MAIO - JUNHO 2011 - Revista MAXILLARIS

Page 28

Falamos.qxp

3/5/11

09:54

Página 28

Falamos com...

Paul Sharpe defende a necessidade de os profissionais qualificados se voltarem para a pós-graduação nestas novas áreas da medicina dentária.

las embrionárias não cultivadas. No entanto, quanto ao procedimento geral, estamos muito longe de uma aplicação clínica útil e disponível. Creio que esse passo será atingido mais tarde do que cedo. Embora os avanços em laboratório possam ser rápidos, aplicar esses conhecimentos nos pacientes tardará muito mais. Há várias questões importantes que é necessário resolver. Faz falta um grande número de células, que realmente só se podem obter através da expansão in vitro. É fundamental fazer crescer células em condições que garantam a sua capacidade de formar dentes. Um dos problemas com que nos deparamos é que os dentes criados a partir de células humanas crescem muito mais lentamente do que os realizados a partir de células de ratos. Se isto pode ser um problema significativo num contexto clínico, em laboratório pressupõe que as experiências durem mais tempo e que, portanto, o progresso seja mais lento.

M Numa perspectiva global, qual é o actual panorama no que respeita à excelência clínica no campo da Medicina Dentária? P a u l S h a r p e . A maior parte da investigação dentária é levada a cabo nos Estados Unidos, onde há grandes

28

MAXILLARIS, M a i o 2 0 1 1

quantidades de fundos governamentais especialmente reservados para os estudos dentários e craniofaciais. No Reino Unido e em grande parte da Europa não existem verbas específicas para a investigação dentária e, em resultado disso, os estudos têm tendência a ser mais concretos. No entanto, a investigação no campo da medicina dentária na maioria dos países da União Europeia tem boa projecção e beneficia de um bom ambiente de colaboração.

M Que novidades ou conclusões relacionadas com a sua investigação vai apresentar em Oviedo, durante a sua intervenção na reunião anual da SEPA? P a u l S h a r p e . A mensagem mais importante será a de que o ensino da Medicina Dentária tem de começar a mudar, de modo a que as futuras gerações de médicos dentistas possam absorber totalmente os novos avanços associados aos tratamentos de base biológica. Outra ideia que pretendo sublinhar no encontro de Oviedo é a necessidade de cada vez mais médicos dentistas qualificados se voltarem para os cursos de pós-graduação nestas novas áreas, uma vez que ter uma perspectiva clínica é muito importante para a criação de novas terapias.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.