Edição nº34, novembro 2017

Page 1

Novembro 2017 | Nº 34

Izabel de paula

Beleza com saúde entrevista

Artur Jorge adriano Maia

O cantinho do Maia Lourenço Cunha e a transsexualidade, em entrevista

A Era do FINGIMENTO


FICHA TÉCNICA Coordenação Editorial Manuela Pereira Tiago Barreiro

Colaboração Editorial

2

Paginação e Design Mónica Oliveira

Adriano Maia, Andreia Rodrigues, Áurea Venceslau, Eduarda Andrino, Filipe Machado Ramos, Fitness Hut, Hugo Osório, Izabel de Paula, Manuela Pereira, Maria Inês Matos, Melissa Casanova, Nadine Santos Mussá, Olga Muro e Silva, Sónia Machado, Tiago Martins, Tiago Vaz Osório


ÍN DICE 4 ARMÁRIO SEM CHAVE 8 CRÓNICA Sónia Machado 13 DIVULGAÇÃO Pinta Fashion 14 ENTREVISTA Artur Jorge 22 ARTIGO 10 Farsantes que (quase) levaram a sua avante 32 ENTREVISTA Lourenço Cunha 40 RUBRICA Dr. Filipe Magalhães Ramos 44 RUBRICA O Cantinho do Maia 54 PEQUENOS MARQUESES 62 RUBRICA Conexão Fashion 68 POR DETRÁS DO PANO by Eduarda Andrino 78 RUBRICA Beleza com saúde by Izabel de Paula 82 ARTIGO Fingir ou não fingir, eis a questão! 88 FITNESS HUT 92 ARTIGO Comunicar sem fingir, Parte 1 100 COLUNA SOCIAL by Eduarda Andrino 110 RUBRICA Tiago Martins 116 CINEMA por Tiago Vaz Osório 3


PUFFER JACKETS 4


ARMÁRIO SEM CHAVE

P

or falar em inverno, se a sua preocupação passa pelo frio, esqueça porque a tendência este ano são as puffer jackets, já ouviu falar?

Cheias de estilo, confortáveis, quentinhas, volumosas e práticas. Recuamos no tempo e parece que voltamos a nossa infância, quem não teve uma? Nada mais é que uma casaca de nylon oversized em estilo desportivo, encontra se em varias cores e modelos.

Pois é, voltam se a usar e as fashionistas e as blogguers já aderiram. Vêem em todo o lado e se gosta de estar a par de todas as tendências esta não pode ficar de fora. Pode ser usada num estilo mas casual ou combina la num look mais luxuoso. 5


ARMÁRIO SEM CHAVE

6

Para não errarmos a dica é usa-la sempre com um estilo de calça skinny, camisas ou camisolas básicas e calçado confortável e simples, como por exemplo: ténis. Deixo algumas imagens de look,

onde podem conferir de como devemos usa-la. Pode nos encontrar na loja online através do facebook ou loja física situada em Chaves. https://www.facebook.com/armariosemchaveforman/?fref=ts


7


SABES FINGIR? 8


CRÓNICA

A

resposta imediata ouso a dizer que seria: NÃO!

Se fosse no universo da criança, o saber fingir seria um critério primordial de admissão ao mundo da fantasia, mas passada essa fase torna-se negativa essa prática. Mas será realmente errado fazer de conta quando crescemos?

Talvez sim! Somos adultos e devemos viver em verdade, com tudo o que isso implica! Assumir responsabilidades, encarar problemas, honrar a palavra e conjugar a autenticidade no que toca a nós e aos outros.

Sou defensora dessa verdade! Aliás tomo-a como minha, numa prática diária e num investimento consciente e dedicado de fidelidade para com ela. A verdade é o nosso palco de vida. E só lá tudo é validado. Tudo se solidifica na nossa história. Mas muitas vezes, chegamos a essa verdade fingindo! Arrisco a dizer que é preciso saber fingir também. Não um fingimento treinado para uma maldade gratuita, ou incapacidade de sentir e respeitar o outro. É fin9


gir para chegar mais além dos nossos próprios fantasmas, medos e limitações. Aprendi a fingir. Quero crer que só assim se consegue enganar os nossos pensamentos negativos e as ideias erradas que se erguem ou se plantam na nossa mente. Esse fingimento praticado, com bom propósito, faz milagres e vira uma verdade capaz de contar uma nova história e torna-se responsável de momentos memoráveis e transformações surpreendentes. 10

Neste caminho paradoxal que é a nossa existência, aprendo todos os dias a não julgar nada, nem ninguém, descubro que em tanta coisa menos colorida e de conexão negativa, existe uma beleza incalculável. E se uma criança finge para sonhar, a vida adulta e o tanto de exigência que ela envolve, ainda nos obriga a fingir mais. Se fingir te leva até ao teu melhor, te faz contrariar o que te reduz, se te leva pela mão ao sonho diante de um pesadelo. Finge!


CRÓNICA

Finge com amor. Finge com compaixão. E descobre o teu caminho até à tua verdade! Estudos comprovam que crianças e adultos só foram capazes de ultrapassar vivências traumáticas, porque souberam viver esse trauma projetando-se numa outra realidade inexistente. Eles fingiram? Claro que sim! Fingiram para sobreviver, fingiram para conseguir alimentar em si a esperança de dias melhores! E conseguiram! Estudos atestam que a autoes-

tima em pessoas ausentes dela foi alcançada através de uma insistência diária e consecutiva de palavras e práticas não sentidas. Se eles fingiram? Muitas vezes! Se conseguiram, ao fim de um tempo, enfrentar o espelho com outra verdade? Conseguiram!

Todos os dias fingimos. Todos!

Todos os dias desafiamos verdadeiras guerras internas e interferências externas e entre o bem e o mal, existe uma verdade maior, que foi construída de fingimentos com bons propósitos. 11


SÓNIA MACHADO ARAÚJO

CRÓNICA

Muito na vida não se restringe ao certo e errado, mas sim à tua capacidade de gestão, é o que fazes com ela que muda o rumo de tudo. Se tiveres que fingir para chegares a ti e ao teu melhor então finge.

Não julgues. Nem permitas que o façam. 12

Faz o teu caminho! Constrói a tua verdade! E se tiveres que fingir que seja com verdade! A vida é um antagonismo perfeito – uma obra complexa e maravilhosa – um cenário de verdade e ilusão, que ganha poder em ti, no que decides fazer com ela! Vive com verdade, mesmo que às vezes, seja preciso fingir!


DIVULGAÇÃO

Uma loja com atitude

Morada: Rua de Merouços, 4990-513 Anais, Viana Do Castelo Facebook: https://www.facebook.com/PintaFashion/

13


14

ARTUR JO


ORGE, o filho

15


A

força da geração que continua dentro das quatros linhas.

A Paixão pelo futebol, como surge? Surge de forma muito natural, certamente por ver o meu pai jogar desde que me lembro, por o acompanhar regularmente aos treinos e a todos os jogos... Surge desde muito novo como a minha grande paixão. Tendo sido o teu pai (Artur Jorge, ex- capitão do SC Braga) também ele jogador de futebol, influenciou de alguma forma? Qual? Terá tido a sua influência obviamente, mas sempre de forma natural. Eu sempre quis seguir os passos dele, quando era mais novo imaginava me constantemente 16

um dia na sua posição, chegar ao patamar dele... Sempre foi um grande exemplo para mim. Iniciaste o teu percurso de futebol no SC Braga e lá permaneceste até à ascensão à equipa A. Fala-nos dessa sensação. A sensação é indescritível. Desde que criança que tinha um objectivo muito bem definido, talvez um dos meus maiores desejos/sonhos, que era representar a equipa principal do Braga, o meu clube de coração. Comecei muito cedo no clube, com 6 anos e fui subindo sempre de patamar, capitão por todos os escalões onde passei, muitos sucessos pelo meio até ao pata-


ENTREVISTA

mar mais alto do clube. Sou talvez o único do jogador do SC Braga a ter começado nas escolinhas do clube e jogar em todos os seus escalões até a equipa principal do clube. Curiosamente, em 1998, o teu pai que jogava também pelo Braga sofreu uma derrota no Jamor pela conquista da Taça de Portugal, 18 anos depois tu obtiveste essa glória no Jamor pela equipa A do SC Braga contra o FC Porto. Que significado teve para ti essa conquista? Foi uma das maiores alegrias que tive até hoje. Toda a envolvência da taça, a atmosfera, o ambiente, o peso que tinha aquela final, acrescido pela final do ano anterior... Tinha a certeza absoluta que íamos levar a taça para Braga, comentei isso durante a semana várias vezes com a minha família e colegas... Estar na tribuna, levantar a taça e olhar para toda a legião na curva e especialmente para a minha família, é um momento marcante na minha vida. Tinha conseguido vingar a nível pessoal a derrota do meu pai, no mesmo estádio contra o mesmo adversário, e oferecer lhe essa alegria. É sem dúvida um momento que

levarei para o resto da minha vida! Estás de momento a jogar pela Liga Romena, foi de que forma importante para ti conhecer e jogar numa nova liga? Tenho a convicção que irá ser bom para mim e para o meu futuro sair da minha zona de conforto. Estou a adaptar-me a uma realidade completamente diferente, um país com costumes e hábitos diferentes e um clube com uma dimensão gigante a nível nacional. Terminando esta experiência tenho a certeza que irei ser mais maduro, mais capaz de ultrapassar adversidades e com mais vivências adquiridas. Que principais diferenças encontras entre a Liga Portuguesa e a Liga Romena? A liga romena talvez tenha um pouco mais de jogo directo e físico que a portuguesa. Em Portugal já se trabalha bastante o aspecto táctico, já se estuda bastante o adversário, mas também estamos a falar de uma Liga que está cada vez mais perto das melhores da Europa. Que objectivos pretendes atingir 17


18


ENTREVISTA

no Steaua Bucuresti? O Steaua tem como objetivo claro e principal a conquista do campeonato. A dimensão do clube a isso o obriga. Tínhamos também o objectivo de alcançar a fase de grupos das competições europeias e esse está alcançado, agora vamos procurar chegar o mais longe possível. A representação na equipa A da selecção nacional é um sonho? Tenho claro esse sonho, essa ambição. Sei que é um longo caminho a percorrer, é um espaço de eleição, só para os melhores. Não é por acaso que somos campeões europeus, temos excelentes resultados a nível de selecções jovens... Existe muito talento em Portugal, temos cada vez gerações mais fortes. Mas trabalho com a ambição de um dia representar o meu país ao mais alto nível! Apesar do teu trajecto ser ainda curto, menciona dois momentos vividos dentro das quatro linhas. Momento feliz e inesquecível tenho a conquista da taça como já foi referido em cima, e tenho dois momentos marcantes da época passada. A estreia na 1ª Liga no estádio da Luz com 58.000 pessoas e a es-

treia na Liga Europa na Ucrânia frente ao Shaktar Donetsk. Momento mais difícil- foi a perda da taça da liga a época passada frente ao Moreirense. Vínhamos de um período difícil, muita desconfiança, críticas e para nós sofrer mais aquele golpe, foi muito duro. Para mim foi o momento mais difícil na minha carreira. Curiosidades: Como te defines enquanto atleta: nunca gostei muito de falar das minhas características, prefiro que avaliem o meu trabalho em campo. Mas tenho em mim um conceito muito forte de liderança, compromisso e exemplo. Ídolo: tenho de eleger o meu pai, por ter sido o meu mentor e por eu ter sempre dentro de mim a motivação de chegar onde ele chegou e alcançar feitos maiores que os dele. Sempre me revi na postura dele enquanto jogador profissional de futebol. Jogadores que admiro: vou referir apenas um jogador da minha posição, porque é quem mais eu aprecio e avalio... Nesse capítulo o Sérgio Ramos enche me as medidas. É sem dúvida o meu defesa central de eleição. 19 Melissa Casanova


10

FARSANTES QUE

20


(QUASE)

LEVARAM A SUA AVANTE

21


ARTIGO

N

uma era em que o avanço das tecnologias proporciona-nos tantos momentos de entretenimento e partilha, existe também o lado negro: o da falta de segurança, o da possibilidade de o poder sobre a tecnologia ser utilizado para prejudicar outros, mesmo quando estes são pessoas precavidas.

22

Antes do grande boom das tecnologias, no entanto, a falsidade já existia, de outras formas, e sempre existiu, nas mãos minuciosas de pessoas inteligentes que souberam usar o seu conhecimento para o mal, ou a seu favor de alguma forma, à custa da desgraça alheia. Falamos de falsificadores de identidade, falsos profissionais que conseguiram enganar multidões por fama, vida mais excitante ou interessante, fugir à responsabilidade por crimes cometidos ou, claro, fortuna. Burlões e charlatões que encheram os bolsos e enriqueceram a vida com fortunas retiradas a outrem e sucesso roubado – muitas vezes quando outrem se refere a

pessoas necessitadas – por portas e travessas ou mesmo na luz do dia, roubando – ou mesmo matando – descaradamente sem que as vítimas ou as autoridades reparem nas falácias e mentiras destes grandes mestres da falsidade. Algumas destas pessoas viveram as suas farsas apenas para viverem uma vida diferente, enquanto outras tinham os piores objectivos possíveis. Não estamos a falar de ladrões comuns, nem dos que roubavam aos ricos para dar aos pobres como Robin Hood, mas sim burlões com esquemas tão bem pensados que custaram a ser desvendados, tanto que esvaziaram imensos bolsos quase que


com o consentimento dos donos dos mesmos. Claro que hoje em dia as burlas continuam mesmo para além das tecnologias avançadas, mas no passado o engenho dos con artists quase merece ser aplaudido devido à perfeita atenção aos detalhes e creatividade, não fossem os seus actos

altamente condenáveis e muitas vezes cruéis. Sem mais demoras, fique a conhecer 10 dos maiores farsantes que (quase) levaram a sua avante. Abrimos agora a janela para o mundo de possibilidades da falsidade cometida ao longo dos tempos.

1. O homem que vendeu a Torre Eiffel

dos da América ao vender várias máquinas que supostamente produziam notas de 100 dólares. O preço destas máquinas era elevado e os enganados, esses só percebiam que Lustig era um charlatão quando ele já tinha desaparecido sem deixar rasto. Este era apenas o início da carreira deste mestre da falsidade. Quando chegou aos ouvidos de Victor Lustig que o governo francês estaria com dificuldades em manter este marco histórico, sentiu a sua grande oportunidade a chegar. Assumiu a falsa posição de representante do governo, en23

Enquanto que para alguns a ideia de se vender um marco histórico, um monumento ou qualquer outro ponto de atracção turística ou de domínio público, ainda há quem tente vender um pedacinho da lua ou, no caso deste mestre do engano, a Torre Eiffel. Falamos de Victor Lustig. Nascido na antiga Checo-eslovaquia, este ardiloso burlão era fluente em várias línguas e em esquemas de engano. Este homem conseguir dissuadir várias pessoas nos Estados Uni-


ARTIGO

24

trou em contacto com comerciantes de peças de metal alegando que se tinha tornado impossível manter a dita torre. Conseguiu negócio com um comerciante, recebeu uma mala de viagem com

o dinheiro e viajou de comboio para Viena. O comprador, humilhado, não encontrou coragem de reportar o esquema às autoridades.

2. O nascimento do esquema de pirâmide

é. Ponzi prometia a cada investidor 50% de lucro dentro de 45 dias ou 100% de lucro dentro de 90 dias. No início dos anos 20 do século XX, este grande burlão conseguia lucrar 250 000 dólares por dia, até que foi preso, faliu, foi solto e morreu na miséria, no Brasil, num hospital de caridade. Ponzi foi também responsável pela troca lucrativa entre cupões e selos de países diferentes, que os investidores compravam ignorando o facto de estes cupões não existirem. Assim se vê o poder das palavras bem escolhidas e do carisma de uma só pessoa.

Tido como o maior burlão da história dos Estados Unidos da América, Charles Ponzi foi o criador do famoso esquema de pirâmide, um esquema que tem vindo a ser muito utilizado ao longo dos anos, adaptado ao avançar da história e tecnologias. Em inglês, o esquema da pirâmide tem o nome do seu fundador, “Ponzi scheme”. Estes esquemas fazem com que cada investidor ganhe uma fracção dos ganhos de cada pessoa que colocar no mesmo esquema, isto, claro, sem plena noção do quão criminoso e falso este esquema


3. Vivendo à custa do Estado

te ao subsídio de segurança social americano. Esta rainha da falsidade conseguiu arrecadar 150 000 dólares por ano, sem impostos, e não escondia a sua riqueza, uma vez que guiava grandes carros e usava roupas de preços altos. Linda Taylor acabou por pagar pelos seus crimes.

4. Como se fosse membro de várias famílias de renome

propriedade para a depois vender por um valor astronómico. Fugiu depois para os Estados Unidos da América, onde se fez passar por familiar próximo de grandes nomes como Sofia Loren ou Oscar de La Renta e conseguiu enganar pes25

Ronald Raegan, na sua campanha em 1976 falou na rainha da segurança social americana, Linda Taylor. Segundo este, Taylor usou 80 nomes, 30 moradas, 15 números de telefone, tudo para receber cupões de alimentação, pensões de viuvez de veteranos fictícios e, claro, o corresponden-

Christophe Rocancourt auto-intitulou-se membro da família Rockefeller em Paris para o seu primeiro grande golpe, em que falsificou a escritura de uma grande


ARTIGO

26

soas como Mickey Rourke e convenceu Jean Claude Van Damme a produzir o seu próximo título no cinema. Fazia-se sempre acompanhar por belíssimas mulheres que desconheciam a sua verdadeira identidade, incluindo modelos da famosa revista Playboy, alegando fazer parte da nobreza francesa. Foi em 2002 que a carreira como actor da vida real deste homem de mil nomes teve o seu fim. Assumiu a autoria de crimes de diversas naturezas, entre elas suborno e vári-

os tipos de roubo. Foi obrigado a pagar multas, a restituir dinheiro e a passar tempo encarcerado em Nova Iorque. A Suiça proibiu a sua entrada, acusando-o de roubo de joalharia valiosa. Supõe-se que todos estes anos de enganos o fizeram lucrar mais de 40 milhões de dólares, quantia essa que ainda não foi confirmada à data. Confirmado foi, no entanto, que este assassinou uma pessoa e raptou outra, tendo sido condenado a 27 anos de prisão em 2013.

5. Poyais, o país que nunca existiu

a Inglaterra alegando a existência e a sua posição de poder sobre um país na América Central de nome Poyais. Parece obra de ficção, mas foi realidade. Investidores não faltaram para este país fictício, na ânsia de conseguirem a sua posição e lucro na indústria da colonização. Conseguiu fazer com que várias embarcações par-

Seria impossível conceber que alguém fosse capaz de criar um país fictício com sucesso e lucrar com esse esquema, mas Gregor McGregor conseguiu-o. Este soldado escocês aproveitou as lutas pela independência na América do Sul para regressar


tissem com destino a Poyais, tendo criado um mapa e listagem de abundantes recursos deste suposto país na costa das Honduras. A morte foi o destino de muitos destes colonizadores, o que não

impediu McGregor de se nomear presidente da república de Poyais e embora tenha sido indiciado por fraude, continuou a vender propriedades e recursos inexistentes à nobreza europeia.

6. Um dos homens de mil profissões

dadeira profissão foi militar e foi justamente o Exército e a Marinha norte-americanos que o prenderam, não sei antes que este tenha conseguido proceder a acções das suas profissões fictícias com sucesso. Morreu em 1982, já depois de um filme ter sido feito sobre a sua história, sendo a sua última profissão pastor baptista. 27

De entre as profissões que Ferdinand Demara forjou, as mais perigosas terão sido a de cirurgião ou a de psicólogo, mas na sua lista também constam profissões como guarda prisional, investigador oncológico, advogado e, por alguma razão, monge! A sua ver-


ARTIGO

7. A Cura de Benny Hinn

soas com diversas maleitas sem cura como a SIDA ou o Cancro. Com estas cruzadas, gravadas e passadas na televisão lucrou ao ponto de ter o seu próprio programa. Tal como outras pessoas que se dizem iluminadas, este pastor tentou prever vários acontecimentos históricos, sem sucesso, no entanto, mantem-se popular.

8. A Banqueira do Povo

“a banqueira do povo”, esta agiota começou nova a guardar o dinheiro de varinas, o que resultou que em adulta já operasse bem um esquema de pirâmide nos seus empréstimos através da cobrança de juros às pessoas que lhe pediam dinheiro e, também, às quais lhe confiavam o seu.

Benny Hinn é um pastor evangelista, e nos dias que correm continua a viver a vida que para si construiu. Poderá haver – e decerto haverá – quem por ele “ponha as mãos no fogo” por acreditar em tudo o que este homem diz ser capaz. Benny Hinn, nas suas Cruzadas dos Milagres curou, supostamente, pes-

28

Já vários farsantes estrangeiros, está na altura de nos voltarmos para os nossos. Maria Branca dos Santos, também conhecida como Dona Branca, causou um escândalo financeiro em Portugal nos anos 80. Conhecida como


O seu esquema funcionava perfeitamente, sempre com novos clientes e filas à porta dos seus vários escritórios. Quando a Banca se apercebeu da actividade de Dona Branca, coube ao Ministro das Fi-

nanças acautelar os portugueses através da televisão. A agiota foi então presa, bem como alguns dos seus clientes, que estavam ligados ao mundo do crime, e a história ficou para a posteridade.

9. Alves dos Reis e a Nota de 500

a mesma qualidade que as verdadeiras. Este crime envolveu várias pessoas, embaixadores de outros países, numa trama muito bem construída. As notas possuíam números de série já existentes em Portugal e, devido ao seu número elevado, correspondiam a sensivelmente a 1% do PIB de Portugal na altura. Enriqueceu de uma forma avassaladora, com os seus 25%, tendo adquirido propriedades e negócios e ambicionado controlar o Banco de Portugal através da posse de acções para encobrir o seu crime. O jornal O Século teve um papel fulcral na desmistificação das acções do Banco de Angola e Metrópole, de onde as notas falsas saíam. Alves dos Reis foi preso com 27 anos de idade. 29

Seria de esperar que a falsificação de dinheiro fosse extremamente difícil, mas os tempos eram outros e Artur Virgílio Alves dos Reis conseguiu duplicar notas de 500 escudos, efígie Vasco da Gama, na primeira metade do século passado. A sua primeira falsificação foi de um diploma de Oxford em Engenharia numa faculdade fictícia. Devido a cheques falsos e golpes associados a uma empresa de automóveis americanos, foi preso no Porto por desfalque, mas o seu nome estará para sempre aliado ao seu crime posterior. Falsificou um contrato do Banco de Portugal que lhe permitiria imprimir notas falsas numa impressora legítima, o que faria com que estas tivessem


ARTIGO

10. Apanharam-no e ele agora apanha-os

Apesar de Frank Abagnale e a sua história figurarem no último número desta revista, seria impossível escrever este artigo sem falar novamente nos seus feitos. Forjou vidas, cheques, e viveu diversos papéis, de piloto, a professor, a médico, mas o seu poder de persuasão provou-se quando conseguiu, estando preso, convencer os guardas prisionais de 30

que era um agente do FBI infiltrado na prisão, fazendo com que estes o libertassem. A sua vida foi transformada em filme, “Apanhame se puderes”, em que Leonardo DiCaprio interpreta a vida deste homem, quanto ao verdadeiro Frank Abagnale, hoje em dia, ajuda o FBI a apanhar aqueles que tentam fazer o mesmo tipo de crimes que ele conseguiu com sucesso.


Por vezes a falsidade vem apenas para que se viva uma vida excitante e diferente, mas as pessoas incluídas nesta lista, usaram-na para lucrar e para sair impunes perante grandes crimes. Todos os crimes referidos nesta lista tiveram lugar no século passado, agora, com o avançar dos

tempos e das tecnologias, a falsidade talvez tenha ganho nova vida, com tantas novas formas de assumir outras identidades, forjar documentos e fortunas. Será difícil dizer com certeza que o século passado tenha sido a Era da Falsidade, será mais precavido dizer que a Era da Falsidade ainda não terminou.

NADINE SANTOS MUSSÁ

31


“FINGIR É MAIS 32

FÁCIL”


“D

ar Corpo à Alma” é o título do livro que retrata a sua história de vida. Este título revela um dos temas mais complexos da identidade humana A Transsexualidade. Qual foi o objetivo da escolha no título? O objetivo do título sempre foi para que fizessem a ligação do verdadeiro sentimento que eu carregava há anos. Foi para as pessoas perceberem que a alma sempre foi a mesma e mantem-se intocável. O que eu tinha que alterar era a imagem física para poder condizer com toda a essência da minha pessoa, por isso teria que dar um corpo à minha alma, um corpo que correspondesse ao que jamais seria alterável. Foram 30 a viver sobre uma identidade que não representava a alma que o animava. Viver assim,

durante tantos anos, é uma batalha a todos os níveis? Viver assim durante 30 anos talvez fosse um “um pau de dois bicos”, ou seja, eu não conhecia outra realidade física (até ao momento da transformação), por isso, tentava adaptar-me o mais possível à vida que tinha. Sempre tentei não dramatizar a situação e focava-me na procura da solução para o meu problema, no entanto, era uma batalha interior diária, não teria sido feliz se não encontrasse a solução, teria vivido uma vida que não me pertencia e, nesse momento, não seria viver, seria sobreviver. Quais foram os momentos mais difíceis? Os momentos mais difíceis eram olhar-me diariamente ao espelho e não aceitar a imagem da pessoa física porque não corresponde à pessoa interior. É como ter uma alma pe33


ENTREVISTA

nada a vaguear por um corpo ao qual não pertence nem se identifica. Era uma espécie de viver em negação e, ao mesmo tempo, uma enorme vontade de viver outra vida - aquela que idealizamos e sabemos que seriamos felizes. Explicar o que sentimos a quem nos rodeia também não é tarefa fácil e o medo da não aceitação pode travar-nos e adiar a batalha, porém uma batalha perdida não seria a guerra perdida. Como justifica que tantas pessoas vivam este drama e não lutem para mudar as suas vidas? Há imensa gente a viver presa num corpo com o qual não se identifica, mas que não tem coragem de lutar, por isso, há 34

imensos entraves aos quais essas pessoas dão mais valor que a si próprios, pois vivem uma vida socialmente correta perante os outros, mas vivem infelizes o resto dos seus dias. Represálias, não aceitação, negação, olhares, são motivos bastante fortes para travar muita gente, o medo do abandono por parte dos mais próximos é tremendo e será mais fácil viver uma vida que não é a deles do que enfrentar, como se diz, “o touro pelos cornos”. Não condeno, nem posso, cada pessoa vive como pode e todos temos limites bastante diferentes. Que conselho deixa a todos que o leem e seguem? O conselho que dou sempre


a quem, de alguma forma, me procura como fonte de informação ou conselho é para lutarem sempre pelos seus objetivos, pelos seus sonhos, que todos nós temos uma capacidade enorme de poder realizar, de ser quem quisermos e não podemos deixar que ninguém nos convença do contrário porque a vida é uma mera passagem e temos que a viver em plenitude, em harmonia e com felicidade e realização pessoal, no entanto, “ficar à sobra da bananeira”, à espera que alguém faça algo por nos próprios nunca foi a solução.

Vivemos numa Era do Fingimento? Vivemos numa era de super fingimento, de aparências, de ilusões, de camuflagem, na era onde as redes socias nos dominam, onde passamos horas num mundo virtual e nos esquecemos das pessoas físicas, onde partilhamos indignação em muitos assuntos e, na verdade, nem nos importamos ou nem sabemos bem do que falamos, mas fica bonito mostrar ao mundo que nos importamos com a poluição, que nos importamos com os animais, que nos importamos com a comunidade LGBT, que nos

35


36


ENTREVISTA

importamos com o racismo, com as injustiças, com a política (e no dia de eleições nem vamos votar). Que nos importamos com tantas outras coisas que, na verdade, não nos importam nada. Não nos importamos se virmos uma agressão na rua, não nos importamos se o vizinho ou vizinha sofre de violência doméstica, ou com as crianças abandonadas que foram concebidas por heterossexuais, mas já nos indignamos se forem adotadas por homossexuais. Poderia fazer uma lista quase sem fim ao referir todos os fingimentos humanos nos dias de hoje, mas seria só mais um a fazêlo. Fingir é mais fácil? Fingir é mais fácil, sem qualquer dúvida, às vezes acho que as pessoas acreditam no seu próprio fingimento, fingir que se é feliz, fingir que se gosta, fingir que se importa, fingir que se é correto, uma lista infinita de fingimentos que nos são tentadores perante a sociedade. Em temas mais complexos, o fingimento é a solução. Fingimos que aceitamos, mesmo se não temos nada haver com tal aceitação, pois cada um tem que viver a sua própria vida (deveria ser essa a lei da vida),

mas as pessoas, na realidade, nem se importam, mas fica bem fingir porque na realidade fingir é ignorar os assuntos de forma socialmente correta. O que falta a Portugal para a mudança? O que falta em Portugal é desmistificar vários assuntos, é deixar de dramatizar, é cada um lutar pela sua própria felicidade e vida, o que daria menos tempo para se importar com a dos outros, é deixar de ter temas tabus e fazer “um bicho de sete cabeças” de assuntos tão simples, é a sociedade, em geral, aceitar cada um como é sem ter que dizer que aceita ou não aceita porque não tem que o fazer, tem apenas que respeitar. Falta a igualdade e justiça para todos, falta deixar de fazer circo com certos assuntos porque um dia ensinaram-me que um problema deixa de o ser quando deixamos de falar nele. A sua história tem servido de inspiração a muitas pessoas. Passava por aqui o objetivo deste projeto literário? O meu objetivo com o lançamento do livro foi ajudar quem precisa, foi informar, foi contar a minha 37


ENTREVISTA

história, quando centenas de pessoas se revê na mesma, foi dar informação a quem ainda continua na busca dela, foi também clarificar os curiosos para que, talvez, pudessem perceber de vez o que há tantos anos luto para explicar, foi uma forma de dizer, também, “não estão sozinhos, eu passei pelo mesmo e se eu consegui vocês também conseguem”, é uma forma de dizer que não foi fácil, mas não desisti e que desistir nunca foi a solução para nada na vida, as pessoas tem que viver e deixar de sobreviver.

38

O que podemos ler e encontrar na sua obra? Os meus projetos são muitos, acho que sempre fui assim, um sonhador nato e, por vezes, controverso nos caminhos que percorro. Já fui barmen, já fui ajudante de cozinha, já fui chef de cozinha, no entanto, o desporto sempre me acompanhou desde muito novo e, mais uma vez, vi-me a lutar pelos meus sonhos. Acabei os estudos em regime noturno, tirei uma formação desportiva, mais especificamente, técnico especialista em exercício físico em regime diurno que acabei não há muito tempo.

Recentemente, e estou a falar, pela primeira vez do assunto, abri dois espaços aos quais chamamos estúdios de PT (personal trainer), um em Barcelos, outro em Braga. Quero com isto poder dar às pessoas uma qualidade de vida diferente, já que o meu objetivo é focar-me na correção postural, perda de massa gorda e tonificação. No entanto, e mesmo que este projeto me ocupe bastante tempo, tenho outros em andamento que farei o mesmo processo que este e só pararei quando estiverem concluídos. Aprendi que em “segredo” as coisas fluem com outro ritmo, no entanto, posso adiantar que são de outra área completamente diferente. No final de tudo, não me posso esquecer, também, dos negócios de família que foram construídos com muito suor, dedicação, esforço e trabalho e que terei, por uma questão de bom senso e opcão, também um dia mais tarde, ser eu e o meu irmão a seguir os mesmos até porque estaria fora de questão deitar ao lixo a vida dos meus pais, jamais os desonraria com tal coisa. Quais os projetos futuros?


Passou um ano desde que lancei o livro, mas ainda hoje recebo mensagens a dizer que procuram por toda a parte e não o encontram, pois ele só esta à venda online. Em qualquer das minhas redes sociais é possível encomendá-lo e eu mesmo me encarrego de o enviar, assim como o dedicar à própria pes-

soa porque acho que uma palavra é o mínimo que posso dar a quem quer saber mais sobre mim, sobre a minha história de vida, sobre o meu processo e cada passo que dei até hoje porque é como um deixar que a pessoa entre na minha vida no meu íntimo. 39


40

DR. FILIPE MAGALHÃES RAMOS


DERMOLIPECTOMIA (Abdómen, Braços e Coxas)

O

corpo influencia o nosso dia-a-dia, a nossa atitude e auto estima. As alterações que vão surgindo afetar consideravelmente o paciente. A pensar no seu bem-estar e autoestima a clínica do Dr. Filipe Magalhães Ramos acrescentou recentemente ao seu

portfólio de procedimentos as intervenções corporais. Neste mês abordaremos a dermolipectomia que é uma cirurgia que pode ser feita em qualquer zona do corpo, sendo mais comum no abdomén, nos braços e nas coxas.

41


RUBRICA

A abdominoplastia é o procedimento cirúrgico indicado para quem pretende remover o excesso de pele e gordura da região abdominal e reforçar a estrutura da parede abdominal. Sendo também um dos mais procurados pelos nossos pacientes. Devido a algumas mudanças corporais que ocorrem ao longo da vida, como alterações de peso, 42

de volume, e a gravidez, podendo provocar o aumento da gordura e/ou da pele na região abdominal infraumbilical, diástase (afastamento) dos músculos retos abdominais, dando um aspeto arrendondado ao abdómen, e a perda de elasticidade da pele e o consequente aparecimento de estrias. A abdominoplastia permite resolver estes problemas, melhorando a forma e o contorno abdominal do paciente.


O estiramento da pele pode surgir devido ao aumento abrupto do peso ou a uma gravidez. A dermolipectomia restaura o excedente de pele e trata a sua flacidez e o seu aspeto envelhecido. Sendo eficaz nos braços e coxas também. Nos dias seguintes à intervenção, deverá haver um cuidado redobrado por parte do paciente, evitando qualquer tipo de esforços excessivos, para que o resultado obtido seja o melhor possível. Este tipo de cirurgia pode ser realizado com anestesia geral (preferencial) ou sedação e

epidural, tem a duração aproximada de 1 hora a 1 hora e meia, podendo ser associada a outros procedimentos cirúrgicos faciais ou corporais. Para mais informações e marcações: Email – geral@fmrcirurgiaestetica.com Site – www.fmrcirurgiaestetica. com Telefone - 22 316 8066 Whatsapp – 915 127 622

43


44

O Cantinho do Maia


“Fugazes” I

nauguro este mês uma nova rubrica na Inurban, a convite da Manuela. “O Cantinho do Maia”, que agora lê, não terá tema fixo, mas antes será tão eclético quanto os gostos do seu autor, o tema do mês, e as necessidades e desejos da revista e dos seus leitores.

Aproveitando o tema mensal, inaugurarei também a série “Fugazes”, com sugestões para experiências de fim de semana familiares, de casal, ou mesmo individuais, com a minha recente experiência com o Comboio Histórico do Douro, uma pequena pérola disfarçada. E digo disfarçada porque a publicitação desta experiência pouco extravasa o sítio online da CP e uma quase muda expressão

em panfletos nos pontos de venda com atendimento personalizado. Com efeito, uma visita ao endereço www.cp.pt não revela à partida qualquer publicidade relativa quer a esta experiência, quer a outras experiências similares, nomeadamente o “Comboio Histórico do Vouga” e o “MiraDouro”. Apenas um clique na pouco intuitiva ligação “Como viajar” revela a existência destas experiências de fim de semana. 45


46

Mas deixemo-nos de rodeios, e passemos à história que tenho para vos contar. 5 de agosto de 2017. Cedo. Um bocado cedo demais, tendo em conta que estava de férias, e que por muito que me levante cedo independentemente de estar ou não em período de férias, levantar-me de madrugada não é muito o meu estilo. “Oxalá que valha a pena”, pensei para comi-

go, ainda meio grogue. Segredo, para nós que ninguém nos ouve: valeu a pena. A razão de me levantar antes do nascer do sol prendeu-se com o facto de a viagem do Comboio Histórico do Douro se iniciar às 15H22 na estação da Régua, de estar a sair de Almada, onde moro, e de não querer passar horas a fio enfiado num carro (ou, pior ainda, num autocar-


RUBRICA

ro). Aliás, atendendo aos preços dos packs praticados pela CP para esta experiência, nem compensaria viajar de outra forma que não fosse de comboio: o bilhete individual fica por €42,50, os packs com viagem de ida e volta incluída começam nos €47,50 e terminam nos €77,50 por pessoa, dependendo do ponto de origem. Fica uma dica para quem, como eu e a minha cara-metade, iniciar

o percurso na Margem Sul e tiver passe para Lisboa: poupe €10 e vá nos transportes públicos até uma das estações de comboio de Lisboa. O bilhete (para o Alfa ou Intercidades) inclui deslocação gratuita nos comboios urbanos de e até Santa Apolónia ou Oriente, na hora anterior/posterior à saída/ chegada do comboio. No nosso caso, fomos de carro até Entrecampos. Pouco depois 47


RUBRICA

48

das 8 da manhã, saiu do Oriente o Alfa com destino ao Porto – Campanhã. Poderíamos ter saído mais tarde e ainda assim chegado a tempo, mas já a minha bisavó ia para a estação com várias horas de antecedência. Aparentemente, herdei esse gene, e por isso chego sempre com tempo de sobra. A viagem correu sem sobressaltos, como aliás é habitual no Alfa, pela minha experiência, e chegámos com tempo mais do que suficiente para aproveitar a cozinha local, que já há muito não provava. Estaria a mentir se dissesse que comi uma Francesinha. Vontade não faltava, diga-se, mas com o calor que estava seria um prato demasiado pesado. Fiqueime por algo ligeiramente mais

leve, num pequeno restaurante na Rua da Estação. Bem servido (como é típico no Norte), saboroso e em conta, é uma das coisas que me deixam saudades dos tempos em que para lá vivi. Para além do conforto extra de não ser preciso conduzir (ou de ir tipo sardinha em lata num autocarro), uma das outras vantagens desta experiência é, sem dúvida, o facto de, num só dia, se experimentar quase todos os grandes pontos da história dos Caminhos de Ferro em Portugal, no que diz respeito ao tipo de comboios utilizados: Alfa Pendular/Intercidades/Suburbano até ao Porto, Diesel até à Régua (a linha do Douro ainda está em processo de eletrificação, termi-


nando em Marco de Canaveses o troço eletrificado), e Histórico até ao Tua. Sem dúvida, uma excelente oportunidade para viver na pele a evolução do comboio no nosso país. Apenas a apontar o facto de a ligação Porto-Régua-Porto ter necessariamente de ser feita num comboio a Diesel, e não, como o Comboio Histórico, ser apenas uma parte da experiência, sendo lamentável que, em 2017, se sujeitem os passageiros desta região (e de outras!) a viagens menos confortáveis e mais lentas por falta de investimento em infraestruturas ferroviárias. E foi neste contexto que, pelas 13H15, partimos de Campanhã com destino à Régua. Sinceramente, só as paisagens deste percurso já fizeram valer a pena le-

vantar-me a horas, como diria um antigo professor, inconstitucionais. Mas o melhor ainda estaria para vir. A partida do Comboio Histórico da Régua é um evento em si mesmo. Muito antes da partida já se preparam a locomotiva e as cinco carruagens, que os passageiros aproveitam para visitar e fotografar, ao som da banda de música popular tradicional que nos acompanhará durante toda a viagem. Sim, entre outros “mimos” de que falarei mais tarde, da viagem no Comboio Histórico faz parte acompanhamento musical. Inicialmente na plataforma, minutos antes da partida a banda toma os seus lugares numa das carruagens, retomando a sua função pouco depois de deixarmos Régua para trás, animando cada

49


carruagem individualmente diversas vezes durante o percurso. O ambiente é informal, quase familiar. No meio de desconhecidos (não obstante a pouca publicidade, o comboio ia praticamente cheio), a experiência pareceu, ainda assim, mais próxima à de uma grande reunião familiar do que à de um evento desportivo, musical, ou similar. Imagino que tal pudesse ficar a dever-se à proximidade com que todos os passageiros eram tratados, com oferta de uma garrafa 50

de água (bem apreciada, diga-se, face ao calor que se fazia sentir) e à realização de uma prova de Vinho do Porto, ainda antes da primeira paragem, no Pinhão, para carregamento de água. Ou então ao piquenique improvisado que uma família fez durante a viagem. Como seria de esperar, há lugares marcados, mesmo no Comboio Histórico. Mas ficar sempre sentado (diga-se, em bancos de madeira com conforto e ergonomia invejáveis para a


RUBRICA

idade) é um desperdício. Há muito para ver, quer dentro quer fora do comboio. Começando por dentro, visitar a carruagem da 1ª classe (ou da 2ª, se viajar na 1ª) é a opção mais óbvia, e possível porque não há qualquer impedimento à passagem entre carruagens. Aliás, as plataformas de ligação entre as carruagens são locais concorridos, já que oferecem a quem aí estiver das melhores e mais desafogadas vistas possíveis durante a viagem. E que vistas! Desde o Douro, a

escassos metros de distância, perto ao ponto de quase parecer poder-se tocar na água, às vinhas das diversas casas do Vinho do Porto, às habitações escondidas do reboliço da cidade no meio da paisagem, aos diversos barcos de recreio e de turismo que frequentam o curso de água, frequentemente surpreendidos quer pela mera visão do Histórico quer pelos apitos iniciados pelo maquinista, todo o percurso é um deleite para os olhos, e uma experiência inesquecível. 51


Chegados ao Tua, somos presenteados com mais música, e ainda com uma pequena exposição na estação, acompanhada de venda de produtos regionais e recordações, ficando aqui a apontar o que poderá ser o ponto mais negativo da viagem: a estação do Tua é francamente pequena para receber tanta gente ao mesmo tempo. Ainda assim, nada que altere o balanço final da visita. É também no Tua que quem estiver interessado poderá assistir, além de um novo carregamento de água na locomotiva, à sua rotação, e aos procedimentos de engate e desengate das carruagens, com vista à viagem de regresso. Com o Sol já ligeiramente mais 52

baixo no horizonte, o regresso à Régua traz consigo mais paisagens deslumbrantes, que se desenrolam lentamente, a menos de 50Km/h, com uma calma e serenidade incomum nos dias de hoje. O regresso ao Porto ocorre já após as 8 da noite, com a saída da Régua pouco antes das 7 da tarde, no comboio que chega à estação imediatamente após o Histórico. Parecendo que não, entre o acordar cedo, o sol, o calor, e as horas nos vários comboios, o dia é cansativo (mas vale a pena!), razão pela qual uma estadia no Porto foi o ideal, para recarregar baterias e permitir uma pequena visita à cidade, no Domingo.


RUBRICA

Neste caso, aproveitámos a parceria entre a CP e o Moov Hotel Porto Norte, um dos vários estabelecimentos hoteleiros que oferecem um desconto de 10% aos viajantes do Comboio Histórico. O “prato principal” deste Fugaz foi, sem dúvida, a viagem no Histórico. Mas com uma viagem de regresso a Lisboa marcada, por escolha, apenas para perto das 7 da tarde, no Domingo foi ainda possível visitar um pouco da cidade do Porto, em especial a zona do Cais da Ribeira, a Ponte D. Luís, e o Jardim do Morro, antes de voltar para São Bento e Campanhã, para apanhar o Alfa. O Comboio Histórico do Douro realiza-se aos Sábados e Domin-

gos entre o início de junho e o fim de outubro (excluindo o dia 1 de outubro), às quartas-feiras no mês de agosto, e ainda no dia 15 de agosto. Para informações adicionais, poderá visitar o endereço https://www.cp.pt/passageiros/pt/ como-viajar/em-lazer/cultura-natureza/comboio-historico. Altamente recomendado para amantes de comboios ou de paisagens fantásticas, e para todos aqueles que quiserem abrandar um bocadinho de uma maneira radicalmente diferente do habitual, numa experiência única e inesquecível. Créditos: Paulo Costa Adriano Maia

53


QUANDO FINGIR PREJUDICA ALGUÉM Síndrome de Munchausen 54


V

árias pessoas têm uma grande capacidade de fingir em muitas situações ao longo das suas vidas. Se alguns dos fingimentos levados a cabo não afetam nem prejudicam ninguém, outros podem provocar danos em terceiros.

E Fingir… o que significa? Significa simular para enganar, fantasiar, inventar, envolvendo um engano deliberado e consciente. E quando usamos doenças como argumento para fingir? Quando fingimos que estamos doentes isso designa-se de Síndrome de Munchausen. Esta síndrome não tem nada de comum com a Síndrome Hipocondríaca, pois neste a pessoa acredita realmente estar doente. Este transtorno revela-se quando a pessoa começa a agir como se tivesse uma doença física ou mental quando na realidade não está doente.

Esta é considerada uma doença mental porque está associada a dificuldades emocionais graves. É uma doença psiquiátrica em que o paciente causa, provoca ou simula sintomas de doenças de forma compulsiva, deliberada e contínua. Este fingimento não traz nenhuma vantagem para a pessoa em si a não ser a de obter cuidados médicos e de enfermagem e conquistar a atenção e simpatia das pessoas que a rodeiam. Nesta síndrome o fingimento da doença torna-se na atividade central da vida do indivíduo. A causa desta síndrome não é con55


hecida, no entanto várias pesquisas sugerem que uma história de abuso ou negligência em criança, ou mesmo um histórico de doenças frequentes com recurso a hospitalizações, podem ser fatores desencadeadores para o seu desenvolvimento. Alguns pesquisadores também investigam uma possível correlação entre esta síndrome e os transtornos de personalidade, uma vez que estes são muito comuns nestas pessoas. Esta patologia é considerada rara, uma vez que também é muito difícil de diagnosticar, pois estas pessoas são capazes de simular muitas doenças, geralmente agudas, pesadas e convincentes, andando de hospital em 56

hospital à procura de tratamento. Por norma estas pessoas são engenhosas, muito inteligentes, possuem uma habilidade sofisticada e consciente para a simulação dos sintomas, sendo, no entanto, a maioria das suas motivações inconsciente. Normalmente estes pacientes parecem ter problemas de identidade, sentimentos intensos, controle inadequado dos impulsos, falta de senso da realidade, episódios psicóticos breves e relacionamentos interpessoais instáveis. Existem diferentes tipos da síndrome: • Síndrome Munchansen by self - caso em que o indivíduo tem


necessidade de assumir o posto de doente; • Síndrome Munchansen by proxy (por procuração) – caso em que o indivíduo cuida de um doente. Em ambos os casos o comportamento destas pessoas é compulsivo e, embora tenham a consciência dos seus atos, são incapazes de se abster dos mesmos. Resumindo, o comportamento, que é voluntário, é utilizado para alcançar um objetivo involuntário e compulsivo. Iremos debruçar-nos mais no tipo de síndrome by proxy, uma vez que este acontece na infância. É considerado, um caso de abuso

infantil. Geralmente, a mãe (85 a 95%), é capaz de produzir sintomas no filho desejando que o mesmo seja considerado doente, ou até mesmo provocando ativamente a enfermidade, colocando assim a criança em risco. No entanto, ao contrário do abuso e violência contra as crianças, as mães portadoras desta síndrome não são violentas nem “negligentes” com os filhos. Para além da forma clássica em que uma ou mais doenças são simuladas existem duas outras formas de Munchausen: as formas toxicológicas e as por asfixia, em que o filho é repetidamente intoxicado com alguma substância (medica-

57


mentos, plantas,…) ou asfixiado até quase à morte. Muitas vezes, quem sofre deste tipo de síndrome (mãe/pai) pode procurar atenção por ter sofrido de abusos ou porque perdeu um dos pais na infância. Também acontece quando se pode estar a sofrer com sérios problemas conjugais ou qualquer outra crise geradora de muito stress. Para estas pessoas é importante ser reconhecido como uma mãe ou pai zeloso por todos e especialmente pela equipa do hospital aonde se dirigem, sendo esta a forma de obter a atenção ou o reconhecimento que, provavelmente, não teria recebido de outra maneira. À medida que a criança vai crescendo existe a tendência de ela participar da fraude e de na adolescência se tornar portador da Síndrome de Munchausen. Os portadores da síndrome by self são capazes de estudar a fundo alguma doença de forma a transmitir e/produzir os sintomas com grande precisão. Os sintomas e/ou sinais da síndrome são os seguintes: 58

o Os sintomas apresentados encaixam-se perfeitamente na descrição clássica da doença, no entanto a resposta aos tratamentos é instável e ineficiente; • Ânsia de se submeter a diferentes exames e procedimentos; • Apresenta um histórico médico e pessoal incoerente; • Consultam diferentes médicos e diferentes hospitais; • Apresentam um profundo conhecimento da doença e dos procedimentos hospitalares; • Recusam as solicitações dos médicos em falarem com familiares ou amigos. Estes portadores sofrem com problemas de identidade, de autoestima, de carência afetiva, de transtornos psicológicos e apresentam comportamentos de insegurança e teatralidade. No caso da síndrome by proxy os sinais das crianças vitimas deste abuso apresentam-se da seguinte forma: • Crianças que são internadas constantemente com sintomas inexplicáveis e incomuns que desaparecem aquando da ausência


do responsável; • As manifestações clínicas não são condizentes com os resultados dos exames da criança; • Os sintomas em casa são exacerbados melhorando quando a criança está sob cuidados médicos; • O responsável pela criança revela muita preocupação com a mesma e revela-se disposto a obedecer prontamente aos profissionais da área da saúde; • Através de análises pode-se constatar a presença de substâncias químicas na urina ou no sangue da criança; • Por vezes na história familiar existe um irmão da criança que faleceu em circunstâncias estranhas. No caso de síndrome by proxy é necessário afastar a criança do responsável de modo a evitar danos graves futuros O tratamento em ambos os ca-

sos (by self e by proxy) é de difícil êxito, uma vez que os portadores desta síndrome não estão dispostos a admitirem que sofrem de um problema. Cabe ao médico realizar uma investigação minuciosa do historial clínico do doente assim como a realização de exames clínicos para averiguar se as queixas são de foro físico ou psicológico. O real diagnóstico irá basear-se no resultado destes exames e na história clínica. Para apresentar o diagnóstico deverá seguir-se uma abordagem não-agressiva, não-punitiva ou não-confrontativa de forma a evitar sentimentos de culpa ou de reprovação. Alguns especialistas sugerem fornecer tratamento de saúde mental sem exigir que os pacientes admitam o seu papel em causar a doença. O tratamento psicoterapêutico e médico deve-se centrar no distúrbio psiquiátrico que desencadeou 59


OLGA MURO E SILVA

60

a síndrome, seja um transtorno de humor, transtorno de ansiedade, transtorno de personalidade limítrofe ou qualquer outro. O tratamento pode ser psicoterapêutico, pode ser com recurso a antidepressivos e/ou através de terapia cognitivo-comportamental. O prognóstico do paciente depende do transtorno psicológico desencadeador. Se tivermos conhecimen-

to de alguém com este quadro de sintomas devemos, urgentemente, procurar ajuda médica de forma a evitar riscos sérios de vida uma vez que esta síndrome é extremamente perigosa. Há relatos médicos de que muitos recém-nascidos e crianças morrem devido a esta síndrome por procuração (by proxy) proveniente das suas mães. Vamos estar atentos e ajudar os pacientes que sofrem desta ou com esta síndrome.


FINGIMENTO

Nunca fui poeta, Fingi que era para sobreviver. Existe alguma forma mais bonita De enganar a si mesmo, Brincar de ser profeta, Ser feliz, viver? Errei? Sem a menor falsidade, Tenho certeza de que nunca os enganei, Os amigos Fingiram gostar dos meus versos Por solidariedade.

Ivone Boechat

61


62


E

xiste ainda um preconceito enorme de pessoas que julgam não ser possível fazer boas fotografias de retrato por não terem estúdio profissional, mas nada melhor que usar a luz natural para conseguir resultados fabulosos, passarei algumas dicas de como fotografar pessoas em exterior.

Temas • Onde fotografar • As exposições certas • O que utilizar Que locais devemos procurar? Todos os locais em exterior podem ser devidamente aproveitados para conseguir bons retratos, é importante que antes de irem fotografar pesquisem o local para ter um conhecimento vasto de quais o melhores locais, tornando então a sessão mais fluida e agradável para quem esta a ser fotografado, assim como para quem está a fotografar

não fica perdido a meio da sessão e poderá automaticamente investir mais tempo na qualidade da fotografia. Deixo alguns exemplos de locais que funcionam na perfeição para boas fotografias. Sessões com Modelo em que se quer realçar a beleza, locais ermos como por exemplo fabrica ou casa abandonada, criando contraste de beleza da modelo com o ambiente grunge do local. Para crianças ou bebés nada melhor que um jardim ou parque para deixar as crianças à vontade 63


de forma a conseguir captar fotografias mais naturais, preservando a inocência e beleza das mesmas. Qual a melhor luz para fotografar em exterior?

64

De imediato vou já deixar alguns ficarem admirados ao dizer que sol de meio dia, é forte e a pior iluminação que podemos ter

para fotografar pessoas, o motivo é que o sol ilumina de cima para baixo criando sombras inestéticas nas diferentes partes da cara, por isso devemos tentar fotografar ao nascer do sol ou ao por do sol, mas quando a alternativa é com o sol no seu esplendor devemos então procurar sombra para ficar com uma luz difusa e mais controlada sem sobras rijas.


RUBRICA

Que material ou definições devemos usar? Para começar deveremos tentar usar a abertura de lente máxima (podem ver o que significa na edição anterior da revista InUrban) para que fique realçado a pessoa que estamos a fotografar criando desfoque de fundo.

Em termos de definições o ideal é utilizar maquina com prioridade à abertura, para que a velocidade de obturação seja controlada automaticamente pela própria máquina, esta opção é importante porque fotografar em exterior não temos um ambiente de luz controlado, havendo várias variações de luz e assim a máquina ajusta automaticamente. 65


66


RUBRICA

Recomendações: • Modelo – Ana Brinca, é uma excelente profissional como modelo fotográfico, com quem já tive o prazer de trabalhar, a mesma conta com uma vasta experiência em várias áreas, como representação (Ex: Morangos com Açúcar, Anúncios publicitários, etc..) também já foi apresentadora em programada da TVI e cara de várias marcas e produtos como Modelo

• Evento – Portugal Fashion, é um evento de renome nacional e internacional, onde se pode ver a criação de vários Designers Portugueses e Novos criadores de moda que estão a entrar no mercado, assim como todas as tendências das estações do ano. Próximo mês irei apresentar algumas das fotos do evento que decorrer este mês de Outubro 67


68


Liza Veiga Eternamente a diva

L

iza Veiga iniciou a sua carreira artística em 1992 como actriz e cantora no Teatro C.A.C., de Torres Vedras. Em 2001, gravou um álbum de música ligeira, apresentando em espetáculos por todo o País e estrangeiro. Iniciou os seus estudos na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, na classe do cantor e professor José Carlos Xavier. Realizou concertos no Salão Nobre do Conservatório Nacional, Salão Nobre do Palácio Foz, Museu da Música, Igreja de São Sebastião (Setúbal), entre outros. Integrada num projecto do Atelier de Opera da EMCN, realizou cerca de doze récitas da Opera “Die Zauberflöte”, de Mo-

zart , interpretando a personagem da Rainha da Noite, no Teatro da Trindade , Quinta da Regaleira, Palácio da Ajuda, e Quinta da Bacalhoa, com encenação de Jorge Listopad. Interpretou a personagem Despina, da ópera “Cosi fan tutti”, de Mozart, apresentada no Jardim de Inverno do Teatro São Luís e no Cine - Teatro da Amadora, com encenação de Jorge Listopad. Cantou a protagonista Kate, do Musical de Cole Porter “Kiss-me Kate”, no Teatro de São Luís, integrado na série Os Grandes Mestres do Musical Americano, dirigidos por Nuno Feist, com encenação de João Pereira Bastos. Há sete anos que se encontra em tourné na Alemanha com a Karl69


70

Heinz Stracke Inte r - Worl d Production, protagonizando Christine, da opereta “Das Phantom der Oper”, em versão alemã, havendo actuado na Filarmónica de Munique, Teatro de Hannover, Teatro de Sttutgart, Teatro de Frankfurt, Schiller Theater em Berlim, entre muitos outros. Como cantora lírica lança em 2005 o seu primeiro álbum, gravado na República Checa produzido pela Chiado Records e

editado pela Som Livre (Sony Music) acompanhada pela Czech Chamber Philarmonic Orchestra. Foi a artista convidada da estação televisiva nacional SIC para participar na “Gala Sangue Latino”, também na mesma estação televisiva comemorou o seu décimo terceiro aniversário apresentando vários temas musicais, com a direção musical de Nuno Feist, e artística de Henrique Feist.


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino

Representou Portugal no Festival Internacional de Música Religiosa 2006 em Valência acompanhada pela Orquestra de Câmara “Cascais e Oeiras”, apresentando Oratórias de Mozart, e duas peças igualmente de Oratória de dois compositores Portugueses, João Sousa Carvalho e Marcus Portugal, com direcção do Maestro Nikolay Lalov, e com o mesmo reportório e orquestra realizou mais dois concertos de Páscoa, na Igreja

de S. Domingos de Rana e Igreja do concelho de Paço D’arcos. Entre Setembro de 2008 e Janeiro de 2009 esteve em cena como actriz e cantora em diversas peças de teatro como “Dom Quixote”, encenada por Andrzej Kowalski e “Ardente” – Memorial a Pedro e Inês de Portugal encenada por Leszek Madzik e ambas produzidas pela Acta-Companhia de Teatro do Algarve. Em Janeiro de 2009 foi a solis71


72


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino ta dos concertos de Ano Novo, acompanhada pela Orquestra Cascais Oeiras e dirigida pelo Maestro Nicolay Lalov. Liza Veiga também integrou dois festivais internacionais de teatro na Polónia: Konfrontacje Teatralne em Lublin e Ogólnopolski Festival Teatrow Lalek em Opole, ficando conhecida pelos media polacos como a “menina que encantou Berlim”, em referência ao Fantasma da Opera. Influências – Clássico, fado, ligeiro, rock, Pop, Jazz. Tudo...tudo é uma influência no mundo da arte que nos leva para sítios desconhecidos e por vezes nunca conquistados. A ENTREVISTA Qual a tua primeira ligação ao mundo do espetáculo? Sei que fizeste Teatro. A minha primeira experiência com o mundo do espetáculo foi com o Clube Artístico e Comercial em Torres Vedras (Grémio) no Teatro Revista. Em relação ao teatro fiz duas produções com a Companhia de Teatro do Algarve (ACTA) o Dom Quixote e Inês de Portugal, esta última apresentada no Festival Internacional do Teatro em Lublin

na Polónia. Em que altura da tua vida dissidiste seguir musica? Decidi seguir a música aos 15 anos no Festival Nacional da Canção Cristã, no qual ganhei o 1º lugar. A tua formação musical foi feita no Conservatório Nacional de Lisboa sob a direção do professor e cantor Carlos Xavier. Fala-me desse tempo. Foi um tempo de descoberta e aprendizagem seguido de uma técnica física e vocal do qual sou eternamente grata ao meu professor e cantor José Carlos Xavier. A escolha principal do género lírico, foi feita em que altura do teu percurso na musica? Após cantar Fado durante 10 anos, descobri o gosto pelo canto lírico, preparei me durante 2 meses com uma professora, concorri ao Conservatório e consegui entrar. És uma artista versátil e interpretas vários géneros musicais que deixam qualquer pessoa de alma cheia. Tens noção disso? Para mim a arte não tem barreiras nem tabus, é importante transpor limites, é a minha postura 73


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino

relativamente á música seja em que género musical for.

Best Lyrics Voice 2014 nos Estados Unidos da América.

Estiveste na Alemanha durante 8 anos e depois regressaste a Portugal, conta-me como foi essa experiencia como artista? O conhecimento de uma cultura e de uma sociedade completamente diferente muito entregue á cultura e as artes e de facto uma experiência única, acima de tudo pela aceitação dos Alemães da ‘’Portuguesa que encantou Berlim’’. Regressar a Portugal não foi fácil … espectável.

Sei que és uma mulher com uma personalidade fortíssima e em palco e notória essa tua faceta. Assumes-te uma mulher forte e de convicções? Assumo como uma artista que conhece o público conhece-se a si mesma e dá o seu melhor, nunca prostituindo as suas convicções relativamente á arte e não só.

Quando gravas-te o teu primeiro álbum e em que género musical? Canto Lírico, quatro arias de Ópera de diferentes compositores e covers de Pop Rock cantados no registo Lírico.

74

Fala-me de um momento importante da tua carreira, que te tenha marcado particularmente? Ganhar o Fox Music Awards

És conhecida como “DIVA”. A forma como te apresentas vestida em palco fazem da tua imagem uma verdadeira Diva que se junta a tua voz que e única e inimitável. Sentes esse carinho dos teus fãs? Sinto que estão sempre á espera da inovação e da surpresa e faço o meu melhor para estar á altura do espectável, pois eu própria me ponho á prova excedendo os meus limites. Fala-me ROCK?

do

projeto

DIVA


75


É um projeto que continua na linha da fusão do Lírico e desta vez do Rock e Metal, com a fusão desta vez assumida em palco, pois temos, uma banda de Rock e um quarteto Clássico mantendo a componente vocal no género Lírico e ligeiro, inclusive a roupagem.

76

Sou suspeita porque és a única cantora que me rouba as lágri-

mas sempre que te ouço. Sei que não sou única a sentir isto, como te sentes mexer com a alma das pessoas que te ouvem? Se mexe comigo...sei que passa para todos vós, o que sinto todos vocês sentem consoante as vossas histórias e vivências, quando canto somos um todo no mesmo registo emocional a viver um momento único, sentindo cada um a energia


Por detrás do Pano by Eduarda Andrino

á sua maneira. Se questionarmos uma plateia inteira porque chorou, cada qual tem a sua história e a sua dor ou alegria, e é a partir desse momento que eu perco a responsabilidade das lágrimas. Um cantor que tenha estado em palco contigo que te tenha marcado? Sem querer ferir suscetibilidades, aos 6 anos fui chamada ao palco pelo Marco Paulo e terminei a cantar sozinha com a cabeça junto ao peito dele, esse momento foi um despoletar do meu gosto pela música e pelo palco. Um projeto a curto prazo? Além da Diva Rock sairá um álbum este ano de um grande produtor musical no qual eu sou solista e o meu álbum com o produtor Ramon Galarza.

Um artista de referência que te inspire? Simone de Oliveira e Elizabete Matos e Lady Gaga Um sonho? São muitos…nem eu tenho mão neles (risos),sou e seria a eterna sonhadora que acredita que são concretizáveis. De lágrimas nos olhos o meu muito obrigado Liza Veiga por esta fabulosa viagem! Créditos Nuno Luís José António Marques Vítor Vastos Ricardo Lourenço PMP – Produções Eduarda Andrino

77


BELEZA COM SAÚDE 78

Por Izabel de Paula


BARRIGA FIT® o tratamento do ano

A

estética, a beleza e a saúde são cada vez mais procuradas por todos aqueles que pretendem se sentir melhor e, é por esse motivo que tenho vindo, ao longo de toda a minha vida profissional, aperfeiçoando técnicas e tratamentos diferenciados. Desta forma, o tratamento Barriga Fit®, um método exclusivo e patenteado, recebeu o prémio Beleza & Perfumes 2017, na categoria “Serviço Estrela”, atribuído pela revista Máxima. A atribuição deste prémio foi uma enorme reconhecimento de todo o meu trabalho e dedicação que, por sua vez, veio aumentar a minha responsabilidade na qualidade do serviço que presto a cada cliente. Um dos meus objetivos, como Body Shaper, é atingir cada vez

mais um serviço de excelência, onde todos aqueles que me procuram se sintam confiantes no meu trabalho e técnica. Mas afinal em que consiste o Barriga Fit®? Este tratamento, 100% manual, tem como objetivo reorganizar e definir o grupo muscular do abdómen, onde se realizam movimentos e técnicas específicas, patenteados, preparando o tecido abdominal para receber os princípios ativos que eliminarão a 79


RUBRICA

gordura, o excesso de líquidos do corpo, a distensão abdominal e a flacidez. O tratamento é adaptado e direcionado aos diferentes tipos de abdómen e a avaliação inicial é gratuita. Nesta fase inicial determina-se qual a massagem adequada, o número de sessões e a periodicidade de cada uma, sendo que é possível visualizar resultados desde a primeira sessão.

80

Deste modo, não perca tempo e através dos meios infra descritos, contacte-me por forma a agendar a sua avaliação gratuita. Izabel de Paula, Body Shaper Expert Facebook: @IzabeldiPaula Instagram: @izabeldpaula_oficial Twitter: @IzabelDPaula Site: izabeldepaula.com Email: barrigafit.izabeldepaula@ gmail.com


81


Fingir ou não fingir,

Eis a questão!

82


J

á dizia Fernando Pessoa: O poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.

Esta frase sempre me fez pensar profundamente no ato de fingirmos o que não somos ou como não estamos. Numa sociedade cheia de muros emocionais, a mentira mais comum que dizemos aos outros ou a nós é “Estou bem!”. Achamos que, se disfarçarmos o suficiente, o mundo não nos apanha a falsidade e podemos seguir em frente como se nada fosse. Achamos que é possível enganar a nossa mente para que ela acredite que, com um mero sorriso, todos os problemas se dissipam. Mas a mentira tem perna curta! E se de um momento

para o outro o tapete para debaixo do qual varremos todos os nossos problemas nos for retirado? Seremos então obrigados a confrontar-nos com a força de tudo o que não tivemos coragem para enfrentar! Claro que é perfeitamente natural tentar desdramatizar um problema, fingir que ele não existe ou que não nos causa desconforto. O fingimento é na verdade um mecanismo de defesa que nos protege das ameaças ao nosso Ego. Freud diria até que é uma forma da nossa mente lidar com o que nos aflige. 83


84

Só que infelizmente essa ansiedade, que surge com o propósito de nos proteger das ameaças, interpreta os códigos da nossa vivência diária um bocadinho ao lado... Mas observemos um pouco mais estes mecanismos de defesa de que Freud tanto falou: não só eles são alimentados de distorções percetivas como surgem ao nível do inconsciente. São por isso muito difíceis de alterar conscientemente, pelo que deve haver algum apoio terapêutico neste processo. Á luz da Teoria Psicodinâmica de Freud, o fingir bem-estar surge como reação expressa dos impulsos do nosso ID. O ID é responsável por pulsões inconscientes que nos levam a

procurar prazer. Mas sendo o nosso ID como um jovem adolescente e inconsequente, há que lhe tentar colocar um travão moral e é então que aparece o Superego. Regido pelo princípio do Dever, o Superego é o defensor da nossa conduta. Responsável por proteger a nossa mente, ele vem inibir os nossos comportamentos impulsivos e inconscientes. Assim, quando damos por nós a ter vontade de chorar na rua, no banco ou dentro do taxi, recusamo-nos a fazê-lo devido à vergonha ou ao receio das críticas ou outros castigos sociais. Mas no meio destas teorias, em que é que ficamos? Já percebemos que enganarmo-nos a nós mesmos tem o propósito de negar a natureza de uma ameaça percebi-


ARTIGO

da e que nos causa angústia. Esta capacidade de racionalização envolve reinterpretar o nosso comportamento para torná-lo mais aceitável e menos ameaçador. Nesse cenário, e ao afirmarmos que isso não nos incomoda, pretendemos minimizar a angústia de forma a conseguirmos esquecer o problema e seguir em frente. Mas repare, é já desde a infância que somos estimulados a fingir. A brincadeira mais comum das crianças é o jogo de papéis que serve como forma de modelar o comportamento dos adultos. Este processo de simulação prepara-os para diversas situações da vida real. Por exemplo, as meninas brincam com bonecos numa tentativa inocente do papel de mãe.

Seguindo esse raciocínio, também os adultos podem usar estas “brincadeiras” para moldar e adaptar os seus comportamentos de acordo com o que idealizam que devia ser a sua conduta. E tudo começa com uma simples mudança de comportamento. Quando adotamos a pose dos nossos modelos, o nosso cérebro é capaz de assumir esse papel como se fosse seu. Há sem dúvida benefícios em imitarmos comportamentos positivos, em assumirmos papéis de quem nos inspira ou em moldarmos o nosso comportamento à imagem de quem o faz bem. Se isto é uma forma de fingir? Claro que sim. Mas é a forma funcional de o fazer. Pensando novamente na lógica dos mecanismos de proteção, é ao fingirmos ser algo 85


INÊS MATOS

86

melhor que podemos alterar muitos dos nossos comportamentos, desde que isso não vá contra a nossa identidade. Clinicamente, é possível usar técnicas de visualização para moldarmos a nossa conduta no sentido dos nossos objetivos, e daí construir uma nova atitude perante a vida! Pois bem, mas então quando é que fingir deixa de ser funcional? Exatamente quando os comportamentos que nos propomos imitar vão contra tudo o que é a nossa essência. Todos nós temos uma in-

finidade de características de personalidade. Cada característica que possuímos possui uma certa quantidade; a proeminência de cada característica varia do próximo, assim como a proeminência de cada característica varia de indivíduo para indivíduo. Todos temos os nossos traços de personalidade mais ou menos definidos e, embora eles apresentem flutuações ao longo da vida e alguma elasticidade, tudo tem o seu limite. Forçar traços que não nos são naturais, ou seja, forçarmo-nos a ser alguém pode ter consequên-


ARTIGO

cias absolutamente desastrosas. Para incutirmos uma mudança eficaz e produtiva é preciso estar consciente das limitações do nosso self e, muitas das vezes, procurar uma orientação mais especializada. Numa era de constante pressão, em que a imagem de perfeição está tão socialmente incutida, cada falha é particularmente difícil de gerir. Porquê? Porque vivemos numa época em que para nos sentirmos aceites há que esconder as imperfeições. Infelizmente, isso não é nem justo nem sequer saudável. Para entender o conceito de imperfeição permitam-me contar uma breve história: Há muitos séculos atrás, no auge do outono japonês, um mestre-de-chá pediu a um discípulo que se preparasse a cerimónia solene do chá. O jovem cortou as sebes, retirou o musgo das pedras e limpou as folhas secas dos galhos. O jardim parecia imaculado enquanto o mestre o inspecionava silenciosamente e sem expressar agrado. Ao aproximar-se do ramo de uma árvore, o mestre sacode-o e observa sorridente as folhas a caírem aleatóriamente na terra já limpa. E lá estava ela, a

magia da imperfeição. Os mestres japoneses abraçam com nobreza esta ideia, o wabi-sabi através da tradição da simplicidade. Uma flor, uma palavra, um assobio, tudo isto são lembranças despretensiosas duma beleza imperfeita. A nossa falta de wabi-sabi, a nossa procura desenfreada pela perfeição, promove muitas vezes julgamentos precipitados. É necessário abrir espaço à humildade e reflexão, à aceitação e ao perdão, sem entrarmos num ciclo exaustivo de racionalização. Para aceitarmos a beleza das falhas, nossas e dos outros, é preciso libertarmo-nos e aceitar da mesma forma pontos fortes e pontos fracos, virtudes e vulnerabilidades. Afinal de contas, a vida é feita de momentos tão fugazes! Encontrar a fórmula de felicidade que consiga ser o equilíbrio entre o que já somos e o que sonhamos vir a ser não é concerteza tarefa fácil, mas podemos recusar-nos a exigir uma perfeição irrealista e perdoar-nos quando cometemos erros. Com a motivação e o apoio certos podemos encontrar a tranquilidade e satisfação para seguir em frente! www.facebook.com/ines.hipnoterapia 87


Um “six pack” de meter inveja!

A

o fortalecer os abdominais, mais do que ganhar um “six pack” de meter inveja, vai criar, juntamente com outros músculos, um centro de força - core - que ajudará a manter a estabilidade da coluna e a resistência da lombar.

Para obter os abdominais de sonho as palavras-chave são: nutrição correcta e treino variado! Os exercícios que vos proponho devem ser feitos da seguinte forma: A. Numa fase inicial de forma isolada: fazer 1 ou 2 séries de 15 a 20 repetições de cada exercício

com um des-canso entre elas de 30/45seg; B. Numa fase mais avançada em séries compostas: fazer dois exercícios sem descanso entre eles (a e b) exe-cutando 2 a 3 séries de 12 a 15 repetições com descanso entre cada série composta de 1minuto.

Fonte: Vera Villacastin - Personal Trainer @ Fitness Hut Parque das Nações

88

Fotos - Liete Couto Quintal


1

A prancha é um exercício muito exigente porque requer muita consciência corporal e força no abdominal mais interno - transverso - e nos ombros.

1.1

Prancha com dois apoios: As pernas devem estar esticadas alinhadas com o tronco e os braços fazem 90º onde os cotovelos estão alinhados exactamente por baixo dos ombros. Neste exercício específico retirar um pé do chão e o braço contrário aguentando cerca de 2seg sem os dois apoios. A opção é colocar os dois joelhos no chão man-tendo o alinhamento e retirar da mesma forma os dois apoios.

1.2

Prancha com roda: O corpo começa numa posição confortável e recuada e vai avançar à medida que a roda se afasta ao rolar pelo chão. É importante avançar bem a bacia e alinhar as pernas com o tronco sendo que as mãos devem ir para além do nível dos ombros para se sentir a pressão abdominal.

89


2

O “crunch” é o abdominal mais tradicional e que incide sobretudo no nosso “six pack” – recto abdominal – e dentro das variadíssimas formas de o trabalhar consiste em estar deitado e fazer a flexão do tronco.

2.1

V crunch: A posição inicial deste exercício é com o corpo deitado e totalmente esticado. O objectivo é elevar o tronco e as pernas do chão ao mesmo tempo e direcionar as mãos aos pés. Se for demasiado intenso manter as pernas esticadas a opção será fazer com as pernas flectidas.

2.2

Crunch com trx: A posição inicial deste exercício é com o tronco relaxado no chão, braços elevados com as mãos agarradas ao TRX e pernas flectidas com os pés no chão. O objectivo é elevar o tronco levando os braços esticados para cima da cabeça. Se for muito exigente deve utilizar os braços como alavanca e puxar o TRX como se fosse um remo.

90


3

O Abdominal obliquo compreende a flexão lateral do tronco e tal como o próprio nome diz: incide nos ab-dominais oblíquos – grande e pequeno obliquo.

3.1

Prancha lateral com insistências: As pernas devem estar sobrepostas e esticadas bem como alinhadas com o tronco. O braço de apoio faz 90º em que o cotovelo está alinhado por baixo do ombro. Neste exercício a anca oscila para cima e para baixo sem perder o alinhamento do corpo. A opção é colocar o joelho de baixo no chão mantendo a postu-ra e fazendo da mesma forma as insistências.

3.2

Crunch obliquo: A posição inicial deste exercício é lateralizada no chão, o braço de baixo pode servir como ajuda e o de cima apenas como referência de direcção. O tronco deve subir juntamente com as pernas e executar um “crunch” lateral. Todo o corpo deve afastar-se do chão cerca de 45º ficando apenas a anca como apoio. Como opção pode deixar a perna de baixo apoiada no chão.

91


COMUNICAR SEM FINGIR Comunicação Autêntica<> Comunicação Não Violenta Parte 1 92


A

comunicação não violenta (CNV) desenvolvido por Marshall Rosenberg, psicólogo clínico, sustenta no estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que a comunicação assume o “papel principal”.

A CNV, estabelece diferenças em 4 pilares de base para que a mesma seja possível de acontecer: *Observações vs Juízos de Valor *Sentimentos vs Opiniões *Necessidades (ou valores universais) vs Estratégias *Pedidos vs Exigências/ameaças Não se trata de uma técnica de linguagem, nem de um conjunto de técnicas para comunicação. A CNV vai muito além disso, pois abrange um estado de consciência em que o sentimento de compaixão floresça entre as pessoas, através da comunicação. Apoia-se no pressuposto, que

todas as ações têm origem numa tentativa de satisfazer necessidades humanas. No entanto, se essas tentativas forem baseadas no medo, na vergonha, na acusação, na ideia de falha ou ameaças, o processo comunicativo fica comprometido e suscetível a conflitos, desresponsabilização, bloqueios emocionais, etc. O lema é o de conseguir que as necessidades, desejos, anseios e esperanças de um dos interlocutores não sejam satisfeitos às custas do outro. Um princípio-chave da comunicação não violenta é a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de “bom” ou “mau”, do 93


que está certo ou errado. A ênfase é posta em expressar sentimentos e necessidades, em vez de críticas ou juízos de valor. Tem como objetivo de resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores e a capacidade de se expressarem com honestidade, ajudando os outros com real empatia – ou seja, sentindo as verdadeiras necessidades do outro e não em sua vontade de parecer altruísta. 94

Segundo, Dr. Marshall, a linguagem habitualmente utilizada na comunicação (denominada por ele de linguagem chacal) é uma linguagem que permeia um “estado natural” de violência, como algo não só acessível como também agradável/aceitável, havendo uma série de motivos políticos e teológicos que a justificam. Ele defende que o conceito, segundo a qual o homem é inatamente mau resulta em uma linguagem punitiva, controlado-


ARTIGO

ra e dominadora – isto é, as noções de bem e mal, certo e errado, etc, quando enraizadas culturalmente em nossa linguagem, são o “gatilho” para uma linguagem agressiva, uma vez que as mesmas implicam ações punitivas. Isto é o contrário do elemento chave para a CNV: a Empatia. Um dos malefícios da linguagem chacal consiste em o indivíduo isentar se de responsabilidade sobre o que sente ou sobre como age através de uma linguagem agressi-

va. A CNV tem um resultado absolutamente mais positivo do que uma comunicação violenta que traz à tona sentimentos negativos como raiva, frustração e nenhum estímulo para a mudança. Voltando às quatro componentes, que habitam num diálogo na CNV: observação, sentimento, necessidades, pedido; integrando essas é possível obter algo assim: *observa-se o que está acontecer, sem julgamentos e sem juízo de valores; 95


* faz-se menção do que se está a observar que pode (ou não) ter agradado. Identifica-se e nomeia-se o que se sente em relação ao que se observa. Ou seja, fala-se do que se sente: frustrado, alegre, magoado, irritado, etc; *informa-se as necessidades, valores e desejos que estão ligados aos sentimentos que se partilhou anteriormente. A questão é: “quais são as necessidades que nos fizeram nos sentir daquela maneira; pedimos que determinadas ações concretas sejam realizadas, de forma a atender nossas necessidades”. Conseguir-se atingir este nível de consciência na comunicação, é necessária entrega, aceitação, disciplina e prática em conexão com o poder do coração.

96

1.OBSERVAÇÃO Combinar observação com avaliação, tende a receber-se uma crítica. Um dos maiores desafios da CNV é a observação sem julgamento. É comum se concordar que não se deve julgar os outros, a realidade é que fazer disso uma prática diária é muito difícil. Na maioria das vezes, não

se tem consciência desse ato, a linguagem utilizada está inbuída de julgamentos e avaliações, impedindo que um canal de comunicação compassiva e empática seja criado entre as pessoas. A pessoa que está a receber o julgamento, se o sentir por menor que seja, tenderá a reagir na defensiva recorrendo à agressividade, manipulação ou vitimização, bloqueando a compaixão e empatia. Exemplo (adulto e criança) de declaração com julgamento e, em seguida, a mesma sem julgamento: És tão dessarrumado, olha a confusão está sempre no teu quarto. – Tu nunca ajudas em casa. – És preguiçoso” Estas declarações, está-se atribuir valores à criança.Reformulando, sem julgamento: – “O teu quarto está desarrumado. – Tu não ajudas-te a manter a casa limpa nem ontem, nem hoje. – Não colaboras-te nas tarefas da casa - Podes arrumar o teu quarto?” Além do julgamento, comparações/adjetivações costumam ser igualmente prejudiciais a qualquer julgamento. E, entre pais e filhos, comparar é o que mais os pais fazemo com eles.


ARTIGO

2.SENTIMENTOS Da mesma forma que observar sem julgar constitui um desafio a trazer à consciência quando se comunica com o outro, identificar e nomear os próprios sentimentos não são tarefas fáceis, essencialmente porque assumir responsabilidade pelo que se sente; demonstra vulnerabilidade. Quando se expõe sentimentos, a comunicação revela-se sincera, autêntica. Outra questão que surge, na CNV e se confunde é quando as frases usadas se referem a sentimentos, mas que na realidade são projeções do próprio interlocutor. Por exemplo: “Eu sinto que o meu bebê é muito agitado; Eu sinto como se estivesse a criar um filho sozinha; Sinto que tudo isto é inúti”. Estes exemplos não revelam o que sente, mas na verdade, é sobre o que a pessoa pensa sobre ela ou sobre outras. Utilizar a palavra “sentir” no meio da frase, não valida que esteja a falar de um sentimento. Exemplos de palavras, consideradas manifestação de sentimentos e que podem ser empregues quando alguma necessidade do próprio não é atendida: aflito,

desapontado, angustiado, exausto, assustado, furioso, impaciente, cansado, incomodado, chateado, irritado, confuso, magoado, culpado, preocupado, deprimido, triste. 3.NECESSIDADES “Quando expressamos nossas necessidades, temos mais hipóteses de vê-las satisfeitas”. (Marshall Rosenberg). As necessidades e valores são transversais a todos os seres humanos. Estão na base, da escolha de como se encara a vida e das expectativas que se criam. As necessidades estão intimamente ligadas aos sentimentos, e para as expressar é necessário assumir responsabilidade pelos próprios sentimentos e não “atribuir culpas” aos outros pelos mesmos. Exemplos:1) “Tu desiludiste-me quando não apareces-te na noite passada, para conversarmos” Neste exemplo, a pessoa transmite que o seu desapontamento é culpa da outra pessoa. Versão alterada, assumindo a responsabilidade dos seus próprios sentimentos: “Fiquei desapontada quando tu não apareces te, porque eu queria conversar a respeito de algumas coisas que me estavam a incomodar. 97


ANDREIA RODRIGUES

98

2)Pais e filhos: “Fiquei muito irritado porque tu desarrumas te o teu quarto”. Neste discurso, o pai culpa o filho por se sentir irritado e isso não é uma verdade consciente. Compreendendo a diferença quando a frase é alterada, para que o pai ou mãe assuma a responsabilidade pelo seu sentimento: “Fiquei muito irritado quando vi o teu quarto desarrumado, porque eu preciso de um mínimo de organização e ordem na casa para me sentir confortável”. Essa mudança de foco, pode ser insignificante, mas não é de todo. Quando se assume o

que se sente, há espaço para uma reflexão mais consciente sobre os sentimentos e consequentemente das necessidades que se tem. Deste modo, deixa-se de culpar os outros (principalmente as crianças/filhos) pelo que se sente. Este, é um processo desafiante, mas duma serenidade absoluta, quando conseguido. 4.PEDIDO Uma das maiores dificuldades, que se constata, é a de se fazer os pedidos que se deseja. Seria, fácil se a conduta na comunicação seguisse o pensamento da CNV. Se o ponto de partida, é


ARTIGO

que se possui necessidades e que a satisfação das mesmas desencadeia sentimentos, tem se a oportunidade de fazer pedidos; mas se não se identifica as necessidades antes, e o foco dos sentimentos é projetado no outro, assim também resultará o julgamento sobre o mesmo e impossibilita de identificar aquilo que realmente se quer pedir. Além disso, existe uma grande diferença entre pedido e exigência. Na exigência, as pessoas sentem que serão julgadas, culpadas ou punidas se não atenderem, “instala-se” tensão na comunicação e sem espaço para receber de coração.

Conseguir identificar as necessidades, liga-las aos sentimentos, é facilitador para se elaborar um pedido sincero e consciente. É importante fazer pedidos claros e objetivos, em especial aos filhos. Exemplo: pedidos realizados através de uma linguagem positiva...através do coração, é mais fácil de compreender do que pedidos realizados através de um discurso negativo, ou seja, é bem mais simples compreender o que uma pessoa quer que se faça, ao invés do que ela não quer que faça.

99


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

Cocktail de lançamento da WHY WE HOST YOU

F

abiana Barcellos e Tatiana Sabatie realizaram um cocktail privado no Hotel Martinhal Cascais para o lançamento da Why We Host You uma agência de Relocation. As mentoras visam promover serviços exclusivos para estrangeiros que querem morar e ou investir em Portugal, apoiando aos mais diversos níveis na mudança do seu país de origem para Portugal. O projecto tem como base a

100

orientação dos seus clientes, trabalhando com profissionais especializados na área fiscal e jurídica com serviços exclusivos e personalizados. Viabiliza também projetos de investimentos com grandes empresas responsáveis pelo Portugal 2020, um sistema de incentivos Europeus que apoia e facilita desenvolvimento negócios em Portugal. Faz também integração social em Network.

Christopher e Lia Johnsson


CrĂŠditos: WHY WE HOST YOU

Fabiana e Pedro Barcellos,Tatiana Sabatie e Filipe Osorio

Pedro Barcellos, Tatiana Sabatie,Fabiana Barcellos, Marta Wahnon e Nuno Santana

101 Joao Mata,Teresa Branco, Fabiana e Pedro Barcellos


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

60º Aniversário da Fundação FERNANDO OCULISTA

F

amiliares, amigos e clientes, juntaram-se no passado dia 30 de Setembro num agradável sunset na Quinta Miratejo para comemorar o 60º Aniversário da fundação do Fernando Oculista. Uma festa privada onde estiveram presentes muitas caras conhecidas, clientes habituais desta casa, que puderam assistir ao desfile das “Guerreiras”, pro-

102

tagonizado por mulheres com cancro da mama, vestidas pela estilista Teresa Capitão. Seguiu-se um jantar para alguns amigos mais próximos, onde foi ainda comemorado o aniversário de Ana Maria, esposa de Fernando da Silva e onde houve ainda lugar para a música de Fernando Correia Marques, Ana e Cristina Nóbrega.


103

Créditos: José António Marques - Visage


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

VI GALA

MISS CONCELHO DE OEIRAS 2017

A

Miss Concelho de Oeiras 2017,realizou a sua 6ª edição a 7 de Outubro no Hotel real em Oeiras com a cobertura exclusiva da Revista Inurban. Cleonilde Malulo e Claudina Correia da organização, rececionaram num jantar privado muitos convidados e profissionais da área, seguido de um espetáculo com a presença das cantoras Laura Azenha e Khyra, neste que é o maior concur-

104

so de beleza do município de Oeiras. A mesa do júri constituída por Eduarda Andrino (Revista Inurban), António de Sá, Patrícia Cruz e Sara Peste, elegeram Miss C.Oeiras - Lara Barbosa, 1ª Dama - Sanó Eckert Eckmahra, e 2ª Dama - Edvânia Silva. A responsável peças coroas das misses foi Cátia Ruela (Akcessora).


105

Créditos: Vídeo -Pedro Estevens ( FlashEvents/Revista Inurban) Fotos - José António Antunes Marques e Paulo Mascarenhas


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

MISS REVELAÇAO 2017

M

ais uma ano de sucesso e glamour, num concurso este concurso que visa ajudar uma jovem a seguir o seu sonho em ser modelo e dinamizar a Vila Moscavide e Portela e o seu comércio local assim como descobrir novos rostos para a moda mas como também novos artistas, novos produtos, novos estilistas. A apresentação teve o habitual glamour de Susana Roldão da Popular FM,e as actuações de Melão, Kelly Mededeiros, Jéssica Portugal . O júri composto por Simara , Eduarda Andrino, Hugo Duarte, Márcia Gurgel, e Kelly Medeiros teve a difícil tarefa em votar entre as 10 finalistas

106

elegendo: Jéssica Sousa | Miss Revelação 2017 Andreia Correia | 1ª Dama De Honor Elvira Colaço | 2ª Dama De Honor Cristiana Carreira | Miss Simpatia Lurdes Ribeiro | Miss Fotogenia Agradecimentos André Cruz -Personal Assistant, Carla Lourenço Nuno Vidigal | Nuno Vidigal Atelier Sandra Bravo da Rosa | Joan Auguni Sónia Soares | Yori Elisa Carina Pereirinha | Elegância Acessórios De Moda DXL Agencia de modelos


107

Créditos: Luís Florentino


COLUNA SOCIAL BY EDUARDA ANDRINO

VOLVO OCEAN REACE 2017

SPELL CHOIR NA VOLVO OCEAN RACE 2017

O

s portugueses Spell Choir, banda vencedora do concurso da RTP1 “Acapella”, atuaram na Volvo Ocean Race Village, em Portugal e em Espanha. Os concertos terão lugar em Espanha, na cidade de Alicante (inicio da regata), e a 22 de Outubro em Lisboa, onde termina. As equipas estarão sediadas entre 31 de Outubro e 6 de Novembro na doca de Pedrouços. O convite para estes espetáculos nasceu da Mirpuri Founda-

108

tion, fundação que desenvolve programas de investigação e projetos na área da náutica, aeronáutica, medicina, conservação da vida selvagem, limpeza dos oceanos, entre outras e usa esta competição como forma de divulgação destes projectos em torno da responsabilidade social. O álbum de estreia dos Spell Choir, lançado pela Sony Music já está à venda e pode também ser ouvido em todas as plataformas digitais.


109


BENEFÍCIOS

DO TREINO PE

110


E VANTAGENS

ERSONALIZADO Por Tiago Martins

111


RUBRICA

T

reino personalizado: uma boa estratégia!

Seja qual for seu objectivo (perda de peso, condicionamento físico, hipertrofia, etc), o acompanhamento de um Personal Trainer pode fazer com que você chegue até ele mais rapidamente. O motivo é simples: o treino será elaborado exclusivamente para si, ajustado à sua rotina, estilo de vida e alimentação. BENEFÍCIOS E VANTAGENS

112

A prática de uma actividade física regular traz inúmeros benefícios para a saúde, nomeadamente o fortalecimento dos ossos e das articulações, bem como a estimulação da energia e do equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito.

O exercício físico previne o sedentarismo e a obesidade, diminui o risco cardiovascular, ajuda a controlar a ansiedade e os sintomas depressivos e aumenta a auto-estima. Se não gosta da confusão dos ginásios, esperar pelo equipamento e prefere um ambiente mais privado, fora dos horários rígidos ou dos ambientes repletos de multidões que caracterizam a grande maioria dos health clubs, convidamos-o(a) a desfrutar dos nossos serviços em sua casa, num parque, na praia, no seu trabalho, num local perto do mesmo, num ginásio perto de si… em qualquer contexto da sua preferência, sem preocupações.


O Treinador pessoal (Personal Trainer) é um profissional que tem como principal função o aconselhamento, prescrição e supervisão de programas de exercício físico estruturado. Ser acompanhado por um treinador pessoal significa ter ao seu dispor um serviço adaptado em todo o processo de treino. Significa ter um especialista que o(a) acompanha 100% do tempo da sua sessão de treino e que vai ao encontro dos seus objectivos. O objectivo fundamental é motivá-lo para o exercício acompanhado de uma prescrição personalizada.

VANTAGENS DO TREINO PERSONALIZADO • Acompanhamento Individualizado; • Diminuir a perda de tempo em deslocações; • Preferência em realizar a sessão no conforto de sua casa; • Evitar o stress dos ginásios em horários de maior afluência; • Maior privacidade; • Obtenção mais rápida e eficaz dos resultados; • Treino diversificado; • Comodidade: treine num local à sua escolha; • Horários compatíveis com a rotina do praticante;

113


• Elaboração de Programas de Treino respeitando a Individualidade Biológica do cliente; • Maior atenção na supervisão e correcção dos exercícios; • Melhor qualidade de vida; • Resultados a curto prazo. Variedade – Existem vários programas que podem ser postos em prática de acordo com o seu objectivo. 114

Motivação – O facto de ter alguém consigo enquanto treina aumenta o seu empenho e melhora a sua performance. Segurança – Ter alguém que corrija a sua postura, o exercício ou mesmo a carga com que treina aumenta o sentimento de segurança no treino. O risco de lesões diminui e sentirá maior confiança no acompanhamento.


RUBRICA

Compromisso – Esta é a palavra chave da relação que se estabelece entre duas ou mais pessoas. Marcar o dia e hora comigo na sua agenda é fundamental para que consiga organizar o seu dia e conseguir conciliar a actividade profissional com a actividade física.

Resultados – É aquilo que pretende atingir e que eu me comprometo a ajudar a alcançar. É tão importante para si como para mim. Desta forma conseguirá uma obtenção mais rápida e eficaz dos resultados.

115


CINEMA POR TIAGO VAZ OSÓRIO

MOTHER!

E

rrático, ambíguo, caótico, desnorteante, aterrador e perturbador. Estes são alguns dos adjetivos que podem ser utilizados para descrever o mais recente filme protagonizado por dois atores galardoados com um Óscar da Academia, Jennifer Lawrence e Javier Bardem. Mother!, (Mãe! na versão portuguesa). O filme conta a história de um casal, ele um escritor em

116

busca de inspiração numa casa isolada, ela uma esposa dedicada à recuperação da casa onde vivem. Rapidamente nos apercebemos que há algo estranho, mas não estamos preparados para o que vem a caminho. Todo o ambiente parece propício à felicidade, à busca da inspiração, à construção de uma família, mas como sempre as aparências iludem e escondem um grande mistério estra-


nho e obscuro. O rumo daquele casal entra num caos frenético a partir do momento em que um casal de estranhos lhes entra em casa. A partir daqui a sucessão de acontecimentos estranhos não pára e chega a um ritmo tal que deixamos de nos aperceber exactamente o que está acontecer, numa assustadora parábola sobre o culto do ego. Uma sucessão perturbadora de

acontecimentos vai fazê-lo saltar várias vezes na cadeira e até duvidar daquilo que está a ver. Mother! foi categorizado como thriller, mas a sua vertente de loucura e suspense psicológico poderiam colocá-lo facilmente na categoria de terror. Prepare o estômago porque vai precisar se for assistir a este filme

117


NA PRÓXIMA EDIÇÃO...

RESILIÊNCIA


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.