Elizabeth Louise Viigée Le Brun

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Elizabeth Louise Vigée Le Brun 1755-1842 Pintora do Rococó e do Neoclassicismo

Autorretrato com chapéu de palha; 1782


Filha do pintor, Louis Vigée, dele recebeu as primeiras lições. Na sua juventude beneficiou ainda dos ensinamentos de Gabriel Briard, Gabriel François Doyen, Jean-Baptiste Greuze, Joseph Vernet, e outros mestres dessa época. Em 1776, casou-se com Jean-BaptistePierre Le Brun, um pintor e negociante de arte e tetrasobrinho de Charles Le Brun, que foi o primeiro diretor da Academia e declarado por Luís XIV o maior pintor de França. Autorretrato com a sua filha Jeanne-Lucie, 1789


Pintou retratos de muitos nobres foi convidada para pintar a rainha consorte Maria Antonieta da França, no Palácio de Versalhes. A rainha ficou tão satisfeita que comissionou Vigée-Le Brun para fazer outros retratros seus, dos seus filhos e de outros membros da família real francesa, tornando-se amiga e confidente da rainha.

Retrato de Maria Antonietta com vestido de musselina, 1783


Em 31 de maio de 1783, Vigée-Le Brun foi aceite na Academia Real de Pintura e Escultura de Paris, como uma pintora de alegoria histórica. Adélaïde Labille-Guiard (1749–1803) também foi admitida no mesmo dia.

Auto-retrato de Adélaïde Labille-Guiard com duas jovens alunas (1785).


O seu estilo artístico é geralmente considerado influenciado pelo rococó, no entanto adopta, muitas vezes, um estilo neoclássico, não propriamente puro no tratamento dos drapeados das roupas da sua pintura de retratos. Enquanto servia como pintora de retratos de Marie Antoinette, Vigée Le Brun funciona puramente em rococó na cor e no estilo das escolhas. Maria Antonietta, 1783


Madame du Barry, amante de Luís XV pintada segundo a maneira Rococó, pela luz acentuada em claro-escuro. A decoração com elementos florais e o requinte dos panejamento e drapeados. A pose é calma e o sorriso fechado obedece aos cânones da época.

Madame du Barry, 1782


A duquesa solitária, está numa pose melancólica. Vestida de branco, memória da sua candura. A sua cabeça é suportada pelo braço, apresentando uma expressão triste e lânguida. Abaixo do peito está um medalhão de Wedgwood que Colin Eisler identificou como a pobre Maria, possivelmente uma referência para a vida da Duquesa, que mais tarde foi destruída por causa da revolução. A pintura está agora no Palácio de Versalhes. Madame la Duchesse d'Orléans, Abril 1789


Em 1787, causou um pequeno escândalo com um autorretrato que expôs onde exibe um sorriso de lábios abertos mostrando os dentes – em contravenção com as convenções pictóricas inspiradas na antiguidade. A má língua da corte condenou este atrevimento sem precedentes entre os velhos mestres.

Auto-retrato com a sua filha Jeanne-Lucie, 1786


Em Julho de 1789, com a revolução Francesa o pior estava para chegar devido à sua associação com a rainha Maria Antonieta que mais tarde seria decapitada. Em Outubro de 1789, mostrando grande coragem, abandonou Paris e foi para Itália com a sua filha de 9 anos. Foi o início de uma diáspora de 12 anos em exílio, impedida de regressar a França sob pena de morte. Viajou como retratista por Itália, Império Habsburgo, Alemanha e Rússia para se sustentar a si e à sua filha.

Auto-retrato, pintado em Florença, 1790


Na Rússia, ela pintou vários quadros para a nobreza e para a família imperial de Catarina, a Grande. Durante a sua estadia na corte dos Czares tornou-se membro da Academia de Belas Artes de São Petersburgo.

Retrato da Princesa Alexandra Golitsyna e o seu filho Piotr, 1794


Regressou a França, em 1803 durante o reinado de Napoleão I. Visitou a Inglaterra no início do século XIX, onde pintou quadros de famosos, como Lorde Byron e o futuro rei George IV de Inglaterra. Em 1807, ela viajou para a Suíça e foi eleita membro honorário da Société pour l'Avancement des Beaux-Arts de Genebra. Publicou as suas memórias entre 1835 e 1837, dando ênfase às suas viagens e à sua carreira artística. Ainda muito ativa com 50 anos, Vigée-Le Brun adquiriu uma casa em Louveciennes, Île-de-France. Permaneceu na capital parisiense até sua morte, em março de 1842. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Louveciennes. Do seu legando constam mais de 660 retratos e 200 paisagens. No epitáfio de sua tumba pode-se ler: "Aqui, pelo menos, descanso

Exposição na National Gallery of Canada, 2016


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