Sankofa - 2ª edição

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novembro | dezembro | 2015

SANKOFA meMOrias de MAo dupla


Sankofa: O símbolo é baseado em um pássaro que voa para frente com a cabeça virada para trás. O ideograma se apresenta tanto em formas mais realistas (à esquerda) ou estilizadas (à direita).


A África é uma terra fértil, onde as fronteiras da imaginação humana foram estendidas para além dos horizontes, dos mares e dos céus, como num sopro lento e vigoroso. Dentre os milhares de frutos culturais dessa matriz da humanidade, colhemos uma poderosa ideia, sankofa, que representa a força vital que encontramos dentro de cada um de nós, energia de movimento e existência coletiva.

Sankofa é um adinkra, um ideograma dentre um conjunto de dezenas de símbolos do complexo cultural Akan, do Golfo da Guiné. É um símbolo construído com grafismos, palavras - San (voltar, retornar), Ko (ir), Fa (olhar, buscar, pegar) - e um provérbio, Se wo were fi na wo sankofa a yenkyi, que poderia ser traduzido por não é errado voltar atrás pelo que esqueceste. No sistema de comunicação akan, sankofa pode ser desenhado como um pássaro voando para frente, mas olhando para trás, ou com formas estilizadas que nos remetem a curvas, espirais e um coração. Em sankofa, os postulados filosóficos, aspectos cosmológicos e valores tradicionais dos antepassados são revolvidos na compreensão da realidade presente e na construção do futuro que precisamos. Sankofa é o tempo como uma espiral, retumbando, ressoando, reconstruindo.

O projeto traz atividades que revitalizam e valorizam as presenças do continente africano para a cultura brasileira e para o universo da cultura negra diaspórica, a partir da ideia de memórias de mão dupla. O repertório artístico afro-brasileiro atrelado a reflexões contemporâneas dão novas cores às nossas histórias; nossas histórias permitem que criemos um novo pensar em sintonia com as ações de fomento da consciência negra e dos movimentos antirracistas. Trata-se de uma programação diversificada, que abrange artes visuais, cinema, música, dança, atividade física e contação de histórias, com espetáculos, oficinas, vivências, cursos, exposição, exibição de curtas e longas-metragens, bate-papos, mediações e outras ações, em diversos espaços.

Sankofa é um convite à transformação. Sesc Vila Mariana


TRÊS SÍMBOLOS COMPÕEM E REITERAM AS REFLEXÕES DO PROJETO SANKOFA: Os búzios, ou cauris, são conchas que foram utilizadas como moeda corrente no continente africano até meados do século XIX. São associados à riqueza e são amplamente utilizados na arte africana e em objetos de poder real e espiritual. No Brasil, são reconhecidos também por seu uso em rituais divinatórios das religiões afro-brasileiras, permitindo o contato com as divindades da natureza e com as energias invisíveis, revelando mistérios da vida.

Os recades são objetos tradicionais do povo Fon, utilizados pelos reis desse povo como insígnia de poder. São, em si, imbuídos do próprio poder real, podendo substituir cerimonialmente o rei em sua ausência. Os mensageiros fon os portavam à guisa de um “selo real” para garantir a autenticidade das mensagens que levavam.

As facas de arremesso tradicionais são objetos de guerra comuns a vários povos bantos, elaboradas através de milenares técnicas de fundição e conhecimentos apurados de aerodinâmica e equilíbrio. Ocorrem em especial no povo Bakuba, tido como precursor ou inventor das mesmas, e são arremessadas à distância em direção aos inimigos.


musica

Foto: Divulgação

Ba Kimbuta

O rapper apresenta show do disco Universo Preto Paralelo (2012). No repertório, músicas inéditas e clássicos como O Mar, Tenta me Catar e sucessos como Guerra e Espírito Independente do carioca Mc Marechal. O trabalho do artista dá sequência à experiência da Banda UAFRO, fundada em 1996 na cidade de Santo André, assim como às vivências de estudos e atuação política na Posse Negroatividades e no grupo Kilombagem. Ba Kimbuta traz em seu som as raízes do jazz, afrobeat, samba, dub e demais ritmos originários da diáspora africana. Dia 8/11, domingo, 16h30 Praça de Eventos Grátis


Trupe Benkady - Dialogos Ancestrais

Foto: Renato Stockler

O espetáculo promove uma conversa entre os ritmos e movimentos tradicionais da cultura mandingue, com ênfase nas etnias Malinké, Baga e Sussu, da região da Guiné Conakry, reconhecida mundialmente por seus balés. Com dança e música tradicional, o espetáculo traça, sob a ótica deste povo do oeste africano, um cenário das situações sociais mandingues, dentre as quais algumas podem ser encontradas também no Brasil, revelando as grandes semelhanças existentes ainda nos dias de hoje entre nossa cultura e uma das nossas culturas de origem, a rica cultura africana.

Anelis Assumpcao e os Amigos Imaginarios A cantora e compositora apresenta o repertório de segundo disco, Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários, lançado em 2014. O disco foi produzido por ela e pelos músicos Bruno Buarque, Cris Scabello, MAU e Zé Nigro, que acompanham Anelis desde o começo de sua carreira solo. A banda conta ainda com a guitarrista Lelena Anhaia e o trombonista Edy Trombone. Filha do cantor, compositor e produtor musical brasileiro Itamar Assumpção, Anelis mescla influências de dub, reggae, afrobeat, rap, música de cabaré, samba e bossa nova. Dias 12 e 13/11, quinta e sexta, 20h30 Auditório R$20 | R$10 | R$6

Dia 14/11, sábado, 17h30 Praça de Eventos Grátis

Batucada Tamarindo Apresenta no repertório sambas do recôncavo baiano, samba de roda, samba-chula, samba duro, afoxés da Bahia e Pernambuco. Tem como base a música tradicional Malinké (do oeste da África), Candomblé Nagô, Ketu, Angola e toques das religiões afrocubanas, misturando ancestralidade com o presente, apresentando a África-Brasil dos dias de hoje. Dia 21/11, sábado, 17h30 Praça de Eventos Grátis


Congada do Parque Sao Bernardo, com Mestre Ditinho Foto: Daryan Dornelles

Apresentação com mediação sobre as raízes, a influência e a vitalidade da cultura negra. O grupo de dança e percussão tem mais de 100 anos e é composto por integrantes de todas as faixas etárias. Grupo com 35 pessoas, envolvendo dança, cantos e instrumentos como violão, banjo e tambores.

Carlos Dafe

Dia 22/11, domingo, 13h30 Praça de Eventos Grátis

Cantor, compositor e multiinstrumentista, Carlos é um dos precursores da soul music no Brasil. Com uma formação reduzida, Dafé apresenta toda sua versatilidade, com versões intimistas de clássicos atemporais, como Acorda que eu quero ver, Passarela, A cruz, De Alegria Raiou o Dia, Escorpião e Pra que vou recordar o que chorei, música com mais de cem regravações e trilha de telenovela. Entre seus intérpretes destacam-se Tim Maia, Nana Caymmi, Emílio Santiago, Alcione, Beth Carvalho, Elza Soares, Seu Jorge, Tânia Maria, entre outros grandes nomes da música popular brasileira.

No show Pé na África apresentam um diálogo entre a música da República Democrática do Congo e música brasileira. A apresentação dançante traz as guitarras da Soukous Music, ritmo também conhecido como rumba africana, mescladas a sonoridades originárias do Brasil, com letras em swahili, chiluba (línguas africanas), francês e português.

Dia 20/11, sexta (feriado), 16h Praça de Eventos Grátis

Dia 29/11, domingo, 13h30 Praça de Eventos Grátis

Bukassa e Banda Mutoto


Foto: Guilherme Castoldi

Jogos e Brincadeiras de Mocambique, com Lenna Bahule Curso que mostra o universo lúdico e infantil popular moçambicano por meio de jogos, brincadeiras, histórias e cantos, tudo no português nativo de Moçambique. Lenna Bahule é cantora, natural de Maputo. Iniciou sua formação em música aos cinco anos, tendo ingressado na Escola Nacional de Música (ENM) em Maputo. Também é especialista em música corporal. Dias 11, 18 e 25/11, quartas, 19h30 Sala 3, 6° andar - Torre A R$ 40 | R$ 20 | R$ 12


danca Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma forma de dança popular que foi criada pelos trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Yebo é o segundo espetáculo do Grupo Gumboot Dance Brasil. Ele aborda a exploração, tanto das minas como dos sete povos levados para extração do minério, a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha, a espera das mulheres por seus maridos mineiros durante a temporada de exploração das minas. Dias 7/11 e 19/12, sábados, 17h Praça de Eventos Grátis

Foto: Kelson Barros

Yebo, com Gumboot Dance Brasil


Foto: Divulgação

Vivencia de danca africana com Flavia Mazal Flávia Mazal, coreógrafa da Trupe Benkady, conduz uma vivência de dança mandingue, que traz em seu conteúdo a energia e a complexidade da memória corporal dos povos da Guiné Conacry, com ênfase nas etnias Malinke, Suossou e Baga. Através da releitura dos mundialmente reconhecidos balés da Guiné, serão elaboradas pequenas coreografias dos inúmeros ritmos que compõem esta rica e milenar cultura do oeste africano. Seguindo a linha tradicional em que a conversa entre os tambores e os movimentos são de absoluta sincronia, a vivência será acompanhada por música ao vivo. Dia 14/11, sábado, 15h às 16h30 Praça de Eventos Grátis


Workshop com o Grupo Gumboot Dance Brasil O Gumboot é um estilo de dança da Africa do Sul que nasceu no século XIX, nas minas de ouro e diamante. Trabalhadores vindos de 7 povoados distintos da África, falantes de 7 dialetos diferentes, criaram uma forma de se comunicar através das batidas nas botas, que usavam ao explorarem as minas. Essas batidas evoluíram para uma dança, que chega ao público por meio da pesquisa do bailarino e coreógrafo Rubens Oliveira. Este workshop visa introduzir os alunos às técnicas do Gumboot Dance e também pretende ser uma experiência de diálogos culturais entre a África do Sul e o Brasil.

Foto: João Nascimento

Dia 27/11, sexta, 19h Sala Corpo & Artes Grátis

Macumba Jam com a Cia. Treme Terra Encontro aberto para músicos, dançarinos, capoeiristas, batuqueiros e brincantes interessados em geral, com o propósito de criar um espaço interativo de experimentações e improvisações nas linguagens de música e dança a partir de temas disparadores da diáspora negra, mitologias dos orixás e ritmos. Dia 29/11, domingo, 16h30 Praça de Eventos Grátis


cinema e video

Cinema Negro Brasil\ AFRICA: ITINERANCIA CENTRO AFROCARIOCA DE CINEMA ZOZIMO BULBUL Mostra de filmes longa-metragem e curta-metragem produzidos e dirigidos no continente africano e de cineastas brasileiros negros que focam e valorizam a identidade da cultura brasileira e africana.

Zózimo Bulbul iniciou sua carreira em meados dos anos 60 e despontou como ator nos anos áureos do Cinema Novo, tendo atuado em filmes muito importantes na história do cinema brasileiro. Zózimo foi o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz em Vidas em Conflito. Em 1974, dirige o curta metragem em preto e branco Alma no Olho, considerado uma das melhores obras da cinematografia afrodescendente. Em 2007, fundou o Centro Afrocarioca de Cinema, que através dos Encontros de Cinema Brasil, África e Caribe, se tornou referência nacional e internacional para realizadores africanos e suas diásporas, sendo hoje um incentivo para o surgimento de jovens cineastas afrobrasileiros.


Foto: Reprodução

ALMA NO OLHO

(Dir. Zózimo Bulbul, Brasil, 1974, 11 min, P&B) Considerado o melhor trabalho de Zózimo Bulbul, faz uma reflexão sobre a identidade negra no Brasil.

KBELA

(Dir. Yasmin Tainá, Brasil, 2015, 15 min, Cor) Uma experiência audiovisual sobre ser mulher e tornar-se negra, realizado de forma colaborativa por mulheres negras sobre mulheres negras. O curta tem forte inspiração em “Alma no Olho” realizado por Zózimo Bulbul.

PREÇO DO AMOR

(Dir. Hermon Hailay, Etiópia, 2014, 99 min, Cor) Um jovem taxista em Addis Abeba, capital da Etiópia, vive uma história amorosa com uma prostituta, confronta-se com seu passado e descobre o amor.

BATE-PAPO

Com Biza Vianna, diretora executiva do Centro AfroCarioca de Cinema e os cineastas Viviane Ferreira e Jefferson De. Dia 7/11, sábado, 13h30 Auditório Grátis |

MUMBI

(Dir. Viviane Ferreira, Brasil, 2010, 7 min, Cor) Este curta experimental mostra a angústia de uma jovem cineasta que após participar de um dos maiores festivais de cinema do mundo se vê enclausurada em seu interior sem saber qual será sua próxima obra.

CINZAS

(Dir. Larissa Fulana de Tal, Brasil, 2015, 45 min, Cor) O curta, adaptado do conto homônimo de Davi Nunes, tem como personagem principal o jovem Toni: estudante universitário, que trabalha como operador telemarketing na empresa Tumbeiro, na cidade de Salvador.

AFRIPÉDIA SENEGAL E ANGOLA

(Dir. Teddy Goitom, Etiópia, 2014, 60 min, Cor) Série de cinco documentários que visam remodelar a imagem da África, oferecendo atraentes histórias íntimas contadas por visionários artistas africanos que estão expandido as fronteiras de auto-expressão criativa.

BATE-PAPO

Com as cineastas Viviane Ferreira e Larissa Fulana de Tal. Dia 14/11, sábado, 14h Auditório Grátis |


CAROLINA

(Dir. Jeferson De, Brasil, 2003, 14 min, Cor) Roteirização de algumas passagens do best-seller Quarto de Despejo, da escritora Carolina Maria de Jesus. O filme se passa em um quarto onde Carolina mora com a filha. Cercada por uma realidade de miséria, desespero e preconceito, ela desabafa e extravasa suas angústias por meio das palavras.

PREÇO DO PERDÃO

(Dir. Mansour Sora Wade, Senegal, 2001, 90 min, Cor) Um espesso nevoeiro cobre um vilarejo da costa sul do Senegal há vários dias e impede a entrada das pequenas embarcações no mar. Inspirado no romance homônimo do escritor Mbissane Ngom.

BATE PAPO

Com o cineasta Jefferson De. Dia 21/11, sábado, 14h Auditório Grátis |

O DIA DE JERUSA

(Dir. Viviane Ferreira, Brasil, 2014, 20 min, Cor) No momento em que conhece Silvia, Jerusa proporciona a ela uma tarde inusitada repleta de memórias, convidando uma “desconhecida” à compartilhar momentos de felicidade. Selecionado para a Mostra de Curtas-metragem (Short Film Corner) do festival de Cannes de 2014, na França.

GÊNESIS

(Dir. Cheick Oumar Sissoko, Mali, 1999, 102 min, Cor) Inspirado no livro sagrado de Gênesis, o filme conta a luta de poder entre duas famílias. Recebeu os prêmios de melhor filme de Namur na França e FESPAÇO em Burkina.

BATE-PAPO

Com a cineasta Viviane Ferreira. Dia 28/11, sábado, 14h Auditório Grátis |

EMPODERADAS

(Dir. Renata Martins e Joyce Prado, Brasil, 2015, 3 min, Cor) Série de vários filmes de 03 minutos onde as cineastas discutem sobre mulheres que valorizam sua beleza, seus cabelos, preservam suas raízes.

RAMATHA

(Dir. Leandre Alain Becker, Congo, 2006, 90 min., Cor) Ramatha é uma mulher de 50 anos com uma beleza cativante casada com um homem rico e poderoso de Almadies, bairro rico de Dakar, que se envolve com um jovem rapaz.

BATE-PAPO

Com as cineastas Renata Martins e Joyce Prado. Dia 5/12, sábado, 14h Auditório Grátis |


Foto: Divulgação

Retrospectiva Zozimo Bulbul ANICETO DO IMPÉRIO EM DIA DE ALFORRIA (Zózimo Bulbul, Brasil, 1980, 12 min, Cor) O personagem, desconhecido de muitos, com 72 anos foi líder sindical, fundador da Escola de Samba Império Serrano e trabalhador do Cais do Porto.

PEQUENA ÁFRICA

(Zózimo Bulbul, Brasil, 2002, 14 min, Cor) Apresenta a Praça XV, a Central do Brasil, Gamboa, Saúde e Bairros de Santo Cristo de hoje, e que eram conhecidos nos idos de 1850 até 1920 como Pequena África, por terem sido locais habitados por escravos alforriados no período imperial e depois deste.

ALMA NO OLHO

(Dir. Zózimo Bulbul, Brasil, 1974, 11 min, P&B) Considerado por críticos o melhor trabalho de Zózimo Bulbul, este curta faz uma reflexão sobre a identidade negra no Brasil. Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.

REPUBLICA TIRADENTES

(Zózimo Bulbul, Brasil/Senegal, 46 min, Cor) É um alerta para mostrar que a África é um continente plural, de culturas tradicionais diversas.

(Dir. Zózimo Bulbul, Brasil, 2004, 51 min, Cor) O filme é uma poesia afetiva baseada nas histórias das dançarinas de gafieira, dos atores, dos malandros, das meninas e de toda a boemia que viveu e vive momentos de alegria e glória no Centro da Cidade do Rio de Janeiro.

(Antunes Filho, Brasil, 1970, 98 min, P&B) Jorge, poeta e publicitário que administra uma relação de trabalho e amorosa com uma mulher branca mais velha (Renée de Vielmont), passando a vivenciar inúmeras situações de preconceito.

(Dir. Olá Balogum, Brasil/Nigéria, 1978, 95 min, Cor) Conta a história de um africano babatundê que busca no Brasil seus parentes e revive pelos caminhos mágicos do Candomblé o percurso de seu ancestral escravo Olú Iole.

RENASCIMENTO AFRICANO

COMPASSO DE ESPERA

Dia 12/12, sábado, 14h Auditório Grátis |

DEUSA NEGRA

Dia 19/12, sábado, 14h Auditório Grátis |


Foto: Reprodução

cinema negro - Exibicao de Curtas Exibição de filmes de curta metragem sobre a temática da ancestralidade negra no Brasil De 6/11 a 18/12 (exceto dia 20/11), sextas, 20h Praça de Eventos Grátis

cinema negro - Diz Ai | Exterminio da Juventude Negra

Foto: Reprodução

A série Diz Aí - Extermínio da Juventude Negra é uma produção da Querô Filmes em parceria com o Canal Futura, lançada em 2013, que aborda de perto a violência contra o jovem negro na sociedade atual. Na direção, Claudio Maneja Jr - Núcleo de Conteúdo da Querô Filmes - e Victor Luiz dos Santos - capacitado nas oficinas Querô 2006. Como protagonistas estão jovens que estimulam discussões como cotas raciais, racismo, valorização da cultura e da identidade, além de discutir sobre as altas taxas de homicídio que vitimam negros. De 19/11 a 31/1 Espaço de Tecnologias e Artes Terça a sexta, 13h30 às 21h; sábados, domingos e feriados, 10h30 às 18h Sala de Leitura Terça a sexta, 9h às 21h30; sábados, domingos e feriados, 9h às 18h30 Grátis


intergeracoes

OFICINA

Bonecas Abayomi

Dia 14/11, sábado, 11h e 14h Sala Corpo & Artes Dia 15/11, domingo, 11h e 14h Sala 3, 6° Andar - Torre A Grátis

Foto: Sattva Orassi

Confecção de bonecas da tradição afro-brasileira e vivência de seu universo simbólico ao som de ritmos tradicionais e de posturas marcantes de braços, giros e gingados. Com uma forte simbologia na cultura afrobrasileira, a boneca transformou-se num símbolo de carinho, proteção e ao mesmo tempo de resistência. A palavra Abayomi em iorubá significa meu presente e encontro precioso. Com Katia Silva e Robson Oliveira


esporte e atividade fisica Capoeira e Maculele Nesta apresentação, os representantes da cultura afro-brasileira, a capoeira e o maculelê misturam arte marcial, esporte, ritmo e dança, para formar um rico repertório de movimentos cheios de simbolismo que expressam a história e a formação cultural brasileira. A capoeira é considerada uma arte brasileira genuína, com origens na época da escravidão, onde através da mistura de diferentes culturas africanas foi criada em território nacional. O maculelê é uma dança de forte expressão dramática, dançada em grupos, batendo grimas (bastões), com origens afro-brasileiras e indígenas. Com a Associação Casa Grande e Senzala. Dias 7 e 21/11 e 5/12, sábados, 14h Praça de Eventos Dia 8/11, domingo, 16h Ginásio Agon Grátis

artes visuais CURSO

A Representacao do Negro nas Artes Visuais Por meio da apresentação de obras, o objetivo do curso é levantar questões acerca da representação do negro em vários momentos das artes plásticas brasileiras. Com o apoio de textos e debates, são propostos exercícios práticos que auxiliem na percepção e desconstrução de estereótipos do lugar do negro na arte. Com Juliana dos Santos, artista visual e educadora, mestranda na Unesp e co-coordenadora do NEPAFRO (Núcleo de Estudos e Pesquisas AfroAmericanos). De 10/11 a 8/12, terças, 19h Espaço de Tecnologias e Artes R$ 17 | R$ 8,50 | R$ 5


Criancas

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

Luana e as Sementes de Zumbi Luana é uma menina de 8 anos que mora num remanescente de quilombo chamado Cafindé e joga capoeira. Numa noite, ela acorda assustada, ouvindo sons de tambores que a acordaram e estão dizendo: Vem, Luana, esperança de Palmares! Esperança das sementes de Zumbi!. Essa história é uma adaptação do livro Luana e as Sementes de Zumbi, de Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino em que o contador pretende levar o público infantil e seus acompanhantes a uma viagem ao Brasil do século XVII, para que todas as crianças também se tornem sementes de Zumbi, na luta por um Brasil melhor e mais justo para todos. Com Oswaldo Faustino. De 21/11 a 19/12, sábados, 15h30 Foyer Grátis

literatura

CLUBE DE LEITURA

Ualalapi - De Ungulani Ba Ka Khosa O Clube de Leitura discutirá a obra do moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, publicado pela Nandyala. Ualalapi é o nome de um guerreiro nguni que dá o título ao relato, ficcionado por Ba Ka Khosa, da vida e da época do hosi (rei, imperador, em língua tsonga) Ngungunhane, famoso pela resistência que opôs aos portugueses nos finais do séc. XIX. Mas à medida que a narrativa progride, o quadro que se desenrola aos nossos olhos é bem outro. A mediação do encontro será realizada pelo historiador, arte-educador e mestre em Cultura e Educação pela Universidade de São Paulo, Allan da Rosa. Dia 26/11, quinta, 15h Sala 2, 5° andar - Torre A Grátis


LEGENDA: Inteira Trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no Sesc e dependentes (Credencial Plena) Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante [retirada de ingresso com 1h de antecedência]

Sesc Vila Mariana Rua Pelotas, 141, CEP 04012-000 TEL.: +55 11 5080 3000

sescsp.org.br


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