Opinião
02 Campo Largo, 1º de Junho de 2018
VISÃO DA FOLHA
Liberdade “velada” de imprensa em meio à Democracia Quem dera fosse algo distante, mas ainda nós, na posição de jornalistas, somos perseguidos. Nós que juramos ‘exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação, atuando dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação...’ ainda somos perseguidos pelo simples fato de noticiar o que acontece dentro da cidade, do estado e do país. Isso não está ligado às ditaduras militares – a qual fomos acusados de propagar -, mas sim à ditadura da internet, que ao que parece podem dizer e publicar o que quiserem, mas ao ler o que não concorda, ridiculariza e expõe. A ditadura da internet ainda é pior, pois são pessoas com total acesso à informação e não o fazem, preferem ver um lado da informação e opinarem sem nenhum filtro ou avaliação mais criteriosa. Até mesmo se contradizem quando informam que a imprensa é parcial, mas quando o veículo procura divulgar tudo o que acontece, sem distinção, também é apedrejado. Olham apenas o fato em si e não o contexto. Noticiar um fato não faz do jornal um apoiador daquela vertente de pensamentos. Analise: há uma passeata, serão bloqueadas ruas ou haverá pessoas transitando pelas vias, motoristas com pressa querendo chegar em casa e que precisam desviar. Tudo é feito de modo a levar informação às pessoas. É preciso respeitar o profissional jornalista, que passa horas debruçado nos conteúdos, pesquisando, telefonando, indo aos locais para trazer ‘o filé mignon’ da informação ao leitor. Já tentou escrever um texto isento? Sem nenhuma opinião embutida? Não é nada fácil, pois temos todos que nos despir das nossas convicções, crenças e opiniões para fazê-lo e ainda assim pipocam pessoas dizendo ‘jornalismo mentiroso’, ‘jornalismo tendencioso’, ‘jornal vendido’, ou pior, ‘o jornalismo morreu’. Jornalismo com opinião tem hora e lugar, os leitores precisam reconhecer essas ocasiões. Se o Jornalismo tivesse realmente morto, hoje a população estaria desorientada, sem saber onde há gasolina, gás, comida, o que está sendo discutido, o que está acontecendo há poucas quadras da sua própria casa. Não dá para confiar em grupos do Whatsapp, áudios recebidos. Se vê tanta mentira sendo espalhada que muitos já nem olham mais tantos e tantos compartilhamentos. Hoje em dia se tem pouco tempo e neste precioso tempo queremos ter qualidade. Por isso acreditamos que o jornalismo nunca acabará. O jornalismo bem feito, sério, em que o objetivo é levar informações com credibilidade. Nem sempre acreditam nisso, nem sempre agrada a todos, mas sabemos que fazemos nossa parte de forma séria e não conforme a maré. Quem conta um conto, aumenta um ponto. No jornalismo, a gente conta e ponto. Final.
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Disseminar notícias falsas pode confundir a população e atrapalhar a imprensa Caroline Paulart
N
ão é de hoje que as notícias falsas – ou as fake news – são compartilhadas sem o menor pudor por vários usuários das redes sociais e aplicativos de conversa. Entretanto, é importante saber que todos são responsáveis por aquilo que é compartilhado e que pode trazer graves consequências. O fato é que uma série de notícias falsas envolvendo a greve dos caminhoneiros e o tema da intervenção militar circularam pelos celulares de muitos campo-larguenses nos últimos dias. O Blog.org divulgou inclusive uma lista com várias notícias falsas disparadas no período, que incluem títulos – que poderiam ser considerados absurdos – tais como “Sérgio Moro manda carta ao povo brasileiro sobre ‘fazer a revolução’”, “Se o governo não resolver greve dos caminhoneiros, haverá intervenção militar”, “Governo irá cortar a internet e bloquear Whatsapp por causa da greve”, entre outros. Todos os profissionais da imprensa são guiados por condutas éticas, assegurados na liberdade de imprensa, sigilo da fonte, e principalmente possuem a verdade como sua base de sustentação. O Código de Ética da profissão, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) aborda isso. Em seu artigo 2º, inciso I, o Código traz que “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica - se pública, estatal ou privada - e da linha política de seus proprietários e/ou diretores”, o que obriga o profissional a ter plena certeza daquilo que está sendo divulgado. Além disso o artigo 8º é claro ao definir que “o jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração será de seu autor”.
Um projeto de lei, ainda em trâmite na Câmara dos Deputados, prevê pena de detenção ou reclusão de até três anos contra quem veicular notícias falsas envolvendo assuntos relacionados à saúde, segurança pública, economia nacional, processo eleitoral. De autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o projeto estabelece a pena de seis meses a dois anos de detenção no caso da simples divulgação das chamadas “fake news”. Caso essa divulgação seja feita por meio da internet, a pena passa a ser de reclusão de um a três anos. Se a prática visar a obtenção de algum tipo de vantagem, a pena poderá ser aumentada em até dois terços, conforme explica o site do Senado. A Agência Pública realizou uma coletânea de 20 projetos que também pretendem atender a essa pauta.
Foi realizada no dia 28, na Câmara de Vereadores de Campo Largo, a 5ª audiência pública de revisão do Plano Diretor para tratar do território urbano e suas perspectivas de desenvolvimento para os próximos dez anos, mediada e explanada pela Analista Ambiental, Msc., da Prefeitura de Campo Largo, Mirela Jacomasso Medeiros. Representantes do poder público, privado, empresários do município, Acicla, OAB e Conselhos Municipais (Conduma, Conseg, dos Agricultores, Comude) estiveram presentes e atentos às alterações necessárias nesta última revisão do Plano. Depois de dois anos de discussão do Plano Diretor Municipal,
Greve
A paralisação dos caminhoneiros colocou os campo- larguenses novamente na ruas em protestos contra os desmandos na política. Democracia se constrói com a participação ativa do povo!
Greve II
Porém, aproveitadores se infiltraram em alguns movimentos para causar transtornos ao cidadão de bem. Tumultos em postos, ameaças de fechar a força o comércio. Manifestar sim, mas sem que isso cause prejuízos ao próximo.
Autocensura ou consciência? Muitos críticos acreditam que essa medida de criminalizar as fake news podem gerar uma “autocensura” nos brasileiros, que poderão ficar com medo de compartilhar conteúdos, pois se sentirão criminalizados pelo ato. Outros, entretanto, acreditam que essa medida irá criar maior consciência na população na hora de divulgar as notícias.
Greve III
Como identificar uma notícia verdadeira? O primeiro passo é olhar a data e o local de veiculação da notícia. Apesar do grande número de blogs independentes de qualidade, há sites que acabam divulgando informações de caráter duvidoso. Suspeite de títulos e matérias com muitos adjetivos, pois em geral, o título e o texto jornalístico tende a ser limpo, claro e objetivo. Há blogs especializados em desmentir notícias falsas, que podem ser consultados quando a dúvida persiste. Na dúvida se algo é verídico ou não, é melhor não compartilhar.
Plano Diretor
Realizada 5ª audiência pública do Plano Diretor Municipal Assessoria PMCL
ALÇA DE MIRA
esta audiência fez o fechamento dos trabalhos de revisão, trazendo novas diretrizes de desenvolvimento urbano e da organização do território municipal, firmando um consenso entre o poder público e a sociedade civil organizada; e, quem ganha com um bom planejamento, é o município de Campo Largo e seus munícipes, na integral efetividade dos serviços públicos prestados, almejando maior e melhor qualidade de vida aos cidadãos. Após a audiência, o documento foi finalizado pela equipe técnica municipal e as Minutas de Lei passarão por análise da Procuradoria Jurídica Municipal, para encaminhamentos à Casa Legislativa nos próximos dias.
As figuras políticas locais passaram longe dos protestos organizados pela população e pelos caminhoneiros. Sentiram que ao contrário das manifestações de março de 2015, dessa vez político seria “persona non grata”. A mobilização da classe empresarial funcionou e, durante a Audiência de Revisão do Plano Diretor, conseguiram alterar diversos pontos controversos da nova Lei. A união ainda faz a força.
Prejuízo
O varejo já contabiliza os estragos decorrentes da paralisação dos caminhoneiros: pouco movimento no comércio que resultará em queda no faturamento.
Prejuízo II
Uma transportadora, com sede também em Campo Largo, amargou prejuízos superiores a R$ 2 milhões com a greve. Na empresa, funcionários temem demissões. O lado B da paralisação que aos poucos se mostra amargo.
Pra pensar na cama
Não por apenas 46 centavos no preço do diesel. É por anos de assaltos ao contribuinte!