Quando Às vezes VIDA NOS DEVOLVE PARA DENTRO DE NÓS MESMOS

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às vezes vida nos devolve...

quando fundiram minhalma naquele onze em novembro chovia demais e no barro esqueceram galhos e espinhos hoje Paraíso não passa dum triste arraial doutros tempos naquela estação em que dias acordam brumados de sono era um arruado coitado de gente que ali campara já cansada de caminhos guardava inda desenho da linda musa que fora na mocidade esses que hoje oram mãos tornadas de palma para o céu como se Deus fora obrigado a essas esmolas... é que a gente anda tomando emprestado tanta crise deste mundo que os tempos repetem-se miúdos e vão-nos obrigando viver ruins que inda nos faltam íamos - Goiás mostrando tristes uns pastos judiados de inverno com árvores coitadas do serrado só buritis vez outra formoseavam verdes alguns banhados desses mazelos que a vida vem botando na gente que nunca logra livrar-se

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