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Marisa da Camara 19 e

Falar consigo mesmo, em voz alta, se ouvindo, com consciência, refletindo sobre sua fala, para elaborar um pensamento, uma tese, não há mal algum. Em tempos de solitude, pela pandemia ou por qualquer outra ocorrência da vida, praticar a autoescuta pode ser muito positivo. Exceto se isso lhe incomodar ou a frequência e formato dessas ocorrências chamarem à sua atenção ou de terceiros. Para quem vive sozinho é importante observar comportamentos agitados ou de ansiedade, se você fala sozinho, respondendo a vozes em sua cabeça, para buscar ajuda médica, ou se você só tem sido uma boa companhia para você mesmo, praticando a autoescuta.

Ilustração M.Conti

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Dicas e cuidados com filhotes

Saúde Única, sonhos coletivos

FMVZ - USP

É senso comum que filhotes são fofos e por isso muitas pessoas dão preferência à adoção/ aquisição de pets nessa fase da vida. Porém, cuidar dos animais nesse período é um desafio e tanto uma vez que, além de terem demandas diferentes dos adultos, precisam aprender alguns comportamentos para uma boa convivência com a família. Mas são os humanos que têm a responsabilidade de ensinar e prover o que eles necessitam para que possam crescer em segurança e com boa saúde física e emocional. Por isso, trouxemos informações para ajudar quem decidiu ter um filhote de cachorro em casa. Para começar, é importante preparar a casa para receber o cachorrinho. Alguns locais e objetos podem representar riscos para o filhote como escadas, janelas, sacadas, piscinas e materiais cortantes, de modo que o acesso do animal a esses itens deve ser restringido. Existem também produtos, plantas e alimentos tóxicos para os cães e que devem ser conhecidos pelos responsáveis para que possam ser mantidos fora do alcance dos animais. Cabe ressaltar que, apesar de alguns produtos de limpeza serem tóxicos para cães, a higienização do ambiente é importante para sua saúde, visto que o sistema imunológico dos filhotes não está completamente desenvolvido e, além disso, o esquema vacinal leva alguns vários meses até estar completo, sendo importante encontrar opções eficientes e seguras para a desinfecção do ambiente. Além de seguro, o ambiente deve ser confortável para o animal. Para isso, é aconselhável promover o acesso do cão a brinquedos, cama, bebedouro e comedouro limpos e, se for o caso, tapetes higiênicos, além da companhia de sua nova família. Temos que considerar que

Foto: Alvan Nee - unsplash.com o filhote foi separado de sua família, o que pode deixá-lo ansioso e inseguro, de modo que, estar perto da nova família, recebendo carinho e atenção, faz com que ele se sinta mais tranquilo, o que ajuda a minimizar choros e latidos. Nesse sentido, para reduzir a ansiedade da separação, é interessante que o filhote tenha algum pano com o cheiro da mãe e irmãos durante os primeiros dias no novo ambiente. Os brinquedos ajudam a distrair e exercitar o animal para que ele tenha mais sono depois. A ansiedade da separação pode atingir os cães adultos também, quando os tutores saem de casa. Para evitá-la, ao retornar, os humanos devem agir e falar com o animal de forma calma e feliz, sem fazer festa, para naturalizar esses momentos para o animal. Após alguns minutos, com o animal já calmo, pode iniciar o contato afetuoso, com as brincadeiras de costume. A alimentação adequada à fase de desenvolvimento é importante para a saúde e cada raça tem suas especificidades. De modo geral, o desenvolvimento do filhote se completa aos 18 meses. No entanto, antes de oferecer o alimento escolhido, deve-se considerar sua alimentação anterior e fazer uma transição gradual para a nova dieta, para que se adapte e não venha a apresentar diarreia e outros problemas digestivos. Também cabe ressaltar que, até os 2 meses de idade, os cachorros precisam do leite materno, de modo que a aquisição de um filhote antes dessa idade faz com que seja necessária a utilização de um sucedâneo. De qualquer forma, discuta as opções com o veterinário. Além da alimentação, são necessários outros cuidados básicos com a saúde do novo membro da família. Medidas preventivas são essenciais para evitar que o animal adoeça e para que esse tenha um crescimento saudável. Dentre os cuidados que devem ser preconizados pelo veterinário para o filhote estão a vacinação, a vermifugação, o controle de pulgas e carrapatos e a castração. Se decidir não castrar o animal, o tutor deve ser paciente com as alterações de comportamento dos animais, devido aos hormônios reprodutivos, e ser responsável para que não ocorram crias indesejadas. Quando bebês, os cães não sabem o local correto para fazer suas necessidades e cabe aos tutores ensiná-los. Esse processo de aprendizagem leva algum tempo e requer

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