Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial parte 2

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Plantas para o Futuro - Região Sul

Wilbrandia ebracteata Taiuiá

Mareni R. Farias1, Andressa C. Gazola2, Patrícia B. Krepsky3

Família: Cucurbitaceae Espécie: Wilbrandia ebracteata Cogn. Sinonímia: Wilbrandia longisepala Cogn. var. angustiloba Cogn. Nomes populares: Taiuiá Características botânicas: As espécies do gênero Wilbrandia são trepadeiras perenes com caules anuais, geralmente ramificados desde a base, os quais alcançam vários metros de comprimento (Crovetto, 1960). A espécie W. ebracteata possui raízes mais ou menos ramificadas e lenhosas que nascem na parte inferior de um tubérculo lenhoso cilíndrico e longo, chegando a medir 50cm de comprimento. As flores são amareladas ou amarelo-esverdeadas, podem ser femininas ou masculinas; as primeiras apresentam sépalas linear-lanceoladas, mais curtas ou apenas mais largas que os segmentos da corola; as masculinas apresentam diferentes formas, podendo ser encontradas flores parcialmente bracteadas (var. bracteata) ou sem brácteas. As folhas são pecioladas, alternas, 5-lobadas e raramente com mais lobos, membranosas, mas ásperas, os lobos podem se apresentar divididos (Crovetto, 1960; Di Stasi & Hiruma-Lima, 2002) (Figura 1). Distribuição geográfica: O gênero Wilbrandia é composto por espécies tropicais e subtropicais, próprias da América do Sul, cuja área de dispersão estende-se do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo. Muito provavelmente, o centro de origem desse grupo compreende os estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. A espécie W. ebracteata habita a parte austral do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), leste do Paraguai e nordeste da Argentina (região das Missões) (Crovetto, 1960). Hábitat: Geralmente as espécies do gênero Wilbrandia habitam regiões de Mata Atlântica. Muitas vezes são encontradas em área de formação secundária, clareiras, bordas de estradas e capoeiras abandonadas, raramente ocorrem no interior de florestas densas (Crovetto, 1960; Di Stasi & Hiruma-Lima, 2002). Uso econômico atual ou potencial: Não foram encontrados fitoterápicos registrados elaborados a partir de extratos de W. ebracteata, no entanto, a espécie é empregada tradicionalmente na forma de preparações caseiras, especialmente como decocto. Na região da Mata Atlântica, a decocção das raízes e das folhas é usada contra úlceras e gastrites (Di Stasi et al., 2002), assim como no controle Doutora, Professora do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: marenif@cnpq.br. 2 Mestre, professora do Centro Universitário Barriga Verde e aluna de pós-graduação em farmacologia nível doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: andressagazola@gmail.com 3 Mestre, Professora do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia. E-mail: patriciakrepsky@ufba.br 1

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