Inovações no mercado
ESPECIAL
O fato de que ainda há muito a caminhar não significa que inovações tecnológicas não estejam disponíveis no mercado ou em fase de desenvolvimento e testes. Os especialistas entrevistados constatam que há grandes inovações na irrigação mecanizada autônoma, com o uso de equipamentos e implementos que fazem a irrigação localizada, seja por georreferenciamento ou por sensores ativos ou passivos, liberando a quantidade de água programada com maior precisão sobre a muda. Ademais, diversas empresas e grupos de pesquisa vêm projetando, experimentando e operando com máquinas especificamente planejadas para outras operações da silvicultura. Uma dessas empresas é a fabricante nacional Arador, especializada na mecanização de precisão da silvicultura – ou seja, na produção de equipamentos e componentes mecanicamente precisos e projetados para operação na floresta. Atualmente, a empresa tem como destaque subsoladores, equipamentos para plantio mecanizado e irrigação mecanizada pós-plantio. Francisco Orlanda, engenheiro mecânico e diretor da Arador, compara a agricultura como “pista asfaltada” e a silvicultura como “pista de rally”. “Tentar correr com carros para asfalto em pista de rally é o que o setor florestal tem feito adaptando máquinas agrícolas. Há para isso duas soluções: asfaltar a pista de rally ou projetar carros com suspensão própria para pista de rally. Como alterar as condições de trabalho é economicamente inviável, nosso objetivo tem sido desenvolver e dimensionar equipamentos projetados para as irregularidades do terreno e outros desafios próprios da atividade florestal”, relata. Francisco aponta o preparo de solo como uma das áreas mais problemáticas para uso de máquinas agrícolas, que provocam uma movimentação exagerada do solo, trazendo como efeitos colaterais negativos prejuízos não apenas na
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B. FOREST