Metodologia e orientacao de projetos versao cepss

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Metodologia e Orientação de Projetos Autora: Daniella da Silva Porto Cavalcanti Co-autora: Yara Fonseca O. e Silva

Secretariado



Metodologia e Orientação de Projetos Daniella da Silva Porto Cavalcanti Yara Fonseca O. e Silva

Cuiabá - MT 2012


Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica

© Este caderno foi elaborado em parceria entre o Centro de Educação Profissional Sebastião de Siqueira – CEPSS/GO, o Ministério da Educação e a Universidade Federal de Mato Grosso para a Rede e-Tec Brasil. Equipe de Elaboração Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT Coordenação Institucional Carlos Rinaldi

Centro de Educação Profissional Sebastião de Siqueira – CEPSS/GO Coordenadora Geral Carmem Sandra Ribeiro do Carmo

Equipe de Elaboração Coordenação de Produção de Material Didático Impresso Pedro Roberto Piloni Designer Educacional Marta Magnusson Solyszko Designer Master Daniela Mendes Ilustração e Digramação Mauricio José Mota

Supervisão de Ensino a Distância Uélica Alves Braga Coordenação do Curso de Secretariado Miriam Rosa Vieira Caldeira Coordenação do e-Tec Brasil em Goiás Carmem Sandra Ribeiro do Carmo José Teodoro Coelho Revisão Miriam Rosa Vieira Caldeira

Revisão de Língua Portuguesa Lívia de Sousa Lima Pulcherio Revisão Científica Izabel Solyszko Gomes

Projeto Gráfico Rede e-Tec Brasil/UFMT


Apresentação Rede e-Tec Brasil Prezado estudante, Bem-vindo à Rede e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Rede e-Tec Brasil, instituída pelo Decreto nº 7.589/2011, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. A Rede e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Abril de 2012 Nosso contato etecbrasil@mec.gov.br

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Indicação de Ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, filmes, músicas, sites, programas de TV. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever sobre pontos importantes e/ou questionamentos

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Palavra das professoras-autoras Prezado (a) estudante, Iniciamos a partir de agora uma nova disciplina e com ela novos conhecimentos e desafios! Teremos um total de 40 (quarenta) horas para dialogarmos sobre um tema muito importante para a carreira estudantil: Metodologia e Orientações de Projetos. Só teremos sucesso neste estudo se atuarmos em parceria. Você terá que dispensar parte do seu tempo para as leituras, atividades propostas e estudo contínuo. Esperamos que neste material você encontre ferramentas, conteúdos interessantes e uma linguagem clara e objetiva para alcançar o sucesso no seu processo de aprendizagem. Daniela Cavalcanti Yara Fonseca de O. e Silva

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Apresentação da Disciplina Caro (a) estudante A atividade científica tem atraído a atenção de muitas pessoas, particularmente no mundo de hoje. A exigência por aprimoramento na arte da redação científica é premente na atualidade. O que antes era um capricho, agora é necessidade. A enorme evolução nos sistemas de comunicação global mudou completamente o panorama da comunicação científica e com isso a qualidade do texto tem sido, por um lado, elemento fundamental para a compreensão dos leitores e para as demandas que normatizam e organizam o modo de apresentar os textos científicos e, por outro, por buscar conhecer a realidade, tão complexa e repleta de singularidades, que exige além de curiosidade e criatividade para explorá-la, rigor e critérios. Com isso, a disciplina “Metodologia e Orientação de Projetos” irá abordar as principais regras da produção científica, no sentido de propiciar a produção cientifica de acordo com as regras do método cientifico, trazendo elementos que contribuirão para leitura e para a construção de um trabalho científico, a partir do conhecimento das normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e das fases que compõem um projeto científico que é, em geral, o caminho utilizado para a produção de conhecimento. Partimos de um projeto que norteará nosso caminho para conhecer melhor a realidade e escrever sobre ela. Nessa nova fase no sentido de obter uma melhor compreensão sobre a natureza e objetivos da produção científica é preciso sua atenção, disponibilidade e estudo contínuo. Então vamos encarar este desafio juntos?

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Sumário

Aula 1 - Ler para estudar 15 Aula 2 - Ferramentas para uma boa leitura 21 Aula 3 - Regras gerais para formatação de trabalho 29 Aula 4 - Formatando um trabalho científico 35 Aula 5 - Fazendo citações e referências em trabalhos científicos 41

Aula 6 - O projeto de pesquisa I 49 Aula 7 - O projeto de pesquisa II 57 Aula 8 - O projeto de pesquisa III 63

Palavras Finais 69

Guia de Soluções 70

Referências 73 Curriculo das Professoras-autoras 75

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Aula 1 - Ler para estudar

Objetivos Identificar elementos para desenvolver uma boa leitura; Conhecer e utilizar as principais fases de leitura.

Olá estudante, Bem-vindo (a) a primeira aula. Vamos iniciar adentrando num tema que trata da leitura. Parece simples? Talvez você nunca tenha parado pra pensar que para estudar não basta só atenção, dedicação e disciplina. Todos esses elementos são relevantes, mas você vai perceber ao longo do conteúdo a importância das diversas fases da leitura. Vamos começar? Você sabia que a leitura constitui-se em fator decisivo de estudo? Ela propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas e específicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o enriquecimento de vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo das obras. É necessário ler muito, continuada e constantemente, pois a grande parte dos conhecimentos é construída por intermédio de leitura. Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes, optando pelos mais representativos e sugestivos, utilizá-los como fonte de novas ideias e do saber, através dos processos de busca, assimilação, retenção, crítica, comparação, verificação e integração do conhecimento. Observe agora alguns elementos auxiliares para uma boa leitura: De acordo com os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa (PCNs, 1998), a leitura é o processo pelo qual o leitor realiza um trabalho ativo

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de compreensão e interpretação do texto e implica em estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. proficiência De acordo com o dicionário da língua portuguesa Aurélio, a proficiência é o mesmo que competência, aptidão, capacidade. Ou seja, ter habilidade em determinada área.

Nesse sentido, para que a atividade de leitura seja produtora de sentidos é importante a interação do leitor com o texto, pois dessa forma o leitor poderá construir um sentido para o texto lido. A seguir, destacam-se alguns elementos auxiliares que integram o texto e sua apropriação contribuirá para uma boa leitura. a) Título: apresenta-se acompanhado ou não por subtítulo, estabelece o assunto e, às vezes, até a intenção do autor; b) Data da publicação: fornece elementos para certificar-se de sua atualização e aceitação (número de edições), exceção feita para textos clássicos, onde não é a atualidade que importa; c) Contracapa: permite verificar as credenciais ou qualificações do autor; é onde se encontra, geralmente, uma apreciação da obra, assim como indicações do público a que se destina; d) Sumário: apresenta tanto os tópicos abordados na obra quanto as divisões a que o assunto está sujeito; e) Introdução, prefácio ou nota do autor: propicia indícios sobre os objetivos do autor e, geralmente, da metodologia por ele empregada; f) Referências: tanto final como as citações de rodapé, permitem obter uma ideia das obras consultadas e suas características gerais. Caro(a) leitor(a), o objetivo maior ao proceder com a leitura de uma determinada obra consiste em [...] aprender, entender e reter o que está lendo.” (MAGRO, 1979,p.9). Por conseguinte, inquestionavelmente, a leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e, sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida. Neste particular, Salomon (2001, p. 54) enfatiza que “a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem [...]”. Além do incentivo e promoção de espaços permanentes de leitura é preciso criar o prazer de ler.

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Fique atento: Uma leitura deve ser proveitosa e trazer resultados satisfatórios; para tal, vejamos alguns aspectos fundamentais, como: a) Atenção: aplicação cuidadosa e profunda da mente em determinado objeto, buscando o entendimento, a assimilação e apreensão dos conteúdos básicos do texto; b) Intenção: interesse ou propósito de conseguir algum proveito intelectual por meio da leitura; c) Reflexão: consideração e ponderação sobre o que se lê, observando todos os ângulos, tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relações; desse modo, favorece-se a assimilação das ideias do autor, assim como o esclarecimento e o aperfeiçoamento delas, o que ajuda a aprofundar o conhecimento; d) Análise: divisão do tema em partes, determinação das relações existentes entre elas, seguidas do entendimento de toda sua organização; e) Síntese: reconstituição das partes decompostas pela análise, procedendose ao resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado tudo o que for secundário e acessório, sem perder a sequência lógica do pensamento. f) Espírito crítico: avaliação do texto. Implica julgamento, comparação, aprovação ou não, aceitação ou refutação das diferentes colocações e pontos de vista. Ler com espírito crítico significa fazê-lo com reflexão, não admitindo ideias sem analisar ou ponderar, proposições sem discutir, nem raciocínio sem examinar; consiste em emitir juízo de valor, percebendo no texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso; Que tal aprendermos um pouco mais sobre as fases da leitura? São elas de Acordo com Cervo e Bervian (1983): • De reconhecimento ou prévia: leitura rápida, cuja finalidade é procurar um assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas informações. Faz-se olhando o sumário e quando houver, o índice, verificando os títulos dos capítulos e suas subdivisões; • Exploratória ou pré-leitura: leitura de sondagem, tendo em vista localizar as informações, uma vez que já se tem conhecimento de sua existência. Parte-se do princípio de que um capítulo ou tópico trata de assunto que

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nos interessa, mas não trata do aspecto relacionado diretamente com o problema que nos preocupa. Examina-se a página de rosto, a introdução, o prefácio, as orelhas e a contracapa, a bibliografia e as notas de rodapé; • Seletiva: leitura que visa à seleção das informações mais importantes relacionadas com o problema em questão. A determinação prévia dos distintos propósitos específicos é importante para esta fase que se constitui no último passo de localização do material para exame e no primeiro de uma leitura mais séria e profunda. A seleção consiste na eliminação do supérfluo e concentração em informações verdadeiramente pertinentes ao nosso problema; • Explicativa: leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade enfocados pelo autor • Reflexiva: mais profunda do que as anteriores, refere-se ao reconhecimento e à avaliação das informações, das intenções e dos propósitos do autor. Procede-se à identificação das frases-chave para saber o que o autor afirma e por que o faz; • Crítica: avalia as informações do autor. Implica saber escolher e diferenciar as ideias principais das secundárias, hierarquizando-as pela ordem de importância. O propósito é obter, de um lado, uma visão global do texto e, de outro, descobrir as intenções do autor. No primeiro momento da fase de crítica deve-se entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análise e o julgamento das ideias dele devem ser feitos em função de seus próprios propósitos, e não dos do pesquisador; é no segundo momento que devemos, com base na compreensão do quê e do porquê de suas proposições, modificar ou manter nossos próprios argumentos e conclusões; • Interpretativa: relaciona as afirmações do autor com os problemas para os quais, através da leitura de textos, está-se buscando uma solução. Se, de um lado, o estudo aprofundado das ideias principais de uma obra é realizado em função dos propósitos que nortearam seu autor, de outro, o aproveitamento integral ou parcial de tais proposições está subordinado às metas de quem estuda ou pesquisa: trata-se de uma associação de ideias, transferência de situações e comparação de propósitos, mediante as quais é selecionado apenas o que é pertinente e útil, o que contribui para resolver os problemas propostos por quem efetua a leitura. Assim,

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é pertinente e útil tudo aquilo que tem a função de provar, corrigir ou negar, definir, delimitar e dividir conceitos, justificar ou desqualificar e auxiliar a interpretação de proposições, questões, métodos, técnicas, resultados ou conclusões; Agora você já consegue perceber que seguindo as orientações aqui descritas, fará uma leitura com grande segurança. Descobrirá que é capaz de manejar adequadamente as ferramentas do ofício intelectual, o que proporciona autoconfiança, alegria e satisfação. Aos poucos, perderá o medo, e os passos se engrenarão automaticamente, gerando um método pessoal de trabalho organizado. Você descobrirá que aos poucos estará adquirindo pleno domínio sobre os textos, conseguindo assimilá-los e compreendê-los. Então surgirá o prazer pela leitura e a vontade de sempre progredir na “arte do estudo”.

Resumo Hoje você teve sua primeira aula. Acreditamos ter percebido que, para se ter uma leitura proveitosa, com resultados satisfatórios, é preciso buscar alguns aspectos fundamentais da leitura, bem como, conhecer as principais fases que fazem parte dela. Desta forma seu estudo será eficaz, produzindo o conhecimento desejado. Nessa aula você pôde compreender que para estudar é fundamental aprender a ler bem. Mas, como ler? Nos primeiros anos escolares você aprendeu a decifrar, mas é claro que isso foi só o primeiro passo. Ainda faltavam outros para se transformar num leitor crítico e interpretativo. Para isso, antes de ler o “miolo” do livro você pode realizar os seis elementos auxiliares de uma boa leitura. Lembra-se de quais são? Mas, como a leitura é uma relação sua, de leitor com o livro, é preciso que você aperfeiçoe, ou melhor, treine as seis atitudes do bom leitor. Já memorizou essas atitudes? Finalmente, você ficou sabendo que existem várias fases de leitura. Foram listados sete deles. Você já é capaz de diferenciar os três primeiros dos outros quatro?

Aula 1 - Ler para estudar

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1. Entendemos que uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem se determinar de antemão seu objetivo ou propósito. É preciso entender parte do que se lê, bem como avaliar, discutir e aplicar o conhecimento emanado da análise e síntese do texto lido. Quais são os elementos que você considera fundamentais para uma boa jornada de estudo e leitura? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

Caro/a estudante Você venceu a primeira etapa desta disciplina estudando o conteúdo acima. Para finalizarmos com êxito essa primeira aula e termos uma fixação melhor daquilo que foi abordado, a sugestão é que você não deixe de realizar a atividade de aprendizagem proposta, pois é ela que possibilita a junção da teoria com a prática. Na próxima aula você irá conhecer algumas “ferramentas” que, bem usadas, vão ajudá-lo a fazer ótimas leituras. Então, venha preparado(a)!

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Aula 2 - Ferramentas para uma boa leitura

Objetivos Reconhecer as diferenças entre, fichamento, resumo, resenha e síntese; Aprender a elaborar fichamentos, resumos, resenhas e sínteses.

Olá, tudo bem? Estamos em mais uma aula do nosso curso, desejamos a você um excelente aprendizado. Agora é com você! Vamos aprender um pouco sobre “Fichamento”! Inicialmente, imagine-se em um supermercado, diante de uma prateleira com várias marcas e tipos de bombons. Como não pode colocar todos no seu carrinho de compras, escolherá alguns. A escolha, com certeza, será feita de acordo com as suas intenções: aqueles que você gosta mais, o gosto da pessoa com a qual dividirá alguns, quanto pode gastar... Agora, substitua a prateleira pelo livro; os bombons, pelas ideias; o carrinho de compras, pelas fichas. Fichar é retirar do livro as ideias mais relevantes, de acordo com as suas intenções, e registrá-las em uma ficha tal e qual estava no livro ou com as suas próprias palavras. A importância do fichamento para a assimilação e produção do conhecimento é dada pela necessidade que tanto o estudante como o professor ou o pesquisador têm de selecionar uma considerável quantidade de teorias. As informações mais significativas devem ser compreendidas e registradas, para utilização posterior em produções escritas, sejam elas de iniciação à redação científica, tais como os primeiros trabalhos escritos solicitados ao estudante;

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de textos para aulas, palestras ou conferências elaboradas pelo professor; ou, então, para a elaboração de trabalho de conclusão de curso, dissertação de mestrado ou do relatório de pesquisa do pesquisador. A principal utilidade da técnica de fichamento é organizar a leitura dos conteúdos das diversas disciplinas que integram determinado estudo, seja na pesquisa científica ou na aprendizagem.

Conforme Ferreira, Almeida e Faria (2008) os fichamentos têm os seguintes objetivos: a) Identificar as obras consultadas; b) Registrar o conteúdo das obras; c) Registrar as reflexões proporcionadas pelo material de leitura; d) Organizar as informações colhidas. Essa modalidade de trabalho possibilita a você, aluno/a, organizar os textos pesquisados e a selecionar os dados mais importantes desses textos. Funciona como método de aprendizagem e memorização dos conteúdos. É o exercício básico para a redação de trabalhos.

Ainda conforme o mesmo autor pode ser considerado duas modalidades de fichamento: a) Fichamento solicitado ao estudante como exercício acadêmico para desenvolver as habilidades exigidas ao estudo de determinado conteúdo de uma disciplina, consistindo no registro do resumo do texto indicado pelo professor. b) Fichamento que é feito pelo estudante, professor ou pesquisador, no contexto de uma pesquisa ou de uma revisão teórica, com o propósito de registrar sistematicamente e documentar as informações necessárias à elaboração de um determinado trabalho - uma resenha, um artigo, uma monografia, um seminário ou um relatório de pesquisa. Esse tipo de ficha destina-se ao registro sintético do conteúdo ou de parte do conteúdo das obras lidas.

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Segundo Ferreira, Almeida e Faria (2008) a elaboração de fichas exige os procedimentos a seguir: a) O corpo da ficha consistirá no resumo da obra devendo ser sucinto, seletivo e objetivo, respeitando a ordem das ideias apresentadas, numa linguagem clara, correta, coerente e concisa. b) O fichamento deve conter apenas o resumo das ideias do autor e nenhuma citação ou comentário pessoal do fichador, exceto se solicitado pelo professor. Pode também apresentar o resumo, que sintetiza o conteúdo, seguido das citações, ou seja, das transcrições mais significativas de trechos do conteúdo, sempre entre aspas e com indicação da respectiva página, o que torna a ficha mais completa. c) A organização das fichas deve ser feita de modo que permita identificação posterior da página da obra onde se localiza esse ou aquele conceito, ideia ou argumento, bem como a distinção das expressões ou palavras do autor da obra – isto é, as citações que deverão estar sempre entre aspas – das expressões ou palavras próprias do fichador. É importante salientar que a inclusão de citações no fichamento não significa que este se confunda com um mero exercício de “recorte e colagem” de trechos da obra. d) Após cada capítulo ou tópico do texto fichado sugere-se a inclusão de um breve comentário com as palavras do próprio fichador acerca dos trechos coletados e transcritos por ele e considerados de ideias relevantes.

A estrutura das fichas deve conter os seguintes elementos: • Referência: autor(es), título, edição, local, editora, data de publicação, número de páginas. A ficha terá a referência completa da obra (ou do texto) à qual a ficha se refere, elaborada de acordo com a NBR-6023\2002 da ABNT. • Corpo da ficha: o conteúdo propriamente dito que variará conforme o tipo fichamento que o estudante ou pesquisador pretenda fazer.

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Modelo de um fichamento:

Figura 2.1: Modelo de um fichamento Fonte: RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, Atlas, 1977, p.168.

Você provavelmente já fez vários resumos, mas vamos compreender mais sobre ele e sua estruturação? Resumo Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um determinado conteúdo. Isto significa reduzir a termos breves e precisos a parte essencial de um texto. Saber fazer um bom resumo é fundamental no percurso de um estudante, em especial por lhe permitir recuperar rapidamente ideias, conceitos e informações com as quais ele terá de lidar ao longo de seu curso. O resumo tem várias utilizações. Isso significa também que existem vários tipos de resumo. São encontrados resumos como parte de monografia, de artigo científico, em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. Por isso, antes de fazer um resumo deve-se saber a que ele se destina, para saber como deve ser feito.

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Conforme nos ensina Ferreira, Almeida e Faria (2008), um resumo deve ser: • Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devem-se deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários; • Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo, alinhavadas por expressões como: O autor pondera que...; Para o autor...; De acordo com o autor...; Segundo Martins...; e,

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• Coerente: as ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas, tornando o texto do resumo compreensível. Você sabe o que é uma Resenha? Para Ferreira, Almeida e Faria (2008), a resenha consiste na apresentação sucinta e apreciação crítica do conteúdo de uma obra inteira, ou seja, compreende o resumo e o comentário de uma obra científica ou literária. Ela deve levar ao leitor informações objetivas sobre o assunto de que trata a obra, destacando a contribuição do autor, a abordagem nova do tema ou problema, os novos conhecimentos e as novas teorias. É, em geral, feita por estudantes que, além do conhecimento especializado do tema, têm condições de emitir um juízo crítico. Quando realizada como um trabalho escolar tem o propósito de exercitar a capacidade de compreensão e de crítica do estudante. Esse tipo de trabalho tornou-se um importante recurso para os pesquisadores e, de um modo geral, para as pessoas cuja atividade profissional ou de estudo requer informações sobre a produção científica, artística ou cultural em seu campo de interesse, em decorrência, principalmente, da rápida difusão de conhecimentos característica da sociedade atual.

Como já sabemos no que consiste uma resenha, vamos conhecer seus principais itens: • Resumo das ideias principais de uma obra; • Apreciação crítica das informações apresentadas e da forma como foram expostas. • Justificativa da apreciação realizada. Passo a passo: A resenha deve abranger um conjunto determinado de informações, de modo a cumprir sua finalidade. O roteiro a seguir baseia-se no modelo apresentado por Lakatos e Marconi (1991, p. 245-246): • Referência: autores, título, edição, local, editora, data de publicação, número de páginas e preço. • Credenciais do autor: informações gerais sobre o autor e sua qualificação

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acadêmica, profissional ou especializada, títulos, cargos exercidos, obras publicadas. • Resumo da obra: resumo das ideias principais, descrição breve do conteúdo dos capítulos ou partes da obra. As perguntas seguintes são orientadoras: De que se trata a obra? O que diz? Qual sua característica principal? São necessários conhecimentos prévios para entendê-la? • Conclusão do autor: o autor apresenta (ou não) conclusões? Caso apresente, quais são elas? Onde se encontram (no final da obra ou no final dos capítulos)? • Quadro de referências do autor: a que corrente de pensamento o autor se filia? Que teoria ou modelo teórico apóia seu estudo? • Crítica do resenhista (apreciação): –– Como se situa o autor da obra em relação às escolas ou correntes científicas ou filosóficas; em relação ao contexto social, econômico, político, histórico etc.? –– Quanto ao mérito da obra: qual a contribuição dada? As ideias são originais, criativas? A abordagem dos conhecimentos é inovadora? –– Quanto ao estilo: é conciso, objetivo, claro, coerente, preciso? A linguagem é correta? –– Quanto à forma: é lógica, sistematizada? Utiliza recursos explicativos (ilustrações, exemplos, gráficos, desenhos, figuras etc.)? –– A quem se destina a obra: grande público, especialistas, estudantes?

Não se preocupe: Nem sempre é possível ou necessário dar resposta a todas as perguntas ou itens relacionados acima, o que muitas vezes depende da obra resenhada, bem como da finalidade ou destino da resenha. E o que seria uma Síntese? Nada mais e nada menos do que uma condensação das principais ideias de determinada obra, na linguagem do sintetizador. É o exercício mais exigente dentre os demais, em se tratando de uma modalidade de texto que não se perde em rodeios e explicações. (FERREIRA; ALMEIDA; FARIA, 2008)

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Um texto sintético não é apenas uma repetição curta de outro texto, é a exposição de sua essência e pressupõe uma capacidade de análise, organização e reflexão. Entendendo melhor! 1ª fase: compreensão e interpretação do texto original; Após a leitura global do texto em questão, deve-se proceder à identificação das ideias e dos acontecimentos principais, sublinhando as articulações lógicas e os exemplos. 2ª fase: construção do texto da síntese; Para se realizar uma boa síntese é necessária a compreensão e a interpretação do texto original. A seguir, realiza-se a síntese, que consiste em se fazer um resumo e resumir este resumo até esgotar as possibilidades de torná-lo o menor possível, mantendo-se fiel às ideias originais, com as palavras do sintetizador. O texto da síntese inicia-se com a apresentação do tema, do nome do autor e da tese (se existir) e, depois, à exposição das ideias inerentes ao tema, ou seja, o problema do texto (o ponto central). Não é necessário que a ordem da exposição seja igual à do texto original, mas respeitam-se as relações entre as ideias, sem alteração de significados. A síntese é sempre redigida na terceira pessoa, da forma mais concisa e clara.

Resumo Abordamos no conteúdo dessa aula algumas ferramentas para uma boa leitura e a diferenciação e o conceito de um fichamento, resumo, resenha e síntese. A partir de agora você terá mais facilidade em distinguir estas ferramentas e já pode experimentar elaborar este material. A partir do conteúdo dessa aula, é possível perceber que no dia-a-dia do estudante diferentes trabalhos acadêmicos são utilizados de acordo com as normas e as diretrizes metodológicas. Relacione as colunas:

( 1 ) Fichamento

( ) Esse trabalho deve apresentar de forma breve, concisa e seletiva um determinado conteúdo e deve ser logicamente estruturado, pois não é apenas um apanhado de frases soltas.

( 2 ) Resumo

( ) Na estrutura dessa atividade é importante que haja a referência: autor (es), título, edição, local, editora, data de publicação, número de páginas e no corpo da documento o seu conteúdo.

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( 3 ) Resenha

( ) Esse trabalho é uma condensação das principais ideias de determinada obra, na linguagem do autor e é exigente por se tratar de uma modalidade de texto que não se perde em rodeios e explicações.

( 4 ) Síntese

( ) Para sua elaboração alguns itens principais são considerados como, o resumo das ideias principais de uma obra, a apreciação crítica das informações apresentadas e da forma como foram expostas e a justificativa da apreciação realizada. ( ) Essa modalidade de trabalho possibilita organizar os textos pesquisados, selecionar os dados mais importantes desses textos e funciona como método de aprendizagem e memorização dos conteúdos. ( ) Para fazê-lo é preciso saber seu destino, pois há vários tipos. Por exemplo: como parte de monografia, de artigo científico, em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. ( ) O texto dessa atividade inicia-se com a apresentação do tema, do nome do autor e da tese (se existir) e, depois, à exposição das ideias inerentes ao tema, ou seja, o problema do texto (o ponto central). ( ) Esse trabalho não é apenas uma repetição curta de um outro texto é a exposição de sua essência e pressupõe uma capacidade de análise, organização e reflexão. ( ) É importante para a assimilação e produção do conhecimento e as informações mais significativas devem ser compreendidas e registradas para utilização posterior em produções escritas, sejam elas de iniciação à redação científica. ( ) Para que ela cumpra sua finalidade deve apresentar em sua estrutura, a referência, credenciais do autor, resumo da obra, conclusão do autor, quadro de referências do autor, crítica do autor.

Caro (a) estudante, Chegamos ao fim de mais uma aula. A partir dela você obteve informações que serão muito úteis em seu próximo trabalho acadêmico. Esperamos que esteja gostando. Na próxima aula iremos ver regras gerais de formatação de trabalho, dentro das Normas da ABNT. Está curioso para saber o que é? Então, não perca o próximo conteúdo. Até lá!

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Aula 3 - Regras gerais para formatação de trabalho

Objetivo Reconhecer e utilizar as Normas de acordo com a ABNT

Olá estudante, Chegou a vez de introduzirmos as regras e usos das normas da ABNT em nosso estudo. Vamos retomar? Antes de iniciarmos, vamos entender primeiramente o que é ABNT. Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução nº 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização). (ABNT,2001) A padronização é importante para a produção do conhecimento científico, na medida em que estabelece parâmetros para o desejo pessoal, a vontade individual, na elaboração de uma tarefa, seja na construção de um material, seja na redação de um trabalho. Isto quer dizer que fazemos uma atividade com toda a nossa pessoalidade, mas para manter o rigor científico, é preciso que haja regras que nos orientem. A importância de se seguir as regras que serão apresentadas abaixo consiste na produção de um trabalho organizado e mais fácil de ser compreendido a partir da estrutura gráfica no qual é apresentado. Você lembra-se que na época dos trabalhos de escola mais simples, cada estudante fazia uma capa

Aula 3 - Regras gerais para formatação de trabalho

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A visão da ABNT objetiva garantir que haja “eficiência às demandas do mercado e da sociedade, comprometida com o desenvolvimento brasileiro, de forma sustentável, nas dimensões econômica, social e ambiental” (visão da ABNT). Essas e outras informações estão disponíveis no site da ABNT, conheça-o acessando http://www.abnt.org.br.

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diferente colocando enfeites ou usando réguas de letras, por exemplo? O rigor de um trabalho científico impede que isto seja feito e orienta qual a melhor maneira de produzir seu trabalho no que se refere a sua forma. Observe: Regras Gerais, citado por Ferreira, Almeida e Faria (2008), [...] Aprenderemos nesta unidade as regras e uso das normas da ABNT na formatação dos nossos trabalhos acadêmicos. • Papel branco, formato A4; • Impresso em preto, exceto ilustrações; • Fonte: tamanho 12 para o corpo do texto; • Fonte: tamanho 10 para citações diretas com mais de três linhas (longas), notas de rodapé, números de página e legendas de ilustrações e tabelas; • A ABNT não faz menção do tipo de letra que deve ser utilizado. Recomendam-se as letras Times New Roman ou Arial; • O tamanho e o tipo de letras dos títulos devem ser o mesmo do texto do trabalho. Observe abaixo a formatação das “Margens”:

Figura 3.1: Formatação das margens

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Sobre o Espaçamento a) Espaçamento entrelinhas duplo para o texto. b) Espaçamento simples para: citações diretas com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas e ilustrações, tabelas e termo de aprovação. c) As referências devem ser separadas por espaçamento duplo. d) A ABNT na NBR 14724:2011 não faz menção ao espaço entre parágrafos. O que o autor deve é manter um padrão no seu trabalho.

Sobre os Títulos Os títulos que não possuem indicativo numérico devem ficar centralizados, a oito cm da borda superior do papel, mantidas as demais margens. (Observe a figura abaixo)

Figura 3.2: Formatação de títulos

Aula 3 - Regras gerais para formatação de trabalho

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Títulos que devem ser centralizados Errata; Agradecimento; Lista de Ilustrações Lista de Abreviaturas e Siglas; Lista de Símbolos; Sumário; Resumo; Abstract;

Introdução; Conclusão; Referências; Apêndice (s); Anexo (s); Glossário.

a) Conte todas as folhas a partir da folha de rosto. A numeração será aparente a partir da introdução. b) Adote numeração progressiva no texto. c) Utilize a mesma formatação no sumário. d) Inicie cada capítulo em folha distinta. e) Separe as notas de rodapé do texto por filete de três cm. f) O indicativo numérico de cada seção é separado do texto por um espaço. Não utilize sinais gráficos. g) Siglas e abreviaturas, na primeira ocorrência, devem aparecer por extenso, seguido da sigla entre parênteses. h) As legendas das ilustrações são inseridas abaixo das mesmas, precedidas do tipo da ilustração e numeração.

Sobre a Paginação Todos os trabalhos (teses, dissertações, monografias, trabalhos de conclusão de cursos e outros) devem ser paginados. Todas as páginas do trabalho devem ser contadas, exceto a capa. Inicia-se a contagem pela folha de rosto, porém a numeração só passa a ser colocada (escrita) a partir da segunda página da parte textual (que corresponde à segunda página da Introdução). As páginas são numeradas sequencialmente, no canto superior direito, em algarismos arábicos, a dois cm das bordas (superior e direita).

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Apresentação Formal Capa Lombada* Folha de rosto Folha de Aprovação Dedicatória* Agradecimentos* Epígrafe* Resumo Abstract Lista de Ilustrações Lista de Tabelas Lista de Abrev. e Siglas Lista de Símbolos Sumário

Elementos pré-textuais São aqueles que antecedem o corpo do Trabalho, com informações que ajudam na identificação, finalidade e utilização do mesmo.

Atenção: as palavras seguidas de asteriscos são opcionais.

Elementos textuais É o corpo do Trabalho onde se faz a exposição da matéria e deve ter, fundamentalmente, três partes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.

Elementos pós-textuais São aqueles que complementam o trabalho e aparecem após o corpo propriamente dito. São: REFERÊNCIAS, GLOSSÁRIO, APÊNDICE, ANEXO, ÍNDICE. Importante: Se utilizarmos corretamente as regras e o uso das normas da ABNT nossos trabalhos ficarão sempre organizados, de fácil localização e entendimento dos itens e prontos para serem publicados. Que tal?

Resumo Você teve acesso às regras gerais para formatação de trabalho científico. Pode verificar também o significado da ABNT e a aplicação das normas elaboradas por ela para elaboração de trabalhos acadêmicos.

Aula 3 - Regras gerais para formatação de trabalho

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1. Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso conforme o conteúdo estudado. a) (  ) Todas as folhas de um TCC devem ser numeradas e evidenciadas a partir da capa começando com o algarismo 1 (um). b) (  ) O tamanho e o tipo de letras dos títulos devem ser os mesmos em todo o trabalho. c) (  ) O tipo de papel a ser utilizado não é exigido pela ABNT, então você pode utilizar o de sua preferência. d) (  ) Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Caro (a) estudante, Encerramos mais uma aula da disciplina Metodologia e Orientação de Projetos. Convidamos você a prosseguir a nossa trajetória em busca do conhecimento. Juntos, temos muito a aprender. Na próxima aula iremos ver o formato de um trabalho cientifico. Aguardamos você!

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Aula 4 - Formatando um trabalho científico

Objetivo Aplicar a formatação de trabalhos científicos.

Olá, saudações! Estamos nesta aula prosseguindo as indicações sobre as regras e usos das normas da ABNT. Um trabalho científico, conforme determina a ABNT, deve conter diversos elementos. Nesta aula você receberá informações de como se estrutura a capa, a folha de rosto, e a folha de aprovação dentro de um trabalho científico. É hora de estudar! Dando continuidade aos nossos estudos, vamos verificar como deve ser feita a formatação da “Capa”. Observe o que dizem Ferreira, Almeida e Faria (2008) sobre essa parte do trabalho. a) A disposição das informações é variável e não existe um padrão fixo pela ABNT. Iremos adotar o seguinte modelo para os seus trabalhos. b) A letra será a ARIAL 12; c) Pode também utilizar a logomarca da sua Instituição de Ensino; d) Todas as medidas são distâncias da borda superior;

Capa A Capa é um elemento obrigatório nos trabalhos. Nela deve conter: a) nome do autor; b) título;

Aula 4 - Formatando um trabalho científico

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c) subtítulo (se houver); d) número de volumes (quando houver mais de um); e) local da instituição; f) ano de entrega. Para que você não tenha mais dúvidas sobre essas formatações, logo abaixo construímos um modelo que poderá ser seguido na elaboração dos seus trabalhos. Observe:

Figura 4.1: modelo de capa

Folha de Rosto Conforme Ferreira, Almeida e Faria (2008), a Folha de rosto também é um elemento obrigatório nos trabalhos e deve conter: a) nome do autor; b) título (deve ser claro, preciso e identificar o conteúdo do trabalho); c) subtítulo (se houver deve evidenciar sua subordinação através do sinal de dois pontos);

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d) número de volumes (se houver mais de um deve constar em cada respectiva folha de rosto); e) natureza (dissertação, tese e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros), nome da instituição a que é submetido, área de concentração; f) nome do orientador e, se houver, do coorientador; g) local da instituição; h) ano da entrega. Observe o modelo a seguir:

Figura 4.2: Modelo de folha de rosto

Folha de Aprovação A Folha de aprovação é também um item obrigatório e deve conter: a) autor; b) título e subtítulo se houver;

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c) local e data de aprovação; d) nome, assinatura e instituição dos membros componentes da banca examinadora. Observe também o modelo que elaboramos para você:

Figura 4.3: modelo da folha de aprovação

Sumário A finalidade do sumário é dar uma visão geral do Trabalho e facilitar a localização dos assuntos. Deve conter o indicativo numérico de cada seção, o título da seção e a paginação, separados por uma linha pontilhada. Espaçamento do Sumário a) Entre as linhas do sumário, o espaço é simples. b) Entre um título e outro, usa-se o espaço duplo.

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Os títulos dos capítulos (seções primárias) são escritos em letras maiúsculas, podendo ser negrito ou não. Observe o modelo:

Figura 4.4: Modelo de sumário

Resumo Nesta aula, foram apresentadas algumas técnicas de elaboração e formatação de capa, folha de rosto, folha de aprovação e sumário. Um trabalho científico se inicia com essa organização. Você pode observar também como elaborar as páginas iniciais do seu trabalho que são fundamentais para apresentação e identificação do seu conteúdo.

Qual é o objetivo do sumário em qualquer trabalho, livro e outras produções? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

Aula 4 - Formatando um trabalho científico

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________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __________________________________________________________

Caro (a) estudante, Nessa aula você teve oportunidade de identificar uma parte, dentre outras que ainda vão ser abordadas, sobre como devemos estruturar os nossos projetos e trabalhos acadêmicos. Foi muito prazeroso poder compartilhar esses conhecimentos com você. Você já fez algum tipo de trabalho científico? Na próxima aula vamos aprender a fazer citações e referências de outros autores nesse tipo de trabalho. Então, se prepare e até a próxima.

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Aula 5 - Fazendo citações e referências em trabalhos científicos

Objetivo Identificar os tipos de citações e sua aplicabilidade..

Esta é a sua quinta aula e você percebeu quantas informações já obteve para quando precisar elaborar um trabalho científico? Mas ainda há muito para conhecer. Aprenderemos mais sobre citações, notas de rodapé e referências bibliográficas.

Citação Conforme Lakatos (1995), citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte. Ela aparece no texto. Trata-se de um trecho transcrito na íntegra (citação direta) ou interpretação de ideias de um autor (citação indireta). Sua finalidade é fundamentar, esclarecer e/ou sustentar a ideia do autor do texto do trabalho que está sendo elaborado. Ao utilizar no texto um trecho que não é seu você está fazendo uma citação. É muito importante identificar esta citação. É comum que as pessoas coloquem frases no seu trabalho que não foram elaboradas por elas, sem identificá-las como citação. Isto não pode acontecer e a ABNT tem normas para nos ajudar nesta tarefa de escrever citações. As regras que você conhecerá agora para fazer as citações são para não confundir o leitor do seu texto com a sua redação e a do autor que você está utilizando. Quando você escreve uma opinião sobre o jogo de futebol, por exemplo, está utilizando suas palavras para escrever um assunto. No entanto, nesta opinião você pode utilizar a frase de um comentarista de futebol e então precisa diferenciar a sua opinião desta frase que não é sua. As regras para as citações nos textos científicos nos ajudam a destacar as frases que não são de sua autoria, mas como o nome já diz, são citações, referências produzidas por outras pessoas.

Aula 5 - Fazendo citações e referências em trabalhos científicos

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Citação Direta É quando se transcreve exatamente as palavras do autor citado.

Citação Breve (até três linhas) • Devem integrar o texto e vir entre aspas; • O tamanho da fonte da citação permanece o mesmo do texto (ex. Arial 12). Exemplos:

Para Huxley (2001, p. 175), “com uma infinidade de precauções inteiramente supérfluas [...]” ou

“Com uma infinidade de precauções inteiramente supérfluas [...]” (HUXLEY, 2001, p. 175) mostra-nos...

Citação com mais de três linhas Recuo de quatro cm da margem esquerda. Letra menor (tamanho 10). Entrelinhas simples. Não deverão ter aspas. Entre o texto da citação e o restante do trabalho devem-se deixar dois espaços duplos, antes e depois.

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Exemplo:

O excesso deste íon em corpos d’água, resultante das atividades agrícolas ou por mudanças demográficas, pode causar a eutrofização desses ecossistemas. Conforme Tundisi (2006, p. 217): O aumento rápido das atividades agrícolas e industriais e o uso e o despejo intensivo dos agrotóxicos e substâncias tóxicas, em geral, nos sistemas aquáticos têm produzido amplas modificações pela alteração da biota e a contaminação dos sedimentos dos rios, represas e lagos marginais. A imensa urbanização produziu um amplo efeito de eutrofização com grandes consequências na qualidade da água e aumento dos custos do tratamento.

Ou ainda da seguinte forma:

O excesso deste íon em corpos d’água, resultante das atividades agrícolas ou por mudanças demográficas, pode causar a eutrofização desses ecossistemas. Pois, O aumento rápido das atividades agrícolas e industriais e o uso e o despejo intensivo dos agrotóxicos e substâncias tóxicas, em geral, nos sistemas aquáticos têm produzido amplas modificações pela alteração da biota e a contaminação dos sedimentos dos rios, represas e lagos marginais. A imensa urbanização produziu um amplo efeito de eutrofização com grandes consequências na qualidade da água e aumento dos custos do tratamento. (TUNDISI, 2006, p. 217)

Citação Indireta É quando expressamos o pensamento de outra pessoa com as nossas próprias palavras. • É incluída no texto, sem aspas e o número da página é opcional. • Deve-se indicar o nome do autor, em letras minúsculas, se estiver no corpo do texto, seguido do ano em parênteses.

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Exemplo:

Depois de analisar a situação, Nóvoa (1993) chegou a afirmar que o brasileiro não está capacitado para escolher seus governantes. • O nome do autor é escrito em letras maiúsculas, se estiver dentro de parênteses, seguido do ano de publicação. Exemplo:

O vídeo-texto é uma biblioteca referencial atualizável (PLAZA, 1984). • No caso do autor possuir outras obras, elas serão diferenciadas pela data da publicação. • Havendo mais de uma obra no mesmo ano, acrescentamos uma letra após a data. Exemplo:

(COSTENARO, 1995, 1995b, 2003). • Quando o mesmo autor encontra-se em obras distintas, deve ser apresentado o nome seguido dos diferentes anos de publicação, separados por vírgula. • As citações de autores diferentes, de obras diversas, que forem mencionadas simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula e em ordem alfabética. Exemplo:

(FAGUNDES, 2001; JUNGUES, 2003, RIBEIIRO, 2005).

Citação de Citação É quando for feita uma citação de alguma passagem já citada em outra obra. • Se num trabalho for feita uma citação de alguma passagem já citada em outra obra, deve-se indicar o sobrenome do autor da passagem, seguido

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da palavra apud (segundo, conforme, de acordo com) e o sobrenome do autor que fez a citação. Exemplo: Logo um fluxo contínuo de [...] pessoas de caráter duvidoso que perceberam uma possibilidade de lucro rápido no comércio de objetos antigos estava subtraindo do Egito milhares de antiguidades portáteis (FAGAN, 1975 apud BAKOS, 2004, p. 177) [grifo].

Notas de rodapé As notas de rodapé servem para apresentar informações adicionais ao texto, mas que não precisam estar nele necessariamente, mas à parte – no caso, no rodapé na página, portanto: nota de rodapé. São digitadas dentro da margem, ficam separadas com espaço simples de entrelinhas e um filete de 3,0 cm a partir da margem esquerda. • Indicadas no texto por número sequencial sobrescrito. • Alinhadas, respeitando a margem do texto e destacando o expoente. Exemplo:

Referências Para fazer o seu trabalho, você utilizou várias fontes como livros, revistas, sites que encontrou e considerou suas informações consistentes e relevantes.

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Essas foram as suas referências. É preciso que ao final do trabalho você indique todo o conjunto de material utilizado para sua elaboração. “Referência” é o termo utilizado em qualquer situação independentemente do tipo de fonte, estando ou não citadas no trabalho monográfico. Este tem sido o mais usado nos dias de hoje devido às novas fontes de informações eletrônicas e virtuais. (Sites, Cd Room, E-mail). Lembre-se: para a formatação das Referências usa-se alinhamento sempre à esquerda e espaçamento simples nas entrelinhas e duplo entre uma referência e outra. As Referências de livro de um autor devem conter: • SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes do autor. Título: subtítulo (se houver). Edição. Local de publicação: Editora, ano. Exemplo:

As normas da ABNT só podem ser adquiridas diretamente em sua fonte oficial a partir da compra das coletâneas disponibilizadas. Isso pode ser feito pelo site http://www. abntcolecao.com.br. A venda é online. Há, contudo, outras formas de ficar por dentro das normas para trabalhos acadêmicos, pesquisando sites de universidades e guias profissionais como estes que estão relacionados abaixo: http://www.unip.br/servicos/ biblioteca/download/manual_ de_normalizacao.pdf http://www.una.br/ images_anima/comite/norma_ abnt_para_apresentacao_e_ formatacao_de_projetos_de_ pesquisa.pdf http://www.seufuturonapratica. com.br/portal/fileadmin/ user_upload/MANUAL_PARA_ ELABORACAO_DE_PROJETO_ DE_PESQUISA.pdf

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DUARTE, Ronaldo. Cinema & educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. 159 p.

Referências de revistas/ periódicos • SOBRENOME, nome do autor. Titulo do artigo. Nome da revista. Número da edição, páginas, mês e ano. Exemplo:

DIAS, Carlos A.; PAULA, Leila S. Educação Sexual: a quem dirigir os primeiros esforços? Revista Brasileira de Sexualidade Humana. São Paulo, v. 11, n. 2, p. 193-203, jul./dez. 2000. PETRY, André. Prostituta é gente. Veja. São Paulo, ed. 1.904, ano 38, n. 19, p. 103, 11 mai. 2005.

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Referências de artigos de sites • SOBRENOME, nome do autor. Título do artigo. Endereço do site. Data do acesso ao artigo. Exemplo:

ALMEIDA, Dulce B. de et al. Política Educacional e Formação Docente na Perspectiva da Inclusão. Educação. CE/UFSM. Dossiê: Educação Inclusiva. Santa Maria (RS), v. 32, n. 2, p. 327342. 2007. Disponível em: <http://www.ufsm.br/ce/revista>. Acesso em: 16 maio 2009. Parabéns! Você conheceu as regras e uso das normas da ABNT. Agora é só exercitar! As regras da ABNT estão sendo sempre atualizadas. Portanto, é necessário ficar atendo para o uso dessas normas verificando se houve alterações, pois num trabalho científico devemos adotar sempre as recentemente determinadas pela ABNT.

Resumo Nessa aula você teve oportunidade de verificar como devemos usar a citação em um texto científico e os três tipos de citações possíveis. Também pôde observar como os autores que são utilizados ao longo do trabalho devem ser referendados no texto e nas referências bibliográficas. 1. Aponte as diferenças de citação direta breve e com mais de três linhas. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

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Prezado (a) estudante. Você chegou ao final de mais uma aula. Nela você pôde identificar vários elementos necessários para a construção de trabalhos científicos. Estamos evoluindo nesse processo de aprendizagem. Você já ouviu falar de projetos de pesquisa? Este será o tema da próxima aula. Tudo que você já assimilou servirá de base para esse novo conhecimento. Está empolgado/a? Vejo você lá!

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Aula 6 - O projeto de pesquisa I

Objetivo Reconhecer a definição de um projeto de pesquisa e as primeiras etapas que o compõe.

Olá estudante. Estamos de volta ao estudo apresentando o último assunto que compõe esta disciplina, ou seja, Projeto de Pesquisa. Certamente você vai precisar fazer um Projeto de Pesquisa ao longo de sua vida acadêmica. A prática da pesquisa permite conhecer melhor uma realidade. Minayo (2008) nos ensina que o campo da pesquisa estabelece o “desafio do conhecimento” e é este desafio que você tem pela frente. De acordo com esta autora, a pesquisa é compreendida enquanto atividade racional que deve favorecer uma aproximação da realidade que permita indagar e descobrir seus elementos constituintes, a partir de combinação de teorias e dados. O projeto de pesquisa foi concebido para ser uma versão preliminar do trabalho que vai se realizar, é um esboço inicial do que se quer fazer. De acordo com a ABNT, é uma das fases da pesquisa, pois a descrição de sua estrutura serve para o acadêmico traçar um roteiro inicial daquilo que pretende que seja seu trabalho. Esse roteiro certamente sofrerá algumas modificações, alguns acréscimos, algumas melhorias, enfim, será aprimorado, principalmente depois de iniciadas as pesquisas e obtidas as orientações necessárias (FURASTÉ, 2007, p. 205). Existem alguns elementos que são essenciais quando se elabora um projeto para investigar, explorar enfim, pesquisar sobre algum tema. É sobre isto que discorreremos nas próximas aulas.

Aula 6 - O projeto de pesquisa I

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O projeto é uma das etapas componentes do processo de elaboração, execução e apresentação da pesquisa. Em uma pesquisa nada se faz por acaso, desde a escolha do tema, fixação dos objetivos, determinação da metodologia, coleta de dados, sua análise e interpretação para o relatório final, tudo é previsto no projeto de pesquisa. Portanto, devemos iniciar respondendo as clássicas questões: O quê? Por quê? Para quê e para quem? Onde? Como, com quê, quanto e quando? Quem? Com quanto? O projeto de pesquisa é o planejamento de uma pesquisa, ou seja, a definição dos caminhos para abordar certa realidade. Entende-se por planejamento da pesquisa a previsão racional de um evento, atividade, comportamento ou objeto que se pretende realizar a partir da perspectiva científica do pesquisador. Mais ainda, devem-se prever rotinas de pesquisa que tornem possível atingir os objetivos definidos, de tal forma que se consiga os melhores resultados com menor custo. Segundo Minayo (1999), ao elaborar um projeto de pesquisa, o pesquisador estará lidando com, no mínimo, três dimensões: 1. Técnica: regras científicas para a construção do projeto; 2. Ideológica: relaciona-se às escolhas do pesquisador, sempre tendo em vista o momento histórico; 3. Científica: ultrapassa o senso comum através do método científico. Segundo Minayo (1999), ao elaborar um projeto de pesquisa, o pesquisador lidará com, no mínimo, três dimensões: técnica, ideológica e científica. A dimensão científica permite ultrapassar o senso comum através do método científico, a partir da utilização de referenciais teóricos. Isso significa que outras pessoas já estudaram sobre aquele assunto que estamos começando a conhecer. A dimensão ideológica relaciona-se às escolhas do pesquisador, sempre tendo em vista o momento histórico, ou seja, implica no posicionamento cultural, político, de valores e compreensões sobre determinado assunto. Uma pesquisa científica de opinião sobre a qualidade de vida de colaboradores de uma empresa, por exemplo, precisa levar em consideração as referências que já foram produzidas sobre este tema – “Qualidade de vida de trabalhadores”, todo o conjunto de material já elaborado sobre isto. No entanto, ao formular as perguntas para quem responderá a pesquisa e ao analisar as respostas obtidas, o pesquisador

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emitirá, mesmo que sem perceber, sua concepção da realidade, sua postura ideológica. No entanto, nas próximas aulas, nos deteremos na dimensão técnica de um projeto de pesquisa referente às regras científicas para a construção deste projeto. Agora, observe a Estrutura do Projeto de Pesquisa, conforme Ferreira, Almeida e Faria (2008) 1. APRESENTAÇÃO (Quem?) a) Capa • entidade; • título (e subtítulo, se houver); • coordenadores; • local e data. 2. INTRODUÇÃO 3. OBJETO (O quê?) a) Problema 4. OBJETIVO (Para quê, para quem?) a) Tema b) Objetivo Geral c) Objetivos Específicos 5. JUSTIFICATIVA (Por quê?) 6. METODOLOGIA (Como? Com quê? Onde? Quanto?) a) Método de abordagem

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b) Método de procedimento c) Técnicas d) Delimitação do Universo e) Tipo de amostragem 7. EMBASAMENTO TEÓRICO (qual o referencial teórico?) • Teoria de base • Revisão da bibliografia • Definição dos temas 8. CRONOGRAMA (Quando?) 9. ORÇAMENTO (Com quanto?) 10. INSTRUMENTOS DE PESQUISA (Como?) 11. REFERÊNCIAS Vamos aprender passo a passo como desenvolver cada item de um projeto. Vamos lá?

Apresentação A apresentação do projeto de pesquisa inicia-se com a capa onde são indicados os elementos essenciais à compreensão do estudo que se pretende realizar. Veja na página ao lado o modelo representativo.

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Introdução Na introdução do trabalho é necessário especificar o que se pretende pesquisar. Trata-se de introduzir o leitor no contexto, portanto, de delimitar, de circunscrever o tema-problema. Para isto, deve conter uma revisão da literatura referente à questão, ressaltando a importância do assunto a ser estudado. Após apresentar o seu trabalho e introduzir o leitor ao conteúdo que você vem desenvolvendo, a primeira etapa a construir é aquela que responde à pergunta “o quê?”. Para responder a essa pergunta que não é nada simples, mas muito instigante, iremos definir o objeto a ser pesquisado e os objetivos que queremos com esta pesquisa. Na introdução do trabalho é necessário especificar o que se pretende pesquisar. Trata-se de introduzir o leitor no contexto, portanto, de delimitar, de circunscrever o tema-problema. Para isto, deve conter uma revisão da literatura referente à questão, ressaltando a importância do assunto a ser estudado. Após apresentar o seu trabalho e introduzir o leitor ao conteúdo que você vem desenvolvendo, a primeira etapa a construir é aquela que responde à

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pergunta “o quê?”. Para responder a essa pergunta que não é nada simples, mas muito instigante, iremos definir o objeto a ser pesquisado e os objetivos que queremos com esta pesquisa.

Objeto Respondendo à pergunta o quê? O objeto da pesquisa engloba: • Problema: a formulação do problema vincula-se ao tema proposto, esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa. O problema é a chave da pesquisa de todo o trabalho de investigação. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Outros levando em consideração a não existência da regra preferem expressar o seu problema dentro de uma afirmação. Exemplo: Tema: A educação das mulheres e a perpetuação de injustiças. Problema: As mulheres, através da educação sexista, ainda são ensinadas a submeterem-se socialmente. Depois de definir o que você irá pesquisar é preciso decidir aonde se quer chegar, ou seja, quais são os seus objetivos.

Objetivo De acordo com Minayo (2008), o pesquisador deve expor com clareza o objetivo que pretende alcançar com a sua pesquisa, que deve estar em consonância com a definição do objeto. A especificação do objetivo de uma pesquisa responde às questões para quê e para quem? “É a definição, com precisão e clareza, das metas, propósitos e resultados concretos a que se pretende chegar” (FURASTÉ, 2007, p.210) O objetivo em geral é apresentado através do objetivo geral e dos objetivos

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• Objetivo geral: está ligado a uma visão global e abrangente do tema, vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. É a indicação do resultado pretendido. Por exemplo: identificar, levantar, descobrir, caracterizar, descrever, traçar, analisar, explicar, etc. • Objetivos específicos: apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações particulares. É a indicação das metas, das etapas que levarão à realização dos objetivos gerais. Por exemplo: classificar, aplicar, distinguir, enumerar, exemplificar, selecionar, etc. Até aqui você aprendeu a fazer um trabalho científico e já conheceu a estrutura de um projeto de pesquisa. Para que a aula não fique longa demais, iremos parar neste ponto e deixar outras informações, para a próxima aula.

Resumo Nessa aula você viu quais etapas compõem um projeto de pesquisa e aprendeu a fazer a apresentação, a introdução e delimitar o objeto e os objetivos da sua pesquisa, o que facilitará seu trabalho na elaboração do seu trabalho de conclusão de curso. 1. Estudamos acima os critérios e fatores que influenciam na escolha de um tema para um projeto de pesquisa. Agora, em sua opinião, qual seria o fator determinante da sua escolha levando em consideração o universo de conteúdos que compõem o seu curso? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ Chegamos ao fim de mais uma aula. Seja firme, estamos quase concluindo este conteúdo. Nessa aula aprendemos parcialmente os elementos de um projeto de pesquisa. Na próxima aula você verá mais alguns elementos que compõem um projeto de pesquisa. Tente revisar os conteúdos aqui trabalhados e até a próxima.

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Aula 7 - O projeto de pesquisa II

Objetivo Identificar mais algumas etapas que compõem um projeto de pesquisa.

Olá, tudo bem! Daremos continuidade ao aprendizado das outras etapas tão importantes quanto as que você estudou e que compõem a estruturação de um projeto de pesquisa. Preparado (a)?

Justificativa É o único item do projeto que apresenta respostas à questão por quê? De suma importância, consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa. Deve enfatizar: • O estágio em que se encontra a teoria respeito do tema; ou seja, a existência de produções teóricas a respeito do tema pesquisado. É possível que você pense em realizar uma pesquisa inédita e isto deverá ser explicitado em sua justificativa. • As contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer para a: –– –– –– –– ––

Confirmação geral; Confirmação na sociedade particular em que se insere a pesquisa; Especificação para casos particulares; Clarificação da teoria; Resolução de pontos obscuros;

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• Importância do tema do ponto de vista geral; • Importância do tema para os casos particulares em questão; • As contribuições teóricas e a importância do tema que esta pesquisa pode trazer; • Possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema proposto; • Descoberta de soluções para casos gerais e/ou particulares. Silva e Menezes (2001, p. 31) afirmam que o pesquisador precisa fazer algumas perguntas a si mesmo: o tema é relevante? Por quê? Quais pontos positivos você percebe na abordagem proposta? Que vantagens/benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? Veja alguns itens importantes que podem fazer parte de uma boa justificativa. São eles: a) Atualidade do tema: inserção do tema no contexto atual. b) Ineditismo do trabalho: proporcionará mais importância ao assunto. c) Interesse do autor: vínculo do autor com o tema. d) Relevância do tema: importância social, jurídica, política, etc. e) Pertinência do tema: contribuição do tema para o debate científico. A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental pela contribuição que trará ao ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada, que você conhecerá logo adiante, são de suma importância para a sociedade ou para alguns indivíduos. Sendo assim, de elevada importância a sua comprovação no decorrer do trabalho. Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar comprovar a hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se efetuar tal empreendimento.

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- Hipótese: o ponto básico do tema necessita de uma resposta “provável, suposta e provisória”, isto é, uma hipótese. É possível elaborar mais de uma hipótese para a sua pesquisa que são “possíveis respostas ao problema estabelecido” (FURASTÉ, 2008, p.210). A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por outras, que recebem a denominação de secundárias. Há diferentes formas de hipóteses, entre elas:

Hipótese É sinônimo de suposição. Nesse sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição) que tenta responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.

• As que afirmam, em dada situação, a presença ou ausência de certos fenômenos; • As que se referem à natureza ou características de dados fenômenos, em uma situação específica; • As que apontam a existência ou não de determinadas relações entre fenômenos; • As que provêem variação concomitante, direta ou inversa, entre certos fenômenos;

Metodologia Conforme Ferreira, Almeida e Faria (2008), a especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo, às questões: como? Com quê? Onde? Quanto? A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. E corresponde aos seguintes componentes: - Técnicas: consideradas um conjunto de preceitos ou processo de que se serve uma ciência, são também, a habilidade para usar essas normas, na obtenção de seus propósitos. Correspondem à parte prática da coleta de dados. Apresentam duas grandes divisões: documentação indireta,

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abrangendo a pesquisa documental e a bibliográfica e documentação direta. Esta última subdivide-se em: a) Observação direta intensiva, com as técnicas da: • Observação – utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar. Pode ser: sistemática, assistemática, participante, não participante, individual, em Equipe, na vida real ou em laboratório; • Entrevista – é uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica; proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária. Tipos: padronizada ou estruturada, despadronizada ou não estruturada, painel. b) Observação direta extensiva, apresentado as técnicas: • Questionário – constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do pesquisador; • Formulário – roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele com as respostas do entrevistado. • Medidas de opinião e de atitudes – instrumento de padronização, por meio do qual se pode assegurar a equivalência de diferentes opiniões e atitudes, com a finalidade de compará-las; • Testes – instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados que permitam medir o rendimento, a frequência, a capacidade ou a conduta de indivíduos, de forma quantitativa; • Análise de conteúdo – permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa do conteúdo da comunicação; • História de vida – tenta obter dados relativos à experiência íntima de alguém que tenha significado importante para o conhecimento do objeto em estudo; • Pesquisa de mercado – é a obtenção de informações sobre o mercado,

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de maneira organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisivo nas empresas, minimizando a margem de erros. - Delimitação do Universo (Descrição da População): consiste em explicitar que pessoas ou coisas, fenômenos, etc. serão pesquisados, enumerando suas características comuns, como por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vivem etc.

Resumo Vimos como desenvolver o conteúdo do nosso projeto de pesquisa e, neste caminho a ser percorrido, apresentamos os elementos atualidade do tema, ineditismo do trabalho, interesse do autor, relevância do tema, e pertinência do tema que vão permitir a elaboração de uma boa justificativa. Elaborada essa fase do projeto, verificamos que é necessário ter ideias sobre a realidade, que elas se chamam hipóteses de pesquisa e que essa trajetória precisa ser descrita no projeto na fase denominada metodologia. Nessa etapa, é especificado cada passo da pesquisa respondendo-se às perguntas como, com quê, onde e quanto.

(1) Justificativa

(  ) Esse cumpre a função de responder à questão colocada ao tema da pesquisa e deve ser descrito de forma clara, direta e simples.

(2) Problema

(  ) Essa representa uma afirmação acerca da problemática da pesquisa, ou seja, configuram-se como “afirmações provisórias”.

(3) Hipótese

(  ) Deve explicitar as motivações, a relevância, e expor as razões pelas quais está-se realizando a investigação.

(4) Metodologia

(  ) Conjunto de processos como; observação, entrevista, questionário.

(5) Técnica

(  ) Indica a modalidade e as atividades e os instrumentos a serem utilizados para a obtenção dos dados (bibliográficos ou empíricos).

Caro (a) estudante Concluímos mais uma etapa do nosso estudo. Parabéns! Você é um/a vencedor/a por estar aqui. Na última aula do módulo veremos as partes finais do projeto de pesquisa. Aguardo você na próxima aula.

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Aula 8 - O projeto de pesquisa III

Objetivo Distinguir as etapas finais que compõem um projeto.

Olá estudante, tudo bem? Esta é a última aula do nosso curso. Veremos as etapas finais que fazem parte de um projeto de pesquisa. Pronto para finalizar os nossos estudos sobre projeto?

Embasamento Teórico Conforme Ferreira, Almeida, Faria, (2008) respondendo ainda à questão “como?”, aparecem aqui os elementos de fundamentação teórica da pesquisa e, também, a definição dos conceitos empregados.

Teoria A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou descrição de fatos levantados a partir da realidade, mas o desenvolvimento de um caráter interpretativo, no que se refere aos dados obtidos. Para tal, é imprescindível correlacionar a pesquisa com o universo teórico, optando-se por um modelo teórico que serve de embasamento à interpretação do significado dos dados e fatos colhidos ou levantados. Isto é, precisamos conhecer o que já foi produzido sobre o assunto que vamos pesquisar e ainda mais, decidir qual forma de pensar a realidade pesquisada. As correntes teóricas exprimem diferentes maneiras de interpretar a realidade e precisamos conhecê-las para saber com quais temos afinidades.

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Conforme Minayo (2008 p. 187): [...] o marco teórico-conceitual estabelece o discurso argumentativo do pesquisador, apresentando os principais conceitos, categorias e noções com as quais vai trabalhar, fazendo um debate com os autores sobre os quais fez uma revisão bibliográfica, mostrando o estado do conhecimento, provocando uma crítica do que já foi produzido.

Todo projeto de pesquisa deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipe) fundamentará sua interpretação.

Revisão da Bibliografia A primeira tarefa do pesquisador, após definir seu objeto de estudo, é realizar uma ampla revisão bibliográfica que lhe auxilie a compreender melhor a realidade a ser pesquisada (MINAYO, 2008). Esta etapa constituise na busca por fontes (livros, revistas, notícias, sites) que tratem do tema em questão. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para a não duplicação de esforços, a não descoberta de ideias já expressas, a não inclusão de lugares comuns no trabalho. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes.

Definição dos Termos A ciência lida com conceitos, isto é, termos simbólicos que sintetizam as coisas e os fenômenos perceptíveis na natureza, do mundo psíquico do homem ou na sociedade, de forma direta ou indireta. “Conceitos são unidades de significação que definem a forma e o conteúdo de uma teoria” (MINAYO, 2008, p.176). Para que se possa esclarecer o fato ou fenômeno que se está investigando e ter possibilidade de comunicá-lo, de forma não ambígua, é necessário defini-lo com precisão. Um fato que deve ser levado em consideração é que os conceitos podem ter significados diferentes de acordo com o quadro de referência ou a ciência que os emprega.

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Assim, o embasamento teórico é fundamental para a redação do seu trabalho acadêmico ou projeto de pesquisa, se você desejar que ele tenha um caráter científico. Isso porque, novamente, pensamos e escrevemos, a partir de parâmetros, de pressupostos. São as nossas referências. Temos desde as regras da ABNT para nos orientar na forma quanto o referencial teórico para nos auxiliar no conteúdo do que escreveremos.

Cronograma A elaboração do cronograma responde à pergunta “quando?” A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos vários membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores, como são os casos da análise e interpretação, cujas realizações dependem da codificação e tabulação, só possíveis depois de colhidos os dados. O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho. Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Eles serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados pelo pesquisador. Veja o exemplo: ATIVIDADES

/

PERÍODOS*

1

Levantamento de literatura

2

Montagem do Projeto

3

Coleta de dados

4

Tratamento dos dados

5

Elaboração do Relatório Final

6

Revisão do texto

7 Entrega do trabalho * Períodos expressos em bimestres.

1

2

3

4

5

X

X

X

X

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6

7

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8

9

10

X X

X X X

Orçamento Respondendo à questão “quanto?”. O orçamento distribui os gastos por vários itens que devem necessariamente ser separados. Normalmente, as

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monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa. Nesse caso, incluem-se: a) Pessoal: do coordenador aos pesquisadores de campo, todos os elementos devem ter computados os seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/atividade; b) Material: subdivido em: • Elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas, lápis, cartões ou plaquetas de identificação dos pesquisadores de campo, hora/computador, impressão, xerox, encadernação, etc. • Elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou serem alugados, como máquinas de escrever, calculadoras, etc.

Instrumentos de Pesquisa Ainda indicando como a pesquisa será realizada, devem-se anexar ao projeto os instrumentos referentes às técnicas selecionadas para a coleta de dados. Desde os tópicos da entrevista, passando pelo questionário e formulário, até os testes ou escalas de medida de opiniões e atitudes. A apresentação dos instrumentos de pesquisa deve ser feita, dispensando-se tal quesito apenas no caso em que a técnica escolhida for a de observação.

Glossário São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição. Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por parte do leitor.

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Referência Apresentada no projeto de pesquisa, a referência abrange os livros, artigos, publicações e documentos utilizados, nas diferentes fases: a) metodologia da pesquisa; b) instrumental teórico; c) revisão da bibliografia. Utilize as normas que você aprendeu na aula cinco para fazer as referências do seu projeto de pesquisa.

Resumo Nessa última etapa sobre como fazer um projeto de pesquisa você aprendeu que é fundamental para seu trabalho conhecer os referenciais teóricos sobre o assunto que vem estudando, pois são essas teorias que iluminarão seu caminho no processo de construção do conhecimento sobre a realidade pesquisada. Você verificou também que as partes finais do projeto de pesquisa contribuem para seu planejamento, pois é preciso elaborar um cronograma definindo as tarefas e os prazos, um orçamento para calcular todos os gastos necessários e finalmente, apresentar um glossário para tirar as dúvidas em relação a alguns conceitos. Finalizando, ficou explícito que as referências bibliográficas que devem constar em todos os trabalhos acadêmicos são muito importantes, pois informam ao leitor todo o material que utilizado e servem também como sistematização deste conteúdo.

De acordo com os conteúdos estudados nessa aula, marque as questões verdadeiras. (  ) Todo projeto de pesquisa tem por obrigatoriedade o item: “Orçamento”, que visa à distribuição de todos os gastos incluídos na pesquisa. (  ) A Referência de qualquer projeto de pesquisa apresenta os livros, artigos e publicações diversas que foram utilizadas na pesquisa. Esta deve ser construída seguindo as normas da ABNT.

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(  )No “Glossário”, o autor da pesquisa deve abordar todas as palavras que foram utilizadas na escrita do trabalho, incluindo seu significado e sua utilização.

Caro (a) estudante Parabéns! Você concluiu mais uma disciplina do seu curso. É gratificante poder contribuir com os seus estudos. Aprendemos bastante, mas ainda não terminamos, pois o processo de aprendizagem é contínuo. Espero encontrar você numa outra disciplina. Até mais!

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Palavras Finais Caro (a) estudante, Chegamos ao término do nosso módulo e nele vimos a importância de um trabalho científico e como ele deve ser feito, com base nas normas da ABNT. Aprendemos a fazer um projeto de pesquisa com todas as suas fases e verificamos que é de fundamental importância o hábito da leitura na hora de estudar. Portanto leia sempre. O curso dessa disciplina deve garantir a você mais facilidade para elaborar seus trabalhos acadêmicos e pesquisas, compreendendo que as regras e normas científicas, apesar de trabalhosas, contribuem para o seu planejamento, para o desenvolvimento das suas tarefas e ainda deixam seu material mais organizado e de fácil visualização para quem o lerá. Lembre-se que o conhecimento é um desafio que deve ser alcançado diariamente e nunca se esgotará. “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento” Platão

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Guia de Soluções Aula 1 Entendemos assim que uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem se determinar de antemão seu objetivo ou propósito, sem entender parte do que se lê, sem avaliar, discutir e aplicar o conhecimento emanado da análise e síntese do texto lido. Quais são os elementos que você considera fundamentais para uma boa jornada de estudo e leitura? Resposta: Atenção, intenção, reflexão, análise, síntese, espírito crítico.

Aula 2 A partir do conteúdo dessa aula é possível perceber que no dia-a-dia do estudante diferentes trabalhos acadêmicos são utilizados de acordo com as normas e as diretrizes metodológicas. Relacione as colunas: ( 1 ) Fichamento

( 2 ) Esse trabalho deve apresentar de forma breve, concisa e seletiva um determinado conteúdo e deve ser logicamente estruturado, pois não é apenas um apanhado de frases soltas.

( 2 ) Resumo

( 1 ) Na estrutura dessa atividade é importante que haja a referência: autor (es), título, edição, local, editora, data de publicação, número de páginas e no corpo da documento o seu conteúdo.

( 3 ) Resenha

( 4 ) Esse trabalho é uma condensação das principais ideias de determinada obra na linguagem do autor e é exigente por se tratar de uma modalidade de texto que não se perde em rodeios e explicações.

( 4 ) Síntese

( 3 ) Para sua elaboração, alguns itens principais são considerados como, o resumo das ideias principais de uma obra, a apreciação crítica das informações apresentadas e da forma como foram expostas e a justificativa da apreciação realizada. ( 1 ) Essa modalidade de trabalho possibilita organizar os textos pesquisados, selecionar os dados mais importantes desses textos e funciona como método de aprendizagem e memorização dos conteúdos. ( 2 ) Para fazê-lo é preciso saber seu destino, pois há vários tipos, por exemplo, como parte de monografia, de artigo científico, em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. ( 4 ) O texto dessa atividade inicia-se com a apresentação do tema, do nome do autor e da tese (se existir) e, depois, a exposição das ideias inerentes ao tema, ou seja, o problema do texto (o ponto central). ( 4 ) Esse trabalho não é apenas uma repetição curta de um outro texto, é a exposição de sua essência, e pressupõe uma capacidade de análise, organização e reflexão. ( 1 ) É importante para a assimilação e produção do conhecimento e as informações mais significativas devem ser compreendidas e registradas para utilização posterior em produções escritas, sejam elas de iniciação à redação científica. ( 3 ) Para que ela cumpra sua finalidade deve apresentar em sua estrutura, a referência, credenciais do autor, resumo da obra, conclusão do autor, quadro de referências do autor, crítica do autor.

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Aula 3 Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso conforme o conteúdo estudado. a) (  F  ) Todas as folhas de um TCC devem ser numeradas e evidenciadas a partir da capa começando com o algarismo 1 (um). b) (  F  ) O tamanho e o tipo de letras dos títulos devem ser os mesmos em todo o trabalho. c) (  F  ) O tipo de papel a ser utilizado não é exigido pela ABNT, então você pode utilizar o de sua preferência. d) ( V ) Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Aula 4 Qual é o objetivo do sumário em qualquer trabalho, livro e outras produções? Resposta: A finalidade do Sumário é dar uma visão geral do trabalho e facilitar a localização dos assuntos.

Aula 5 Citação Direta: É quando se transcreve exatamente as palavras do autor citado. • Breves (até três linhas) –– Devem integrar o texto e vir entre aspas; –– O tamanho da fonte da citação permanece o mesmo do texto (ex. Arial 12). • Mais de três linhas: –– Recuo de 4,0 cm da margem esquerda. Letra menor (tamanho 10). Entrelinhas simples. Não deverão ter aspas. Entre o texto da citação e o restante do trabalho deve-se deixar do is espaços duplos, antes e depois.

Aula 6 Estudamos acima os critérios e fatores que influenciam na escolha de um tema para um projeto de pesquisa. Agora, em sua opinião, qual seria o

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fator determinante da sua escolha levando em consideração o universo de conteúdos que compõe o seu curso. Resposta pessoal

Aula 7 (1) Justificativa

( 2 )Esse cumpre a função de responder à questão colocada ao tema da pesquisa e deve ser descrito de forma clara, direta e simples.

(2) Problema

( 3 ) Essa representa uma afirmação acerca da problemática da pesquisa, ou seja, configuram-se como “afirmações provisórias”.

(3) Hipótese

( 1 ) Deve explicitar as motivações, a relevância e expor as razões pelas quais está-se realizando a investigação.

(4) Metodologia

( 5) Conjunto de processos como: observação, entrevista, questionário.

(5) Técnica

( 4 ) Indica a modalidade e as atividades e os instrumentos a serem utilizados para a obtenção dos dados (bibliográficos ou empíricos).

Aula 8 1) De acordo com os conteúdos estudados nessa unidade, marque as questões verdadeiras. (  F  ) Todo projeto de pesquisa tem por obrigatoriedade o item: “Orçamento”, que visa à distribuição de todos os gastos incluídos na pesquisa. ( V ) A Referência de qualquer projeto de pesquisa apresenta os livros, artigos e publicações diversas que foram utilizadas na pesquisa. Esta deve ser construída seguindo as normas da ABNT. (  F  ) No “Glossário”, o autor da pesquisa deve abordar todas as palavras que foram utilizadas na escrita do trabalho, incluindo seu significado e sua utilização.

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Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-História da normalização brasileira / Associação Brasileira de Normas Técnicas. – Rio de Janeiro: ABNT, 2011. 112 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: apresentação de artigo em publicações periódicas. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. ______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. 2 p. ______. NBR 6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. ______. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. ______. NBR 14724: informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 11 p. AMSTEL, Frederick van. Como fazer uma monografia para o TCC. Disponível em: HTTP://usabilidoido.com.br fazer uma monografia para tcc.html. Acesso em 29/04/2009. CANEZIN. Maria Tereza; ARAÚJO, Maria. O que é pesquisa? Goiânia, s/d. mimeog. CERVO, A.L.;BERVIAN,P.A Metodologia científica.3.ed.São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,1983. FERREIRA, Bruna M. ALMEIDA, Cristiane R.; FARIA Luiz Antônio. Guia metodológico da Faculdade Alfredo Nasser. Aparecida de Goiânia: Faculdade Alfredo Nasser, Diretoria Acadêmica, Coordenação de Iniciação à Pesquisa e extensão, Coordenação de Orientação de Trabalhos Acadêmicos, 2008, 59p. FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para o trabalho científico – elaboração e formatação. 14. ed. Dactilo-Plus: Porto Alegre, 2007. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1995. MAGRO, Marina Celeste. Estudar também se aprende. São Paulo : EPU, 1979. 193 p. MINAYO, Maria Cecília de Sousa. O desafio do conhecimento – Pesquisa qualitativa em saúde. 11.ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

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______. Pesquisa Social: Teoria método e criatividade. 26. ed. Petrópolis: Vozes. 2007. ______.O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.4.ed.São Paulo: Hucitec/Abrasco,1999. Parâmetros curriculares nacionais terceiro e quarto ciclo de ensino fundamental: língua portuguesa – Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC, 1998. p.69-70 . RUIZ, J. A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1996. ______. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, Atlas, 1977, 168p. RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. Petrópolis: Vozes, 1981. SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes,2001. SEVERINO, A. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001. VERGARA, Sylvia Const. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2000. ______ Projetos de Pesquisa: Propostas Metodológicas. Petrópolis: Vozes: 1991.

Bibliografia básica GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1995. SEVERINO, A. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.

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Curriculo das Professoras-autoras Daniella da Silva Porto Cavalcanti. Bacharel e licenciatura em Biologia pela PUC-GO, em 2002. Especialista em Docência Universitária pela FAGO, em 2005. Especialista em Ciências da Natureza pela UNB, em 2006. Mestre em Ecologia e Produção Sustentável pela PUC-GO, em 2010. Supervisora Técnico-pedagógica do Centro de Educação Profissional Sebastião de Siqueira, Goiânia-GO. Professora de Botânica, Metodologia Científica e ecologia da Faculdade Alfredo Nasser- Aparecida de Goiânia-GO.

Yara Fonseca de Oliveira e Silva, licenciada em Pedagogia pela PUC-GO, em 1988. Especialista em Psicopedagogia pela ULBRA – RS, em 1996. Especialista em Avaliação Institucional pela UEG – GO, em 2005. Mestre em Educação pela UFG – GO, em 2005. Doutoranda em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento pela UFRJ – RJ, em andamento (2010-2014). Professora da Universidade Estadual de Goiás e do Centro de Educação Profissional Sebastião de Siqueira – CEPSS, em Goiânia – GO.

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