O espírito santo o deus que vive em nós

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insaciáveis na busca do que poderia ser. Têm, portanto, visão do que pode ser feito; e têm coragem para aceitar desafios; têm certeza de que o pior passará. Paulo parece também ter possuído esse dom. Em Atos 27:21-26, num naufrágio, mesmo sem a menor esperança de salvamento ─ as circunstâncias absolutamente desfavoráveis ─ ele continua crendo e afirmando que Deus os pouparia a todos. O DOM DE CURA Diz I Coríntios 12:9: “a outros, o mesmo Espírito, dons de curar” Isso significa servir de instrumento para a cura de doenças ou enfermidades. Tais pessoas são instrumentos de Deus para orar com os doentes. Elas têm um dom que vai além da fé daqueles pelos quais oram. A leitura do N.T. nos mostra que muitas vezes Jesus curou em função da fé das próprias pessoas ou de seus familiares. Todavia, há ocasiões ─ a do cego de João 9 é a melhor delas ─ nas quais Jesus curou sem nenhuma participação dos que foram o objeto da cura. Obviamente ele podia fazer isso, pois era Deus. No entanto, os que são dotados do dom de curar têm também uma certa liberdade no exercício desse dom. Tal liberdade não se compra à de Jesus (mesmo a liberdade de Jesus era historicamente ilimitada ─ veja Marcos 6:6-7), mas existe de alguma maneira. Será, afinal, que a pessoa com este dom não fica doente? Paulo o possuía, e o exercitou muitas vezes. Em Atos 14 cura um paralítico em Listra. Em Atos 28 cura o pai de Público ─ a cidade inteira foi orar com ele, e ele cura todos. Contudo ele próprio, em Gálatas 4:13, afirma ter sido justamente em razão de uma enfermidade física que pregou o evangelho na Galácia. Ou é o caso de Eliseu. Ele curou Naamã, o leproso, ressuscitou mortos, salvou águas amargas, e mesmo depois de morto seus ossos ainda estavam impregnados do poder de Deus: “Sucedeu, que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando [moabitas que invadiam o lugar]; então lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, tanto que o cadáver tocou os ossos de Eliseu, reviveu o homem, e se levantou sobre os pés” (II Rs. 13:21). No entanto, tal homem, apesar de impregnado por tão imenso poder de Deus, morreu de uma enfermidade da qual ele não conseguiu se livrar: “Ora, Eliseu estava sofrendo da doença de que morreu” (II Rs. 13:14). Desse modo se conclui, sem apelação, o fato de que uma pessoa que possui o dom de cura pode ficar doente e mesmo morrer de tal enfermidade, sem que isso signifique, necessariamente, que tal pessoa esteja em pecado. Jesus disse que é normal e mesmo comum que o médico nem sempre seja capaz de curar a si mesmo (Lucas 4:23). Então veja que mesmo pessoas como Paulo e Eliseu não estavam isentas da possibilidade de enfermarem. Eram curadores que também, eventualmente, precisavam de cura. Às vezes Deus permite que o curador necessite de cura, a fim de que ninguém se equivoque com relação a quem é realmente que está operando, se o Espírito ou o instrumento. Talvez seja também essa a razão pela qual Paulo disse que Deus lhe pusera um “espinho na carne, mensageiro de Satanás”, a fim de que, por seu intermédio o apóstolo fosse “esbofeteado”, e assim jamais se ensoberbecesse. Aqueles nos quais especialíssimas manifestações do poder de Deus acontecem têm que aprender a viver em fraqueza (I Co. 12:9-10). Possuir este dom não garante que as pessoas à volta sempre serão curadas, bastando que o possuidor do dom ore por elas. Timóteo, amigo, companheiro e filho na fé de Paulo, tinha uma enfermidade crônica, acerca da qual o apóstolo fala em I Timóteo 5 ─ eram problemas de estômago. Ele inclusive lhe recomenda que não beba só água ─ a água naqueles dias costumava ser contaminada, salobra ─, mas um pouco de vinho, como medida terapêutica. Paulo, no entanto, não parece ter sido capaz de exercitar seu dom sobre Timóteo. E também Epafrodito, amigo de Paulo, ficou doente, à beira de morte. O apóstolo, ao lado dele, nada pôde fazer. A idéia que o texto nos dá é a de que Epafrodito desceu, botou o pé na cova, e a misericórdia de Deus o foi tirando de lá, gradativamente, sem nenhuma intenção milagrosamente. Paulo diz como aconteceu: “Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza”. Quando meu pai foi chamado para o ministério da Palavra, ele jejuava sempre, buscando muito o Senhor, procurando definições no seu ministério, na presença de Deus. E aqui devo dizer algo a respeito dele, pois trata-se de um homem muito sóbrio, digno, com a cabeça muito no lugar, uma das pessoas mais sensatas e controlada que conheço. Numa daquelas noites de jejum ele foi acordado Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito! www.caiofabio.com | www.vemevetv.com.br


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