Educação em Direito à Memória e à Verdade – Conhecer Para Não Repetir

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O cineasta chileno Patricio Guzmán, no filme documentário O botão de pérola, nos prova que também a terra e suas formações, os astros em sua exuberância cósmica e as profundas águas do oceano guardam memórias de fatos, de episódios, de catástrofes ambientais e de genocídios humanos. Sua narrativa cinematográfica e tenacidade em busca da verdade e memória une os pontos do extermínio dos povos nativos da Patagônia ao dos desaparecidos da ditadura contra Salvador Allende durante o século xx. Nos dois casos, jogados ao mar. Guzmán uniu pontos de extermínio ao dos fragmentos e artefatos humanos encontrados nas profundezas do mar, descrevendo a barbárie cometida contra o povo no Chile.

Memória e verdade: a busca Quando educadores da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo e monitores que trabalham nos equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura (smc) tiveram a oportunidade de participar de atividades culturais, seminários e oficinas para compreender a origem das violações aos diretos humanos que arcam a história brasileira a partir do golpe de 19643 – além de refletir sobre as consequências na sociedade atual, abordando-se também outras violações que fizeram parte da história brasileira como o genocídio indígena e a escravidão negra –, estes agentes educadores e monitores tomaram

3 As atividades integram o programa Conhecer para não repetir: educação em DMV comentadas na Parte 2 da publicação (N. O).

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