de joias somam R$ 359,5 mil. Para a advogada que defende

uma delas, isso pode significar que Conceição usou parte dos envolvidos para pagar despesas pessoais. “No caso das joias, isso serve para ocultar patrimônio”, disse ela. O Metro Jornal tem tentado ouvir a versão de Conceição desde a última quarta. Ontem, a informação era de que ela ainda não constituiu defesa. De fato, ainda não há advogados registrados para ela no processo eletrônico. Pelo menos outros 10 beneficiários, porém, afirmaram ter sido usados como

‘laranjas’: cederam suas contas bancárias para uso do esquema, em troca de pequenos pagamentos – cerca de R$ 300 –, mas nunca ficaram com o ‘grosso’ do dinheiro. Um cruzamento de dados dá força a essa versão: apesar de terem recebido aportes de milhares de reais, estes 10 beneficiários tinham, juntos, menos de R$ 1 mil em suas contas na data da operação. RAFAEL NEVES METRO CURITIBA


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