Opinião
02 Campo Largo, 23 de Novembro de 2018 VISÃO DA FOLHA
Desigualdade racial no Brasil não pode ser considerada vitimismo Antes de tudo, somos seres humanos. Com a mesma construção corporal, com sangue correndo pelas veias e com sentimentos. Em tese, devemos ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades e, embora isso ainda esteja longe de acontecer, já começamos a dar os primeiros passos, com brasileiros tendo orgulho de mostrar sua cor, pois houve aumento no número de pessoas que passaram a se considerar pardas ou negras, superando o número de brancos no Brasil. Ainda há muito o que progredir, discutir e conscientizar. A desigualdade racial é uma realidade triste no Brasil. Segundo dados do PNDA Contínua, o salário médio da população negra no país é de R$ 1.570, enquanto da população branca é de R$ 2.814. A taxa de desocupação no país também é liderada pela população parda (14,5%) e negra (13,6%). Esses dados também interferem na infância. Em 2016, por exemplo, segundo o mesmo levantamento, havia 1.835 crianças de 05 a 07 anos trabalhando e, dessas, 63,8% eram negras. A taxa de analfabetismo na população brasileira também mostra que 9,9% dos analfabetos são negros. Como se não bastasse, a violência prevalece também contra essas pessoas. O Atlas da Violência mostrou que a violência letal contra negros foi 2,5 vezes maior do que contra brancos. Somente no Estado do Paraná a morte de não negros superou a de negros, com 30,6 por 100 mil habitantes, contra 19 por 100 mil habitantes - respectivamente. Para o próximo ano, os representantes políticos negros serão apenas 4% do total, e embora pareça um número baixo - ainda é - representa um aumento de 25% em relação à eleição de 2014. São 1.626 pessoas que ocuparão os cargos de deputados distritais, estaduais, federais e as cadeiras do Senado. Entre eles, destaca-se o deputado federal e subtenente do Exército Hélio Bolsonaro, o deputado mais bem votado no Rio de Janeiro, com 345.234 votos. Hélio Bolsonaro é ‘amigo de longa data’ do presidente eleito Jair Bolsonaro, e diz que nunca presenciou atitudes racistas do futuro presidente. Ele foi atacado nas redes sociais, sendo chamado inclusive de ‘escravo da casa grande’, pelo cantor Marcelo D2, que foi inclusive denunciado por internautas ao Ministério Público. Os dados sobre a discriminação racial existente no Brasil, praticada seja por meio da inclusão do negro no círculo social ou pelas oportunidades dadas a ele, vão além de bandeiras de esquerda ou direita, conservadores ou liberais. É uma questão de humanidade, de garantias de direitos. Não podemos ver o sofrimento que milhares de pessoas passam como vitimismo, fechando os olhos a elas. Precisamos ter consciência e lutar juntos por uma sociedade mais empática e disposta a manter a vida digna a todos os habitantes deste país, independente da sua cor.
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Patricia Schmidt é eleita presidente da OAB Campo Largo
ALÇA DE MIRA É Natal
O comércio já começa a ganhar cores. A cidade, luzes. O clima natalino aos poucos vai tomando conta da cidade, movimentando o varejo e gerando novas oportunidades de trabalho.
Espetáculo
A Cocel, Acicla e Prefeitura Municipal já fazem os últimos preparativos para a segunda edição do Espetáculo Energia do Natal. No ano passado, cerca de 20 mil pessoas lotaram a Praça da Igreja Matriz.
Espetáculo II Presidente Patricia Schmidt, vice-presidente Ricardo Sthuart Saldanha de Araujo, secretário geral Wilson Antonio Xavier Kuster Junior, secretário geral adjunto Marlon Cordeiro, tesoureiro Regiane Denise Borges
Danielli Artigas de Oliveira
P
ela primeira vez Campo Largo terá como presidente da OAB uma mulher, eleita pela grande maioria dos votos. A advogada Patricia Schmidt, da Chapa XI de Agosto - A mudança continua, foi eleita com 231 votos, contra 107 da chapa De volta ao rumo, que teria como presidente Osmar Zotto. Patricia, que é atual vice-presidente da Subseção Presidente Patricia Schmidt Campo Largo, ao lado do então presidente Ivo Cezário Gobbato de Carvalho, diz que apesar de já participar da atual diretoria, a proposta é de renovação, pois sua chapa é composta por diversos advogados que atuam em diferentes áreas e nunca participaram da OAB. O objetivo é trazer novas ideias e dar continuidade ao trabalho já realizado. “Vamos atuar em prol da advocacia, continuar o trabalho do Ivo que foi muito diferente, foi fenomenal. Realizamos muitos eventos, firmamos convênio da advocacia dativa em Campo Largo, inauguramos o espaço de convivência, a sala do Fórum, tivemos maior representação. Queremos renovar, inovar e trazer melhorias em todos os segmentos”, declara Patricia. Ela ainda detalha que quer constituir mais comissões junto à OAB, em áreas específicas, para que novos advogados possam atuar na gestão, que será mais participativa. Também tem como projeto criar espaço do advogado na sala da Justiça do Trabalho e quer atuação direta junto a juízes e promotores para defender as prerrogativas dos advogados. Diretoria: Presidente Patricia Schmidt, vice-presidente Ricardo Sthuart Saldanha de Araujo, secretário geral Wilson Antonio Xavier Kuster Junior, secretário geral adjunto Marlon Cordeiro, tesoureiro Regiane Denise Borges. Conselheiros titulares: Cassiane Costa, Edenise de Jesus Bertogy Lucietti, Elias Augusto Reinaldin, Fábio Roberto Portella, Katia Lanusa Wiezzer, Leo Aparecido de Souza Neris, Reginaldo Ribas, Tiago Alexandre Vidal Tatara. Conselheiros suplentes: Alair Aparecida Padilha Schiavon, Cezar Verbicaro Moreira Pais, Débora Cândido Venceslau Lamback, Fabiana Kolling, Gisele Souza da Gama de Albuquerque, Heitor Otávio de Jesus Lopes, Jaime Caldart, Murilo Jaskievicz, Rodrigo da Rocha Stremel Torres, Rômulo Rodrigo Leucz.
Este ano os shows acontecem na Praça do Colégio Sagrada Família com projeções em 3D, bailarinos, acrobatas, músicos e a tradicional queima de fogos. O objetivo dos organizadores é tornar o espetáculo um atrativo também para visitantes da RMC.
Quem perdeu...
Assessores e pessoas ligadas a figuras políticas derrotadas nas eleições passadas já contam as horas para deixar seus respectivos cargos. Num primeiro momento, tentam se agarrar àqueles que estiveram ao lado dos vencedores do pleito. Triste.
Quem ganhou...
Tenta se blindar dos oportunistas para formar suas equipes com pessoal mais técnico. O recado das urnas foi claro: o eleitor não tem mais paciência com amadores ou os habituais politiqueiros.
Voo solitário
O vereador Giovani Marcon (PSC) já começa a articular a composição de um grupo político “independente”. É o que asseguram pessoas de confiança do parlamentar. Objetivo seria concorrer a Prefeitura em 2020.
Dinheiro em caixa
Com a liberação do empréstimo de R$ 20 milhões junto à Caixa Econômica, Marcelo Puppi terá novo fôlego para trabalhar nos próximos dois anos que encerram (em tese) seu mandato.
E agora?
O que sobrou da esquerda em Campo Largo tenta se reagrupar através de um grupo de WhatsApp. Lá, fazem planos para as próximas eleições municipais pensando em lançar até mesmo candidato a prefeito. Torcem para que um eventual insucesso de Bolsonaro possa ressuscitar a velha força ‘vermelha”.
Pra pensar na cama...
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