CAMPINAS, QUARTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2013 www.readmetro.com
{BRASIL}
Número dois do Trabalho pede demissão Esopo. Paulo Roberto Pinto, secretário-executivo do ministério, é investigado pela PF. Ex-assessor do ministro Manoel Dias é preso O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Roberto Pinto, pediu demissão do cargo ontem. Ele é investigado no inquérito que apura desvios de mais de R$ 400 milhões. Anderson Brito Pereira, ex-assessor direto do ministro do Trabalho, Manoel Dias, que teve a prisão decretada no processo da operação Esopo, deflagrada segunda pela Polícia Federal, se entregou e foi levado ontem para o presídio da Papuda, em Brasília. O ministro Dias disse que vai aperfeiçoar o con-
trole de contratos, “mas o ministério ainda não tem uma estrutura para detectar todas as falhas.” Segundo a PF, o esquema funcionava com a participação do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania, uma Oscip (organização da sociedade civil) e envolvia empresas, agentes públicos, prefeituras, governos e ministérios. De acordo com a PF, o instituto era uma entidade de fachada contratada para realizar projetos superfaturados e que não eram executados.
Em nota, o ex-secretário-executivo se defendeu e negou ter retirado a organização do cadastro de inadimplentes. “Negativar e/ou reverter negativação de entidade em sistema de controle de órgãos governamentais é medida de rotina”, argumentou. O ministro também disse que não se pode condenar Paulo Pinto de antemão. “Temos que ter o mínimo de respeito às pessoas.” RAPHAEL VELEDA METRO BRASÍLIA
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José Dirceu diz que foi alvo de inveja de setores da elite O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse que a decisão sobre os embargos infringentes, prevista para ocorrer hoje no STF (Supremo Tribunal Federal), não é o seu último capítulo no julgamento do mensalão. Os ministros irão decidir se aceitam os embargos, recurso judicial que pode levar a um segundo julgamento de 11 condenados, incluindo Dirceu, cuja condenação é de 10 anos e 10 meses de prisão. Em entrevista a Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT, o ex-ministro disse que cometeu erros, mas não os dos quais é acusado. “Fui o principal alvo da inveja de setores da elite, que não se conformam com a liderança do (ex-presidente) Lula no mundo e a vitória de Dilma. Fui escolhido para ser símbolo dessa mágoa, inveja e ódio disseminados em parte da sociedade contra nós”. Dirceu anunciou que, ca-
so seus recursos não sejam aceitos, irá pedir revisão criminal da sentença e apelar a cortes internacionais para reverter a condenação por formação de quadrilha e corrupção ativa. O ex-ministro também negou ter planos de fugir do Brasil. “Fico indignado quando dizem que vou fu-
“Evidentemente que cometi muitos erros, mas não os do que me acusam.” EX-MINISTRO JOSÉ DIRCEU
gir. Sou acima de tudo um brasileiro”. METRO
Ex-ministro recebeu amigos para assistir à sessão | JUCA VARELLA/FOLHAPRESS