Profundamente sua sylvia day

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“Não chore... Não aguento isso. Diga do que você precisa, meu anjo. O que eu posso fazer?” “Tire a sujeira de mim”, sussurrei, inclinando-me na sua direção, entregando-me à sua possessividade reconfortante. Meus dedos se enlaçaram com os dele na altura da minha barriga. “Eu quero ficar limpa.” “Você já está limpa.” Respirei bem fundo, sacudindo a cabeça em negação. “Escute o que vou dizer, Eva. Ninguém nunca mais vai encostar em você”, ele disse, convicto. “Ninguém nunca mais vai encostar em você. Nunca mais.” Apertei os dedos dele entre os meus. “Nem por cima do meu cadáver, Eva. Isso não vai acontecer.” A dor que eu sentia no peito me impedia de falar. A ideia de Gideon encarando meu pesadelo... vendo o homem que havia feito aquilo comigo... O nó no estômago que eu havia sentido o dia todo se apertou ainda mais. Gideon pegou o xampu e eu fechei os olhos, procurando não pensar em mais nada além do homem cuja única preocupação naquele momento era eu. Esperei, sem fôlego, pelo toque de seus dedos mágicos. Quando os senti, tive que procurar o apoio da parede para não cair. Com ambas as mãos espalmadas contra os azulejos frios, saboreei a sensação de seus dedos massageando meu couro cabeludo e soltei um gemido. “Está gostoso?”, ele perguntou num tom de voz baixo e meio rouco. “Como sempre.” Entreguei-me ao prazer de senti-lo lavar meus cabelos e depois passar condicionador neles, estremecendo de leve enquanto Gideon passava o pente nas pontas encharcadas. Fiquei decepcionada quando terminou, e devo ter soltado algum ruído de protesto, porque ele se inclinou para a frente e avisou: “Calma, só estou começando”. Senti o cheiro do sabonete líquido, e então...


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