As Coincidências de Callie & Kayden – Coincidências – Vol 01 – Jessica Sorensen

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Ele ri e linhas formam ao redor de sua boca. — Eu nunca disse que todos colocavam palavras de sabedoria, mas apenas ouvi dizer que é o suposto a fazer. Eu caminho em direção a colina rochosa para colocar um pouco de distância entre nós. — Parece uma boa ideia. Marcar o fim com o que quiser. — Não é? — Ele pula sobre uma rocha maciça, suas longas pernas se estendem enquanto ele cai em cima dela, e depois salta para o outro lado. Ele está ofegante, sorrindo, e orgulhoso de si mesmo. — É uma espécie da coisa toda da fogueira em Afton, onde nós escrevemos nossos pensamentos em um pedaço de papel e depois os queimamos. — Eu nunca fui para isso, — eu admito, cerrando os punhos. Se eu tivesse, teria sido torturada por pessoas sussurrando que eu era um adoradora do diabo que nunca comia nada. Porque o meu cabelo cortado, delineador preto excessivo e comportamento anti-social só poderia ter sido obra do diabo. — Oh. — Ele me examina por um tempo, eu finjo não notar. — Callie, eu gostaria de conhecê-la. Quero dizer, você salvou a minha vida e eu não sei nada sobre você. Eu arranco uma folha de um arbusto e rasgo-a no meio irritada. — Não há muito para saber, realmente. Eu sou meio que uma pessoa chata. — Eu duvido que isso seja verdade. — Ele chuta uma pedra sobre do penhasco. — Que tal eu te dizer uma coisa sobre mim e, em seguida, você pode me dizer algo sobre você? — Que tipo de coisas? — O que você quiser. Nós paramos quando chegamos ao final do caminho. Chegamos a uma área delimitada por montes rochedos e há um enorme penhasco pavimentado por bordas que se parecem com escadas. É íngreme, mas escalável. — Como é que vamos chegar lá? — Eu deixo cair a folha no chão e inclino a cabeça para olhar para o topo. Esfregando as mãos, ele agarra a rocha e pressiona seu sapato no chão. — Nós vamos subir. — Com um salto do seu joelho, ele salta para cima, como se estivesse subindo uma parede de pedra. Depois que ele está na metade do caminho, ele olha por cima do ombro para mim. — Você vem? Eu olho para trás de mim, o caminho descendo a colina, e, em seguida, volto para o precipício. Dê uma chance pelo amor de Deus. Mesmo que eu tenha medo de altura, aperto a borda grossa, salto para os dedos dos pés, e inclino-me para cima. Posicionando cada um dos meus pés em uma borda, eu manobro o meu caminho até a próxima, ficando tonta enquanto subo. Quando olho para baixo, eu congelo com medo de cair contra as rochas abaixo. O vento se esgueira pelo meu cabelo e mechas escorregam do elástico. — Você consegue fazer isso? — Ele coloca as mãos nos quadris como se fosse o rei do mundo, o que seria um trabalho extraordinário, se ele existisse. Eu poderia usar uma coroa e todos teriam que me ouvir. Se eu dissesse para ficarem longe, em seguida, eles ficariam.


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