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A Gestão da Água em Tempo de Seca

A nossa vizinha Espanha, segundo as notícias a que o GR teve acesso, devido à seca, está a ter dois pesos e duas medidas na atual gestão da água dos seus rios e das suas barragens por um lado, enquanto por outro lado, está a demolir as pequenas barragens, charcos e reservatórios de água, que se encontram por todo o país para servirem de apoio à agricultura e ao mundo rural.

Isto acontece enquanto que no rio Tejo que também é nosso, a nossa única vizinha tem outra estratégia completamente diferente, relativamente às dezenas de mega barragens deste Rio em Espanha, que produzem energia elétrica, para além dos transvases de caudal significativo, pelos quais anda a desviar a mais pura água da nascente, para abastecer os aldeamentos turísticos da região de Valência e o deserto de Múrcia, onde está a ser plantada a maior exploração hortícola para abastecer a Europa, o que no seu conjunto, como não podia deixar de ser, não pode sobrar mais água que se veja, na maior parte do ano para o Tejo português, o nosso, diga a nossa APA, as inverdades que disser.

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Alerta: estão a ser destruídos reservatórios em pleno aviso de seca!

Nos últimos dias, têm circulado, nas redes sociais e nos meios de comunicação social, notícias que afirmam que o governo espanhol está a demolir barragens em plena seca. Será que isto é verdade?

Um bom exemplo disso pode ser visto nos últimos tempos nas redes sociais e em muitos meios de comunicação social, onde, nesta época de seca, começaram a proliferar, recorrentes em épocas de escassez de chuva. Tornou-se moda afirmar que o Governo espanhol está a destruir maciçamente os reservatórios no meio de uma das piores secas das últimas décadas, estamos a falar de construções sem qualquer utilidade que perderam a sua utilidade, uma vez que os terrenos secos e os pequenos sistemas de irrigação desapareceram como consequências do êxodo rural, onde se incluem os moinhos de água abandonados e as pequenas centrais hidráulicas.

Nas últimas décadas, registaram-se vários afogamentos e acidentes em represas e outras pequenas barreiras físicas abandonadas e há também casos de colapso destas estruturas com efeitos devastadores a jusante, especialmente após um período de chuvas intensas.

A origem deste “embuste” está na Estratégia de Bio- diversidade 2030, da União Europeia, que tem como um dos objetivos restabelecer o livre fluxo de água em pelo menos 25 mil km de rios do continente europeu e a remoção de barreiras físicas, é um dos elementos-chave para atingir este objetivo. Por conseguinte, não se trata de uma decisão do Governo espanhol, mas sim da transposição de uma diretiva europeia Em suma, estamos a falar de construções sem qualquer utilidade ou capacidade de armazenamento de água. Nas últimas décadas, estas obras perderam a sua utilidade, uma vez que os terrenos secos e os pequenos sistemas de irrigação desapareceram (uma das consequências do êxodo rural). Incluem-se também aqui os moinhos abandonados e as pequenas centrais hidráulicas.

Impactos negativos destas barreiras nos ecossistemas fluviais

Acredite-se ou não, uma das principais consequências pode ser vista nas praias: estas barreiras físicas impedem que os sedimentos cheguem à costa. Recordemos que este é um dos elementos-chave para a regeneração natural das praias e que é uma das causas que explicam a grave regressão sofrida por muitos sectores costeiros do nosso país.

A presença de obstáculos como barragens e represas impede que os sedimentos cheguem à costa, o que constitui uma das causas da regressão significativa de muitas das nossas praias.

Têm também um grande impacto nos peixes e noutros seres vivos, que deixam de poder subir ou descer o rio. E não estamos a falar apenas de grandes barragens, mas também de pequenas represas ou rampas de 50 centímetros. Por esta razão, espécies como a lampreia, o esturjão e a enguia estão praticamente extintas em Espanha.

Nas últimas décadas, registaram-se vários afogamentos e acidentes em represas e outras pequenas barreiras físicas abandonadas. Em alguns casos, é muito perigoso tomar banho nestas zonas devido ao refluxo da água que produzem. Há também casos de colapso destas estruturas com efeitos devastadores a jusante, especialmente após um período de chuvas intensas.

Neste caso, ninguém quer pagar a manutenção de um reservatório inútil, nem mesmo as câmaras municipais vizinhas, que se puseram em pé de guerra para que a sua demolição fosse finalmente aprovada. Além disso, é mais uma fake new o facto de os municípios de Valdecaballeros e Castilblanco, cuja captação de água na barragem de Valdecaballeros foi construída ilegalmente, ficarem sem abastecimento de água. Já foi aprovada uma tomada de água legal na barragem de García de Sola.

Por último, a Costa Dulce, assim chamada devido às gigantescas albufeiras que rodeiam a albufeira de Valdecaballeros (que faz parte da albufeira de García de Sola), tem uma capacidade muito superior à capacidade real para usos consumptivos. Valdecaballeros teria apenas mais 1% de capacidade de albufeira. Por conseguinte, parece improvável que haja falta de água pelo facto de não existirem reservatórios suficientes.

Manuel Cousilhas

Así es como justificáis el derribo de los embalses, con estos ejemplos de apertura de charcas?, por que no sois claros y mencionáis todos los derribos de embalses que se están haciendo en tiempos de sequía. Después no habrá agua y la culpa será del cambio climatico.

Notícias do Mar

Tejo a pé

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