Revista Estilo Saúde

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Corra do

sedentarismo

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uem hoje olha para o teólogo Marcelo Cardoso, de 44 anos, dificilmente consegue imaginar que o homem alto, esbelto e que pratica exercícios físicos regularmente já deu trabalho para o próprio corpo. Como? Obrigando-o a deslocar, diariamente, até 110 kg. Esse foi o peso máximo que ele atingiu em 2008, quando era totalmente sedentário. Se a situação dele ainda continuasse assim, estaria incluso em dois resultados de uma recente pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde que constatou que 48,5% da população brasileira está acima do peso e 15,8% é considerada obesa. Os dados, referentes a 2011, inflaram se comparados aos de 2006, que trouxeram 42,7% e 11,4%, respectivamente. Mas agora o seu caso é outro. Depois de enfrentar um estresse profundo como consequência de seu ritmo de trabalho,

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má alimentação e poucas horas de sono, a situação o levou a passar duas semanas no Centro Médico de Vida Saudável (Cevisa), no interior de São Paulo. Lá reeducou sua alimentação, aprendeu a importância de se exercitar e de utilizar os “oito remédios da natureza”. “Comecei a praticar exercícios físicos regularmente, coisa que não fazia e odiava. Achava isso uma perda de tempo”, relembra. De lá para cá, Cardoso passou a fazer caminhadas de 3 km, até que passou a alterná-las com corridas. Quando começou a correr pra valer, foi dos 5 km aos 10, depois aos 15 e já chegou a atingir a marca dos 21 km.

Mudança necessária Embora muitos vejam a prática dos exercícios físicos apenas como um hobby ou atividade para ser realizada durante os momentos livres, tal visão

deveria ser, no mínimo, reconsiderada, levando em conta os números apresentados pelos resultados da pesquisa mencionada no início da reportagem. Mas o quadro pode ser ainda mais preocupante. Um estudo produzido em coautoria entre o American College of Sports Medicine e a Nike alerta que o sedentarismo ameaça reduzir a expectativa de vida em até cinco anos, em 2030, se o mesmo ritmo de hoje for mantido. Os dados, coletados no Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e Índia apontam que, caso o sedentarismo continue crescente nesses territórios, é possível que nos próximos anos sejam vistas gerações de indivíduos que viverão menos que seus pais. Para evitar fazer parte dessa estatística, é preciso criar um hábito que nem sempre é fácil: autodisciplina. Praticar natação, hidroginástica ou até mesmo musculação


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