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CUIDADOS PALIATIVOS: ANTES DE UM DIREITO, UM DEVER

Os cuidados paliativos são uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes – jovens e idosos – e suas famílias que enfrentam os desafios associados a doenças que ameaçam a vida.

Isto é conseguido através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outras angústias físicas, psicossociais e espirituais.

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A cada ano, 40 milhões de pessoas precisam de cuidados paliativos.

Atualmente, apenas 14% das pessoas que necessitam de cuidados paliativos no final da vida os recebem.

Os cuidados paliativos são reconhecidos nos principais mandatos e estratégias globais sobre cobertura universal de saúde, doenças não transmis- síveis e serviços de saúde integrados e centrados nas pessoas.

Em 2014, a primeira resolução global sobre cuidados paliativos, a resolução WHA67.19 da Assembleia Mundial da Saúde, exortou a OMS e os Estados Membros a melhorar o acesso aos cuidados paliativos como um componente central dos sistemas de saúde, com ênfase na atenção primária à saúde na comunidade e nos cuidados domiciliares.

A OMS desenvolve diretrizes e ferramentas baseadas em evidências sobre cuidados paliativos, incluindo opções de controle da dor em adultos e crianças, como integrar os cuidados paliativos nos sistemas nacionais de

CUIDADOS PALIATIVOS: ANTES DE UM DIREITO, UM DEVER

saúde e orientação para a disponibilidade e acessibilidade de medicamentos controlados.

Os medicamentos para cuidados paliativos, incluindo os para alívio da dor, estão incluídos na lista da OMS de medicamentos essenciais para adultos e crianças.

Tia T Muti

Cumôia!

Cúc mol, du chá te teu gônda te guãnto a dua muti drapalhô brá te griá, vesdí, alimendá, etucá, te engaminhá bro deu fudúro?

Brovavelmênt, non, azín gomo a maioria tás bezôa. Múits aínta tizen: “eu non betí brá nazê, endôn non te queija!” Máin Cott!

Máiz aí é gue tá, ôdro tia li zopre ísdo e non é pen azín: du lutô gon drecênts milhôn te esbermatossóit brá zê o brimêro, o gambeôn, o tégas.

Endôn du venzêu, máiz é un flápas púro e goió!

As adivitádes te uma mulher, mãe o non, en gássa, uldrabássa a imachinassôn tá maioria tas bezôa. Zên fala tás gue alén tá gássa, drapalhan fora. E zápe borguê?

Borgue a chênde non brésda atenzôn, borgue chá dá dúto brondo, ela fêiz.

Um tía, zê du é mulher, vai jecá a dua vêiz e tái vai lemprá tá muti. E o gue é pior: vai lemprá e vai betí achúda borgue non aquênda máiz...

E os hôm zó von ze tá gônda, zê tiveren te zubstituí a frau bor um dêmbo. Taí von vê o gue é pon brá tóss!

Vôn chirá bela gássa mil vêiz, limbãndo agui, fassêndo o almôss, gordãndo as crãma, lavando as cueca, as calça, as toalha, a rôpa te cama; levando o môpas brá bazeá; í no mercado; apastezê o gáro. Í no mercado tinovo borgue esguezêu alcuma gôissa... oiê!

Taí, e zó taí du vai vê gue uma frau vale uns guátro marmãncho numa gássa!

Achúda - ajuda

Apastezêabastecer

Aquênda - aguenta

Bazeá - passear

Betí - pedir

Bezôa - pessoa

Brésda - presta

Brondo - pronto

Chirá - girar

Crãma - grama

Cúc mol - veja só

Cumôia - bom dia

Drapalhôtrabalhou

Drecênts - 300

Esbermatossóitespermatozóide

Flápas - bobalhão

Gambeôncampeão

Gáro - carro

Gássa - casa

Goió - coió

Gônda - conta

Griá - criar

Guãnto - quanto

Guátro - quatro

Hôm - homem

Jecá - chegar

Lemprálembrar

Limbãndolimpando

Máin Cott -

Meu Deus

Môpas - cachorro

Muti - mãe

Nazê - nascer

Ôdro - outro

Púro - burro

Queija - queixa

Tégas - degas

Tizen - dizem

Tóss - tosse

Uldrabássaultrapassa

Vesdí - vestir

Os cuidados paliativos são uma parte crucial dos serviços de saúde integrados e centrados nas pessoas.

Aliviar o sofrimento grave relacionado à saúde, seja ele físico, psicológico, social ou espiritual, é uma responsabilidade ética global. Assim, se a causa do sofrimento é doença cardiovascular, câncer, falência de órgãos importantes, tuberculose resistente a medicamentos, queimaduras graves, doença crônica em estágio terminal, trauma agudo, prematuridade extrema ao nascer ou fragilidade extrema na velhice, cuidados paliativos podem ser necessários e devem estar disponíveis em todos os níveis de atenção.

Estima-se que globalmente apenas 14% dos pacientes que precisam de cuidados paliativos os recebam; para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, trabalhando para a cobertura universal de saúde, os países devem fortalecer os serviços de cuidados paliativos.

A OMS trabalha com os países para incluir os cuidados paliativos como parte fundamental de seus sistemas de saúde. Para melhorar o acesso equitativo aos serviços de cuidados paliativos, é dada ênfase a uma abordagem de Atenção Primária à Saúde. Ferramentas de avaliação foram desenvolvidas para medir o progresso alcançado. Existem fortes parcerias para desenvolver e implementar orientação técnica, fortalecer a capacidade e disseminar informações.

Veja mais em https://www.who.int/healthtopics/palliative-care

No dia 19 de maio aconteceu a I Conferência Livre Nacional de "Cuidados Paliativos: Um Direito Humano - Políticas Públicas Já".

O evento que teve por objetivo promover o debate sobre a implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos com financiamento e desta forma contribuir com a melhoria da qualidade de vida e de morte no Brasil.

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

Lidiane Andreza Klein Psicóloga - CRP07/22872

Especilização em Neuropsicologia - UFRGS

Mestre em Psicologia e Saúde - UFCSPA

Doutoranda em Ciências da Reabilitação - UFCSPA

CUIDAR DE SI PARA MELHOR CUIDAR DO OUTRO: O DESAFIO DE SER CUIDADOR

Escolhi essa frase como título deste artigo pois se conseguirmos entender e praticá-la no dia-a-dia do cuidado, podemos tornar a nossa vida mais leve, assim como a das pessoas que estão no nosso entorno.

Dentro da minha prática clínica como psicóloga, sou procurada muitas vezes, como uma das últimas alternativas, quando o cuidador já extrapolou seus limites.

Falar sobre o cuidador nos remete a duas situações: o cuidador formal, que supostamente teve um preparo para exercer a sua função, que deve ter um distanciamento emocional protetivo, não que não deva se envolver, mas que saiba o limite deste se doar.

Já o cuidador familiar, muitas vezes se vê nesta posição sem nenhum preparo e vai tendo que aprender sobre a doença, e o cuidado na prática.

Percebo como mais delicada essa posição, pois existe um envolvimento afetivo muito forte, e muitas vezes não se consegue fazer este distanciamento que o cuidado exige. Misturam-se os sentimentos, com todo o contexto de cuidado.

Nunca é fácil vermos um familiar em situação de vulnerabilidade, muitas vezes acionamos o modo automático e só vamos fazendo o que tem que ser feito.

Sou professora em cursos de cuidadores de idosos e sempre falo nas turmas, que se fores um cuidador formal e te perceberes sobrecarregado com determinado paciente, sua família, ou a patologia, tens a opção de ir embora, já ao cuidador familiar não resta esta opção.

A opção é buscar recursos internos de enfrentamento à situação. Muitas vezes você não irá conseguir sozinho, uma ajuda profissional especializada pode ser bem importante.

As relações pré-existentes antes do adoecimento são um fator bem importante.

Muitas vezes os vínculos eram fragilizados e isto pode deixar todo esse processo de cuidado mais penoso.

Porém, uma pergunta sempre deve ser feita, por que eu cuido do meu familiar? Existem os mais diversos motivos, mas se dentre eles for retribuir todo amor, cumplicidade que tivemos, está tudo bem. Porém se a resposta vem do motivo de ser uma obrigação, aí temos um caminho mais difícil e suscetível a maior possibilidade de sofrimento e estresse.

A busca pelo autoconhecimento é um dos caminhos para melhorar o cuidado com o outro e nos mantermos em equilíbrio.

Preciso me conhecer, conhecer os meus limites, aprender a delegar quando necessário. É muito comum vermos um familiar sobrecarregado, quando os demais estão relax, não raro, muitas vezes, é essa pessoa que puxa toda a responsabilidade para si. Óbvio que também existem os casos em que a família se aproveita, mas nestes casos também é necessário que a pessoa aprenda a se posicionar e colocar os limites necessários.

Precisamos prezar pela saúde mental, pedir ajuda não é um ato de fraqueza, é um ato de coragem.

Não somos obrigados a lidar com as adversidades sozinhos.

Aprender a dizer não antes de chegar ao seu limite é o melhor caminho. Um cuidador estressado, irritado, sem paciência, acaba transmitindo esses afetos para o paciente, que por sua vez também entrará neste mesmo padrão.

Tirar um tempo para si é fundamental.

Podemos fazer uma analogia das nossas emoções a uma panela de pressão. Se formos acumulando a pressão (emoções negativas) por muito tempo, uma hora ela irá estourar.

E este momento sempre é mais difícil do que criarmos válvulas de escapes. Essas válvulas podem ser sair fora do ambiente de cuidado, se conectar com a natureza e consigo mesmo, meditar, fazer atividade física de forma regular, autocuidado com a sua aparência, praticar qualquer atividade que lhe dê prazer, ter alguém com quem desabafar (preferencialmente um psicólogo, que poderá lhe auxiliar na condução deste momento delicado).

Neste momento você poderá se questionar, mas como um psicólogo poderá objetivamente me ajudar? Primeiramente é necessário procurar um profissional que tenha experiência com esta demanda, nossas intervenções vão variar de caso a caso, mas de acordo com a minha experiência clínica, observo necessidades relacionadas à compreensão e aceitação do diagnóstico, fortalecimento e criação de estratégias de enfrentamento, conhecimento sobre recursos disponíveis para determinados manejos, assim como espaço para expressar as suas preocupações e emoções.

Sabemos que estados psicológicos positivos e negativos surgem dependendo da ativação de maneiras adaptativas e não adaptativas de se pensar, da forma que interpretamos uma situação, assim pessoas com pensamentos disfuncionais orientam seus comportamentos e emoções de forma não adaptativa.

Uma ajuda profissional pode nos ajudar a reconhecer quais são os nossos gatilhos para determinadas situações, e assim ter mais equilíbrio no enfretamento das adversidades do dia-a-dia.

Cuidadores mais tranquilos e menos ansiosos são mais capazes de cuidar e perceber elementos ambientais e comportamentais que dificultam o manejo com pacientes.

Cuidadores se tornam mais tolerantes e menos sobrecarregados. Espero que tenha conseguido deixar a minha mensagem neste artigo, de que precisamos nos cuidar, para assim poder exercer um melhor cuidado para com o outro. Não é egoísmo cuidar de si mesmo, priorizando a sua saúde mental e física você terá mais equilíbrio para cuidar do outro.

Hor Rios De Atendimento

Segunda a sexta-feira manhã: 8h às 11h tarde: 13h30min às 16h30min