Folha de Campo Largo

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04 Campo Largo, 06 de Setembro de 2018

Campo Largo com resultados cada vez melhores na educação Danielli Artigas de Oliveira

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ampo Largo tem crescido na qualidade em educação, segundo dados de 2017 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb, divulgados nesta segunda-feira (03). A média do Município foi 6,2, referente às avaliações feitas nos 4ºs e 5ºs anos das escolas municipais e tem aumentado a cada prova realizada, superando a média nacional, que é de 5,8. Em 2005 a nota do município foi 4,5, em 2007 4,8, dois anos depois foi 5,2, na avaliação seguinte foi 5,4, em 2013 foi 5,6, dois anos mais tarde foi 5,9 e na nota de 2017 divulgada neste mês foi 6,2.

Além do excelente resultado da Escola Municipal Reino da Loucinha que tirou nota 7,5, também ficaram bem pontuadas, com nota acima da média 6, outras 18 escolas. Nota 6,9 para a Escola Municipal Anchieta, 6,8 para a Escola Edgard Marochi, 6,7 para a Sete de Setembro, a Escola Carlos Drummond de Andrade e a Diva Ferreira Reinke ficaram com 6,5, O Ateneu ficou com 6,9, Rosália Remonato com 6,6, a Luiz Julio e a 15 de Outubro com 6,4, nota 6,3 para a Escola Caetano Munhoz da Rocha e para a Escola Solidariedade; a Policarpo Miranda, Hans Ernst Schmidt e Lenovi Torres ficaram com 6,2; Madalena Portela e Escola Almede Galdino com 6,1 e Escola Luiza G. Monteiro e Escola João Santana com nota 6,0.

Escola de São Luiz do Purunã recebe nota 7,2 no Ideb

Diretora, professoras, funcionárias e alguns alunos

Danielli Artigas de Oliveira

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alsa Nova teve nota 6,0 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb, referente a 2017. A maior nota no município nos anos iniciais de ensino foi da Escola Herculano Schimaleski, em São Luiz do Purunã, com 7,2. Eroni Garrett, diretora da instituição, detalhou que a escola vem crescendo em qualidade de ensino. Acreditam que o resultado é fruto do trabalho em equipe e também o trabalho voltado ao erro da criança. “Quando um aluno tem dificuldade, os professores param, observam, fazem análise e retornam com auxílio para eles. Fazem apontamentos aonde está com dificuldade”, conta, afirmando que as crianças têm aceitado bem esta metodologia. “O sonho do gestor da escola é ter uma escola inovadora, crítica, prazerosa e de qualidade, no qual a metodologia de ensino seja referencial, promovendo assimilação do conhecimento, sistematização intencional, uma escola diferente”, declara a diretora. A nota é ainda mais comemorada pela escola por se tratar de alunos com classe média-baixa, considerando que muitos pais são mais simples, trabalhadores de chácaras na região. “A escola prioriza a qualidade de ensino e percebe-

Escola Herculano Schimaleski, em São Luiz do Purunã

mos resultados também devido a parceiros qe auxiliam com projetos, como o Construindo Valores, e do Instituto Purunã, com aulas de circo e contação de histórias. Também projetos que as professoras desenvolvem em sala de acordo com o conteúdo trabalho durante o bimestre”, relata. A escola conta com 196 alunos de Educação Infantil ao 5º ano. Apresentavam notas acima de 6 no Ideb, mas neste ano se superaram. “Estamos muito realizados. Uma nota dessa num país que não valoriza a educação. Querem um índice de qualidade, mas não se tem investimento para que isso aconteça”, afirma. A diretora explicou que a prova do Ideb é realizada por um professor contratado de outra cidade, que chega com as provas lacradas e após serem realizadas pelos alunos é lacrada novamente. Uma professora responde um questionário e as provas foram aplicadas em duas salas de 5º ano, aproximadamente 40 alunos que participaram. Uma prova difícil, a qual a equipe não tem acesso. Notas A Escola Rosalina teve nota 6,4; a Itambé 6,2; a Joaquim de Andrade 6,1; a Boleslau Liana 6,0 e a João Andreassa ficou com 5,3.

Geral

Nenhum estado atinge a meta do Ideb 2017 no Ensino Médio MEC

No ensino médio, nenhum estado atingiu a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017. Além disso, cinco estados brasileiros apresentaram redução no valor do índice. Após três edições consecutivas sem alteração, o Ideb do ensino médio avançou apenas 0,1 ponto em 2017. Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada. De 3,7 em 2015, atingiu 3,8 em 2017. A meta estabelecida para 2017 é de 4,7. O registro positivo vai para o Espírito Santo, estado com o melhor desempenho no país. "Temos um quadro de crescimento nos anos iniciais, especialmente das redes municipais. Tivemos avanços do sexto ao nono ano, mas ainda insuficientes, e uma estagnação do ensino médio, que cada vez mais se distancia da meta. Há uma necessidade muito grande de fazermos logo mudanças estruturantes", disse o ministro da Educação, Rossieli Soares, destacando a Reforma do Ensino Médio, aprovada no ano passado. “É necessário avançar nessa reforma para trazer este novo ensino médio para o Brasil”, acrescentou. Anos iniciais O país segue melhorando seu desempenho nos anos iniciais do ensino fundamental, alcançando, em 2017, um índice igual a 5,8. A meta proposta foi superada em 0,3 ponto. Apenas os estados do Amapá, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul não alcançaram suas metas. O Ceará se destacou, superando a meta proposta para 2017, em 1,4 ponto. Oito estados alcançaram um Ideb maior ou igual a 6,0: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Os estados do Ceará, Alagoas e Piauí apresentaram os maiores crescimentos no período. Ainda é possível observar que os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais detêm os maiores Idebs do país nos anos iniciais do ensino fundamental. Apenas os estados do Rio de Janeiro, Amapá e Rio Grande do Sul não alcançaram a meta proposta nesta edição, mas também é possível observar que o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul têm desempenho no Ideb superior à média nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Ceará têm as maiores taxas de aprovação. No outro extremo estão Pará, Sergipe e Bahia. Anos finais – Os resultados do Ideb mostram que, apesar de o país ter melhorado seu desempenho nos anos finais do ensino fundamental, alcançando, em 2017, um índice igual a 4,7, a meta proposta não foi atingida. Das 27 unidades da Federação, 23 aumentaram o Ideb, todavia apenas sete alcançaram a meta proposta para 2017: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. O registro negativo foi a queda do Ideb nos anos finais do ensino fundamental no estado de Minas Gerais. Os progressos mais expressivos foram alcançados por Amazonas, Ceará e Mato Grosso. No outro extremo, com pouca evolução no Ideb, Amapá, Roraima e Rio Grande do Sul. Cabe também destaque para os estados de Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Ceará com os melhores desempenhos nos anos finais do ensino fundamental. Ideb O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb, é uma iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para mensurar o desempenho do sistema educacional brasileiro a partir da combinação entre a proficiência obtida pelos estudantes em avaliações externas de larga escala (Saeb) e a taxa de aprovação, indicador que tem influência na eficiência do fluxo escolar. Ou seja, na progressão dos estudantes entre etapas/anos na educação básica. Essas duas dimensões, que refletem problemas estruturais da educação básica brasileira, precisam ser aprimoradas para que o país alcance níveis educacionais compatíveis com seu potencial de desenvolvimento e para garantia do direito educacional expresso em nossa constituição federal.


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