Revista Eletrolar-Ed 80

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A UNIÃO QUE FEZ A FORÇA As revendas que formam o Grupo VarejoInfo se juntaram para sobreviver ao avanço das grandes holdings varejistas e conseguiram se estabelecer entre os principais players do varejo de TI. Igor Carvalho

A

s revendas que fazem parte do Grupo VarejoInfo, especializado em produtos de informática e eletroeletrônicos, conquistaram nos últimos anos privilégios destinados apenas aos grandes varejistas. A rede, constituída por 12 empresas autônomas e de médio porte, adquiriu um prestígio que pode ser justificado, entre outros aspectos, pelo faturamento de R$ 1 bilhão, projetado para este ano.

Paulo Miranda, diretor comercial da Miranda Computação e presidente do Grupo VarejoInfo.

A estratégia de negócio adotada há quase 10 anos – e que hoje possibilita ao grupo mais flexibilidade nas negociações de preços junto a fornecedores, descontos diferenciados e garantia de estoque, entre outros benefícios – é resultado da tentativa de sobrevivência no mercado. Com dificuldades em comum, devido ao domínio das grandes holdings varejistas priorizadas pelos fornecedores, as revendas se uniram e criaram o VarejoInfo. “Sozinhos, a indústria não nos enxergava. Era preciso que os fabricantes passassem a dar atenção às nossas revendas e algum tipo de benefício, caso contrário seria impossível competir com distribuidores varejistas, magazines e hipermercados”, diz Paulo Miranda, diretor comercial da Miranda e presidente do VarejoInfo. Em parceria com o amigo Pedro Ernesto Gondim, presidente da Infobox e hoje vice-presidente do grupo, propuseram a outras revendas com porte, faturamento e problemas semelhantes a associação

Fotos: Divulgação

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de suas empresas. “Descobrimos que eles tinham as mesmas dificuldades”, lembra Gondim. O passo seguinte foi buscar representatividade no mercado. De acordo com o vice-presidente, com maior potencial de compra e faturamento, o grupo ganhou poder de negociação junto a fornecedores, distribuidores, bancos e operadoras de cartão de crédito. As revendas associadas também adquiriram know-how, fruto da troca de experiências individuais, o que contribuiu para fortalecer a atuação de cada uma delas e solidificar o grupo. “A partir desse intercâmbio de informações, alguns associados diversificaram o seu mix de produtos, replicando os resultados positivos que cada representante tinha em suas lojas”, conta Gondim. “Muitas ofereciam suprimentos e papelaria, mas aos poucos foram migrando para a venda de hardware e de eletroeletrônicos, produtos de maior valor agregado”, diz o presidente do grupo. Infobox e Cecomil, por exemplo, cresceram 200% em faturamento nos primeiros anos, graças a essa mudança. Algumas revendas há tempo deixaram de trabalhar exclusivamente com informática e comercializam também mini system, som automotivo e home theater, entre outros equipamentos.

Forma de trabalho O desempenho atual das 12 empresas, analisado de forma conjunta ou individualmente, evidencia que a união fez


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