às vezes vida nos devolve...
na roça se tira leite aquele tantinho pro gasto que o resto resta no pasto em tetas das vacas para sustento das crias extêmporas sempre sobram nestas quebradas umas cigarras fringindo quanto as pessoas velhecem quando apartadas da gente guardara da mocidade aquele carão guzerá desses sonhos que acordam vestidos de suas felizes risadas bom quando alma da gente consegue nesses calmos se enxugar certo é que minha sombra sobrará sempre comigo dessa gente que passa pela gente e num estalar de dedo de repente desfazem-se embora sempre achei que qualquer outro lugar andava à espera por mim amanhã quem vai adivinhar onde estaremos o que seremos e se alguém cuidará do que já fomos ? desses que se levantaram outrora nossos precursores... celebremos unge-te com pedras que as palavras mesmo as persignadas não te devolverão às perplexidades 17