UNIVERSIDADE VILA VELHA ARQUITETURA E URBANISMO
MALLENA SILVA DA MOTA
DESIGN BIOFÍLICO EM AMBIENTES DE TRABALHO: INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS DE VILA VELHA - ES
VILA VELHA 2021
MALLENA SILVA DA MOTA
DESIGN BIOFÍLICO EM AMBIENTES DE TRABALHO: INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS DE VILA VELHA - ES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Vila Velha, como pré-requisito para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Profª. Drª. Érica Coelho Pagel
VILA VELHA 2021
Dedico este estudo: aos meus pais que sempre lutaram para que eu tivesse estudo e me tornasse quem eu sempre quis ser e a toda minha família.
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força toda vez que pensei em falhar, quando eu estava cansada e quando me cobrei. Agradeço todos os dias ao meu Pai, que não está mais entre nós, mas que me proporcionou e me proporciona a vida que eu tenho, pelo seu esforço em vida e com seu trabalho, para que hoje, graças a ele, tenho tudo o que preciso. Não tenho como te agradecer mais do que fazer de tudo para ser uma excelente profissional, filha e ser humano. Minha mãe que, além de mãe, sempre foi minha melhor amiga, meu ombro, minha força, minha vida, que todos os dias que eu chorava, ela estava comigo para me dar força e lembrar que sempre haverá luta para podermos vencer. A todas as minhas irmãs, cunhados e sobrinhas que sempre me deram força, amor e me apoiaram sempre que precisei e, principalmente, minhas sobrinhas que sempre, no momento de cansaço, foram as que me davam alegria e leveza, para que no dia seguinte eu continuasse o meu caminho. Agradeço a mim mesma, por ter continuado, não desistido, ter tido fé, que sim, vou me formar e ser o que o destino sempre quis me mostrar que eu seria. Agradeço à Professora Érica, por me auxiliar no desenvolver deste projeto e me guiar para o melhor caminho. A Gerusa Ronconi, Celso Xavier e Rafael Xavier, por me deixarem utilizar o Cartório de Notas para o desenvolvimento deste trabalho, muito obrigada.
EPÍGRAFE
“Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela”. Pablo Picasso
RESUMO O design biofílico se mostra de grande importância para a qualidade do ambiente e para a saúde do trabalhador. Estudos apontam que a aplicação do Design Biofílico proporciona ambientes com conexão ao ambiente externo, contribui para nosso entendimento de como nos comunicamos com os espaços, satisfazendo a necessidade do usuário e trazendo bem-estar e saúde para as pessoas. O objetivo do presente trabalho é mostrar a aplicação e as principais características do Design Biofílico através de uma proposição projetual, a nível de estudo preliminar, no Cartório de 2º Ofício de Notas, localizado em Vila Velha no Espírito Santo. Ao longo deste trabalho de conclusão, uma revisão bibliográfica, foi desenvolvido um estudo de caso para melhor compreensão da aplicação do Design Biofílico no ambiente de trabalho, diagnóstico do local selecionado, que foi o Cartório de Notas. Por fim, a intervenção projetual no Cartório. Foram estudadas e aplicadas estratégias de melhorias de aproveitamento de luz natural proporcionada pelas esquadrias localizadas na fachada, implantação de elementos de plantas naturais preservadas na recepção e área de atendimento 03, como jardins verticais, cortina d’água na recepção para geração de benefícios pela forma sonora próximo às estações de trabalho, formas naturalistas e materiais naturais nos mobiliários, piso e teto. Por fim, tem-se que a biofilia pode proporcionar aos ambientes de trabalho melhorias ao bemestar psicológico e físico dos funcionários.
Palavras-chave: Biofilia. Design Biofílico. Ambientes de Trabalho.
ABSTRACT Biophilic design is of great importance for the quality of the environment and for the health of the worker. Studies show that the application of Biophilic Design provides environments that are connected to the external environment, contributes to our understanding of how we communicate with spaces, satisfying the user's needs and bringing well-being and health to people. The objective of this work is to show the application and the main characteristics of Biophilic Design through a project proposal, at the level of preliminary study, at the 2nd Notary Office, located in Vila Velha, Espírito Santo. Throughout this final work, a bibliographical review, a case study was developed to better understand the application of Biophilic Design in the work environment, diagnosis of the selected location, which was the Notary Public Office. Finally, the project intervention at the Registry Office. Strategies were studied and applied to improve the use of natural light provided by the frames located on the facade, implementation of elements of natural plants preserved in the reception and service area 03, such as vertical gardens, water curtain at the reception to generate benefits through the shape sound near workstations, naturalistic shapes and natural materials in furniture, floor and ceiling. Finally, biophilia can provide work environments with improvements to the psychological and physical well-being of employees.
Keywords: Biophilia. Biophilic Design. Desktop.
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Edward O. Wilson ..................................................................................... 21 Figura 2 - Elementos mais desejados nos escritórios. .............................................. 22 Figura 3 – (a) Ambiente fechado sem a presença de elementos da natureza(b) Ambiente aberto e com a presença de elementos da natureza ................................ 23 Figura 4 - Tradução experiências e atributos do design biofílico............................... 24 Figura 5 - Porcentagem de impacto dos elementos naturais no ambiente de trabalho. .................................................................................................................................. 25 Figura 6 - Escritório da Produtora Corazon Filmes. .................................................. 26 Figura 7 - Salas de reunião com lagos em volta. ...................................................... 26 Figura 8 - Sede I'ts Informov. .................................................................................... 27 Figura 9 - (a) Nova Sede da Empresa Decolar (b) Escritório Tradicional. ................. 28 Figura 10 - WeWork Yanping Lu em Xangai. ............................................................ 29 Figura 11 - (a) Restaurante Tunateca Balfegó (b) Recepção do Tribunal de Justiça Hasselt na Bélgica. .................................................................................................... 30 Figura 12 - Representação da natureza em forma de imagem aplicadas em quadros. .................................................................................................................................. 31 Figura 13 - Solaz Los Cabos Hotel no México - Utilização de cordas e madeira. ..... 31 Figura 14 - Escritório Canary..................................................................................... 32 Figura 15 - Alcatec-Lucent da Nokia na Itália – Iluminação. ..................................... 33 Figura 16 - Azulik em Tulum – características naturalistas existentes na natureza. . 34 Figura 17 - Restaurante Amazonico em Dubai.......................................................... 34 Figura 18 - Grande sala do escritório – Frank Lloyd. ................................................ 36 Figura 19 - Fractais da Natureza. .............................................................................. 36 Figura 20 - Escritório Capitania em São Paulo.......................................................... 37 Figura 21 - Mapa de localização - It's Informov. ........................................................ 39 Figura 22 - Escritório It's Informov. ............................................................................ 40 Figura 23 - Planta Baixa - It's Informov - Plantas e Flores. ....................................... 41 Figura 24 - (a) Vegetações aplicadas no teto (b) Aplicadas no mobiliário. ................ 41 Figura 25 - Planta Baixa - It's Informov - Ventilação Natural. .................................... 42 Figura 26 - Janelas fixas no ambiente lounge dos funcionários. ............................... 43 Figura 27 - Planta Baixa - It's Informov - Iluminação Natural. ................................... 43 Figura 28 - Janelas em toda volta do escritório. ........................................................ 44
Figura 29 - Planta Baixa - It's Informov - Imagens da Natureza. ............................... 44 Figura 30 - (a) Imagens da natureza (b) Sala de reunião. ......................................... 45 Figura 31 - Planta Baixa - It's Informov - Materiais Naturais. .................................... 46 Figura 32 – (a) Área lounge (b) Mobiliário que avanço ao teto. ................................ 46 Figura 33 - Mapa de uso do solo do entorno do local de diagnóstico. ...................... 50 Figura 34 - Mapa de vias, caminhos e áreas verdes. ................................................ 51 Figura 35 - Mapa de trajetória solar. ......................................................................... 51 Figura 36 - Fachada do Cartório. .............................................................................. 54 Figura 37 - Área de Atendimento - baixa incidência de iluminação natural ao comprimento total do Cartório. .................................................................................. 54 Figura 38 - (a) Planta Baixa indicando as localizações dos pontos de iluminação natural – Térreo (b) 1º Pavimento. ............................................................................ 55 Figura 39 - Janelas de Correr no Mezanino (a) Janelas Superiores Fixas, Área de atendimento............................................................................................................... 56 Figura 40 - a) Planta Baixa indicando as localizações dos materiais naturais - Térreo (b) e 1º Pavimento. .................................................................................................... 57 Figura 41 - Fotos internas das estações de trabalho em madeira Área de Atendimento 02 e 03. ..................................................................................................................... 57 Figura 42 - (a) Planta Baixa indicando as localizações das plantas e flores – Térreo (b) 1º Pavimento. ....................................................................................................... 58 Figura 43 - Fotos internas das estações de trabalho em madeira (a) Área de Atendimento 02 (b) Recepção. .................................................................................. 59 Figura 44 - Planta Baixa indicando as localizações das imagens da natureza – 1º Pavimento. ................................................................................................................ 60 Figura 45 - (a) Fotos internas com os quadros com imagens da natureza do Convento da Penha – Hall (b) e Sala da Tabeliã. ...................................................................... 61 Figura 46 – Fluxograma Experiências e Atributos Utilizados no Projeto. .................. 64 Figura 47 - Planta Baixa Humanizada - Térreo ......................................................... 65 Figura 48 - Planta de Paisagismo ............................................................................. 67 Figura 49 - Recepção ................................................................................................ 68 Figura 50 - Área de Atendimento 01 ......................................................................... 69 Figura 51 - Área de Espera 01 – Recepção .............................................................. 70 Figura 52 - Área de Espera ....................................................................................... 71
Figura 53 - Visão geral da Área de Atendimento 02 e 03 .......................................... 72 Figura 54 - Área de Atendimento 02 ......................................................................... 73 Figura 55 - Área de Atendimento 03 ......................................................................... 74 Figura 56 - Área de Acesso aos Banheiros e Escada para o 1º Pavimento. ............. 75 Figura 57 - Planta Baixa Humanizada - 1º Pavimento............................................... 76 Figura 58 - Sala de Reunião – (a) Mesa de Reunião (b) Área de café ...................... 77 Figura 59 - Sala da Tabeliã ....................................................................................... 78 Figura 60 - Sala da Tabeliã - Mesa de Reunião ........................................................ 79 Figura 61 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Recepção ........................................... 80 Figura 62 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Área de Atendimento 02 ..................... 80 Figura 63 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Área de Atendimento 03 ..................... 81 Figura 64 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Sala de Reunião ................................. 81 Figura 65 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Sala da Tabeliã .................................. 82 Figura 66 - Temperatura da Cor ................................................................................ 82 Figura 67 - Planta de Iluminação - Térreo ................................................................. 83 Figura 68 - Planta de Iluminação - 1º Pavimento ...................................................... 84 Figura 69 - Termo de autorização de imagem - Locatária ......................................... 12 Figura 70 - Termo de autorização de uso de imagem - Proprietário ......................... 12
LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Análise Estudo de Caso - Projetos de Revistas Online ............................ 38 Tabela 2 - Análise de Biofilia - Estudo de Caso Projeto de Revista Archdaily........... 39 Tabela 3 - Dados do Cartório. ................................................................................... 52 Tabela 4 - Análise da Biofilia – Térreo. ..................................................................... 53 Tabela 5 - Análise da Biofilia - 1º Pavimento............................................................. 53 Tabela 6 - Tabela Paisagismo - Planta Utilizada ....................................................... 66
SUMÁRIO 1 1.1
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 OBJETIVOS.................................................................................................... 16
1.1.1 Objetivos gerais ............................................................................................ 16 1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................... 16 1.1.3 Estrutura do trabalho ................................................................................... 16 2 A CONEXÃO HOMEM, ARQUITETURA E NATUREZA. ...................................... 17 2.1
DESIGN BIOFÍLICO NO AMBIENTE DE TRABALHO.................................... 20
2.2
BENEFÍCIOS DO DESIGN BIOFÍLICO .......................................................... 21
2.3
A APLICAÇÃO DO DESIGN BIOFÍLICO ........................................................ 23
2.3.1 Experiência direta ......................................................................................... 24 2.3.2 Experiência indireta ...................................................................................... 29 2.3.3 Experiência de espaço e lugar .................................................................... 35 3
DIAGNÓSTICO DO LOCAL DE INTERVENÇÃO .............................................. 48
3.1 CARTÓRIO DE 2º OFÍCIO DE NOTAS .............................................................. 49 4
INTERVENÇÃO PROJETUAL ........................................................................... 62
4.1. SELEÇÃO DOS ITENS DA BIOFILIA A SEREM APLICADOS NO PROJETO .. 63 4.2. PROPOSTA ....................................................................................................... 64 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 87 APÊNDICES ............................................................................................................. 91
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1 INTRODUÇÃO
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Entre os séculos XVII e XVIII, as atividades aplicadas tiveram uma alta demanda de organização administrativa. Tais tarefas eram divididas por arquivamento e classificação de cada assunto tratado e os ambientes de trabalho, por sua vez, eram como um lugar isolado, independente. Tendo em vista que, no período do Iluminismo, o significado de trabalho faria do cidadão um indivíduo livre e mais produtivo graças à educação, o espaço de laboração tinha como principais características a disciplina e o foco consequentemente (MENDES, 2019). Somente durante o século XX, na década de 60, com a evolução dos edifícios e construção de arranha-céus é que se deu uma categoria de status. As organizações sempre ficaram dispostas a estarem no topo desses edifícios. O espaço físico em sistema autoritário, tendo relações frias e com extrema hierarquia (SILVA, 2014). Nos anos 90, o avanço da tecnologia permitiu com que as empresas modificassem os escritórios e, com isso, alterar as formas desses espaços, criando ambientes mais informais e de trabalho em equipe, visto que essas formas beneficiam mais tanto os funcionários quanto as próprias empresas. Com o passar dos anos, só foi implementado ainda mais necessidade de ambientes de trabalho. Com isso, tais ambientes foram se tornando cada vez menores devido o aumento dos custos e deixando, consequentemente, a preocupação com o conforto dos usuários de lado foi deixada de lado, tendo foco na produtividade. Apesar disso, dos anos 90 até a atualidade, é possível perceber uma busca maior ao olhar a necessidade dos trabalhadores que, além de funcionários, precisam estar em um ambiente confortável, agradável e que possibilite o bem-estar físico e psicológico para bom desenvolvimento do trabalho. Segundo Perez (2013), no século XXI, as empresas passaram a aplicar um novo modo de trabalho em que os funcionários não teriam mais a necessidade de estarem trabalhando em estações de trabalho, gerando, assim, a oportunidade de criar espaços informais para melhor conforto dos funcionários ao inserir modelos como: sala de reunião, auditórios, recepção e área de estação de trabalho foram modificados para áreas amplas e de integração, que provocando e convívio entre os usuários. Segundo Neves et al. (2017), a palavra “trabalho” é entendida como uma prática profissional, remunerada ou não, proveitosa ou eficiente, executada para determinada finalidade. Embora os termos das definições de trabalho no dicionário possam descrever a ideia de um trabalho consequente de acontecimentos históricos, esses
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conceitos ainda estão associados aos ideais passados a cada época da história do mundo. Para demonstrar essa ideologia, Bock (2006, p.20) explica que:
[...] se abríssemos, por exemplo, um dicionário da Grécia antiga, possivelmente achar-se-ia o trabalho como [...] atividade exclusivamente física, que se reduzia ao esforço que deviam fazer as pessoas para assegurar seu sustento, satisfazer suas necessidades vitais [...] que não era valorizada socialmente.
Nesse sentido, a escolha do ambiente de trabalho para a implementação das intervenções sugeridas neste trabalho se dá pela necessidade de observar que os cartórios são ambientes de trabalho e que merecem receber atenção à necessidade de melhorias, pois eles fazem parte da nossa vida desde quando nascemos até quando falecemos. Ele faz parte de toda nossa trajetória de vida e cumpre um papel importante para a sociedade. Cada um tem suas características e suas funções que visam, mais que atender toda a população que necessita desses serviços. Sua função é dar segurança jurídica a todos que precisam dela. Podemos contar com uma grande quantidade de leis que criam uma sólida barreira de informações para melhor desenvolvimento de sua documentação, auxiliando o Poder Jurídico, contribuindo para não desenvolver conflitos que sejam capazes de tornar processos judiciais, sendo os cartórios auxiliadores na modernização desses serviços ao levar para o mundo digital a segurança jurídica, capaz de tranquilizar a todos que utilizam e precisam desses tipos de trabalho (MARINHO, 2020). Um dos problemas observados com o passar dos anos sobre os ambientes de trabalho é a falta ou a perda de conexão com a natureza e com o mundo externo. Muitos ambientes são encontrados de forma funcional, em espaços cada vez mais fechados e sem nenhum tipo de aplicação de melhorias de design que levam em conta a qualidade do lugar e a saúde dos funcionários. O Design Biofílico vem com grande importância nessas melhorias, pois ele pode mudar o ambiente buscando sempre o bem-estar e conforto dos usuários, uma vez que se sabe que o afastamento do ser humano da natureza, a cada ano que passa, se torna ainda mais prejudicial para o nosso psicológico. Com ele, é possível trazer a nossa conexão de volta e melhorar os ambientes de trabalho. Os estudos feitos por Kellert e Calabrese (2015) adquiriram pontos a serem levados para uma boa análise de apresentação de elementos-chave do Design Biofílico. Os atributos são as
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experiências direta e indireta com a natureza e de espaço e lugar. Dentro delas há pontos como: iluminação, cores, ventilação, materiais naturais, imagens da natureza, geometrias naturais, sendo alguns dos elementos necessários para ser desenvolvido um bom Design Biofílico. Nos relatórios realizados pelo Human Spaces (2015), foram analisadas diversas necessidades e dificuldades encontradas nos ambientes de trabalho. A falta de luz natural é a principal queixa dos funcionários, sendo um dos fatores que mais impactam no bem-estar do ser humano. A falta de luz natural impossibilita a noção de ciclo claro e escuro que nos fornece a percepção de passagem de tempo. Com isso, cria-se alteração hormonal no cortisol e na melatonina, os quais podem se relacionar com sintomas de depressão e piora na qualidade do sono (MARTAU, 2015). Além desse, nos locais de trabalho, há pouca quantidade de plantas e flores que, por sua vez, são aplicadas de forma artificial, em pouca quantidade e sem a devida atenção. Aplicando as plantas naturais os ambientes ganham benefícios nas questões térmicas e controla a temperatura por meio da transpiração da planta ao local. Os elementos com estratégias em união para melhor resultado do Design Biofílico, são a utilização de cores que remetam à natureza, a exemplo, o azul, verde, amarelo, laranja, materiais naturais, como madeira e pedras naturais, janelas que possibilitem a visão dos funcionários e formas naturais em mobiliários e em elementos do local.
O design biofílico é mais do que apenas uma ferramenta técnica. O frameworl avançado aqui certamente se destina a ser uma metodologia prática para o design mais efetivo do ambiente construído. Sua aplicação bem-sucedida dependerá, no entanto, da adoção de uma nova consciência em relação a natureza e da implementação de uma nova técnica de projeto. A biofilia e o design biofílico exigem o reconhecimento do quanto o bem-estar físico e mental humano continua a depender da qualidade de nossas relações com o mundo além de nós, do qual continuamos a fazer parte. (KELLERT; STEPHEN; CALABERESE, 2015, p.21).
Dessa forma, o Design Biofílico aplicado aos ambientes de trabalho é de suma importância para um bom desenvolvimento, produtividade e bem-estar dos funcionários. Neste trabalho, propõe-se uma intervenção projetual no ambiente de trabalho do cartório de notas localizado na cidade de Vila Velha/ ES utilizando como foco as principais estratégias defendidas pelo Design Biofílico. Com isso, uma revisão bibliográfica sobre esse tema será realizada, utilizando autores tais como Kellert; Stephen e Calabrese (2015), Human Spaces (2015), Kaplan (1993), Kellert e
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Calabrese (2015), Gurgel (2010), dentre outros, e posteriormente realizou-se um levantamento de campo, investigação e diagnóstico do local a ser realizado a intervenção.
1.1
OBJETIVOS
1.1.1 Objetivos gerais
Este trabalho tem como objetivo compreender a importância do design biofílico nos ambientes de trabalho, propondo uma intervenção projetual em um cartório em Vila Velha – Es. 1.1.2 Objetivos específicos
Para alcançar o objetivo geral, será desenvolvido: - Revisão de literatura sobre os conceitos do Design Biofílico e estudo de caso pesquisado na revista Archdaily para melhor compreensão; - Realização de um diagnóstico do local de intervenção; - Propor uma intervenção projetual no Cartório de 2º Ofício de Notas, utilizando os critérios estudados de biofilia e relação natureza x espaços de trabalho. 1.1.3 Estrutura do trabalho
O primeiro capítulo consiste na introdução do tema, de forma que fique especificado o tema do atual trabalho, indicando também os objetivos gerais e específicos e a metodologia a ser utilizada para a elaboração do tema. O capítulo 02 será abordado o referencial teórico do tema, apresentando os conceitos estudados e um estudo de caso para analisar na prática o Design Biofílico em um ambiente de trabalho. O capítulo 03 refere-se ao diagnóstico feito no local selecionado, que será o Cartório. A partir disso, foi feito no capítulo 04 a intervenção projetual com descrição dos itens da Biofilia aplicados ao projeto e proposta, que será no Cartório de 2º Ofício de Notas, localizado em Vila Velha – Espírito Santo.
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2 A CONEXÃO HOMEM, ARQUITETURA E NATUREZA.
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A arquitetura faz parte da evolução humana desde a pré-história, sendo assim, possibilitou o desenvolvimento das relações em comunidade. Com o passar dos anos, desenvolveu-se a necessidade do abrigo e, logo em seguida, as primeiras edificações foram desenvolvidas. Nossos sentidos buscam a natureza para a renovação do bemestar, pois crescemos conectados com o sistema ecológico. Entretanto, na atualidade, abandonamos essa vida, deixando toda natureza de lado para construir cidades e, assim, perdemos todo o contato com a natureza ao devastar e construir. Hoje, colhemos as consequências dessa ação passada em que não é possível ter mais contato com a natureza e, dessa forma, nos tornamos cada dia mais pessoas doentes.
A história da arquitetura é a história do notável esforço humano, um dos caminhos pelos quais tentamos criar ordem e dar sentido ao infinitamente curioso e, não obstante, confuso mundo. [...] a arquitetura, que é diferente do mero edificar, eleva nossos espíritos e nos emociona (GLANCEY, 2001, p.7).
Os humanos, historicamente, melhoram os lugares em que vivem e atuam para aumentar sua produtividade e conforto. Essas melhorias advêm de avanços tecnológicos que possibilitam a melhora do bem-estar e saúde dos usuários do edifício, mas, apesar disso, foi dado pouca atenção sobre as necessidades fisiológicas mais importantes. Os últimos desenvolvimentos em nossa compreensão dos sistemas naturais, bem como nossa crescente compreensão das funções neurais e fisiológicas sutis associadas ao contato natural, nos permitem identificar estratégias para aumentar o retorno econômico, aumentar a produtividade e fortalecer a estrutura social das comunidades (HEERWAGEN E LLOFTNESS, 2012). Para conceber a arquitetura nos ambientes, é necessário explorar os sentidos, em como estão se relacionando com o homem e o planeta, reconsiderando sobre a herança que será deixado para as gerações futuras. A arquitetura tem o poder além da possibilidade natural, segundo Okamoto (2002, p. 15), a arquitetura é: “um meio de favorecer e desenvolver o equilíbrio, a harmonia e a evolução espiritual do homem, atendendo às suas aspirações, acalentando seus sonhos, instigando as emoções de se sentir vivo [...]”. (Okamoto (2002) ainda ressalta que: Acima de tudo, o objetivo da arquitetura não se restringe exclusivamente à construção de abrigo para as necessidades básicas e utilitárias do homem. Mais do que à exteriorização material e formal de todas as suas atividades concretas, deveria a arquitetura atender às suas aspirações. Principalmente, deveriam os arquitetos desenvolver o desejo de atender à permanente necessidade de uma interação afetiva do homem com o meio ambiente,
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favorecendo seu crescimento pessoal, a harmonia do relacionamento social e, acima de tudo, aumentando a qualidade de vida (Okamoto, 2002, p.11).
Segundo Kellert e Calabrese (2015), a ideia da biofilia origina-se pela rápida evolução do mundo e, a partir disso, a necessidade destes elementos já não existentes no nosso dia a dia. Sendo que, em mais de 99% da nossa história, nós nos desenvolvemos biologicamente sob o feito de forças naturais e não artificiais ou por formas criadas pelo homem. A partir do momento em que as edificações não nos permitem ter esse contato com o ambiente natural, houve a necessidade de implementá-los em nossos ambientes internos. Com isso, o design biofílico surgiu em resposta à necessidade de se reconectar com a natureza em nossos espaços humanos construídos. “Acreditamos que incorporar a natureza ao ambiente construído não é apenas um luxo, mas um sólido investimento econômico em saúde e produtividade [...]” (HEERWAGEN E LLOFTNESS 2012, p.03). Segundo o relatório Human Spaces (2015), pesquisas sobre os benefícios do design biofílico estão sendo mais procuradas a partir de então. Com uma revisão de avaliação com mais de 50 estudos empíricos, foi possível concluir que em um local sem natureza é propício a desentendimentos, representando que os ambientes podem trazer efeitos negativos na saúde e bem-estar dos usuários. Percebe-se que essa circunstância acontece por falta de vegetação em específico, como distanciamento visual e falta de contato com as plantas. Isso poderá ser modificado a partir de aplicações de vegetações, vistas para ambientes com paisagens ou para plantas. Essas medidas seriam suficientes para melhorias do ambiente, proporcionando efeitos benéficos aos usuários. Com o estudo levantado em questão, é possível analisarmos esses pontos para o sentido do ambiente de trabalho em que foi também constatado a relação do design com os funcionários. A forma com que os usuários passam a se sentir nesses ambientes é de suma importância, pois desenvolve o lado emocional, melhora a concentração, traz felicidade e disposição e aumenta a produtividade ao estarem trabalhando. A ideia principal é estimular as empresas a considerar esses benefícios e, podendo assim, aplicar os conceitos do design biofílico no ambiente de trabalho.
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A partir disso, o desenvolvimento deste trabalho possibilitou um maior conhecimento e entendimento sobre o que é o design biofílico, sua prática e todos os fatores que são relevantes para um bom desenvolvimento da biofilia em ambiente de trabalho. 2.1 DESIGN BIOFÍLICO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Com o passar dos anos, o ser humano tem modificado a forma de desenvolver suas atividades do dia a dia. O aumento da demanda de mercado possibilitou cada vez mais o aumento do desenvolvimento de ambientes corporativos, com isso, possibilitando que grande parte dos ambientes de trabalho sejam ambientes fechados, sem luz natural, sem cor e com grande carga horária a serem trabalhadas. Sendo assim, a vida dos trabalhadores foi afetada tanto psicologicamente como fisicamente, sendo atribuída pela pressão e responsabilidades do dia a dia. Um ambiente muito importante que não recebe a sua devida atenção é o ambiente de trabalho que gera um impacto significativo no ser humano. O ambiente de trabalho, na atualidade, se tornou um ambiente mecânico, competitivo, frio, em que os funcionários se encontram em um local fechado, sem vida e sem experiências positivas que impossibilitam um bom desenvolvimento laborativo. Entretanto, é possível ter ganhos com a obtenção de funcionários que se empenham a serem excelentes, podendo a aplicação do design possibilitar melhorias no bem-estar através do contato com a natureza, tendo o Design Biofílico como fonte deste acontecimento (HUMAN SPACES, 2015). A palavra “biofilia” foi utilizada pela primeira vez pelo psicólogo social Eric Fromm e mais tarde popularizado pelo biólogo na Figura 01, Edward Wilson (BROWNING; RYAN; CLANCY, 2014). A hipótese da biofilia, introduzida por Edward O. Wilson, em seu livro Biofilia, fala da afinidade inata por tudo o que vive, da necessidade de se afiliar a outras formas de vida, ou seja, a sensação de conexão com a natureza e a conexão emocional com outros sistemas vivos, com o habitat e com o meio ambiente (ORTEGA, 2020).
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Figura 1 - Edward O. Wilson
Fonte – Gabriel Cunha, 2013
O Design Biofílico nos mostra a importância de sempre estar em contato com a natureza, pois é primordial para a satisfação humana, sendo uma necessidade natural que o indivíduo precisa para um bom desenvolvimento de trabalho, familiar e cotidiano. O design biofílico é uma tendência que surge da biofilia que, etimologicamente descrita, trata do amor pela humanidade e pela natureza (ORTEGA, 2020). Com este presente trabalho, será demonstrado a parte de estudos levantados por Kellert e Calabrese (2015) e Human Spaces (2015), diversos fatores e aplicações do Design Biofílico, como são suas características e sua prática em ambientes de trabalho para maior compreensão de sua funcionalidade e aplicação.
2.2 BENEFÍCIOS DO DESIGN BIOFÍLICO
O design biofílico é uma forma de aplicar uma técnica que possibilita a melhoria do ambiente interno, criando conexão com o ambiente externo e com elementos naturais aplicados internamente. Cria-se um ambiente agradável, de melhor desenvolvimento e produtividade. A análise feita pelo Human Spaces (2015) reforça o impacto positivo por simples aplicações dos métodos, como os usos de vegetação que ajudaram na melhora do bem-estar, na criatividade e na produtividade dos trabalhadores. Sendo assim, foi possível saber que: (Figura 2), na pesquisa realizada mostrou que a luz natural está
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no primeiro item de mais almejados nos espaços. Já 47% deles falam que não possuem luz no seu ambiente de trabalho. (Human Spaces,2015). Figura 2 - Elementos mais desejados nos escritórios.
Fonte - Human Spaces, 2015.
Os elementos da biofilia, como janelas que geram iluminação natural, ventilação, cores, imagens da natureza em um ambiente de trabalho ajudam na redução do estresse, melhoram a produtividade no cotidiano, ajudam na disposição, criatividade e bem-estar. “A iluminação deve garantir o desenvolvimento de tarefas com conforto visual e o máximo de acuidade e precisão, através de menor esforço, contrastes e riscos de prejuízos à visão e com reduzidos riscos de acidentes.” (MOTA, 2013, p.59)
Pesquisas relacionadas à iluminação circadiana comprovam que quem fica submetido a estas condições de iluminação por períodos prolongados pode se “dessincronizar” com o meio ambiente. Esta alteração no sistema circadiano pode levar a alterações metabólicas, no sistema imunológico e nos mecanismos relacionados a obesidade, depressão e transtornos (ou problemas) de sono. Ou seja, expor-se sistematicamente a quantidades baixas de luz durante o dia e altas à noite são duas condutas prejudiciais para o bem-estar e a saúde (Martau, 2015, p. 4 e 5).
Na Figura 3, observa-se a falta de contato tanto externo quanto entre as pessoas, representando um ambiente com impactos psicológicos negativos e nada produtivo
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para os funcionários. Já em outro ambiente, é notório a possibilidade do contato visual externo e aproveitamento de luz natural para as estações de trabalho. Figura 3 – (a) Ambiente fechado sem a presença de elementos da natureza(b) Ambiente aberto e com a presença de elementos da natureza
(a) Fonte - Patrícia Teixeira, 2015
(b) Fonte - Júlio França, 2016
No entanto, se observarmos, o design biofílico não é apenas inserir plantas ou colocar imagens, e sim, uma forma mais saudável para os espaços em que as pessoas passam a maior parte do dia. Aplicado aos projetos arquitetônicos, os conceitos da biofilia podem contribuir para a redução do estresse e aumentar o nível de entusiasmo, ajudando na produtividade e na criatividade das pessoas. 2.3 A APLICAÇÃO DO DESIGN BIOFÍLICO
O Design Biofílico vem da necessidade de ambientes mais naturais, pois, com a grande demanda de atividades, o ambiente laborativo se tornou, em sua maioria, um lugar com pouca ventilação natural, sem contato com a natureza e com cores que remetem ao cérebro um lugar impessoal e desconfortável, causando estresse, cansaço e impactando no desempenho dos funcionários.
As aplicações ponderadas do design biofílico podem criar uma estratégia multiplataforma para desafios familiares tradicionalmente associados ao desempenho dos edifícios, como conforto térmico, acústico, gerenciamento de água e energia, bem como questões de maior escala como asma, biodiversidade e mitigação de inundações. Sabemos que o aumento do fluxo de ar natural pode ajudar a prevenir a síndrome do edifício doente; a iluminação natural pode reduzir os custos com energia em termos de aquecimento e resfriamento; e o aumento da vegetação pode reduzir o material particulado no ar, reduzir o efeito de ilha de calor urbano, melhorar as trocas de infiltração de ar e reduzir os níveis percebidos de poluição sonora. Essas estratégias podem ser implementadas de maneira a obter uma
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resposta biofílica para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar (BROWNING; RYAN; CLANCY, 2014, p.19).
Segundo Kellert (2007), existem três tipos de experiências da natureza que podem representar as categorias básicas da estrutura do Design Biofílico: a experiência direta da natureza, a experiência indireta da natureza e a experiência simbólica. A Figura 4 descreve as experiências e atributos defendidos sobre o Design Biofílico. Figura 4 - Tradução experiências e atributos do design biofílico.
Fonte - Tradução da autora
2.3.1 Experiência direta
Os princípios da experiência direta provêm do contato existencial das características ambientais existentes no ambiente construído, como plantas, luz natural, animais, água, ar, fogo, clima, ecossistemas e paisagens naturais. A experiência direta da natureza refere-se ao contato com as reais características ambientais no ambiente existente, como: Ter a luz natural e o clima em um ambiente de trabalho é essencial para a saúde e o bem-estar do trabalhador, pois possibilita a proximidade do indivíduo com o ambiente externo, facilitando o movimento e a direção e, conseguindo assim, contribuir com o conforto visual, concebendo conexão com o clima existente, tornando-se satisfatório e estimulador, produzindo aconchego ao usuário. A janela é uma válvula de escape para o nosso dia a dia, pois liberamos o mal-estar e estresses do dia, possibilitando ao olhar do funcionário um descanso ao contemplar a natureza e, com isso, causar melhorias e elevação dos níveis de alegria para os usuários e leveza em seus pensamentos (KAPLAN, 1993).
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A partir da análise da Figura 5, é relatado na pesquisa de Human Spaces a partir da análise da Biofilia em ambientes de trabalho, diz que os resultados em que os trabalhadores em escritórios com aplicações de elementos da natureza são 15% mais criativos. Figura 5 - Porcentagem de impacto dos elementos naturais no ambiente de trabalho.
Fonte - Human Spaces, 2015
A partir do relatório feito pela Human Spaces (2015), foi possível perceber que os funcionários que não têm acesso a janelas em seus ambientes de trabalho, a partir de dados levantados na Alemanha e na Índia, relatam níveis baixos de felicidade no ambiente de trabalho. Isso porque na Alemanha a produtividade foi consideravelmente maior quando os contratados tiveram contato com a vista da natureza, e na Índia, sendo contemplado a vista em direção a vida selvagem, pontuando maior grau de criatividade. “Do ponto de vista biofílico, os humanos evoluíram sob luz natural diurna e, portanto, luz natural e processos de luz natural devem ser preferidos e mais benéfico” (GILLIS, 2015). Isso pode ser exemplificado na Figura 6, em que portas de correr possibilitam aberturas e geram ventilação natural aos funcionários que estão na estação de trabalho.
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Figura 6 - Escritório da Produtora Corazon Filmes.
Fonte – Alexandre Guimarães, 2017
A água e o ar desempenham um grande papel sensorial para os seres humanos. A ventilação natural é essencial para o conforto e a produtividade do usuário. As mudanças no fluxo do ar, umidade, temperatura e pressão do ar possibilitam a melhoria da experiência de ventilação natural no ambiente. Outro atributo da experiência direta é a água. O contato com esse elemento cria a sensação de clareza e limpeza do local, além do vínculo tátil e auditivo com esse elemento capaz de reduzir os níveis de estresse (ALVARASSON et al., 2010; PHEASANT et al., 2010). Como é possível ver na Figura 7, o lago existente em volta das bordas das salas de reunião cria uma conexão com a natureza. Figura 7 - Salas de reunião com lagos em volta.
Fonte – Asih Jenie, 2018
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Não é necessário ser empregado uma grande quantidade de plantas em um ambiente. Entretanto, é necessário que essa aplicação seja de forma que trará contentamento ao local. Se aplicarmos de forma exagerada ou incorreta, pode-se trazer o sentimento inverso (GILLIS, 2015). A Figura 8 mostra a aplicação de vegetações em forma de jardineira atrás dos mobiliários e nos painéis ripados nas paredes, criando movimento e naturalidade nas aberturas. Figura 8 - Sede I'ts Informov.
Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
Segundo os estudos de Kaplan (1993), o local em que estão dispostas a presença dos elementos naturais nos ambientes de trabalho auxilia no bem-estar do trabalhador. No estudo feito neste relatório, para as pessoas, há pouca importância na aplicação de plantas em ambientes de trabalho, pois acreditam que causam poucos efeitos benéficos. Entretanto, pela pesquisa, é possível ver que essa aplicação gera um impacto prazeroso aos funcionários. Seus benefícios auxiliam na redução do nível de depressão e contribuem com o aumento de energia ao terem contato com a natureza. Na Figura 09, é possível observar que a implementação de plantas cria uma sensação agradável quando comparada a um ambiente de cores acinzentadas, com aplicação impessoal que traz, por conseguinte, desconforto e frieza ao ambiente.
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Figura 9 - (a) Nova Sede da Empresa Decolar (b) Escritório Tradicional.
(a) Fonte – Gabriel Neri Faim, 2020
(b) Fonte - Eduardo Macarios, 2021
Suas aplicações em poucas áreas e afastadas não têm grandes resultados benéficos aos usuários do local. Com isso, se sua aplicação em edifícios e paisagens for utilizada de forma vasta, cria-se conexão com o ambiente externo. O preferencial são espécies de plantas nativas. Com esses elementos, pode-se analisar que as plantas e animais aplicados de forma abundante e com contato visual, pode obter resultados maiores para melhor contribuição no espaço. O fogo sendo benéfico ao ser humano, traz sensação de conforto, tendo suas formas construídas a partir de lareiras e fogueiras, que ajuda no lado criativo de simular cores, luzes e aconchego. E, por fim, as paisagens naturais e ecossistemas, estando
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aplicados somente na natureza, pois não sofrem nenhum tipo de ação antrópica, sendo mais bem identificadas pelo ser humano do que em ambientes artificiais. Na Figura 10, o escritório de Coworking, localizado em Xangai, é possível observar a aplicação de um aquário como forma de trazer ecossistema para o ambiente de trabalho. Figura 10 - WeWork Yanping Lu em Xangai.
Fonte - Dirk Weiblen, 2016
2.3.2 Experiência indireta
A experiência indireta da natureza se dá pela forma fictícia dos elementos naturais, utilizando imagens e materiais aplicados, como madeira, tecidos, fotos, formas de objetos. Desse modo, a reprodução sensitiva e visual contribui para que os usuários tenham a mesma experiência quando em contato com esses elementos reais. A Figura 11 demonstra uma das formas pelas quais podem ser aplicados à experiência indireta, como a representação do atum vermelho no restaurante Tunateca e no Tribunal de Justiça Hasselt, com o painel ao fundo da recepção com a imagem dos veios de uma folha.
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Figura 11 - (a) Restaurante Tunateca Balfegó (b) Recepção do Tribunal de Justiça Hasselt na Bélgica.
(a) Fonte - Adrià Goula, 2017
(b) Fonte - Adaptada deBieke Claessens, 2013
Segundo Gillis (2015), as imagens da natureza no ambiente possuem cada vez mais analisadas pelo ponto de vista da psicologia ambiental, pois tem sido reconhecida como redutoras de estresse, visto que contribuem com a sensação de natureza real ao ambiente. Com a contribuição do Design Biofílico, é possível a realização de melhorias ao espaço de trabalho, dado que que suas vantagens são inúmeras aos trabalhadores. Na Figura 12, observa-se que, quando não possível a aplicação real dos elementos, é possível gerar com as imagens, obras de arte, representação e a imagem da natureza. Também é praticável com demais elementos, como plantas, animais, paisagens e outras características que tragam essa realidade para o ambiente, pois é benéfico em vários sentidos, sendo aplicadas em abundância para maiores resultados.
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Figura 12 - Representação da natureza em forma de imagem aplicadas em quadros.
Fonte - Romulo Fialdani, 2017
A utilização de materiais é um dos elementos em que se destaca a experiência indireta com a natureza. É possível modificar o ambiente somente com a aplicação de materiais, causando a sensação de natureza para o espaço. Com pedras, madeira, lã, palha, couro e algodão, a exemplo, aplicados em diversos mobiliários, conseguese trazer a melhor sensação de conforto ao ambiente de trabalho. Segundo os estudos de Gillis e Gatersleben (2015), os materiais podem ser particularmente estimulantes, sendo destacado as suas propriedades de matéria orgânica, tornando-se uma resposta visual e tátil que os materiais podem proporcionar. Na Figura 13, no Solaz Los Cabos Hotel, a utilização de elementos, como madeira, cordas e palha trazem conforto aos usuários do hotel, causando ainda mais sensação de contato a natureza. Figura 13 - Solaz Los Cabos Hotel no México - Utilização de cordas e madeira.
Fonte – Rafael Gamo, 2019
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Uma mesma superfície, dependendo da textura com que for revestida, pode causar diferentes reações ou sensações. Uma mesma textura, dependendo do tipo de iluminação que receba, pode ser percebida de maneiras diferentes (GURGEL, 2010, p. 36).
O esquema de cores de um interior é um dos elementos que contribuem com a elevação do humor e é aquele em que a maioria das pessoas se sentem mais conectadas ao ambiente logo quando chegam ao local. As cores têm um impacto muito grande na forma de nos comunicarmos. O uso eficiente da cor no ambiente construído pode ser difícil em alguns momentos, mas, com sua aplicação eficaz no teor biofílico, devem remeter às cores de componentes naturais, que lembram elementos existentes na natureza, como de plantas, mar, pedras e terras.
Um espaço com uma paleta de cores que passa a sensação de conexão com a natureza também pode ser percebido como sendo um lugar saudável para habitar, onde se podemos nos sentir estimulados ou calmos. A psicologia evolutiva e pesquisas relacionadas sugerem que os seres humanos têm uma preferência por cores que remetem à savana, especialmente cores encontradas na vegetação saudável. Cores comumente encontrados em paisagens naturais e saudáveis são indicativos da presença de água limpa, vegetação rica em nutrientes, ou frutas e ou flores. Entretanto, nem todos os tons de cor eliciam a mesma resposta. Àqueles que são normalmente encontrados em vegetação morta podem ser entendidos como menos benéficos para a saúde e bem-estar[...] (HUMAN SPACES, 2015, p.29)
No escritório Canary (Figura 14), tem-se a aplicação de cores, como amarelo, laranja e azul que contribuem com a sensação de conexão com a natureza, remetida às cores do pôr do sol, o laranja, amarelo e o azul que remetem à cor do céu e do mar, respectivamente. Figura 14 - Escritório Canary.
Fonte - Israel Gollino, 2020.
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Um outro aspecto relevante é a utilização de iluminação e ar artificiais. Isso é implementado em ambientes que estão impossibilitados de gerar aberturas externas ou não possuem vãos com essa aplicação. Nestes, é possível a simulação da iluminação artificial que, de forma correta, cria um ambiente agradável e de boa geração de conforto e replicação de luz e ar naturais, podendo simular alterações de temperatura, umidade e variações de fluxos. Na Figura 15 foi utilizada a iluminação artificial para melhor conforto dos usuários. Figura 15 - Alcatec-Lucent da Nokia na Itália – Iluminação.
Fonte - Dario Tettamanzi, 2015.
No ambiente de trabalho, para a execução das atividades necessárias, é exigido uma iluminação confortável e que não incomode os usuários para melhor desempenho. Com isso, o ideal é a aplicação de luz neutra ou fria, pois estimula a concentração do usuário. Outra experiência indireta são as formas naturais que estão presentes em vários elementos existentes no nosso cotidiano. Essas formas criam um ambiente fluido e orgânico que traz, para o nosso ponto visual, a lembrança de elementos naturais. Na Figura 16, foram aplicados os desenhos de formas naturalistas, mostrando que é possível modificar um ambiente sem forma e sem vida em um local acolhedor e que reproduz sentimentos e sensações nas pessoas.
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Figura 16 - Azulik em Tulum – características naturalistas existentes na natureza.
Fonte – Beta Germano, 2018.
Uma forma demonstrativa da natureza de evocação é o Restaurante Amazônico, localizado em Dubai (Figura 17), projetado pelo designer de interiores catalão Lázaro Rosa-Violan. Com a intenção de trazer a floresta amazônica para dentro do restaurante, foi aplicado as plantas juntamente a uma estrutura em madeira que remete a uma copa de árvore. Figura 17 - Restaurante Amazonico em Dubai.
Fonte - Amazónico Dubai, 2019
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A experiência com a natureza é aplicando em elementos ou estruturas, em formas de tamanho real ou não do que é existente na natureza ou advindo do princípio de design encontrado no mundo. É possível observar que os seres humanos respondem bem a grande quantidade de informações, como ambientes com riquezas de informações que geram opções e oportunidades, sendo possível a partir de uma forma de fácil entendimento e coerência em sua aplicação. Em relação aos atributos de idade, mudança e pátina do tempo, referem-se às mudanças do tempo que afetam positivamente as pessoas, mostrando que a natureza sempre se adapta às mudanças. Esses elementos devem ser alcançados por meio do design com a aplicação de materiais que envelhecem com o tempo, criando essa aparência de passagem de tempo. “Essas tendências dinâmicas costumam ser mais satisfatórias quando equilibradas pelas qualidades complementares de unidade e estabilidade” (KELLERT E CALABRESE, 2015, p. 14). Com essas características, é possível compreender que todos os tributos da experiência indireta podem ser utilizados no ambiente de trabalho, desenvolvendo um lugar com conexões com a natureza, gerando sentimentos e benefícios ao ser humano.
2.3.3 Experiência de espaço e lugar “A experiência de espaço e lugar refere-se a recursos espaciais característicos do ambiente natural que apresentam saúde e bem-estar humanos avançados.” (KELLERT E CALABRESE, 2015, p. 9). Suas respectivas características são análise e refúgio, complexidade ordenada, movimento e posição de caminhos entre outros. Segundo Kellert e Calabrese (2015), uma ampla visão do lugar é considerada perspectiva, deixando os usuários a ter um olhar profundo do local, concedendo a união com o refúgio atribuindo a sensação de lugar que passa segurança e proteção às pessoas. Na Figura 18, observa-se que a grande sala de Frank Lloyd provoca a percepção de visão ampla do local e refúgio aplicados a um ambiente de trabalho.
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Figura 18 - Grande sala do escritório – Frank Lloyd.
Fonte – James Russel, 2014
Segundo Kellert e Calabrese (2015), as pessoas se sentem bem em local que tem complexidade organizada, pois é um ambiente que contém várias informações e formas simétricas que são encontradas na natureza e que, em conjunto, criam uma sensação psicológica e cognitiva positiva. Apesar disso, é possível que se torne algo exagerado e confuso. Os espaços mais complexos inclinam-se a serem mais numerosos e diferentes, enquanto os em ordem possuem características de atributos de união e coesão. Na Figura 19, as geometrias fractais contêm características repetitivas e simetrias complexas com padrões existentes na natureza, trazendo um retorno psicológico positivo. Figura 19 - Fractais da Natureza.
Fonte – P. H. Mota, 2020
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É necessário dizer que o Design Biofílico efetivo é desenvolver ambientes que inspirem as pessoas, visando a melhoria e restauração do físico e mental, que estejam integrados às particularidades e ecossistemas urbanos e naturais do ambiente construído (SÁ, 2018). Outra característica é a integração dos ambientes como um todo. Os ambientes cada vez mais têm a necessidade de estarem juntos para maior conexão das pessoas e melhor desenvolvimento de suas atividades. A Figura 20 mostra que as estações de trabalho e salas de reunião integradas, de forma que as divisórias possibilitam a visualização e criam conexão entre os espaços. Figura 20 - Escritório Capitania em São Paulo.
Fonte - Ana Mello, 2021
A integração dos espaços é o anseio das pessoas quando se trata do assunto de ambientes de trabalho. Com a possibilidade de ampliação dos ambientes de trabalho, cria-se maior aproveitamento de espaço, pois contribui com a integração, não sendo necessário a aplicação de divisórias. Além disso, melhora o desempenho e permitem novos âmbitos de determinação dos usuários, ajudando no desenvolvimento de boas ideias e novas lideranças. A mobilidade e o caminho permitem o conforto das pessoas, dependendo da possibilidade de locomoção entre os espaços. É necessária uma visão clara dos pontos e vias para melhor compreensão das partes, pois se demonstrar de forma caótica, é gerado ansiedade e confusão (KELLERT; CALABRESE, 2015).
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Com essas informações sobre benefícios e prática, percebe-se que todas as suas características e aplicação são possíveis de serem aplicadas no interior do ambiente de trabalho, criando a conexão necessária novamente entre o ser humano e a natureza.
2.3.4. Estudo de Caso
Neste estudo de caso, foi possível analisar um projeto encontrado na Revista Archdaily para melhor compressão da aplicação do Design Biofílico em ambientes de trabalho. Sendo assim, foram desenvolvidas duas tabelas para melhor entendimento das características do Design Biofílico aplicado ao local. A Tabela 1 identifica o projeto selecionado, de forma a exemplificar como os conceitos de design biofílico foram aplicados. Registrou-se o nome da Revista pesquisada, o nome do projeto, o autor, o local, ano de construção, status da obra e tipologia do projeto e, por fim, maior conhecimento analisando as plantas e localizando pontos encontrados no projeto. Na Tabela 2, foi aplicada a análise da biofilia no ambiente citado na Tabela 01 a fim de observar e analisar se as características do Design Biofílico foram aplicadas em todos os locais pretendidos. É importante ressaltar que essas análises foram desenvolvidas pela autora de forma manual e de acordo com as fontes estudadas para desenvolvimento deste trabalho, não sendo encontradas na Revista Archdaily.
Tabela 1 - Análise Estudo de Caso - Projetos de Revistas Online
Fonte - Revista Archdaily, 2021
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Tabela 2 - Análise de Biofilia - Estudo de Caso Projeto de Revista Archdaily
Fonte - Da autora, 2021
A It’s Informov é uma empresa de arquitetura, engenharia e design voltada para o mercado corporativo. Eles decidiram ampliar a sua sede localizada em São Paulo (Figura 21), que irá complementar os 2.000m² de seu escritório, inaugurado no ano passado. O diferencial desse projeto é a aplicação do design biofílico que conecta elementos da natureza ao ambiente de trabalho na intenção de aumentar a produtividade e a sensação de bem-estar dos funcionários. Figura 21 - Mapa de localização - It's Informov.
Fonte - Google Earth, 2021
Os proprietários pensaram em fazer dessa sede uma vitrine como forma de mostrar os trabalhos desenvolvidos pelos mesmos, visto que aplicar a Biofilia é uma das novas implementações da atualidade. A Biofilia foi aplicada com sua maior função, isto é, o foco nas pessoas: com a aplicação de elementos da natureza, iluminação, ventilação, texturas e formas com a intenção de promover a interação e contribuindo com o conforto dos usuários (Figura 22).
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Figura 22 - Escritório It's Informov.
Fonte- Alexandre Oliveira, 2019
A utilização de plantas e flores na biofilia ajuda no bem-estar visual, pois contribui com a sensação de natureza no local e, com isso, o escritório tem a distribuição de plantas pendentes no teto ao decorrer das estações de trabalho. Assim, ao olhar para cima, os funcionários terão a sensação de que estão no meio da natureza. Nas varandas, foram inseridos vasos com plantas de médio porte para dar continuidade das vegetações do escritório e levar essa sensação de bem-estar também para o lado de fora. As Figuras 23 e 24, por exemplo, demonstram os posicionamentos das plantas de pequeno porte aplicadas nas estantes e no teto espécies pendentes como se estivessem de forma natural no local. Nas paredes, criou-se um painel em madeira com determinadas aberturas preenchidas com vegetação, trazendo movimento e integração da natureza com o espaço de trabalho.
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Figura 23 - Planta Baixa - It's Informov - Plantas e Flores.
Fonte – Planta Baixa adaptada da Revista Archdaily, 2019
Figura 24 - (a) Vegetações aplicadas no teto (b) Aplicadas no mobiliário.
(a) Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
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(b) Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
O escritório conta com duas portas que dão acesso à varanda, sendo esta fonte de ventilação. É possível observar nas Figuras 25 e 26, que é possível observar a existência de predominância de janelas fixas e na planta a localização das portas que geram circulação de ar. Figura 25 - Planta Baixa - It's Informov - Ventilação Natural.
Fonte - Planta Baixa adaptada da Revista Archdaily, 2019
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Figura 26 - Janelas fixas no ambiente lounge dos funcionários.
Fonte - Alexandre Oliveria, 2019
O escritório fica em um ponto privilegiado do edifício que, por sua vez, possibilita as duas fachadas terem aberturas de ambos os lados, assim, dando oportunidade de maior aproveitamento de luz natural ao escritório e gerando conexão visual com o lado externo da edificação. As Figuras 27 e 28, mostram que as estações de trabalho foram dispostas lateralmente as janelas, gerando a possibilidade visual dos usuários a terem contato com a área externa. Figura 27 - Planta Baixa - It's Informov - Iluminação Natural.
Fonte - Planta Baixa adaptada da Revista Archdaily, 2019
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Figura 28 - Janelas em toda volta do escritório.
Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
A forma que possibilita trazer a natureza para o ambiente de trabalho, dentro do aspecto da experiência indireta, é através das formas de imagens da natureza que criam a sensação no usuário de estar mais próximo do ambiente natural. Na planta do escritório (Figuras 29 e 30), nos locais que foram aplicados um adesivo de folhagens coloridas no painel onde se localiza a área de impressão e na sala de reunião na pele de vidro. Outra forma foi na sala de reunião que, em sua porta de vidro e no quadro disposto na parede ao lado, foi aplicado um adesivo com folhagens na cor preta. Figura 29 - Planta Baixa - It's Informov - Imagens da Natureza.
Fonte - Planta Baixa adaptada da Revista Archdaily, 2019
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Figura 30 - (a) Imagens da natureza (b) Sala de reunião.
(a)
(b) Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
Os materiais naturais e cores foram aplicados em todos os mobiliários no escritório. Os estofados das cadeiras dos funcionários, tanto na sala de reunião quanto no lounge são em couro nas tonalidades cinza, verde e bege, isto é, cores encontradas na natureza e que remetem às cores de pedras, plantas e areia. A presença principal é a madeira, presente em todos os mobiliários em sua cor natural. Ainda, mesas, estantes, painéis, bancos, foram utilizados, de modo a criar formas naturalistas no escritório. As cores foram aplicadas em tons de azul, vermelho, rosa e laranja. Tais cores são encontradas com maior predominância em objetos, mobiliários, revestimentos e outros elementos utilizados. As formas dos mobiliários e painéis que avançam até o teto criam formas naturalistas (Figuras 31 e 32). Essas formas lembram elementos da natureza, desenvolvendo uma complexidade organizada que, apesar de complexa para o nosso visual, é capaz de criar um ambiente completo.
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Figura 31 - Planta Baixa - It's Informov - Materiais Naturais.
Fonte – Planta Baixa adaptada da Revista Archdaily, 2019
Figura 32 – (a) Área lounge (b) Mobiliário que avanço ao teto.
(a) Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
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(b) Fonte - Alexandre Oliveira, 2019
Este escritório quis construir e aplicar o Design Biofílico com a intenção de melhorar o ambiente de trabalho para os seus funcionários esse tipo de design pode contribuir para o local. O projeto foi executado de forma ideal, equilibrada e que mostra que todos os elementos, quando aplicados de forma correta, podem auxiliar no desenvolvimento de um ambiente de trabalho agradável, saudável e que possa contribuir para o bem-estar dos funcionários. Com isso, será apresentado um diagnóstico do local escolhido para desenvolvimento futuro de um projeto que terá levantamento, análises de existência de características biofílicas e o que pode ser melhorado do ponto de vista do Design Biofílico.
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3 DIAGNÓSTICO DO LOCAL DE INTERVENÇÃO
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Foi selecionado, para posterior intervenção projetual, o Cartório de 2º Ofício de Notas, localizado na cidade de Vila Velha – ES. Esse ambiente de trabalho foi selecionado porque é um local em que as funções buscam grande concentração e o ambiente é aplicado de forma funcional e não voltado para o bem-estar dos funcionários, sendo propício a grandes vantagens para o Design Biofílico atuar, de modo a contribuir positivamente. Para isso, primeiramente foi realizado um estudo da região e diagnóstico da área com finalidade de melhor entendimento de funcionamento e ambientação. A cidade de Vila velha contém 210,225 km² de área, com mais de 501.325 mil habitantes (IBGE, 2020), localizada no litoral do Espírito Santo. De acordo com o Jornal Gazeta do Povo (2019), existem 9 cartórios ativos no município de Vila Velha, dentre eles, Cartórios de Registro de Notas, Registro Civil, Registro de Imóveis e outros na localidade. 3.1 CARTÓRIO DE 2º OFÍCIO DE NOTAS
O trabalho a ser desenvolvido será no Cartório de 2º Ofício de Notas localizado no Centro de Vila Velha, no estado do Espírito Santo, na Rua Henrique Moscoso, com data de atuação desde 1889, prestando serviços como cartório de Notas. Na análise da região (Figura 33) e entorno imediato por ser uma zona de centro da cidade, percebe-se a alta demanda de atividades comerciais e de serviços, como consertos, lotérica, lojas de roupas, bancos entre outros. As edificações existentes têm seu térreo como fonte de atividades comerciais e as residências mais presentes se localizam ao entorno deste local, sendo ruas de menor fluxo, com menor foco de utilização para atividades de comércio e serviço. Foi identificado uma única unidade de instituição religiosa na Rua Henrique Moscoso, e a área conta na proximidade a praça Duque de Caxias, que abrange a área com atividades, vendas e fluxo de grandes públicos durante diversos horários do dia.
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Figura 33 - Mapa de uso do solo do entorno do local de diagnóstico.
Fonte – Adaptado do Google Earth, 2021
As ruas Henrique Moscoso e a Avenida Jerônimo Monteiro (Figura 34) são as principais vias de maior fluxo de carros, que possibilitam a conexão com essa área de estudo. Essas mesmas vias, bem como a Rua Luciano das Neves, são as que contêm maior fluxo de pessoas, justificado pela grande quantidade de comércios. Dessa maneira, as pessoas usufruem da área de forma que possam passar pelo local sem grande necessidade de locomoção de veículos e, por isso, concentra fluxos ativos de pessoas, tendo a praça Duque de Caxias como área de travessia ao criar conexões com as quadras ao seu redor. Essa área tem terrenos com grandes áreas verdes e com boa distribuição de árvores de grande porte pelo entorno, o que propiciam áreas de sombra e beneficia na questão de conforto térmico do local.
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Figura 34 - Mapa de vias, caminhos e áreas verdes.
Fonte - Adaptado do Google Earth, 2021
A fachada do local de estudo (Figura 35) é localizada na posição norte, tendo sua lateral direita com a incidência do sol nascente. A maior incidência de luz solar é no horário da tarde e, por esse motivo, cria-se a necessidade de utilização de proteção em sua fachada para melhor conforto térmico do ambiente. A lateral esquerda tem maior incidência de luz do sol poente. Figura 35 - Mapa de trajetória solar.
Fonte - Adaptado do Google Earth, 2021
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Foi realizada uma visita de campo no dia 07 de maio de 2021, no Cartório de 2º Ofício de Notas, em que foi efetuado o levantamento físico e fotográfico do local para compreender seu funcionamento e a disposição das atividades. Foram pontuados os elementos positivos e negativos de grande importância para o desenvolvimento do projeto a ser realizado. A partir desse estudo, foi desenvolvido uma planilha de levantamento dos aspectos biofílicos encontrados, observando a presença ou não desses elementos. Os aspectos levantados foram: luz natural, plantas naturais, cores, flores, imagens da natureza, ventilação natural, presença de água, integração de partes para todos, geometrias naturais e materiais naturais. A tabela 03 contém as descrições do cartório. Observa-se que há 2 (dois) pavimentos, com mais de 400 metros quadrados, com divisões de estações de trabalho para atender 17 funcionários com diferentes atividades. Na tabela 04 e 05, é possível observar que o aspecto mais encontrado nesse local foi a aplicação de materiais naturais. Observa-se que os pontos de maior concentração de algum aspecto biofílico estão no uso de materiais naturais e cores através dos mobiliários existentes que são em madeira, os locais integrados e plantas. Já os pontos ausentes e com pouca evidência são: ventilação natural, presença de água, formas naturalistas, imagens da natureza, iluminação natural, geometrias naturais e complexidade organizada.
Tabela 3 - Dados do Cartório.
Fonte - Da autora, 2021
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Tabela 4 - Análise da Biofilia – Térreo.
Fonte - Da autora, 2021
Tabela 5 - Análise da Biofilia - 1º Pavimento.
Fonte - Da autora, 2021
A disposição existente é de dois pavimentos, contendo o térreo como principal base de localização de atividades dos funcionários e no primeiro pavimento, localizado os ambientes de maior importância do cartório, como arquivo e sala da Tabeliã. No cartório, logo na entrada, Figuras 36 e 37, está o acesso direto à recepção e à área de atendimento principal, com o pé direito duplo, auxiliando no maior aproveitamento de espaço e utilização das janelas, com aberturas na fachada na parte superior e inferior. As esquadrias existentes na fachada frontal são todas em vidro, o que possibilita a entrada de luz natural no ambiente. Essas janelas são em grandes dimensões, tendo aplicações de adesivo e portas de enrolar em aço nas laterais no térreo que, por conseguinte, evitam a incidência direta da luz no ambiente. O mezanino contém janelas de grande extensão que possibilitam criar conexão visual para o andar inferior e contribui com a passagem baixa de iluminação natural das janelas superiores da fachada.
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Figura 36 - Fachada do Cartório.
Fonte - Da autora, 2021
Figura 37 - Área de Atendimento - baixa incidência de iluminação natural ao comprimento total do Cartório.
Fonte – Da autora, 2021
Os fundos do cartório, como foi possível observar na Figura 38, são desprovidos de janelas, pois as construções foram construídas sem afastamento e, com isso, impossibilita possíveis aberturas. Dessa forma, toda a lateral e fundos do cartório não contêm aberturas para ventilação natural; a fachada frontal tem esquadrias, mas são fixas, impedindo a ventilação. Dessa maneira, pode-se concluir que todo o cartório é levado a usar a climatização artificial por meio de sistemas de ar-condicionado split e iluminação artificial para atender às necessidades de condicionamento e iluminação.
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Portanto, um dos grandes pontos negativos gerado é a ausência do contato visual externo pelos funcionários e a baixa incidência de contato com luz natural. Figura 38 - (a) Planta Baixa indicando as localizações dos pontos de iluminação natural – Térreo (b) 1º Pavimento.
(a)
(b)
Fonte - Da autora, 2021
Na fachada frontal são dispostas janelas fixas sem nenhum meio de abertura para ventilação natural, como podemos ver na Figura 39.
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Figura 39 - Janelas de Correr no Mezanino (a) Janelas Superiores Fixas, Área de atendimento.
(a) Fonte - Da autora, 2021
(b Fonte - Da autora, 2021
Já no ponto de vista do uso de materiais naturais, é possível notar que esses estão presentes em todos os mobiliários do cartório (Figura 40) que são em madeira, como divisórias, mesas e painéis de parede. A presença da madeira é um dos elementos que tem maior destaque na experiência indireta com a natureza, pois possibilita a modificação do ambiente, causando sensação de natureza para o espaço, como as cadeiras em couro e madeira, com aplicação de diversas formas e mobiliários (Figura 41), gerando melhor sensação de conforto para melhor desenvolvimento de trabalho dos funcionários.
57
Figura 40 - a) Planta Baixa indicando as localizações dos materiais naturais - Térreo (b) e 1º Pavimento.
(a) Fonte - Da autora, 2021
Figura 41 - Fotos internas das estações de trabalho em madeira Área de Atendimento 02 e 03. .
Fonte - Da autora, 2021
(b)
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Os ambientes com plantas e vegetações, pelo ponto de vista biofílico, traz o auxílio para o usuário a produzir melhor e ter mais concentração no seu trabalho, encontradas logo na entrada do cartório (Figura 42), sendo distribuídas em pontos específicos e de forma discreta ao longo dos ambientes. Figura 42 - (a) Planta Baixa indicando as localizações das plantas e flores – Térreo (b) 1º Pavimento.
(a)
(b)
Fonte - Da autora, 2021
É possível observar, a partir da Figura 43, como que a vegetação é aplicada de forma modesta, dispostas prioritariamente em ambientes de fluxo de passagem dos usuários e com certa proximidade das estações de trabalho.
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Figura 43 - Fotos internas das estações de trabalho em madeira (a) Área de Atendimento 02 (b) Recepção.
(a)
(b) Fonte - Da autora, 2021
No entanto, na Figura 44, pode-se observar que somente no primeiro pavimento se localiza imagens da natureza, através de quadros com pinturas de paisagens do Convento da Penha (Figura 45), contribuindo para um ambiente mais agradável e provavelmente reduzindo o estresse.
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Figura 44 - Planta Baixa indicando as localizações das imagens da natureza – 1º Pavimento.
Fonte - Da autora, 2021
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Figura 45 - (a) Fotos internas com os quadros com imagens da natureza do Convento da Penha – Hall (b) e Sala da Tabeliã.
(a)
(b)
Fonte - Da autora, 2021
Tendo em vista o local
selecionado e feito o estudo
sobre o ambiente, é possível analisar que o cartório, para muitos, se designa como um espaço frio e impessoal, de forma tradicional e sem necessidade estética para seu funcionamento. Como todo ambiente de trabalho em que se acredita que apenas o importante é a concretização de tarefas, é notório a forma e disposição mecânica e limpa, sem questão de demonstração pessoal ou com preocupação em relação aos funcionários e usuários. Os pontos mais relevantes são a falta de iluminação natural em grande parte dos cômodos, com a necessidade de maior parte do horário com iluminação artificial. Outro ponto a ser levado em consideração é o fato de a construção não possuir afastamentos laterais e fundo, impedindo aberturas laterais na edificação. As janelas na fachada frontal são fixas, obstruindo também a ventilação natural, gerando a necessidade do uso de ar-condicionado. Apesar dos mobiliários em madeira, é possível ver a forma mecânica das disposições das estações de trabalho e na aplicação homogênea dos materiais, buscando praticidade e poucos elementos que possam contribuir para maior vitalidade e humanização ao espaço. De forma geral, o cartório tem baixa preocupação em relação à aplicação da biofilia no ambiente de trabalho. A partir dessa análise, foi possível perceber a importância de elementos naturais em um ambiente fechado que precisa de alta concentração e ritmo. Esses elementos são fundamentais para maior relaxamento e saúde dos funcionários.
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4 INTERVENÇÃO PROJETUAL
63
4.1. SELEÇÃO DOS ITENS DA BIOFILIA A SEREM APLICADOS NO PROJETO
Com o estudo levantado ao longo deste trabalho, foi possível ter dados para o desenvolvimento dos atributos da Biofilia para agora ser desenvolvido o projeto com esta base e fundamento. Na Figura 46, foi desenvolvido o fluxograma das experiências e atributos utilizados no projeto para melhor entendimento das suas experiências e em quais locais foram atribuídas. São estes: dentro da experiência direta, será utilizado a iluminação natural aplicada na recepção através das grandes esquadrias existentes na fachada, uma vez que a luz natural auxilia na saúde das pessoas e na produtividade. O segundo item foram as plantas, pois sua presença é muito importante para gerar bem-estar aos usuários. E o terceiro item, por fim, é a presença da água, sendo utilizada em sua forma tátil e sonora, ambas benéficas aos usuários. Na experiência indireta, o primeiro elemento utilizado foi, nos ambientes que necessitavam de luz e ventilação natural, a simulação de luz e ar natural, trazendo para o espaço fechado a sensação de ambiente externo, ajudando na produtividade. O segundo foram os espaços de transição, dando conexão entre os espaços e maior visão de união. O terceiro é a evocação da natureza ao trazer a representação da natureza real para o ambiente interno. O quarto elemento são as formas naturalistas, aplicadas de forma a trazer movimento, tendo seus contornos remetendo a natureza. O quinto são os materiais naturais que lembram a natureza, causando melhores sensações aos usuários e dando maior percepção do ambiente, sendo aplicada em grande maioria a lâmina natural ao decorrer de todo o projeto. Por fim, o sexto elemento são as imagens da natureza que ajudam na melhoria da produtividade, redução do estresse, criatividade e bem-estar dos usuários, sendo utilizada nos ambientes de forma ampla, utilizando o pé direito da entrada como fator de grandiosidade para as imagens. E na experiência espaço e lugar, a integração para todos, visando a criação de ambientes sem muitas divisórias a fim de causar maior agrado as pessoas que utilizam tal ambiente. .
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Figura 46 – Fluxograma Experiências e Atributos Utilizados no Projeto.
Fonte - Da autora, 2021
4.2. PROPOSTA
Com o estudo feito no local mencionado no capítulo 03, foi desenvolvida a proposta em setores que são mais focados na atividade de fluxo de pessoas e dos trabalhadores do Cartório. O projeto de interiores no (Anexo B), auxilia na percepção sobre o que foi desenvolvido e aplicado aos ambientes do Cartório a partir do ponto de vista da Biofilia. Na Figura 47, é possível analisar a disposição aplicada para melhor funcionamento do Design Biofílico. No térreo, foram destacadas a recepção, área de atendimento 01 e sala de espera, que foram separadas logo na entrada com uma divisória do piso ao teto para garantir maior proteção das atividades internas e na Área de Atendimento 02 e 03, foram selecionadas pois nelas se dispõem as estações de trabalho e maior fluxo do público a ser atendido. O piso tem formas naturalistas, sendo seu desenho
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proposital a enfatizar os caminhos em que os usuários irão percorrer ao andar pelo cartório.
Figura 47 - Planta Baixa Humanizada - Térreo
Fonte - Da autora, 2021
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A planta utilizada nos jardins verticais preservados (Tabela 6) foi a samambaia espada. Sua forma cria volume e presença ao ambiente, e sendo preservada evita a necessidade de manutenção diária de água e sol.
Tabela 6 - Tabela Paisagismo - Planta Utilizada
Fonte - Da autora, 2021
Sabendo que esse jardim vertical preservado tem peso reduzido, é possível realizar sua aplicação na divisória em madeira. Foram dispostas (Figura 48), na recepção, na área de atendimento 03 e nos pilares de apoio do 1º pavimento, trazendo o verde para o ambiente com falta de incidência solar.
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Figura 48 - Planta de Paisagismo
Fonte - Da autora, 2021
Na Figura 49, tem a entrada principal a intenção é trazer o foco a sensação da natureza pura. Tendo grande força nas cores, elementos e nas plantas. O balcão de atendimento é em pedra natural com forma naturalista, tendo o painel ao fundo de cortina d’água do chão ao teto. O som da água em um ambiente, pode trazer
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mais concentração ao usuário e criar a sensação de satisfação, que beneficia os trabalhadores para um bom desenvolvimento de trabalho. O jardim preservado nas laterais da cortina d’água, traz as plantas naturais preservadas, em grande dimensão, enfatizando o pé direito duplo, criando conexão com a natureza e trazendo o externo para o interno. A divisória presente em lâmina carvalho branco natural, cria um grande impacto visual pela sua forma e dimensão, sendo um dos elementos da experiência indireta materiais naturais e exercendo sua função de proteção das atividades internas, tendo como elemento as formas naturalistas. A iluminação natural é evidente neste local, já que a fachada dispõe de esquadrias de grande porte. Figura 49 - Recepção
Fonte - Da autora, 2021
No balcão de atendimento da Área de Atendimento 01, na Figura 50, o mobiliário utilizado é em mármore verde representando as cores naturais existentes na natureza e trazendo ainda mais a força da natureza representada pela cor das plantas. Sua forma curvilínea traz os elementos das formas naturalistas criando fluidez em planta baixa e presença do local.
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Na parede ao fundo, foi aplicado uma moldura em arco em MDF verde real para simular uma janela, gerando sensação de vista externa do Cartório e criando movimento aos animais presentes na imagem, uma vez que a utilização de imagens é um atributo da experiência indireta, pois incorpora a natureza para dentro do ambiente em forma de ilustrações. Figura 50 - Área de Atendimento 01
Fonte - Da autora, 2021
Ao lado direito, localiza-se a área de espera 01 (Figura 51), com os assentos em tom de azul que remetem ao mar com o princípio das cores naturais. A imagem da natureza, referente à experiência indireta, simula a presença de uma floresta com vastas vegetações e as luminárias pendentes, por conseguinte, remetem à presença de vagalumes vagando pela natureza.
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Figura 51 - Área de Espera 01 – Recepção
Fonte - Da autora, 2021
Nas áreas de atendimentos 02 e 03 (Figuras 52 e 53) é trazer mais os elementos e cores delicadas das flores. A parede de maior extensão possibilitou aplicação de um papel de parede em grande comprimento. Suas características são plantas, palmeiras e coqueiros como atributos da experiência indireta através de imagens da natureza, dando, novamente, a sensação de floresta e de mata fechada, ou seja, o ambiente natural e selvagem que trará a sensação aos usuários de estarem imersos na natureza pura. O sofá localizado na área de espera 02, cria um aconchego aos usuários que serão atendidos nas áreas de atendimento 02 e 03, sendo sua coloração arroxeada, trazendo o tom das flores para a paisagem ao fundo.
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Figura 52 - Área de Espera
Fonte - Da autora, 2021
Em todo o ambiente das áreas de atendimento 02 e 03 do pavimento térreo, foi aplicado a simulação de luz e ar natural já que há falta desses elementos ao local. Esta área tem grandes dimensões e com isso, foi utilizado a integração para todos e espaços de transição, tornando-se um grande salão conectado, sem divisórias sólidas, criando conexões entre os espaços.
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Figura 53 - Visão geral da Área de Atendimento 02 e 03
Fonte - Da autora, 2021
As marcenarias trazem as colorações das flores (Figura 54) em tom rosado e a divisória em mármore ao fundo, separando as salas de reuniões das áreas de atendimento, contém leves tons de amarelo, roxo e rosado a fim de evocar a suavidade e delicadeza das flores.
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Figura 54 - Área de Atendimento 02
Fonte - Da autora, 2021
Os mobiliários são em formas curvas e fluidas, com divisórias em acrílico branco fosco para dar uma certa privacidade para cada estação. Sua forma remete à uma cortina d’água (Figura 55), trazendo delicadeza sem obstrução total da visão. Os pilares foram revestidos com MDF para aplicação de jardim preservado que, por conseguinte, traz a experiência direta ao ambiente. Na parede lateral à área de atendimento 03, foi criado uma parede em MDF com ripados desiguais a fim de trazer movimento e simular as formas das montanhas. Os tons utilizados são em colorações terrosas e com a preocupação de utilizar cores diferenciadas para dar sensação de profundidade.
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Figura 55 - Área de Atendimento 03
Fonte - Da autora, 2021
Na Figura 56 está localizada a área de hall dos banheiros e a escada para o 1º pavimento. Os banheiros têm suas paredes de acesso em lâmina carvalho branco natural da experiência indireta com a natureza e a escada em pedra natural pelo atributo de materiais naturais.
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Figura 56 - Área de Acesso aos Banheiros e Escada para o 1º Pavimento.
Fonte- Da autora, 2021
Na Planta Baixa 1º Pavimento (Figura 57), foram selecionadas a Sala de Reunião e a Sala da Tabeliã, pois ambas são ambientes de trabalho de maior fluxo nesse pavimento.
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Figura 57 - Planta Baixa Humanizada - 1º Pavimento
Fonte - Da autora, 2021
A paginação do 1º pavimento, se deu de forma limpa com a lâmina carvalho natural para trazer mais conforto e sensação de aconchego para os usuários. Na sala de reunião, foi utilizada cores naturais mesclando os elementos do mar e das plantas (Figura 58), como o verde no teto com formas naturais, e o azul na parede, lembrando a cor do mar. A simulação de ar e luz natural traz o aconchego da sensação de ambiente externo.
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Em sua parede principal, foi aplicado um painel em MDF e por cima foi utilizado o papel de parede como experiência indireta com a natureza, trazendo as folhas para o ambiente e os animais. As cadeiras são em palha indiana e madeira como elementos de materiais naturais e o aparador, em evocação à natureza, tem o formato de folha. Figura 58 - Sala de Reunião – (a) Mesa de Reunião (b) Área de café
(a)
(b) Fonte - Da autora, 2021
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A Sala da Tabeliã nas Figuras 59 e 60, tem como suas características as cores das flores nos mobiliários. O granito aplicado ao fundo com tons amarelados e rosados, com sua forma de arco em destaque para a imagem da natureza que foi utilizado papel de parede, que são as montanhas, trazendo a natureza para o interior e formas de fluidez.
Figura 59 - Sala da Tabeliã
Fonte - Da autora, 2021
O painel ao lado em MDF na cor menta tem formas curvas que simulam as ondas do mar, trazendo as formas naturalistas para o ambiente e característica orgânica. A forma de evocação da natureza foi utilizada nos pés da mesa que cria a sensação de galhos das árvores. O piso e armário de apoio do fundo são em lâmina carvalho branco natural, o que traz a madeira como elemento de materiais naturais ao ambiente.
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Figura 60 - Sala da Tabeliã - Mesa de Reunião
Fonte - Da autora, 2021
Foi feito a simulação do quantitativo de lâmpadas necessárias para atender todas as áreas projetadas. As Figuras 61,62,63,64 e 65 mostram os cálculos de acordo com a NBR 5413 e a coloração ideal para simulação de luz natural. De acordo com a NBR 5413, é calculado a quantidade específica de lâmpadas necessárias para um bom desempenho de iluminação para nossas atividades do cotidiano. Nas Figuras abaixo, será demonstrada a quantidade destinada para cada ambiente.
80
Figura 61 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Recepção
Fonte - Da autora adaptado do Site Vobi
Figura 62 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Área de Atendimento 02
Fonte - Da autora adaptado do Site Vobi
81
Figura 63 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Área de Atendimento 03
Fonte - Da autora adaptado do Site Vobi
Figura 64 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Sala de Reunião
Fonte - Da autora adaptado do Site Vobi
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Figura 65 - Cálculo Quantitativo Lâmpadas - Sala da Tabeliã
Fonte - Da autora adaptado do Site Vobi
A temperatura da luz no ambiente, além de ter o seu impacto estético, auxilia nas nossas atividades, saúde e descanso. Nosso corpo tem seu ritmo biológico e, com isso, a aplicação apropriada de luz desenvolve estímulos corporais e psicológicos no ser humano. Com a experiência indireta, é possível criar, a partir da utilização de cores quentes (Figura 66), um ambiente com iluminação semelhante à iluminação natural da luz do sol, trazendo conforto e sensação de ambiente externo.
Figura 66 - Temperatura da Cor
Fonte - Plug Design, 2019
83
Nas Figuras 67 e 68 foram dispostas as distribuições das lâmpadas necessárias para atender as áreas de trabalho dos funcionários.
Figura 67 - Planta de Iluminação - Térreo
Fonte - Da autora, 2021
84
Figura 68 - Planta de Iluminação - 1º Pavimento
Fonte - Da autora, 2021
85
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
86
Neste trabalho foi possível ter a noção dos benefícios em que o Design Biofílico tem as nos oferecer, e com isso, foram desenvolvidos capítulos que contribuíram para este entendimento, como: a conexão homem, arquitetura e natureza, que nos mostrou a importância da nossa conexão com a ambiente natural, que perdemos conforme e como é efetivo a nossa aproximação a ela no nosso dia a dia e como traz um bemestar importantíssimo a nossa vida. Também foram levantados os três atributos relevantes para uma boa análise ao Design Biofílico, como a experiência direta, experiência indireta e a experiência espaço e lugar, e como elas funcionam e interferem na boa aplicação do local. Foi feito o diagnóstico de um ambiente de trabalho que utilizou como foco o Design Biofílico. Com está análise foi possível observar o isso impacto ao ambiente, como foi aplicado suas características. Isso auxiliou muito para melhor entendimento da prática em um ambiente de trabalho. O capítulo 3, foi feito um levantamento de um local que foi selecionado para o projeto final, tendo como analise os atributos da Biofilia, sendo constatado que os ambientes de trabalho sofrem muito sem estes elementos, e que necessitam com urgência a aplicação deles e que com o Design Biofílico possibilitaria a melhoria em vários aspectos para os trabalhadores. No capítulo 4, a sua forma final, após todo esse estudo, a possibilidade de criar um ambiente a partir destas informações, e consolidar o conhecimento adquirido a partir dele, sendo as formas vivas destas experiências ao ambiente o modificaram por completo e trouxe o contato que faltava com a natureza que antes não existia. Após todo este estudo, o Design Biofílico provou que seus benefícios são reais, e que principalmente em ambientes de trabalho em que as pessoas precisam de conforto e bem-estar para seu bom desenvolvimento de trabalho. Ele possibilita melhorias psicológicas, físicas, visuais e que só tem a criar benefícios aos usuários e aos trabalhadores e que com o entendimento e aplicação correta das estratégias da biofilia, é primordial para uma boa aplicação nos ambientes.
87
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91
APÊNDICES
Figura 69 - Termo de autorização de imagem - Locatária
Fonte - Da autora, 2021
Figura 70 - Termo de autorização de uso de imagem - Proprietário
Fonte - Da autora, 2021
LAVABO A = 2,31m²
76
Bº UN. A = 1,50m²
A
124
PRATELEIRA
500 99
98
98
2
98
2
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
99
2
110
30 82
PRATELEIRA 52
91
81
PRATELEIRA
73
81
PRATELEIRA 91
81
A = 7,25m²
PRATELEIRA
73
A = 5,88m²
91
ADMINISTRAÇÃO
81
PRATELEIRA
SALA DE REUNIÃO
R146 A
R144
VISTA H ESCALA 1:25
18
70
18
R145
18
R145
200
R144
A = 4,51m²
18
PRATELEIRA
170
2
173 70
SALA DE REUNIÃO
APARADOR VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
60
BALCÃO DE ATENDIMENTO A SER CORTADO COM MÁQUINA PRÓPRIA PARA CORTE EM ROCHA NATURAL - EM FORMA DE FILETES PARA ACABAMENTO CURVO - CONFERIR MEDIDAS ANTES DA EXECUÇÃO
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO 01 R338
ESCALA 1:25 SUPERIOR
18
A
22
18
18
HALL BANHEIROS
319
PRATELEIRA
PRATELEIRA
97
2
PRATELEIRA
2
PRATELEIRA PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
A
R144
70
110
R142
5
33
82
80
89
80
79
R146
R142
R148
79
71
2
90
R144
10
80
89
80
R145 R145
4
21
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO 01 VISTA G
ESCALA 1:25 INTERMEDIÁRIA
CORTE EM MEIA ESQUADRIA
ESCALA 1:25
SOBE
5
2
0.5 2.5
3
82
80
89
80
R148
79
71
79
80
89
80
R147
79
71
79
80
89
80
82
197
MESA ATENDIMENTO 03 VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
2
150
31
18
314
18
18
314
79
71 R147
79
80
82
R143 89
128
18 18
1 R2
1 R2
18
60
98
2
60
98
2
R82 80
18
98
2
PRATELEIRA
18
319
18
500 97
2
2
R146
R145 2
97
2
100
2
98
2
98
2
97
2
500
332
7
458
R228
2
DETALHE 04 DIVISÓRIA - VER DETALHAMENTO PARA MELHOR COMPREENSÃO
DETALHE 02
DETALHE 03
ESCALA 1:2 ÁREA SECA
ESCALA 1:2 ÁREA SECA
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO 01 ESCALA 1:25 INFERIOR
MESA ATENDIMENTO 03 VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
R9 7
44
39
7
197
R9
5
400
PRATELEIRA 80 BORDAS COM CORTE EM MEIA ESQUADRIA
R330
DETALHE 02 ÁREA SECA
240
80
PLANTA BAIXA - ARMÁRIO DE APOIO
R2
60
2
120
75
120
35 77
7 R9
PRATELEIRA 76
77 305
5
DETALHE 03 ÁREA SECA
108
105
5
147
2 R78
76
PRATELEIRA
7
ATENDIMENTO 02 A = 59,83 m² PD = 510 cm
PRATELEIRA
PRATELEIRA
35
4 R9
44
207
875
5
PRATELEIRA
34 5
438
ÁREA DE ESPERA 02
197 75
R9
JARDIM PRESERVADO - PAINEL DO JARDIM A SER FIXADO NO LOCAL SOB MEDIDA - SER PRIMEIRAMENTE COLADO O ISOPOR NO MDF E DEPOIS FIXAR AS PLANTAS NO MESMO - A SER EXECUTADO PELA EMPRESA - JARDIM PRESERVADO
197
5 R9
409
400
DETALHE 01 BANCADA
35
105
PRATELEIRA
35
R228
PROJEÇÃO MEZANINO
1
ATENDIMENTO 03 A = 66,68 m² PD = 255 cm
97
R2 1
60
ESCALA 1:25 SUPERIOR
PLANTA BAIXA - ARMÁRIO DE APOIO
SOFÁ A SER COMPRADO
1704
ESCALA 1:25 INTERMEDIÁRIA
R424 DETALHE 09 RIPADO - VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
DETALHE 01
ESCALA 1:25
ESCALA 1:2 BANCADA
332
MESA ATENDIMENTO 02 VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
CORTE AA
370
BALCÃO DE ATENDIMENTO A SER CORTADO COM MÁQUINA PRÓPRIA PARA CORTE EM ROCHA NATURAL - EM FORMA DE FILETES PARA ACABAMENTO CURVO - CONFERIR MEDIDAS ANTES DA EXECUÇÃO
B
129
360
R220
30
110
80
50
1385
PRATELEIRA
PRATELEIRA 60
60
360
30
CORTINA D'ÁGUA VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO MEDIDAS PAINEL: 510x150cm
240
85
300
B
VISTA E ESCALA 1:25
PRATELEIRA 78
468
65
ATENDIMENTO 01
150
60
35
240
R3 05
150
110
ÁREA DE ESPERA 01
PRATELEIRA
40
APARADOR VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
116 BALCÃO ATENDIMENTO VER DETALHAMENTO PARA MELHOR COMPREENSÃO
PRATELEIRA
70
22
5
238
35
90
5
596
ESCALA 1:25 SUPERIOR
JARDIM PRESERVADO MODULAR DETALHAMENTO VISTA C 110x110cm - SOB MEDIDA A SER FIXADO COM PARAFUSOS QUE SERÃO ENVIADOS PELA EMPRESA VERTICAL GARDEN MEDIDAS PAINEL:480x150cm
B
10
310
10
50
JARDIM PRESERVADO MODULAR DETALHAMENTO VISTA C 110x110cm - SOB MEDIDA A SER FIXADO COM PARAFUSOS QUE SERÃO ENVIADOS PELA EMPRESA VERTICAL GARDEN MEDIDAS PAINEL:480x150cm
10
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO
60
360
B
VISTA F 100
RECEPÇÃO A = 67,65m² PD = 510cm
ESCALA 1:25
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO
400
500
ESCALA 1:25 INTERMEDIÁRIA
B
R762
261
DETALHE 03 ÁREA SECA
2 10
2
237
2
2
DETALHE 03 ÁREA SECA
10
241 360
48
110 54
51
70
B
CORTE BB
PLANTA BAIXA - BALCÃO ATENDIMENTO
37
50
15
10
15
47
BALCÃO ATENDIMENTO 01 VER DETALHAMENTO PARA MELHOR COMPREENSÃO
2 10
100
5
80
66
37
10
40
47
40
389
100
49
ARMÁRIO DE APOIO VER DETALHAMENTO PARA MELHOR COMPREENSÃO
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25 INFERIOR
6
176
82
132
30
385
30
396
8
1245
PLANTA BAIXA ESCALA 1:25 TÉRREO
0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESCALA GRÁFICA 1:25
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
CÓD.
CÓD.
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA E PEDRA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
01/10
ESCALA:
INDICADA
LAJE
BASE EM MADEIRA COM CORTE A 45º A SER PERFURADA FAZENDO A FIXAÇÃO DA PEÇA DO CHÃO E TETO. A MEDIDA DOS FUROS SERÃO ANALISADAS JUNTAMENTE AO MARCENEIRO PARA MELHOR EXECUÇÃO
70
PÉS EM ACRÍLICO TRANSPARENTE - FIXÁ-LO A MOLDURA METÁLICA
2
110
80 75
MOLDURA A SER FIXADA NO FUNDO DO APARADOR
PRATELEIRA
PLANTA BAIXA APARADOR
10
190 152
2
R10
R12
ESCALA 1:5 SUPORTE DE FIXAÇÃO VISTA FRONTAL
ESCALA 1:5 SUPORTE DE FIXAÇÃO
2
70
R12
DETALHE 08
36
R10
DETALHE 08
110
53 2
19
279 279
214
C
ESCALA 1:25
19
5
VISTA J
C
ESCALA 1:25 SUPERIOR
POSTERIORMENTE A RIPA SERÁ CORTADA EM 45º PARA ENCAIXAR NA BASE FIXADA AO CHÃO - SENDO FIXADAS UMA A OUTRA COM PARAFUSOS EM POSIÇÃO DIAGONAL
10
2 36 40
110
10
PRATELEIRA
5
19
JARDIM PRESERVADO MODULAR - SOB MEDIDA - A SER FIXADO COM PARAFUSOS QUE SERÃO ENVIADOS PELA EMPRESA - VERTICAL GARDEN MEDIDAS PAINEL:480x150cm
150 40
40
20 20
5
5
190 152
19
150 110
41
C
METALON PINTADO DE DOURADO
PAINEL RIPADO EM LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL A SER FIXADO NO TETO E NO PISO COM PARAFUSOS - VER DETALHAMENTO 08 PARA MELHOR COMPREENSÃO E SER PARAFUSADO EM TODA A EXTENSÃO DE SUA LATERAL NA PAREDE
32
125
32
CORTE CC
C
DETALHE 07 PUXADOR
520
PLANTA BAIXA APARADOR ESCALA 1:25 INFERIOR
ESCALA 1:25 3
5
10
3
R121
ESCALA 1:5 PUXADOR
60
60
40
20 20
R154
3
PORTA
PORTA
DETALHE 06
73
73
88
R154
48
PAINEL RIPADO EM LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL A SER FIXADO NO TETO E NO PISO COM PARAFUSOS - VER DETALHAMENTO 08 PARA MELHOR COMPREENSÃO
R232
169 121
ESCALA 1:10 PUXADOR
DETALHE 06 PUXADOR
VISTA A
R60
ESCALA 1:25
PRATELEIRA
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
524
FIBRA DE VIDRO - COR AZUL CLARO
5
98 20
330
PERFIL DE ALUMÍNIO PINTADO NA COR DOURADA
10 10
LAJE
98
3 1
DETALHE 07
DETALHE 06 PUXADOR R60
R2
191 201
210
80
80 210
110
265
R2
5
1
3
80
69
70
3
1
3
R2
R2
5
1
10
110
5
119
PLANTA BAIXA - MESA DE ATENDIMENTO 02 ESCALA 1:25 SUPERIOR
167
167
R10
96
R12
60
7
12
7
12
9
136
96
225
PÉS EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 2CM DE ESPESSURA
490 520
30 500
520
97
GAVETA 11
GAVETA
R61
89
95
89
R61
106
60
24
334
71
71
24
CORTINA D'ÁGUA A SER DESENVOLVIDA PELA EMPRESA AYRO - MEDIDAS A SEREM PASSADAS PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO SOB MEDIDA
527
PLANTA BAIXA - MESA DE ATENDIMENTO 02
245
265
ESCALA 1:25 INFERIOR
GAVETAS COM ABERTURA EM SISTEMA FECHO TOQUE 5
ALUMÍNIO PINTADO NA COR DOURADA
21
5
21
5
PÉS EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 2CM DE ESPESSURA
70
21
65
21
GAVETA
21
GAVETA
20
GAVETA 21
GAVETA
5
GAVETAS COM ABERTURA EM SISTEMA FECHO TOQUE PRATELEIRA
2
GAVETA 2
GAVETA
VISTA B
VISTA I
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25
VISTA K 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
ESCALA 1:25 EXTERNA
DETALHE 05 DIVISÓRIA
5
3
5
3
2
GAVETA
13
13
2
VISTA K
185 210
223
191 227
245
202
185 219
210
191 223
227
202 235
250 245
219
ESCALA 1:25 EXTERNA
DETALHE 05 ESCALA 1:25
198 54
5
90
MONTANHA - PAINEL ESQUERDO - 3º FACE ESCALA 1:25
44
DETALHE 04
DETALHAMENTO DAS ALTURAS
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
88
R12
44
R10
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
60
70
9 44
PÉS EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 2CM DE ESPESSURA
198
MONTANHA - PAINEL ESQUERDO - 2º FACE ESCALA 1:25
MOLDURA A SER FIXADA NO FUNDO DO APARADOR PÉS EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 2CM DE ESPESSURA
ESCALA 1:25 FRONTAL
ESCALA 1:25 SUPERIOR
110
MONTANHA - PAINEL ESQUERDO - 1º FACE ESCALA 1:25
VISTA N
9
70
R44
PLANTA BAIXA - MESA ATENDIMENTO 03
44
DETALHE 09
PRATELEIRA
88
R44
R131
PRATELEIRA
DETALHE 09
5
R131
54
DETALHE 09
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
GAVETA
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
123
5
70
65
DIVISÓRIA EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO - 3x3 cm
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
5
5 13
5
GAVETA
14
GAVETA
GAVETA 65
GAVETA
14
PRATELEIRA
13
5
PÉS EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 2CM DE ESPESSURA
DETALHE 09
DETALHE 09
DETALHE 09
MONTANHA - PAINEL DIREITO - 1º FACE ESCALA 1:25
MONTANHA - PAINEL DIREITO - 2º FACE ESCALA 1:25
MONTANHA - PAINEL DIREITO - 3º FACE ESCALA 1:25
PLANTA BAIXA - MESA ATENDIMENTO 03 ESCALA 1:25 INFERIOR
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
02/10
ESCALA:
INDICADA
400
482
403
459
255
PAPEL DE PAREDE - DIVINE OASIS WALLPAPER MURAL - SOB MEDIDA - FOREST HOMES 59,47 m²
7
214
265
41
41
LAJE
PAPEL DE PAREDE - JUNGLE EXPEDITION MURAL WALLPAPER - SOB MEDIDA - FOREST HOMES 14,18 m²
103 110
399
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA
88
520
88
2
101
8
39
2 2 2
95
101
2
185
2 2 2
255 255
2
255
2
255
240
101
8 10
2
5
2
110
2 2
80
70
2 2
PORTA
PORTA
PORTA
PORTA
2
15
ESCALA 1:25 EXTERNA
5
VISTA C
80
2
400
482
11
5
76
8
5
61
8
5
61
8
403
64
8
5
459
41
255
PAPEL DE PAREDE - DIVINE OASIS WALLPAPER MURAL - SOB MEDIDA - FOREST HOMES 59,47 m²
7
214
265
41
LAJE
PAPEL DE PAREDE - JUNGLE EXPEDITION MURAL WALLPAPER - SOB MEDIDA - FOREST HOMES 14,18 m²
103 110
399
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA
88
520
88 2
101
8
39
2 2 2
95 101
2
185
2 2 2 2
240
101
8 10
2 2
5
2
110
2
36
2
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
2
80
80
PRATELEIRA
2
VISTA C
2
36 PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
2
11 5
76
8 5
61
8 5
61
8
64
8 5
2
PRATELEIRA
15
ESCALA 1:25 INTERNA
496 LAJE
PAPEL DE PAREDE - INTO THE WILD MURAL WALLPAPER - SOB MEDIDA 25,71 m²
275
245
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL 22,67 m²
FITA DE LED
2
3
1
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA
3
520
20
30
LAJE
DETALHE 10 ESCALA 1:5 ILUMINAÇÃO INDIRETA PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
245
245
235 255
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
VISTA D 10
ESCALA 1:25
DETALHE 09 RIPADO - VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 02/10 PARA MELHOR COMPREENSÃO
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA E PEDRA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
03/10
ESCALA:
INDICADA
PAINEL RIPADO A SER FIXADO NO TETO E NO PISO COM PARAFUSOS - VER DETALHAMENTO 08
69 210 80 60
265
70 80
PORTA
BASE EM MADEIRA COM CORTE A 45º A SER PERFURADA FAZENDO A FIXAÇÃO DA PEÇA DO CHÃO E TETO. A MEDIDA DOS FUROS SERÃO ANALISADAS JUNTAMENTE AO MARCENEIRO PARA MELHOR EXECUÇÃO
DETALHE 06 PUXADOR
DETALHE 06 PUXADOR
VISTA L ESCALA 1:25
5
10
PORTA
POSTERIORMENTE A RIPA SERÁ CORTADA EM 45º PARA ENCAIXAR NA BASE FIXADA AO CHÃO - SENDO FIXADAS UMA A OUTRA COM PARAFUSOS EM POSIÇÃO DIAGONAL
10
210
201 191 20 20
PAINEL RIPADO EM LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL A SER FIXADO NO TETO E NO PISO COM PARAFUSOS - VER DETALHAMENTO 08 PARA MELHOR COMPREENSÃO
60
10
520
279 279
214
41
20 20
LAJE
10
DETALHE 08
DETALHE 08
ESCALA 1:5 SUPORTE DE FIXAÇÃO VISTA FRONTAL
ESCALA 1:5 SUPORTE DE FIXAÇÃO
DETALHE 11 PUXADOR 3
5
3 3
R2
1
R2
5
1
3
80
10
3
1
3
R2
R2
5
1
5
DETALHE 07 ESCALA 1:5 PUXADOR
3
LAJE 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 13 2 2
DETALHE 06
DETALHE 11 SIMBOLOGIAS DE BANHEIRO - CONFERIR DETALHEMENTO PARA MELHOR COMPREENSÃO
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ESCALA 1:10 PUXADOR
DIVISÓRIA EM QUARTZITO PICASSO MARINA MÁRMORES - SERÁ FIXADO NAS ALVENARIAS, TETO E PISO
11
91
26
R12
55 7
2 4
R8
27
38
13
49
50
121
59
37 20
9 9
57 35
35
46
ESCALA 1:25 INTERNA
JARDIM PRESERVADO - PAINEL DO JARDIM A SER FIXADO NO LOCAL - SOB MEDIDA - SER PRIMEIRAMENTE COLADO O ISOPOR NO MDF E DEPOIS FIXAR AS PLANTAS NO MESMO - A SER EXECUTADO PELA EMPRESA - JARDIM PRESERVADO
36
2
VISTA M
17
2
63
22
32
55
11
R12
24
209 209
SIMBOLOGIA DE BANHEIRO FEMININO EM METALON DOURADO FOSCO - CONFERIR MEDIDAS ANTES DA EXECUÇÃO
24
SIMBOLOGIA DE BANHEIRO MASCULINO EM METALON DOURADO FOSCO - CONFERIR MEDIDAS ANTES DA EXECUÇÃO
255
120
72
DIVISÓRIA EM QUARTZITO PICASSO MARINA MÁRMORES - SERÁ FIXADO NAS ALVENARIAS, TETO E PISO
44 46
ESCADA SERÁ REVESTIDA COM GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
19 12
9
2
11 34 35
DETALHE 11 DETALHE 11
SIMBOLOGIA FEMININO ESCALA 1:10
SIMBOLOGIA MASCULINA ESCALA 1:10
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA E PEDRA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
04/10
ESCALA:
INDICADA
20
DETALHE 12 ILUMINAÇÃO INDIRETA
15
109
30
HALL A = 7,91m²
30
LAJE
DESCE
474 459 439
225
210
255
ARQUIVO A = 26,14m²
SALA TABELIÃ A = 11,20m²
FINANCEIRO A = 8,24m²
12
5
15
VISTA Q
3
2
15
PORTA
10
PORTA
10
SERVIDOR A = 4,90 m²
608 178
10
70
280
70
70 67
10
363 359
70 70
618
109 104
2
2
4
2
ESCALA 1:25
DETALHE 12 8 10
10
10
10
2 2
GESSO - ILUMINAÇÃO INDIRETA ESCALA 1:5 frigobar
56
DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA LAJE
50
15
12
10
5 3
2
2
2
3
3
5
2
R2
10
PAPEL DE PAREDE VINTAGE WALLPAPER COCKATOOS RETRO FUNKY HOME DECOR SOB MEDIDA - ETSY 7,01 m²
10
PD = 255 cm 12
A = 22,73m² PD = 232 cm
79 86
70
SALA TABELIÃ A = 22,62m²
157
141
SALA DE REUNIÃO
DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA
DETALHE 15 GESSO
0
R2
TV 5
4
199 193 374
DETALHE 14 BITS 01
9
DETALHE 13
308
250
GESSO - ILUMINAÇÃO INDIRETA ESCALA 1:5
135
5
110
110
120
120
238
374 372
5
MESA 2 R2
MESA
PRAT.
PORTA
1
44 205
200
40
1
ESCALA 1:25 EXTERNA
PRATELEIRA
608
42
VISTA R
2
361
PORTA
78 85
97
MESA
11
111
74
PORTAS COM ABERTURA EM 180º PARA DAR ACESSO TOTAL COM SISTEMA DE ABERTURA EM FECHO TOQUE
146
100
119
50
2
5
DETALHE 14
623 DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA
DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA
DETALHE 15 GESSO
BITS 01 ESCALA 1:5
LAJE
PAPEL DE PAREDE VINTAGE WALLPAPER COCKATOOS RETRO FUNKY HOME DECOR SOB MEDIDA - ETSY 7,01 m²
24
471
19
24
24
2
DETALHE 14 BITS 01
10
12
TV
3 R2
R2
135
11
13
5
3
1 R2
R2
PRATELEIRA 3
18
11
34
74
2
34
1
3
11
45
PRATELEIRA
DETALHE 15 VISTA R
GESSO ESCALA 1:5
ESCALA 1:25 INTERNA
MEZANINO A = 122,30m²
596
90
238
LAJE
14
23
310
DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA
DETALHE 15 GESSO
0
10
981
10
DETALHE 13 ILUMINAÇÃO INDIRETA
232
108
JANELA EXISTENTE
238
110 80
R192
55
37 33
02
8
02
R2
R2
R192
500
2
R2
0 R2
02
11
PRATELEIRA
VISTA S ESCALA 1:25
PLANTA BAIXA ESCALA 1:25 1º PAVIMENTO INTERMEDIÁRIA
0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m
ESCALA GRÁFICA 1:25
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
05/10
ESCALA:
INDICADA
20
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
LAJE
37
31 56
108 255
60
R13
38 R24
110 60 12
R103
R21
61
67
R2 5
R27
20 1
R164
PORTA
R65 R56
R17 32
54
R95
R284
R103
7
65
R20
R 12
SERVIDOR A = 4,90 m²
R6785
24 37
R148
36
28
R104
55
R12 3
R79
R250
49 42
459 439
R284
FINANCEIRO A = 8,24m²
R1 1 2
ARQUIVO A = 26,14m²
9
SALA TABELIÃ A = 11,20m²
JANELA EXISTENTE
R19
R188
55
R118
R103
DESCE
6
R126
109
45
HALL A = 7,91m²
R131
LAJE
PORTA
VISTA V
VISTA U
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25
608 178
70
280
70
10
10 6
70 67
363 359
70 70
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA
109 104
DETALHE 10 ILUMINAÇÃO INDIRETA LAJE
193
193
2
175
175
52
89
255
89
83
PAPEL DE PAREDE - SERENITY IN SAHARA MURAL WALLPAPER - FOREST HOMES 2,85 m²
2 255
166
PAPEL DE PAREDE - SERENITY IN SAHARA MURAL WALLPAPER - FOREST HOMES 2,85 m²
52
83
2
2
2 32
79
79
79 86 25 21
51
7
7
8 10
10 66
70
25
PD = 255 cm
167
141
SALA TABELIÃ A = 22,62m²
A = 22,73m² PD = 232 cm
frigobar
SALA DE REUNIÃO
56
10
10
2 2
LAJE
2
2
32
5
199 193 374 PRATELEIRA
PRATELEIRA
PORTA
PORTA
PORTA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
PRATELEIRA
10
PORTA
VISTA X
4
ESCALA 1:25 EXTERNA
52
VISTA X
PORTAS COM SISTEMA DE ABERTURA EM FECHO TOQUE
ESCALA 1:25 INTERNA
44
52
78 85
97
21
PRAT.
PORTA
10
52
PORTA
PRAT.
111
PRATELEIRA 32
80
PRATELEIRA
65
52
102
2
60
110
2
308
207
250
238
2
80
60 372
2
5
26
65
148
PRATELEIRA
120
DETALHE 23 PÉS MESA 01
26
4
28
PRATELEIRA
361
205
200
40
608
100
146
119
50
2
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
5
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
PORTA FORRADA COM LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
TAMPO DE MESA EM ACRÍLICO BRANCO FOSCO 5
623
LAJE
VER DETALHAMENTO 16 PARA MELHOR COMPREENSÃO
255
VISTA T ESCALA 1:25
471
210
255
110
105
45
LAJE
R20
R18
VISTA O
VISTA P
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25
DETALHE 16 PÉS - MESA REUNIÃO ESCALA 1:10
238
105
DETALHE 17 PÉS MESA 02
5
R3 DETALHE 17 PÉS MESA 02
VISTA W
ESCALA 1:25
ESCALA 1:25
42
42
500
VISTA Z
110
90
105
596
R3
110
310
R3 981
10
R3
5
10
MEZANINO A = 122,30m²
59
69
76
72 32
3
31
3
49
28
28
3
20
63
3
35
20
105
3
85
77
3
PLANTA BAIXA ESCALA 1:25 1º PAVIMENTO INFERIOR 0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
DETALHE 17
DETALHE 17
VISTA LATERAL ESCALA 1:10
VISTA SUPERIOR ESCALA 1:10
2m
ESCALA GRÁFICA 1:25
UNIVERSIDADE VILA VELHA
LEGENDA: TÍTULO:
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
MÁRMORE VERDE GUATEMALA - ALONSO MÁRMORE
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
METALON PINTADO NA COR DOURADA
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
CÓD.
ESPECIFICAÇÃO
ACRÍLICO TRANSPARENTE
QUARTZITO PICASSO - MARINA MÁRMORES
MDF RUGGINE TEXTURIZADO - BERNECK
LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL
ACRÍLICO BRANCO FOSCO
VERDE REAL - DURATEX
MDF AZUL PETRÓLEO - GUARARAPES
MDF MOSTRATO MICRO - BERNECK
GRANITO GOLDEN RIVIERA - MARINA MÁRMORES
MDF CAPUCCINO - GUARARAPES
PINTURA AREIA FINA - SUVINIL
MDF MINT ESSENCIAL - DURATEX
MDF TERRACOTA FACES COLORS GUARARAPES
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
DETALHAMENTO MARCENARIA E PEDRA ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
06/10
ESCALA:
INDICADA
67
88
Bº UN. A = 1,50m²
756
124
86
200
133
LAVABO A = 2,31m²
A = 4,51m²
SALA DE REUNIÃO
ADMINISTRAÇÃO
A = 5,88m²
A = 7,25m²
265
265
SALA DE REUNIÃO
116
200
318
R3 38
75
R82
865
R2
28
R330
138
SOBE
4 R42
1454
747
R78
2
1849
PROJEÇÃO MEZANINO
R220
R305
342 264
500
524
31
R5
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO ESCALA 1:25 TÉRREO 426
385
434
1245 0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m
LEGENDA: CÓD.
ESCALA GRÁFICA 1:25
UNIVERSIDADE VILA VELHA
ESPECIFICAÇÃO LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL - 146,86 m²
TÍTULO:
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
GRANITO GOLDEN RIVIERA - 57,42 m²
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO ALUNO:
SENTIDO DA PAGINAÇÃO
INÍCIO DA PAGINAÇÃO
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
07/10
ESCALA:
INDICADA
20
HALL A = 7,91m²
109
DESCE
SALA TABELIÃ A = 11,20m²
ARQUIVO A = 26,14m²
FINANCEIRO A = 8,24m²
SERVIDOR A = 4,90 m²
178
70 70
280
70
35
83
350
70
109
622
374
608
MEZANINO A = 122,30m²
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO ESCALA 1:25 1º PAVIMENTO
0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m
ESCALA GRÁFICA 1:25 CÓD.
UNIVERSIDADE VILA VELHA
ESPECIFICAÇÃO LAMINA CARVALHO BRANCO NATURAL - 46,31 m²
TÍTULO:
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO SENTIDO DA PAGINAÇÃO
INÍCIO DA PAGINAÇÃO
ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
08/10
ESCALA:
INDICADA
Bº UN. A = 1,50m²
LAVABO A = 2,31m²
SALA DE REUNIÃO A = 4,51m²
ADMINISTRAÇÃO
SALA DE REUNIÃO A = 5,88m²
A = 7,25m²
367
367
HALL BANHEIROS
SOBE
335
317
TETO A SER FORRADO COM LAMINA CARVALHO NATURAL
ATENDIMENTO 03 A = 66,68 m² PD = 255 cm PROJEÇÃO MEZANINO
ÁREA DE ESPERA 02
ATENDIMENTO 02 A = 59,83 m² PD = 510 cm
ÁREA DE ESPERA 01 ATENDIMENTO 01
RECEPÇÃO A = 67,65m² PD = 510cm
PLANTA DE ILUMINAÇÃO ESCALA 1:25 TÉRREO
0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m
ESCALA GRÁFICA 1:25
UNIVERSIDADE VILA VELHA TÍTULO:
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
PLANTA DE ILUMINAÇÃO E GESSO ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
09/10
ESCALA:
INDICADA
HALL A = 7,91m²
DESCE
SALA TABELIÃ A = 11,20m²
ARQUIVO A = 26,14m²
FINANCEIRO A = 8,24m²
5
SERVIDOR A = 4,90 m²
3
39
frigobar
SALA TABELIÃ A = 22,62m² PD = 255 cm 201
38 3 38
VER DETALHAMENTO NA PRANCHA 05/10 PARA MELHOR COMPRESSÃO
201
3
38
SALA DE REUNIÃO A = 22,73m² PD = 232 cm
38
3
LUMINÁRIA PENDENTE
38
3
173 LUSTRE PENDENTE
281
226
3
116 116
3
TETO A SER PINTADO COM TINTA BRANCA SUVINIL
5
5
39
APLICAR PINTURA COM TINTA ACRÍLICA - GESSO & DRYWALL - MATA ATLÂNTICA - SUVINIL 21,76 m²
38
3
38
LUMINÁRIA 20x20 cm
598
410
470
178
530
228
228
218
95
100
187
5
58
5
281
TETO A SER FORRADO COM LAMINA CARVALHO NATURAL
MEZANINO A = 122,30m²
10 LUMINÁRIA PENDENTE
50
319
50
633
319
612
50
50
192
192
50
50
192
188
50
50
147
147
232
50
223
PLANTA DE ILUMINAÇÃO E GESSO ESCALA 1:25 1º PAVIMENTO 0 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2m LUSTRE PENDENTE
LUMINÁRIA 20x20 cm
ESCALA GRÁFICA 1:25
UNIVERSIDADE VILA VELHA TÍTULO:
INTERVENÇÃO NO CARTÓRIO DE NOTAS EM VILA VELHA NOME DO PROJETO:
PLANTA DE ILUMINAÇÃO E GESSO ALUNO:
FOLHA:
MALLENA SILVA DA MOTA ORIENTADOR:
ÉRICA COELHO PAGEL
DATA:
17/11/2021
10/10
ESCALA:
INDICADA