20111026_br_metro curitiba

Page 4

BRACTB_2011-10-26_4.qxp:BRAZIL

04

10/25/11

9:34 PM

Page 1

curitiba

Cirurgiões-dentistas também protestam Usuários de planos odontológicos não foram atendidos ontem. A paralisação dos profissionais no Dia do Cirurgião-Dentista quis chamar a atenção para a pauta de reivindicações da classe. “É uma forma de protestar contra as operadoras de planos odontológicos, que desvalorizam o trabalho do CD e a profissão”, afirma o presidente do CRO-PR (Con-

selho Regional de Odontologia), José Roberto Cavali. Segundo ele, a paralisação ocorre devido ao “aviltamento dos valores pagos pelos planos de saúde odontológicos, pela relação conflituosa entre os planos e os profissionais da categoria e pela falta de valorização dos profissionais, que repercute na qualidade do atendimento”. METRO CURITIBA

www.metropoint.com QUARTA-FEIRA, 26 DE OUTUBRO DE 2011

Médicos querem melhorias

Na Boca Maldita RODRIGO LEAL/METRO CURITIBA

Os médicos do SUS e dos CMUMs (Centros Municipais de Urgências Médicas) estiveram ontem na Boca Maldita para conversar com a população sobre suas revindicações. O movimento foi nacional, mas, no Paraná, não houve paralisação no atendimento. “Não temos condições adequadas de trabalho e remuneração condizente com a nossa responsabilidade. Faltam investimen-

tos e recursos para melhorar e dar agilidade ao atendimento à população”, afirmou o presidente do CRMPR (Conselho Regional de Medicina), Carlos Roberto Goytacaz Rocha. Dados do CRM mostram que 10 mil dos 19 mil médicos do Estado trabalham no SUS. O salário-base por 20 horas semanais, independente da especialidade, é de R$ 2.685,56. METRO CURITIBA

Socorristas do Samu e Siate são hostilizados por usuários RODRIGO LEAL/METRO CURITIBA

Profissionais contam que demora na chegada da ambulância irrita as vítimas e familiares Eles dizem que o sistema está defasado Pedidos de apoio à PM são mais frequentes, segundo o Corpo de Bombeiros RODRIGO LEAL/METRO CURITIBA

Profissionais contam que trabalham sob pressão todos os dias

Os socorristas do Samu e do Siate trabalham sob risco de serem agredidos fisicamente por usuários. Eles contam que, na maioria das vezes, o motivo está relacionado à demora no atendimento. “A situação se tornou corriqueira há cerca de dois anos. Eles nos culpam pela demora, mas o problema está no sistema”, conta o presidente do Sindesconar (Sindicato dos Socorristas, Resgatistas e Condutores de Ambulâncias do Paraná), Roberto da Silva. O coordenador da Rede de Urgência, Eduardo Mischiatti, diz que o tempo de espera do Siate, que atende traumas, é de, no máximo, 16 minutos. No Samu, que atende urgência e emergência clínica, 20 minutos. No entanto, os socorristas contam que a demora pode chegar a 40 minutos por-

ambulâncias do Samu e do Siate 27 circulam em Curitiba. São aproximadamente 155 socorristas.

“As agressões são uma realidade e se tornaram frequentes há cerca de dois anos.” ROBERTO DA SILVA, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS SOCORRISTAS

que, em muitos casos, precisam cruzar a cidade. “Os pacientes acham que é nossa culpa, mas o sistema está defasado. Temos uma cidade muito grande e falta de pessoal. Tentamos explicar, mas eles se revoltam, e com razão. Quando não reclamam muito, par-

tem pra cima. Trabalhamos sob pressão”, afirma um socorrista que pediu para não ser identificado. Em meados de setembro, um caso como este precisou de intervenção da Polícia Militar. Dois socorristas do Siate foram agredidos por um homem que pediu atendimento para a esposa e ficou revoltado com a demora. Outra situação foi vivida por Roberto. “No começo do ano, um paciente chutou e ameaçou quebrar a ambulância por causa da demora”, diz. CAMILA CASTRO METRO CURITIBA

Polícia trabalha em conjunto Para tentar garantir a segurança dos socorristas do Samu e do Siate, a Polícia Militar precisa intervir em determinadas situações. São casos que envolvem, por exemplo, pacientes psiquiátricos, que podem ter um surto e agredir a equipe médica, para a família e até para ele mesmo, con-

forme explica o coordenador da Rede de Urgência, Eduardo Mischiatti. Eles também são acionados quando a situação envolve risco, conforme conta o porta voz do Corpo Bombeiros, major Maurício Aliski. “Há alguns anos, cada vez mais é feito pedido de socorro para situações que

envolvem agressão e arma de fogo, também quando os suspeitos ainda estão no local. No momento de deslocar a ambulância, é acionado o batalhão da área e o atendimento é feito conjuntamente, tanto para a proteção da equipe como para a prisão dos envolvidos”, afirma. METRO CURITIBA


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.