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Malu Navarro Gomes 43 a

Há pessoas que se rebelam contra esse fato, há pessoas que temem esse momento, há pessoas que se conformam com essa realidade e há aquelas que se dispõem a viver mais intensamente aquilo que lhes faz bem: suas virtudes. Todas deixarão memórias. Todas serão lembradas. Acredito, pelo que percebo e sinto em mim, que a gratiidão seja algo que ocorre como realidade e necessidade de quem se encontra neste período de vida, a velhice. Infelizmente, não fomos educados para sermos gratos e, muitas vezes, na cultura ocidental a gratidão pode adquirir o tom de fraqueza e subserviência e não de virtude para quem se encontra afoito por viver. De repente, sentimos que é hora de agradecermos, sinceramente, a uma Divindade Maior, à natureza, à vida... tudo o que pudemos aprender e realizar. Nossos sentidos parecem desabrochar e somos gratos pelo perfume das flores, pela melodia que nos alegra, pelo paladar do doce que apreciamos saborear, pelas estrelas que vemos no céu, pelo abraço que recebemos e que hoje nos faz tanta falta. Agradecemos o fato de termos nascido, crescido e nos tornado quem somos. Sabemos que poderíamos ter sido melhores, mas sabemos também que aprendemos – e muito – com nossos erros e desajustes. A eles também agradecemos. Gratos também pelas batalhas que travamos conosco mesmos, com o que nos aflige, nos adoece, pois nos momentos em que ficamos tolhidos começamos a compreender o poder de nossa força e resistência. Gratidão pelas pessoas que nos cercam: nossa família – tanto os de sangue como os de alma, os que nos escolheram e foram escolhidos por nós – os amigos, os conhecidos e pessoas que cruzam nossos caminhos – e, mesmo que de forma fugidia, nos deixam alguma mensagem ou ensinamento. A gratidão que também nos faz olhar para o outro e por ele sentir empatia. E sendo empáticos, descobrir o poder que temos de ajudá-lo. E ajudando, estabelecer trocas verdadeiras que acrescentem felicidade à sua vida e à nossa.

Isso tudo, caro leitor, é transformador, muda o mundo e é a maior riqueza que podemos levar conosco quando enfim chegarmos ao término de nossa existência física.

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Malu Navarro Gomes

Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso.

blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com

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Janeiro tem reajuste do salário mínimo

Fábio Faria de Sá

Diretor do Instituto de Orientação Previdenciária

Janeiro, no Brasil, é tempo de atualização do Salário Mínimo, que determina reajustes dos salários aos trabalhadores do regime CLT, mas, também, contempla os beneficiários do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. Então, já está vigorando desde o dia 1, o aumento de R$ 112,00, pulando de R$ 1.100,00 para o R$ 1.212,00, o que corresponde, aproximadamente, a aumento de 10,00%. Isso, vai mexer no seu bolso! Sendo contribuinte ou beneficiário do INSS, veja o que muda! No caso dos beneficiários do INSS, todo e qualquer benefício a receber, tem como, menor valor, o piso do salário mínimo. Ou seja, ninguém recebe menos do que R$ 1.212,00, a partir de janeiro de 2022. Boa notícia! Isso vale, para todos os cidadãos contemplados com as aposentadorias por tempo de contribuição ou, também, por idade mínima. Contempla, também, as pensões por morte, o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS), o popular LOAS Idoso e LOAS Deficiente. Todos serão reajustados! No passado, o LOAS só contemplava cidadãos com o valor de meio salário mínimo. Mas, atualmente, o benefício paga o valor integral. Foi uma grande conquista para os cidadãos brasileiros, pois dobrou o valor do benefício e melhorou a qualidade de vida das pessoas, uma vez que, aumentam os gastos com planos de saúde e consumo de mais medicamentos nessa fase da vida. No IOPREV – Instituto Previdência Social, do qual sou diretor, temos percebido um aumento considerável de cidadãos em busca desse benefício, devido ao agravamento das condições financeiras e sociais da população em geral. Em muitos casos, é possível obter o benefício, pois não há a obrigatoriedade de ter contribuído com o INSS, antes dos 65 anos de idade. Mas, há cumprimento de outras exigências a serem atendidas. Veja: - Estar cadastrado no Cadastro Único, obrigatoriamente.

magazine 60+ #31 - Janeiro/2022 - pág.47

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