Alternativas de desenvolvimento, participação e aprendizagem social
TURISMO SUSTENTÁVEL E OS MONITORES AMBIENTAIS DE PARANAPIACABA Israel Mário Lopes Rodrigo Antonio Braga Moraes Victor
Segundo Silveira (2001), o turismo sustentável deve ter como objetivo a sustentabilidade ecológica, a equidade social e a eficiência econômica. Para se considerar o turismo como sustentável deve-se atender às necessidades dos turistas e da população local sem colocar em risco a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias necessidades. Os contextos histórico e ambiental da Vila de Paranapiacaba, associados à sua inserção metropolitana, lhes conferem características singulares para a prática das distintas modalidades de turismo sustentável, vocacionadas para proporcionar experiências diferenciadas no que concerne ao contato com a natureza, ao patrimônio histórico e à cultura da população local. Essas características se devem, em grande medida, ao fato de a vila estar integralmente inserida num grande contínuo estadual de Mata Atlântica (Figura 1), composto por unidades de conservação como o Parque Estadual Serra do Mar, de 1977, o maior do Brasil nesse bioma com seus 332 mil hectares, que tem às margens de Paranapiacaba o seu Núcleo Itutinga-Pilões, com 43,8 mil ha, contíguo à Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba, com 336 ha, ao Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, com 426 ha e à Reserva Particular do Patrimônio Natural Nascentes do rio Mogi. Nas Unidades de Conservação do estado e do município é necessário o acompanhamento de monitor ambiental credenciado, assim contribuindo com o turismo sustentável. Em 2002, a Prefeitura de Santo André adquiriu da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. a Parte Baixa da Vila Histórica de Paranapiacaba e uma grande gleba de floresta em sua maior parte nos estágios médios e avançado de regeneração (SIMONE e LOPES, 2017).
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